Escritório sem papel: Com o Doxie Go, fiz upgrade para o scanner ideal

O Doxie Go digitaliza com qualidade, sincroniza sozinho com o Evernote e Dropbox, e não precisa ficar conectado ao computador nem à tomada, facilitando o uso tanto no escritório quanto na mochila.

Na busca do home office sem papel, já em 2011 eu consegui colocar em prática o plano de entrar em contato com todas as empresas e organizações que me mandavam regularmente documentos em papel (contas, extratos, etc.), e em quase todos os casos consegui substituir por recebimento digital, que passei a arquivar no computador e na nuvem (no meu caso, Dropbox + Evernote).

Mas sobraram algumas que não oferecem esta opção, e que se unem a materiais que não reconhecem o significado de paperless e na prática doméstica precisam ser arquivados em papel mesmo: documentos oficiais ou com firma reconhecida, determinados contratos e comprovantes em que há possibilidade de algum dia precisar apresentar o original autenticado para alguma autoridade (fiscal, previdenciária, etc.), entre outros.

Para estes casos, o scanner é a opção. Ele gera a cópia digital indexável, arquivável e facilmente consultável, e aí o documento original pode ir residir em alguma pasta da qual só precisará sair na remota possibilidade de ter de ser apresentado a alguém, pois a cópia digital fácil de acessar basta para os meus próprios usos.

Mas resta um problema: mesmo eu sendo disciplinado e o scanner da multifuncional estando sempre sobre a minha mesa, o ato de scanear e arquivar um documento, incluindo posicionar na bandeja, preencher as informações básicas sobre eles, colocar tags, escolher uma pasta, etc. é chato e tira o foco do que mais estivermos fazendo na hora em que o documento chega e – como aprendemos ao estudar o GTD – a inconveniência dos processos é a mãe da procrastinação. Acabo deixando o papel empilhar para scanear "outra hora", ou arquivando sem scannear mesmo "só desta vez".

Entra em cena o Doxie Go

No início de novembro tudo isso mudou. A chegada de um scanner Doxie Go fez, basicamente, que eu pudesse scannear os documentos quase sem olhar para eles, e removeu o obstáculo que existia para que eu me motive a arquivá-los (ou triturá-los, quando percebo que não preciso guardar) imediatamente.

A diferença é que o Doxie Go é feito exatamente para isso: scanear documentos curtos, em folhas soltas de qualquer tamanho (vale o cartão de visitas, a foto, o papel A4 e os intermediários) sem exigir atenção - é só ligar e ir inserindo as folhas, sem interagir com algum software ou interface elaborada.

Você insere o documento com a face voltada para cima, na entrada do Doxie Go, e ele começa a puxá-lo automaticamente, scaneando conforme ele passa, até sair pelo outro lado - e pronto, agora é só guardar o original.

Para permitir essa despreocupação, a imagem de cada página scaneada fica guardada na memória do Doxie Go (ou em um pen drive, ou cartão SD), aguardando o dia em que você estiver disposto a gastar meia horinha indexando cuidadosamente, e aí sem atrapalhar o foco de outra tarefa, os scans mais recentes.

Essa indexação é feita plugando o Doxie Go ao computador usando um cabo USB, e com ajuda do utilitário do próprio Doxie Go (para Mac e Windows), com o qual você pode fazer os ajustes básicos nas imagens (por exemplo, rotacionando), unir várias para compor um documento de múltiplas páginas (quando for o caso) e depois exportar em PDF, que pode ser preto e branco ou colorido, com ou sem OCR (também pode ser em JPG e PNG). Para completar, ele pode sincronizar diretamente com o Dropbox e o Evernote.

A bateria do Doxie Go carrega pela própria porta USB e dura perto de 100 scans até precisar recarregar, e as opções ao scanear se resumem ao tamanho do papel (que você pode ajustar com uma guia deslizante na entrada/alimentador) e a resolução, que por default é de 300DPI (típica de documentos) e pode ser colocada em 600DPI (para fotos).

Opcional: conexão Wi-Fi

Em seu modo de operação default o Doxie Go transfere as imagens scaneadas para processamento no seu computador sempre que você o conecta via porta USB, mas existe uma alternativa: por meio de um cartão SD Eye-Fi (normalmente usado em câmeras), ele pode fazer a conexão por meio da sua rede sem fio.

Eu comprei um cartão SD deste tipo no eBay, e após um procedimento de configuração ele funcionou muito bem: ao scanear, caso esteja na rede sem fio para a qual foi configurado, o Doxie Go já transfere a imagem para o computador, onde fica disponível para quando eu quiser processá-la, mesmo que neste momento o scanner já esteja desligado.

Agora a conexão USB ficou destinada apenas a recarregar a bateria do scanner, mas até o momento ainda nem precisei fazer isso ツ

Concluindo

Para mim ele merece nota 10, inclusive porque funcionou: não tenho mais na minha mesa uma pilha de papel esperando para scanear, e tudo que chegou desde que o Doxie Go apareceu por aqui está devidamente arquivado. Mas a utilidade dele é restrita: ele não serve para scanear documentos encadernados, por exemplo, e sua definição não é a que eu escolheria para scanear fotos ou para publicação.

Além disso, há um ponto negativo forte: o preço é elevado. Para mim valeu a pena, mas na comparação com outros scanners (que funcionam plugados na tomada e ao computador e frequentemente envolvem operar um software na hora de usá-los) ele é bastante caro. O meu foi comprado na Amazon (entregue nos EUA e depois trazido para o Brasil graças a uma oportuna viagem familiar).

Se você considerar comprar, vale atenção a um detalhe: a empresa que faz o Doxie Go recentemente lançou também o Doxie One, que custa 25% a menos mas abre mão de alguns recursos, como a bateria e a possibilidade de gravar diretamente em um pen drive.

Leia também:

Que beleza: 160 servidores Mac mini em um rack

Com o fim da linha de servidores Xserve da Apple no ano passado, um usuário empreendedor e motivado demonstrou que ainda conseguia concentrar poder de processamento do OS X em um rack, mesmo que para isso precisasse recorrer a 160 Mac minis.

O resultado são 640 núcleos reais de processamento, ou 1280, se contabilizarmos o HyperThreading. Steve, o autor da façanha, colocou 4 minis por bandeja de 1U, e para isso precisou produzir soluções especiais tanto nas bandejas em si, quanto na circulação do ar quente gerado e na alimentação elétrica.

As soluções envolveram criatividade, incluindo a adaptação de pás de radiador de carro na porta para providenciar a circulação de ar, por exemplo.

Mas foi no capricho, e o rack de 160 Mac minis já está em produção. A história completa você encontra no blog do autor da façanha.

Instalar um hackintosh ou comprar um Mac: a análise da InfoWorld

Hackintosh é o nome dado a um computador instalado com o Mac OS X mas sem usar o hardware da Apple. Instalar um hackintosh pode ser um procedimento complexo, juridicamente nebuloso (no mínimo), e o resultado às vezes fica longe de ser similar ao obtido com um Mac.

Por outro lado, instalar um hackintosh pode ser uma oportunidade de aprendizado sobre o que acontece nos bastidores do sistema operacional, e quando é bem-sucedido, pode permitir conhecer como é o uso de diversos recursos típicos do Mac, embora na minha opinião claramente viole o texto da licença dada pelo fabricante para uso do software.

Este artigo da InfoWorld apresenta uma boa síntese dos prós e contras da decisão de instalar um hackintosh, falando sobre custo, esforço, compatibilidade, estabilidade, aspectos jurídicos, suporte, riscos, restrições, a incerteza no momento das atualizações, e mais.

O artigo traz ainda uma lista de recursos que podem interessar a quem pensa em experimentar um hackintosh: tem uma lista de computadores do mercado compatíveis com o Mountain Lion (e os procedimentos que foram necessários para quem instalou), um site especializado em guias de instalação e configuração de hackintosh, um guia de instalação do Mountain Lion em um PC, e mais a referência ao tonymacx86 e ao kakewalk, com suas ferramentas de instalação e configuração.

A questão jurídica é mencionada em detalhe, inclusive reproduzindo o trecho da licença do OS X, com a qual o usuário é chamado a concordar, dizendo não estar incluída nela a permissão de instalar, usar ou rodar o software em um computador que não seja da marca Apple. A efetividade jurídica desta restrição é questionada frequentemente, mas não vou entrar nesta seara, e recomendo prudência na análise.

O artigo termina com uma afirmação simples e que sumariza a situação: o hackintosh tem seu interesse (e suas limitações) para determinados públicos, mas não para todos. Quem quer ter a experiência oferecida pela Apple, não tem inclinação técnica e nem precisa de algum hardware diferente estará melhor se optar por um Mac.

Como criar pen drive de instalação do OS X a partir do Linux

Já vimos anteriormente como criar um pen drive de instalação do Mac a partir do próprio OS X, mas o leitor Rafael Wagner teve a necessidade de criá-lo a partir do Linux, e compartilhou conosco a sequência de passos que usou.

Como a sequência de comandos apresentada lida com aspectos críticos do sistema (incluindo o particionamento) em que um erro pode gerar prejuízo considerável, recomendo que você só a execute contando com o apoio de alguém apto a verificar os comandos no seu sistema Linux.

O BR-Mac agradece a contribuição do Rafael e convida outros leitores interessados em compartilhar dicas para que entrem em contato!

Como criar um pen drive de instalação do OS X a partir do Linux

Pelo leitor Rafael Wagner

Gerar um pen drive de instalação do OS X Mountain Lion pelo Linux foi para mim uma necessidade bem específica, pois comprei um MacBook Air mid 2009 e deletei todas as suas partições usando o Linuxfx, e só depois aprendi que, para instalar o Windows e Linux em paralelo ao OS X, precisava que este estivesse pré-instalado para gerar os drivers e configurar o BootCamp.

Em consequência, precisei gerar um pen drive de boot para reinstalação do OS X Mountain Lion, e só tinha o Linux para fazer isso, pois a esta altura tinha mandado a partição de recuperação para além da Via Láctea.

Sem muitas delongas, segue a lista de pacotes e ferramentas necessárias para gerar o pen drive do OS X no Linux, na forma de uma receita de bolo voltada a quem tem nível de conhecimento Linux intermediário.

O que você precisa ter em mãos:

  • pen drive com no mínimo 8GB
  • arquivo de imagem InstallESD.dmg do OS X Mountain Lion
  • pacotes instalados no Linux: p7zip, hfsprogs, hfsplus, hfsutils, dmg2img, gparted

Sequências de comandos no Debian, Ubuntu ou Linuxfx:

sudo su
apt-get install 7zip hfsprogs hfsplus hfsutils dmg2img
mkdir TMP_Mountain

Agora copie a imagem baixada para a pasta TMP_Mountain:

cd TMP_Mountain
7z x InstallESD.dmg

Converta o pacote DMG em imagem IMG:

dmg2img InstallESD.dmg

Crie um dispositivo para hospedar a imagem:

losetup -o 32768 /dev/loop0 InstallMacOSX.pkg/InstallESD.img

Crie um diretório para montar a imagem:

mkdir IMG_FINAL

Monte a imagem em um diretorio:

mount -t hfsplus /dev/loop0 IMG_FINAL

Importante: Agora abra o gparted e delete todas as partições do pendrive e crie uma partição HFS+. Monte esta partição (clicando com o seu gerenciador de arquivos no pendrive, para uma montagem automática). Por fim, copie o conteudo da imagem montada para o pendrive:

tar cvf - * | tar xvf - -C caminho_do_pendrive

No Ubuntu e no Linuxfx, o caminho_do_pendrive fica em /media/nome_do_dispositivo, quando montado automaticamente.

Desmonte o dispositivo, remova e insira no MacBook. Ligue o MacBook segurando a tecla Option e pronto, você tem um pendrive de boot para instalar o OS X Mountain Lion.

No meu sistema demorou uns 30 minutos para instalação completa do sistema.

O autor deste artigo é o leitor Rafael Wagner, que atua como analista de sistemas na Linuxfx.
 

iPlace dá 500 reais em acessórios na compra de um MacBook Air ou Pro, até domingo

MacBook em promoção: a rede iPlace, com mais de 20 lojas espalhadas pelo Brasil, anunciou hoje uma promoção interessante para quem pensa em comprar um MacBook para o Natal: na compra de um MacBook Air ou MacBook Pro (inclusive o modelo Retina), você ganha R$ 500 em acessórios.

A promoção vai até domingo (9 de dezembro), ou enquanto durarem os estoques.

Não ganho nada para promover a iPlace, mas é meu local preferido para compras relacionadas aos produtos da Apple aqui em Florianópolis e em Brasília, e imagino que seja similarmente boa nas demais localidades que atende.

E se precisar de ajuda para escolher o modelo de MacBook, leia também:

Video: Veronica Belmont mostra como fazer um app não aparecer mais na dock quando roda

A simpática Veronica Belmont apresenta uma variedade de podcasts e programas online de tecnologia, e neste vídeo rápido do Tekzilla explica um truque simples de configuração para fazer com que algum app deixe de apresentar seu ícone na dock enquanto roda.

Existem utilitários que fazem o mesmo processo com facilidade, mas ao fazer do jeito do vídeo você pode exercitar alguns conceitos interessantes típicos do OS X, como a abertura do pacote de um aplicativo para ver os arquivos que fazem parte dele e a edição de arquivos de propriedades (plist). Além disso, a dica rapidíssima da Veronica mostra como usar a propriedade LSUIAgent para fazer um aplicativo comum apresentar-se ao sistema como se fosse um agente – e agentes não têm seus ícones mostrados na Dock como os demais softwares.

O truque é simples: no arquivo info.plist do app em questão, você precisa incluir as linhas abaixo logo abaixo da linha que contém a tag <dict>:

<key>LSUIElement</key>
<string>1</string>

O vídeo mostra os passos, mas se você não tem prática na edição de plists, experimente com algum app que não lhe faça falta, e faça um bom backup, antes de se aventurar em aplicativos que sejam críticos para as suas atividades – ou você pode acabar tendo de procurar a Veronica para pedir ajuda...

E para ver mais apresentações da Veronica, assista o Tekzilla

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