Um sistema operacional como o OS X, caracterizado por expor na sua interface gráfica de administração um número reduzidíssimo das opções de configuração aplicáveis aos seus componentes, é terreno fértil para o surgimento de utilitários que vão para o outro extremo da escala, e oferecem opções em excesso para o usuário médio.

Mas para o usuário avançado, este tipo de utilitário tem seu valor, pois ele pode ser a forma mais simples de ter acesso a determinadas opções do sistema sem ter de anotar, decorar ou mesmo pesquisar a cada vez qual a forma de alterá-las diretamente (em geral via comandos no Terminal).

Pessoalmente não uso, nem recomendo. Mas para quem sente esta demanda, o tradicional utilitário Cocktail, que acabou de lançar uma versão para o Lion, pode ser uma boa pedida: ele é uma verdadeira cornucópia de configurações adicionais, além de trazer opções de reparo e a assim chamada "otimização" de discos e de conexões de rede - que não necessariamente otimiza para o uso que você faz do equipamento, embora tenha este potencial nas mãos de quem compreende o funcionamento do sistema.

Ao contrário de outros concorrentes, a interface do Cocktail é limpa e suficientemente fácil de usar, dividida em 5 categorias principais:

• Discos
• Sistema
• Arquivos
• Rede
• Interface

Cada uma delas pode estar dividida em outras. A categoria Sistema, por exemplo, está dividida em Scripts, Memória, Spotlight, Time Machine, Bases de dados, Inicialização e Miscelânea, e em cada uma das suas abas você encontra opções para inspecionar, ativar, desativar ou modificar comportamentos associados.

Para completar, uma opção "Pilot" executa rotinas automáticas (na hora ou agendadas) da chamada limpeza e otimização do sistema: esvaziamento de caches, redução dos arquivos de logs, etc.

Volto a frisar: não uso, nem recomendo o uso regular deste tipo de ferramenta. Mas há quem curta, e toda semana me perguntam, portanto fica a referência do Cocktail!

Leia também: Deeper: um utilitário grátis para personalizar o Lion