Stylus: Como escolher (ou não) uma caneta para o iPad
As canetinhas (instrumento também chamado de stylus) já foram a principal forma de interação com telas sensíveis ao toque (e eu me virava muito bem com elas no tempo do Palm...), mas a evolução da tecnologia que permite a leitura suficientemente precisa das pontas dos dedos permitiram a sua aposentadoria em muitos aparelhos.
Só que dispensar a caneta como forma principal de comando (seleção de apps, entrada de dados, navegação pela interface, etc.) de um dispositivo móvel não significa necessariamente que ela é indesejável para todas as outras finalidades.
No que diz respeito ao comando eu tendo a concordar com a opinião de Steve Jobs: nesta década, se um produto do gênero exige um stylus para ser operado, algo deve ter dado errado.
Mas na hora de desenhar, fazer diagramas, escrever à mão livre e mais, uma caneta pode ir muito bem, e a variedade de opções disponíveis no mercado internacional (com algumas à venda no mercado brasileiro também) é um testemunho disso.
Qual a melhor caneta para o iPad?
Em um post recente comparando 3 apps de escrita à mão para o iPad (que recomendou o Noteshelf), a leitora Simone incluiu a seguinte pergunta:
Perdoem minha ignorância, mas a caneta tem influência na qualidade do resultado final? Qual a melhor opção?
Não é ignorância nenhuma, Simone! Assim como na escrita em papel, a qualidade da caneta certamente é um dos elementos que pode influenciar o resultado. Ela pode ser mais fácil de segurar, pode ter a ponta mais precisa, etc.
Eu já usei e testei vários modelos, e os que mais me agradaram para fazer anotações e rabiscos em geral (especialmente diagramas em anotações de aulas e reuniões) no iPad foram 2 modelos específicos: Bamboo Stylus e Alupen.
A primeira – Bamboo Stylus – me agradou pelo equilíbrio geral: sua fabricante, a Wacom, tem décadas de experiência no ramo das mesas digitalizadoras, e parece ter aplicado seu conhecimento ao fazer uma caneta para iPad que é ao mesmo tempo fácil de empunhar, transfere os movimentos com precisão ao aparelho e não "pesa" mesmo após um bom tempo escrevendo em posições que nem sempre são tão confortáveis quanto as que se consegue ao escrever em papel.
Já a segunda – Alupen, da JustMobile – tem uma virtude oposta à da Bamboo: seu design que lembra um giz de cera grande e pesado permite empunhar com firmeza ao escrever, e o peso mantém a ponta sempre firme na tela do iPad. É um modelo projetado para uso artístico, e não deve ser prático para anotar durante períodos longos, mas para mim raramente é o caso.
Mas o que você lê acima é meramente minha opinião pessoal, em um caso de uso restrito (meras anotações - não faço desenho, pintura ou retoque de fotos, por exemplo) e sem critérios científicos aplicados. Para uma orientação mais ampla na escolha de modelos de canetas para seu iPad, recomendo 2 recursos on-line com informações mais amplas:
- The current state of styli and the iPad: não é propriamente uma comparação de modelos (embora encha de elogios a Bamboo Stylus), mas serve como uma visão geral do assunto: as canetas, os apps e o que há ao redor.
- O comparativo da MacWorld: dezenas de canetas para iPad, divididas em categorias, com notas individuais aplicadas a 7 critérios diferentes, e links para descrições detalhadas. É praticamente a enciclopédia das canetas, e também fala bem da Bamboo Stylus.
Agora é só escolher (ou decidir que você não precisa de uma!) ツ
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