A nova surra da Netflix na HBO é mais um indicativo do futuro da TV

Se a chegada à Suécia dos 2 novos gigantes da distribuição de programação é uma amostra do que está por vir, a TV do futuro está mais próxima do que pensamos.

Eterno insatisfeito com o atual modelo de TV em que o conteúdo é despejado em massa e é o espectador que precisa ajustar o dia e hora de assistir, acompanho com atenção as medidas que estão revolucionando este mercado, com novos distribuidores e métodos que permitem ao espectador escolher mais livremente o que e quando assistir.

Essa é a expectativa fundamental com a TV da Apple, que (por enquanto?) não passa de rumor, e já é oferecida, em maior ou menor grau, na caixinha Apple TV e em outros produtos similares, incluindo apps.

E é por isso que quando a Netflix e a HBO chegam a novos mercados eu olho com atenção, porque são ao mesmo tempo símbolos da "velha TV" e da "nova TV"1, e a forma como o público as recebe permite identificar tendências – e se eu vejo isso, certamente os executivos das grandes empresas do ramo vêem com bem mais atenção e detalhes.

Ambas chegaram recentemente aos países nórdicos, e o placar na Suécia é bem claro: o Netflix tem 308.000 espectadores por dia, e a HBO tem meros 17.000.

A chegada de ambos mostra a diferença: a Netflix chegou da sua maneira tradicional, com uma mensalidade baixa e um grande buffet de programação nem tão atualizada, e rapidamente superou todos os serviços locais. A HBO não apenas se permitiu chegar um pouco depois, como ainda exigia pagamento de assinatura por 1 ano, sem opção mensal.

Vou acompanhar com atenção o próximo passo dessa briga, que vai ser na Holanda.

 
  1.  Embora a HBO tenha algumas tentativas tímidas de adotar o novo modelo, sua estrutura de custos e a forma básica como oferece a programação ainda é a "antiga".

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