Torrents para Mac: nova versão do µTorrent traz várias novidades

O cliente de BitTorrent para Mac que incluímos em nossa lista de downloads essenciais é o Transmission, mas o lançamento da nova versão do µTorrent para Mac talvez mude isto rapidamente.

E a razão é simples: até recentemente o µTorrent para Mac era tratada como se fosse uma espécie de primo pobre, sem o mesmo polimento e os mesmos recursos disponíveis na versão para Windows.

Mas agora ele saiu da fase Beta, e tem vários truques novos para apresentar, incluindo alguns que não estão estão presentes no Transmission.

O recurso ao qual eu vi ser dada mais atenção nas análises dedicadas à nova versão do µTorrent para Mac é a possibilidade de assinar um feed RSS de torrents, podendo assim acompanhar automaticamente as disponibilizações de novas versões de um software, ou os novos episódios de um seriado: quando surge a novidade, o download começa automaticamente.

Mas eu gostei bem mais da precisão com a qual é possível definir, para cada horário e dia da semana, os horários em que o µTorrent pode operar, e quanto dos seus recursos de rede ele está autorizado a ocupar.

Torrent no iPad: Também me agrada a interface web caprichada e compatível com o iPad (imagem acima), permitindo assim melhor interagir remotamente com o µTorrent que estiver em execução na sua casa (se a sua configuração de rede permitir, claro) para iniciar, interromper ou controlar downloads.

O µTorrent está disponível para download gratuito.

Vibrações personalizadas para cada contato no iPhone

Que tal definir um padrão de vibração diferente para cada um dos seus contatos mais importantes, e aí saber - mesmo sem tirar o iPhone em modo silencioso do bolso - quando uma ligação é especialmente importante e exige esforço especial para atender, ou ao menos para mandar uma mensagem explicando que vai retornar em seguida?

O recurso de vibrações personalizadas veio como novidade no recém-lançado iOS 5, e complementa o recurso que já existia de definir toques diferentes para cada contato da sua agenda. Trata-se de uma opção de acessibilidade, levando a quem não tem audição plena, ou opera em ambientes muito ruidosos, a possibilidade de também diferenciar as chamadas sem precisar olhar para a tela do iPhone.

Mas ativar as vibrações personalizadas exige um procedimento extra: é necessário visitar Ajustes | Geral | Acessibilidade no seu iPhone, e usar a opção "Vibrações Personaliz.".

A partir daí, você pode ir no seu aplicativo Contatos, selecionar a entrada correspondente a cada pessoa que vai receber uma vibração diferenciada, e pressionar o botão Editar. Você perceberá que, logo abaixo da opção Toque, que permite definir um toque personalizado para aquele contato, agora haverá também uma opção Vibração.

Toque nela e você será levado a um seletor de vibrações, com 4 opções além da default, e mais a opção de criar sua nova, se desejar. Opte pela que preferir (o iPhone vibrará no padrão quando você fizer a seleção), confirme e pronto: está definida uma vibração especial para o contato!

Nova versão do Instapaper é app obrigatória no seu iPad

O Instapaper, que já era um dos melhores aplicativos para iPad, teve lançada ontem a sua versão 4.0 que marca uma mudança de paradigma na exibição dos artigos armazenados: sai de cena o modelo "lista vertical" (a lista de títulos, um em cima do outro, como no Google Reader ou no seu cliente de e-mail) e chega ao iPad a nova visualização no estilo revista (um quadro exibindo títulos e trechos, como no Flipboard, mas mais espartano).

Instapaper, você já sabe, é uma solução para a leitura dos artigos da web nos quais você tropeça todos os dias, tem interesse, mas não tem tempo para ler na hora. Ele permite criar um botão “Ler Depois” (ou um bookmark equivalente) no seu navegador preferido do computador ou notebook e aí, sempre que você pressionar este botão (ou o bookmark), o texto da página que estiver aberta será enviado ao Instapaper, justamente para que você possa… ler depois.

E o mais legal: a cada vez que você abre a app dele no iPad, ele busca e armazena localmente os artigos que você tiver selecionado, de forma a tê-los disponíveis para leitura posterior mesmo se você estiver sem conexão. E quando você for mesmo ler, terá o texto do artigo (e suas ilustrações) expostas em formato livro, com diagramação confortável, removendo barras laterais e outros elementos gráficos do site original (que você também pode acessar, se desejar).

Além da interface mais confortável e que induz à leitura, e não apenas ao armazenamento de referências, agora há também um recurso de capturar os artigos mencionados pelos seus amigos no Twitter, Facebook ou Tumblr (algo que também lembra o já mencionado Flipboard, mas com o "jeito Instapaper de ser"), bem como um recurso (exclusivo de quem opta por pagar a assinatura de US$ 1 por mês) de busca textual em todo o conteúdo armazenado na sua conta.

O botão Editors na barra lateral não é exatamente uma novidade, mas permanece quase mágico: ele dá a quem lê em inglês um recurso adicional muito interessante, na forma de uma seleção atualizada de artigos obtidos no Give Me Something to Read, para você nunca ficar sem ter o que ler na sala de espera do dentista.

E tem muito mais: as notas de lançamento publicadas pelo autor do Instapaper apresentam com detalhes e ilustrações tudo o que há de novo, e permitem identificar seus diferenciais em relação ao Reading List, recurso claramente inspirado no Instapaper que a Apple incorporou ao Safari no iOS 5.

Recomendadíssimo - e se você já era usuário, não deixe o upgrade para depois!

AirServer: assista no Mac aos vídeos do seu iPad ou iPhone, via AirPlay

O AirPlay é o serviço da Apple que há um bom tempo permite enviar pela rede sem fio o áudio do seu iPad ou iPhone para aparelhos de som compatíveis (ou para qualquer aparelho de som conectado a um AirPort Express), e que recentemente também passou a poder enviar vídeos e fotos.

Só que quanto aos vídeos e fotos há uma pegadinha: a Apple só suporta este serviço quando o áudio estiver sendo enviado para uma Apple TV (de segunda geração, ainda por cima).

Mas transmitir um vídeo ou um slideshow de fotos do seu iPhone ou iPad para um Mac é algo que também faria grande sentido, especialmente se o Mac em questão for aquele Mini que fica conectado à TV da sala e faz papel de central de entretenimento digital (ou se for o MacBook conectado ao projetor do auditório, ou em tantos outros cenários práticos).

E como a Apple não suporta, surgem as alternativas de terceiros. Há várias, mas a que eu testei e gostei é o AirServer, uma app que custa 8 dólares e essencialmente faz o Mac se fingir de Apple TV sempre que algum dispositivo pesquisar na sua rede sem fio se há algum display com suporte a AirPlay presente, e aí aceitar as transmissões de imagens e de áudio que você enviar pelo iPad ou iPhone.

A instalação no meu caso foi muito simples, tanto em um mini quanto em um iMac: ele funcionou perfeitamente usando a configuração default.

Na prática, após instalar o AirServer no Mac, tudo que eu precisei fazer foi pegar o iPhone (ou o iPad, ou o iPod Touch), verificar que ele e o Mac estavam em uma mesma rede sem fio, rodar nele algum aplicativo com suporte a AirPlay (no meu caso foi o Vídeos) e pressionar o botão de seleção de saída AirPlay (marcado na imagem acima).

Aí foi só escolher o meu computador, que apareceu listado pelo nome (como você vê na imagem acima).

E em poucos segundos o vídeo apareceu, já em tela cheia (mas dá para colocar em uma janela redimensionável facilmente, como você vê na imagem acima) e com o áudio sincronizado, no meu Mac. Os controles de avançar, retroceder, pausa, volume etc. são exibidos quando você movimenta o ponteiro do mouse sobre a área da imagem, e somem depois (e também ficam disponíveis na tela do iPhone/iPad).

Um detalhe importante: o vídeo funcionou sem falha nenhuma para mim nas apps que têm suporte direto ao AirPlay (iPod, iTunes, Vídeos, Vevo, Fotos, YouTube, etc.), mas não há suporte ao modo mirroring que permitiria ver as imagens de apps sem suporte nativo, ok? Vamos torcer para que ele surja no futuro, e aí dê de exportar para a telona do Mac as imagens de todos os jogos do iPad ツ

Outro detalhe essencial: embora o AirServer já fosse um velho conhecido, a dica de que ele já estava tão apto a ser usado para exibir vídeos no Mac veio por meio de um twit do desenvolvedor @felipek.

A licença para instalar o AirServer em até 5 Macs custa US$ 8, pagáveis via PayPal. Existe também uma versão para iOS, que pode ser instalada em iPhones e iPads para que eles também possam receber vídeos (e não apenas enviá-los) via AirPlay - mas esta outra versão exige jailbreak, e não a testei.

Como acessar o novo teclado dividido do iPad

O teclado dividido, ou split keyboard, pode ser uma das mais confortáveis novidades do iOS 5 no iPad, especialmente para quem segura no colo o iPad, no sofá ou na poltrona ツ

Quem já fez a atualização do seu iPad para o iOS 5, disponibilizado ontem, já tem acesso ao novo modo de teclado que facilita a vida de quem segura o teclado com as duas mãos e eventualmente deseja digitar usando apenas os 2 polegares, como é comum em celulares (mas inconveniente em telas maiores): o teclado dividido, ou split keyboard.

Dividir o teclado, para garantir que os olegares conseguem alcançar qualquer uma das teclas, é bem simples: basta manter pressionada a tecla de Esconder o teclado (no canto inferior direito) até aparecer o menu com a opção "Dividir, e aí fazer uso dela.

Se você preferir, há também um atalho simpático: pressione 2 teclas quaisquer, uma em cada lado do teclado, e aí mova os dedos em direção às bordas laterais da tela, arrastando assim cada uma das metades do teclado, que se separarão.

O gesto oposto, ou a opção Juntar, que surge no menu da tecla Esconder, fazem o teclado voltar a ser uma peça única.

Uma vantagem adicional, ao menos em determinadas situações, é que você pode desacoplar da base da tela o seu teclado - usando a opção apropriada do menu, ou sempre que o teclado estiver dividido, você pode colocar o teclado virtual mais para cima, ou mais para baixo, arrastando-o imediatamente ao pressionar a tecla Esconder, antes que o menu dela apareça.

Dennis Ritchie, 1941 - 2011

Dennis Ritchie, criador da linguagem C (desenvolvida inicialmente por ele entre 1969 e 1973) e co-criador do Unix (juntamente com Ken Thompson) faleceu no último final de semana, após uma longa enfermidade. Ritchie aposentou-se em 2007 como pesquisador na Lucent (então proprietária dos antigos Bell Labs, onde nasceu o Unix), mas permanecia atuando como consultor.

O OS X é um sistema Unix certificado, herdeiro direto da criação original de Ritchie por meio dos projetos Darwin, NeXTSTEP e BSD (entre outros), e assim é simples perceber que devemos muito às ideias originais e ao esforço que Ritchie fez para disseminar a linguagem C e o sistema operacional Unix.

Tive oportunidade de escrever há pouco tempo no developerWorks sobre uma das últimas homenagens recebidas pessoalmente por Ritchie em honra ao seu papel na origem do Unix: o Prêmio Japão, entregue anualmente a pessoas de todas as nacionalidades cujas realizações em ciência e tecnologia sejam reconhecidas como tendo feito avançar as fronteiras do conhecimento e servido à causa da paz e prosperidade para a humanidade.

Segundo a descrição publicada pela fundação japonesa que administra o prêmio, “comparado a outros sistemas operacionais mais conhecidos na época, seu novo e avançado SO era mais simples, mais rápido e apresentava um amigável sistema de arquivos hierárquico”. A fundação também reconhece no UNIX uma das forças que impulsionaram o desenvolvimento da Internet, em grande parte devido ao BSD, a versão expandida que foi desenvolvida no campus de Berkeley da Universidade da Califórnia e que incluía o protocolo TCP/IP, fato que também levou ao surgimento da cultura Open Source.

Descanse em paz, Dennis Ritchie. Suas contribuições para o desenvolvimento da informática e tecnologia frutificaram de maneiras que você acompanhou ao longo de décadas de vida, e ainda por muito tempo seu nome será lembrado e associado a uma obra que certamente mudou o ambiente tecnológico de várias maneiras positivas e duradouras.

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