Mac Mini: modo de usar

O Mac Mini, com seu gabinete quadrado de meros 20cm (e 3,6cm de altura), de operação silencioso e com baixo consumo de energia, é a escolha de muitos usuários para um primeiro contato com os Macs, e garante este posto não apenas pelo preço mais baixo em relação ao MacBook, mas também por oferecer recursos interessantes.

Ontem a linha Mini (ou mini, em minúsculas, como prefere a Apple) completou 7 anos, e ela conta com minha simpatia e admiração, como já vimos no post "Mac Mini: vale a pena?", escrito a partir da minha própria experiência usando o Mini como desktop e como media center.

Não vou repetir tudo o que já foi dito lá, mas eis um pequeno resumo das características dos 2 modelos default atuais: gabinete unibody em alumínio, slot para cartão SD (SDXC, até 64GB), entrada e saída de áudio (conector de microfone e headphone comuns, ou padrão iPhone, ou ainda conector digital Mini TOSLINK), 4 portas USB 2.0, Ethernet, FireWire, HDMI, Thunderbolt, fonte interna, WiFi, Bluetooth, processador Core i5, 2GB ou 4GB de RAM, 500GB de disco, placa gráfica Intel ou Radeon, OS X Lion.

[Leia também: Mac mini conectado à TV: funciona bem ou não? Veja o resultado dos testes]

O desempenho dos processadores Core i5 é interessante e representou um grande salto sobre os modelos do ano anterior, que deixavam a desejar, mas vale destacar que ao mesmo tempo que o Mac Mini de 2,3GHz é o Mac com preço de tabela mais baixo (R$ 1.799), também cabe a este modelo mais barato o posto de Mac com menor desempenho no teste Speedmark.

Mas vale também o contraponto positivo: o outro modelo de Mac Mini (o de 2,5GHz) ganha no Speedmark tanto do MacBook Air quanto do MacBook Pro mais básicos da linha - veja os detalhes no comparativo de desempenho de todos os Macs.

Para completar as características, alguns pontos negativos frequentemente mencionados: ele não é feito para receber upgrade de hardware pelo usuário (o único procedimento oferecido é ampliar a memória RAM), não vem com teclado, mouse ou drive de DVD, precisa de um adaptador não incluído caso você queira usar um monitor VGA (um adaptador de HDMI para DVI vem incluído).

Mac Mini: como usar

Eu comprei meu primeiro Mac Mini há cerca de 5 anos, para usar como media center. Posteriormente ele recebeu upgrade para o Mac OS X Snow Leopard, cheguei a usá-lo como desktop auxiliar por alguns meses, e hoje ele permanece em uso por outra família, escondido atrás da TV da copa/cozinha, servindo basicamente como media center e estação de acesso à Internet (inclusive para procurar receitas no Google e os grandes sucessos de Ray Conniff no Youtube).

Durante um período mais longo, o meu desktop principal no home office foi um Mac Mini comprado em 2010, rodando tanto o Mac OS X Snow Leopard quanto o Ubuntu. Hoje ele foi substituído (por um iMac), mas ainda o uso como desktop auxiliar em outros projetos, e agora ele roda o OS X Lion. E o desktop da minha esposa é um silencioso Mac Mini modelo 2011, no qual ela não sente a menor falta de drive de CD/DVD.

Mas estes 2 usos (desktop e media center) que já experimentei e aprovei para o Mac Mini não são os únicos em que ele vem sendo adotado, e um artigo do Unofficial Apple Weblog ontem destacou uma lista de outras utilidades frequentes do Mini, que não vou traduzir mas quero comentar:

  • Media Center: essa eu já usei e aprovei. Atualmente me acostumei à comodidade de um Apple TV, mas quando quero algum recurso que vai além das suas limitações, preciso plugar um notebook na TV da sala. Na época do Mac Mini rodando XBMC naquele posto, isso jamais acontecia (e raramente eu precisava usar teclado: o Apple Remote resolvia quase tudo). Vale destacar um ponto que consta no post do TUAW: plugando uma interface de captura de TV ao Mini, ele pode se transformar em uma boa solução de DVR, gravando seus programas preferidos. Por outro lado, neste cenário o drive de DVD ausente pode fazer falta.
     

  • Primeira estação de desenvolvimento para iOS: Desenvolvedores querendo se aproximar do iPhone, iPad e do iOS em geral podem encontrar no mais barato dos Minis recursos suficientes para rodar o Xcode e tudo o mais que precisam para desenvolver, testar e publicar os apps nos quais darão seus primeiros passos na plataforma. Mas recomendo 4GB de RAM, e já prever que, em caso de sucesso, a tentação por fazer upgrade para um Mac com maior desempenho não tardará.
     

  • Computador para as crianças da casa: Um Mini já bem usado pode vir a ser uma boa solução de entretenimento para a geração mais recente da família, especialmente se for dotado de um teclado e mouse bem resistentes. Ele normalmente exige pouca manutenção e é suficientemente fácil de operar. Aliás, um Mini também pode ser uma boa escolha para ser o desktop de um familiar adulto pouco versado nas artes digitais, como foi o caso daquele modelo de 5 anos atrás que comentei acima, e que hoje está muito bem instalado em uma cozinha.
     

  • Sistemas embarcados: quiosques, apresentações interativas, etc. que precisem dos recursos de um desktop completo mas nas quais o computador em si deva desaparecer de vista.
     

Nem sempre isso acontece (por aqui é frequente, obrigado!), mas os comentários dos leitores de lá acrescentaram várias formas interessantes de usar o Mini, que também comentarei brevemente:

  • Media center na TV da sala, mas com webcam para permitir video chat em família
  • Servidor doméstico e nuvem privativa (mail, agenda, multimídia, impressão, arquivos, torrents, backups, acesso remoto, segurança doméstica, ...)
  • Desktops para apresentações em auditórios, salas de conferência e de aula
  • Controladores XSAN para um sistema de armazenamento de 36TB
  • Servidor de acesso remoto (via iPhone ou iPad) para suporte a redes de Macs

Outros testemunhos de usuários devem continuar aparecendo por lá, confira! E se você tem interesse em considerar aderir aos Minis, leia também nosso post anterior, que está atualizado para os modelos correntes da linha: "Mac Mini: vale a pena?"

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