MacBook Air

Boa parte da minha atividade diária com Macs ocorre em um iMac no meu home office; já para o que faço "na rua" (geralmente em outras cidades...) e exige um computador, até recentemente eu fazia uso de um fiel MacBook branco, mas há alguns meses optei por comprar um MacBook Air (igual ao descrito no artigo abaixo: 11,6 polegadas, 64GB de armazenamento) e estou muito satisfeito com a troca.

Atualização: Veja informações sobre os modelos mais recentes de MacBook Air em MacBook: qual modelo comprar.

Os meus motivos para optar por este modelo foram, pela ordem:

  • Peso: o Air pesa 1,06kg, menos da metade do MacBook branco que o antecedeu aqui.
  • Dimensões: ele praticamente some dentro da mochila, e isso é um fator importante para quem prefere viajar só com bagagem de mão, sem despachar nenhuma mala.
  • Desempenho: no uso diário do MacBook Air ele me chama a atenção por 2 razões de desempenho: a velocidade surpreendente do armazenamento SSD (que recomendo até mesmo a quem prefere notebooks de outras marcas) e o tempo que leva entre abrir a tampa e estar com o computador disponível para usar.
  • Relação de preço: eu poderia ter optado por um modelo de Air com tela maior, o dobro de armazenamento e slot para cartão SD, mas a diferença de preço era grande demais para uma diferença de funcionalidade que para mim não importava tanto assim.

Há limitações, claro: por exemplo, a tela é bem menor do que a de muitos outros notebooks, o espaço de armazenamento é limitado (embora eu use menos de 50% do espaço em disco do meu, e a maior parte disso seja ocupada por vídeos para assistir a bordo), e algumas pessoas podem precisar de drives de CD ou DVD típicos da categoria, de uma conexão de rede cabeada ou mesmo de um modem de linha discada, itens que no Air só estão disponíveis como adições externas.

Similarmente, não há dúvida de que há pessoas cujas demandas de computação móvel seriam suficientemente bem supridas por um netbook (bem mais barato) com outro sistema operacional, ou mesmo um tablet ou smartphone.

Mas já abordei possíveis razões para preferir (ou não) um Mac no artigo "Qual MacBook Comprar". Hoje nosso foco é outro: um relato de usuário sobre sua experiência com o MacBook Air.

Com meus agradecimentos pela contribuição, portanto, passo a palavra para o relato do leitor Zendrael:

MacBook Air: Quando pouco é o suficiente!

Autor convidado: Zendrael

São dez anos de profissão assídua com ênfase em programação nesta minha humilde vida. Só vim a ter um computador em casa há 12 anos - na época, o Windows 98 era novidade e o K6-2 500Mhz com 32MB de RAM ainda era considerado uma máquina boa. Dos 10 anos de profissão (programação desktop, então web, games, "bicos" com desenhos publicitários e alguns artigos internet afora) são 7 de uso exclusivo de GNU/Linux - independente de distribuição. O K6 já se foi e o Linux da época já fazia a máquina voar (ou quase) e seria ainda mais perfeito se não fossem os winmodems de então.

O caminho que levou a um MacBook: Linux e Hackintosh

Se você leu até aqui, deve estar imaginando: "E o que isso tem a ver com o Mac?". Vou começar explicando pelo lado do software: não gosto do Mac OS X como usuário final, ainda prefiro meu Openbox ou Pekwm mas confesso que acho a interface muito simples e intuitiva; o que me agrada no sistema é seu "DNA Unix" (ou seria DNA BSD?) e o quanto similar aos *nix ele é e me deixa confortável quando usando o Terminal (é... eu gosto de Terminal). Todos os programas que eu utilizava em Linux possuem versões para o Mac OS X e, fora ele, o restante das coisas aqui é 100% livre.

Ok, o sistema é legal, bonito e tal... mas por que não usar então um Hackintosh numa supermáquina? Para alguns essa pode parecer a decisão mais acertada, e já usei durante um tempo um Hackintosh (10.5) num notebook Celeron 1.6Ghz e 512MB de RAM (bem longe do K6) e de fato ficou muito superior ao Linux instalado na época... a minha conclusão é que o sistema é muito bem estruturado e tira ótimo proveito do hardware mesmo não sendo homologado - a velocidade da qual sempre busquei com os Linux frugais.

Por que MacBook Air?

Os parágrafos acima me ajudaram em 50% da minha decisão na hora de comprar um novo notebook. O preço, logicamente, é um fator decisivo nessas horas; mas resolvi me arriscar e "matar" minhas economias... com um MacBook Air de 11.6", 1.4Ghz, 2GB RAM e 64GB SSD. Parece pouco não é? Mas se o sistema já era poderoso num hardware para o qual ele nem foi projetado, como seria num hardware feito para ele? Esse sim voa (não literalmente... apesar do peso!)!

Leve, fino, pequeno e prático - fácil de usar em qualquer lugar, qualquer hora, teclado macio e resolução de tela suficiente para meus trabalhos. A bateria dura bastante, nem preciso recarregar todo dia, mas tomei precauções necessárias para tal (desligar bluetooth, time machine e outros recursos quando não são necessárias para meu uso).

Rápido, muito rápido... não me importo em ligar/desligar a máquina toda vez que for usar: ela liga/desliga tão rápido que nem acho necessário usar o sleep. Claro, se quiser usar o sleep, ele estará pronto para uso ainda mais rápido (tão rápido quanto você puder abrir o display)! Essa agilidade toda fica por conta do SSD - extremamente superior à velocidade dos HDs normais.

Como eu uso meu MacBook Air

Mas 64GB não é pouco? Para os padrões atuais, sim - essa era uma das minhas preocupações. Contudo, o tamanho pode ou não ser suficiente dependendo do uso que você fizer da máquina... com todos os programas que utilizo (Xcode, Netbeans, Eclipse são os maiores, por exemplo, e 2 VMs de 4GB cada no VirtualBox) e os dados de projetos e códigos do meu dia-a-dia, ainda sobram 29GB livres.

Músicas, filmes, séries, fotos e outras tranqueiras ficam no meu servidor Linux (o tal notebook celeron) que também acesso de onde estiver e age como minha "nuvem particular". Já quase não uso nem gravo CDs ou DVDs há algum tempo então a ausência deste tipo de drive não me faz falta.

O chato do hardware são os adaptadores... um para RJ45 (Ethernet), outro para vídeo (VGA/DVI)... acho que eles deveriam vir junto pelo preço que se paga. Mas quando, assim como eu, você rodar um Need for Speed, Assassin's Creed ou Amnesia neste MacBook com tudo no máximo (graças à placa de vídeo NVidia) verá que ele é mais capaz do que aparenta.

O preço

O Air de 11,6 polegadas e 64GB é um dos MacBooks com preço mais baixo (nos EUA e aqui), e ainda assim caro para nossos padrões brasileiros. Se comparar com outros de configurações similares: um absurdo... mas existe ali todo um estudo de integração entre hardware, software e design que justifica seu valor.

Em suma, cada um tem seus motivos para escolher marcas, modelos, peças, sistemas operacionais e afins; o importante é conhecer suas reais necessidades e expectativas com um novo notebook para que seu $ (pouco ou muito) seja bem gasto e máquina traga mais eficiência ao seu dia-a-dia do que dor de cabeça.

Agradecemos ao leitor Zendrael pelo texto acima

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