iPhone 4S: Vale a pena fazer o upgrade? Veja os números.

A resposta definitiva depende de cada usuário de iPhone - não há uma regra geral para análise de custo/benefício, política de atualização, possibilidade de estar "de olho" em algum recurso só disponível em algum outro aparelho, etc.

As diferenças mais evidentes do iPhone 4S em relação ao iPhone 4 são a nova câmera de 8 megapixels e que grava vídeos full HD 1080p e o assistente pessoal comandado por voz, que no momento nem estará disponível no nosso idioma nacional.

Mas a terceira das vantagens que a Apple destacou no novo modelo é o novo chip A5 dual core. "E isso faz diferença prática?", perguntou uma vizinha ontem no elevador, "Afinal ele vai rodar as mesmas apps, não?".

E eu respondi: faz sim, mas a questão é se essa diferença tem valor para você.

Uma nova CPU, em si, é algo difícil de quantificar sem fazer testes práticos, mas a vantagem que ela costuma agregar é mais desempenho: as tarefas podem ser realizadas de forma mais rápida. Dependendo da situação, este desempenho adicional também pode viabilizar aplicações que não seriam possíveis no nível de desempenho oferecido pela CPU anterior.

A questão que permanece em aberto para quem ainda não teve oportunidade de experimentar um iPhone 4S é determinar o quanto ele é mais rápido. Será que é perceptível nas tarefas que você executa?

Na minha opinião, provavelmente sim. E a razão que justifica esta opinião são os benchmarks preliminares publicados pelo Anandtech, que mostram uma velocidade bastante superior a qualquer outro smartphone, e chegando muito próxima da do iPad 2, atual campeão no espaço mobile.

Como são preliminares, certamente serão ajustados após a disponibilidade comercial do aparelho, nos próximos dias (portanto, antes de comprar algo com base nestes números, verifique se já saiu a versão atualizada).

Mas os números atuais são interessantes mesmo sendo preliminares e carentes de confirmação.

Por exemplo, no teste Sunspider (que mede a velocidade do navegador em tarefas "da vida real"), o iPhone 4S foi 43% mais rápido que o iPhone 4, com ambos rodando o iOS 5. No teste BrowserMark, o ganho foi ainda maior: desempenho 73% superior.

Para testar CPU e memória, uma opção comum é o Geekbench, e no resultado geral dele o iPhone 4S também deu um banho, a se considerar o número publicado pelo Anandtech: o score passou de 360 para 623, num ganho de 73%.

Quanto aos gráficos, a comparação geralmente é feita com os testes integrantes do pacote GLBenchmark 2.1. E aqui o ganho é fora do comum: no teste Pro, os 15.3 quadros por segundo que o iPhone 4 conseguia exibir (já bastante defasados até mesmo entre os melhores Androids lançados ao longo do último ano) dão lugar a 122,7 quadros por segundo do iPhone 4S - ou seja, multiplicou o desempenho por 7.

A dúvida inicial permanece: esta diferença de velocidade tem valor para você? Não posso responder. Mas agora que você já sabe de quanto deve ser a diferença, poderá melhor avaliar!

Download grátis: livro em PDF conta a história e os bastidores do Macintosh

Todo entusiasta que acompanha o histórico da Apple sabe que o Macintosh, início da linhagem dos Macs de hoje, foi um projeto que teve uma gestação complicada que culminou em um parto difícil: no lançamento do produto, no início de 1984, já estavam presentes os componentes de conflito que levaram ao afastamento de Steve Jobs da companhia no ano seguinte, e que já haviam afastado Jef Raskin, criador inicial do conceito, 3 anos antes.

Ao mesmo tempo, é de conhecimento do público o grau de envolvimento de Steve Jobs neste projeto, o que o fez ser lembrado com bastante frequência ao longo da última semana.

Entre os que fizeram esta associação está Guy Kawasaki, hoje investidor (e autor da regra dos 10/20/30 para apresentações em PowerPoint que não dão sono), mas no início da década de 1980 um dos encarregados do marketing do Macintosh.

E ele resolveu prestar um tributo a Steve Jobs de uma maneira especialmente positiva: disponibilizando para todos os interessados uma cópia em PDF do seu livro The Macintosh Way, escrito logo após o próprio Guy ter deixado a empresa por discordar de atos da sua gestão pós-Jobs, em 1987.

Em cerca de 200 páginas, Guy conta como funcionava a ebulição permanente na divisão Macintosh, que buscava a inovação mesmo lutando contra adversários internos (além dos externos), e para isto empregava técnicas de gestão equivalentes a táticas de guerrilha.

É possível que você não esteja interessado em gestão e marketing, mas as narrações dos episódios dos bastidores e subterrâneos do projeto do Macintosh original certamente ficaram especialmente interessantes nesta semana em que tantos de nós refletiram e relembraram sobre a influência destes produtos, e de seus criadores, na nossa rotina.

Uma observação: o arquivo em PDF disponibilizado pelo autor funciona bem no computador, mas uma aparente má formatação de metadados impede sua leitura no iPad. Se você quiser ler no iPad, abra primeiro o arquivo no Preview ("Pré-Visualização") em seu Mac, use a opção Arquivo | Exportar e gere assim um novo PDF, que poderá ser transferido para seu iPad e lido sem problemas. Ou pegue esta versão alternativa feita por Carol Porter que pode ser aberta diretamente no iPad, mas é um download 4x maior ツ

Converter FLAC e WMA para MP3 no Mac: como fazer

Converter WMA e FLAC para MP3 no Mac pode ser mais fácil do que você imagina.

O leitor Luís G. C. perguntou, via link de contato do BR-Mac:

Estou migrando minha coleção de música aos poucos para o iTunes, e já estão acabando os álbuns em formato MP3, os restantes estão em FLAC e WMA, e o iTunes não aceita. Tem um jeito fácil de converter WMA e FLAC para MP3 no Mac?

É chato quando a pessoa importa para o computador o áudio dos seus CDs originais para um formato que mais tarde descobre ser incompatível com o aplicativo que deseja usar, né? Mas tem solução sim, até mais de uma - e vou apresentar uma forma bem simples.

Antes de prosseguir, um alerta importante: de modo geral, as conversões de formato de áudio conduzem a alguma perda da fidelidade, e isso é especialmente verdadeiro no caso da conversão de FLAC para MP3. Provavelmente isso não vai atrapalhar a sua apreciação das músicas que colecionou, mas talvez valha a pena guardar um backup dos originais em algum lugar para algum futuro dia em que precise tocá-las para um maestro ツ

E a solução que eu indico não serve só pra FLAC e WMA: com ela você consegue converter para MP3 uma lista enorme de formatos de áudio, como ogg e wav, além de extrair o áudio de vários formatos de vídeo.

Trata-se do All2MP3, uma app gratuita que funciona no OS X 10.4 em diante (incluindo o Lion, não mencionado no site) e cujo funcionamento é bem simples: você arrasta para a janela todos os arquivos que quer converter, especifica a qualidade do arquivo MP3 que quer gerar (quanto melhor, maior o arquivo) e vai tomar um café enquanto ele converte e grava na mesma pasta do original.

A conversão entre formatos pode ser uma operação relativamente trabalhosa, exigindo tempo e esforço consideráveis do seu computador - portanto vale a pena deixar para fazer um lote de conversões quando estiver para ficar sem usar o Mac por algum tempo, caso contrário a disputa entre o outro aplicativo que você gostaria de usar e o All2MP3 pode ser desigual!

Steve Jobs, 1955 - 2011

Faleceu hoje Steve Jobs, co-fundador da Apple e o arquiteto da sua forma atual, com produtos como o iPhone, iPad, MacBook Air e o icônico iPod.

Jobs teve passagens memoráveis por outras áreas - como a estruturação do estúdio de animações Pixar na forma como hoje o conhecemos e a criação do sistema operacional NeXTSTEP, firmemente construído sobre bases em código aberto.

Assim como o NeXTSTEP acabou sendo a base para o Mac OS X, quando Jobs retornou à Apple no final do século XX, todas as ações e ideias de Jobs são percebidas como relacionadas à companhia que ajudou a fundar, em uma garagem, em 1976.

Steve Jobs lutou uma longa batalha contra um câncer no pâncreas diagnosticado em 2004 e que acabou conduzindo ao seu afastamento definitivo da direção executiva da Apple no final de agosto.

Em memória de Jobs, uma citação de um discurso, dirigido aos alunos da universidade de Stanford, proferido por Steve Jobs em 2005:

No one wants to die. Even people who want to go to heaven don't want to die to get there. And yet death is the destination we all share. No one has ever escaped it. And that is as it should be, because Death is very likely the single best invention of Life. It is Life's change agent. It clears out the old to make way for the new. Right now the new is you, but someday not too long from now, you will gradually become the old and be cleared away. Sorry to be so dramatic, but it is quite true.

Em tradução livre: "Ninguém quer morrer. Mesmo quem quer ir para o céu não quer morrer antes de chegar lá. Mesmo assim a morte é o destino que todos compartilhamos. Ninguém jamais escapou dela. E é assim que deve ser, porque a Morte é provavelmente a melhor invenção da Vida. Ela é o agente de mudanças da Vida. Ela limpa o velho para abrir caminho para o novo. Agora o novo é você, mas algum dia não muito distante, você gradualmente se tornará velho e será removido. Desculpem por ser tão dramático, mas é bem verdade."

Descanse em paz, Steve. Você disse que as pessoas precisam morrer para dar espaço ao que é novo, mas sabemos que ainda faltava um bom tempo para chegar a sua vez nessa fila. Por aqui estamos de luto, sabendo que certamente a sua memória viverá - e não apenas nos produtos e inovações que chegaram a nós por meio de suas mãos e de sua direção.

Rumo ao Eden: o que esperar do novo XBMC 11 no Mac e iPad

O XBMC é um dos aplicativos preferidos de quem transforma (sempre ou ocasionalmente) seu Mac em Media Center, e não é pra menos: trata-se de uma solução completa que serve tanto como aplicativo para usar na tela do seu Mac quanto para ser a base de uma central de entretenimento digital que funciona bem em toda a linha – inclusive nos Mac Minis, que agora vêm com saída HDMI nativa e são bem fáceis de instalar perto da maior TV da casa ;-)

Um ponto em que o XBMC brilha é a possibilidade de criar bibliotecas de conteúdo multimídia, agrupando filmes, episódios de seriados, músicas, etc. e até mesmo obtendo via Internet as ilustrações das capas, textos descritivos de filmes e episódios e mais – perfeito para videófilos, ainda que às vezes não seja tão fácil colocar este recurso em uso.

O premiado XBMC é um programa open source que está em atividade desde 2003, e hoje tem versões para Mac, Linux e Windows. Ele exibe praticamente todos os formatos populares de áudio e vídeo (inclusive com as legendas!), funciona com arquivos locais (do seu HD, discos removíveis, pen drives, etc.) quanto via streaming. E tem tantas funcionalidades extras que nem dá de pensar em fazer uma lista delas aqui!

A chegada do XBMC nos iPads e iPhones também já é uma realidade há algum tempo, mas acessível só para quem recorre a procedimentos de destravamento, tipo jailbreak.

Mas a atual versão corrente do XBMC, chamada Dharma, já está com os dias contados: o XBMC 11.0, denominado Eden, se aproxima cada vez mais e acaba de entrar no estágio chamado soft freeze, no qual nenhum desenvolvedor poderá mais incluir novos recursos que não estivessem previamente definidos, a não ser que sejam considerados críticos para o lançamento. Em outras palavras: é o ponto em que os desenvolvedores começam a se concentrar em fechar o que está pendente e ter uma versão pronta para nós, usuários finais, testarmos: o beta.

Como novos recursos não vão mais ser agregados, já dá de fazer a lista de novidades da versão, e os próprios desenvolvedores destacaram algumas:

  • Uma nova visão "Arquivos" na biblioteca de vídeos, para tentar resolver a questão de entendimento para quem está acostumado a compreender sua coleção de vídeos como um agregado de arquivos no disco, e não como um conjunto de títulos apenas.
  • Mudança para orientação horizontal no tema default, para mostrar mais informação útil nas telas widescreen. O tema vertical continua disponível como opcional.
  • Ganhos de eficiência para reduzir o uso de CPU e da placa gráfica
  • Melhorias no suporte a touchscreen, especialmente para a versão iOS
  • Possibilidade de incluir seus add-ons favoritos na tela Home

E mais uma série de melhorias visuais, na reprodução de vídeos, novas maneiras de encontrar e fazer streaming de conteúdo, e mais - que eles prometem apresentar aos poucos no site do XBMC.

Sou usuário do XBMC há muitos anos e, pelo jeito, vou continuar sendo ツ

Leia também: Plex: um media center completo no seu Mac

Growl: notificações para o Mac, agora na Mac App Store

Enquanto aguardo começar o evento "Let's talk iPhone", em que a Apple vai anunciar novidades relacionadas ao iOS 5 (que inclui entre suas principais novidades um sistema de notificações mais moderno e funcional), ainda dá tempo de falar sobre a grande novidade na semana no que diz respeito às notificações no Mac: o Growl chegou à Mac App Store.

Integrante da lista dos downloads para Mac essenciais, o Growl permite à grande variedade de aplicativos que o suportam exibir notificações no seu desktop, discreta e eficientemente, de forma altamente configurável.

Ele acrescenta um grau de interatividade superior, uma vez que os aplicativos passam a ter a oportunidade de comunicar seus eventos mesmo fora de sua janela, e sem ficar no caminho da aplicação que estiver em uso.

Eu o uso até mesmo nos meus próprios scripts, onde abuso de um recurso que seria chato se viesse ativado em aplicativos de terceiros: habilito o Growl a me informar via síntese de voz do OS X quando ocorre alguma exceção ou falha que exija minha atenção imediata - como algum erro na publicação de um post, por exemplo.

E agora o Growl chegou à Mac App Store, atualizado para a versão 1.3 e trazendo um novo recurso que lembra algo que o iOS 5 também trouxe de positivo: um histórico de notificações facilmente consultável, para que você possa saber o que aconteceu no seu Mac enquanto você estava ausente ou prestando atenção a outra tarefa.

Como em outros casos de aplicativos profundamente integrados ao OS X que fizeram a transição para a Mac App Store, ocorreu uma mudança importante na forma de acesso: o Growl 1.3 opera em uma janela comum de aplicativo, e não mais como um painel das Preferências do Sistema.

Os desenvolvedores recomendam que o upgrade de uma versão anterior para a versão da Mac App Store deve ser precedido pelo uso de um desinstalador da versão anterior,
evitando assim possíveis problemas - as configurações serão preservadas.

O Growl permanece open source, mas a aquisição na Mac App Store custará US$ 1,99. Francamente, eu pagaria até mais do que isso, pela utilidade do programa e por saber que estes recursos permitirão a continuidade das atualizações do projeto.

Mais acessados:

Artigos recentes: