BooqPad: uma capa para iPad que une o melhor de 2 mundos

Eu uso bastante o meu iPad, inclusive em situações profissionais. Mas (e sempre tem um mas!) existe uma certa situação corporativa em que eu não me adapto bem a ele, que é a das anotações de reuniões.

Reuniões normalmente não são caóticas mas, quando está em curso alguma discussão criativa, é muito comum haver várias pessoas com a palavra quase simultaneamente, apresentando e propondo ideias que merecem ser registradas (mesmo que não seja você o encarregado de fazer a ata da reunião!).

E a minha observação prática é de que o iPad é uma excelente ferramenta para anotações de situações ordenadas: uma aula ou palestra (em que uma pessoa domina a exposição), uma ata de reunião (em que o responsável só precisa se preocupar em registrar os temas, conclusões e eventuais manifestações de quem está "de direito" com a palavra), etc.

Nestes exemplos ele brilha, seja por ferramentas de edição de texto tradicionais (como o WriteRoom, meu preferido), ou caligráficas (como o Penultimate ou o Bamboo Paper da imagem acima), ou mesmo de gravação de áudio (que nem sempre são adequadas) - ou algumas que combinam várias destas modalidades.

Eu digito bem mais rápido do que escrevo à mão, por isso anoto reuniões no WriteRoom mesmo - mas às vezes surge a necessidade de simplesmente rabiscar um diagrama, um gráfico, um conjunto de setas ou outras dessas representações que - dizem - valem mais que mil palavras, e por um breve instante eu fico com saudade do tempo em que anotava as coisas em blocos de papel. Mas ela passa na hora, assim que eu lembro da facilidade de compartilhar, indexar, pesquisar e reaproveitar as anotações que faço no WriteRoom ;-)

Entra em cena a BooqPad

Quase todas as minhas reuniões são sempre nos mesmos prédios, pelos quais eu me desloco sem levar pasta ou mochila. Antigamente era só com o bloco de anotações e uma caneta OU um notebook, e mais recentemente é só com o iPad.

Mas a minha demanda por complementar as anotações textuais com rabiscos em papel frequentemente tem me feito contrabandear uma folha de papel dobrada no bolso da camisa, junto com uma caneta Bic, e aí a minha vida na reunião fica muito mais feliz.

Já faz algum tempo que eu percebi que precisava de uma solução mais definitiva (e que pelo jeito ela não virá na forma de uma app, pois o problema não é exatamente tecnológico), e estava torcendo para algo parecido com a capa Moleskine para o iPad 1 chegar logo ao iPad 2 e ao meu conhecimento, mas com um requisito adicional: espaço interno para prender uma caneta sem grande perigo de riscar o iPad! ;-)

Vi alguns modelos, como o da Elago, mas nenhum deles me agradou. Mas nesta semana este quadro mudou: por meio de um anúncio na imprensa, chegou ao meu conhecimento a - nem tão nova assim - capa BooqPad iPad Agenda, feita para o iPad 2 e que atende a todos os meus requisitos: vem com bloco, prendedor de caneta e ainda traz um adicional cuja importância eu não havia percebido antes: espaço para levar alguns cartões de visita (seus e das pessoas na reunião).

O modelo escolhido por mim foi o preto e cinza, que pesa 320 gramas e vem acompanhado de um bloco de 50 folhas que servirá para complementar o WriteRoom do meu iPad por muitas reuniões vindouras ;-)

O preço deste modelo no site oficial é US$ 49,95 (sem incluir entrega nem taxas), mas infelizmente eles não entregam na América do Sul. Não tive dificuldade em encomendar o modelo desejado no eBay, entretanto, e - do jeito que os Correios andam - espero que chegue em setembro. Quando chegar eu faço um review para vocês!

FlashFrozen: mate quem está matando o desempenho do seu Mac

O plugin Flash é o responsável por parte considerável dos episódios de superaquecimento, redução da velocidade percebida e aceleração do consumo de energia dos computadores de seus usuários.

E o pior é que ele também sabe ser discreto: às vezes o culpado pela súbita aceleração da ventoinha e desaceleração de todo o restante do seu computador é um minúsculo banner em Flash mal implementado que ficou escondido em uma aba que você esqueceu aberta no navegador minimizado e não lembrará de visitar de novo nas próximas horas.

Existem várias soluções para este tipo de situação, e uma delas é a prevenção: desativar o Flash (seletiva ou integralmente) por meio de plugins ou configurações, ou mesmo deixar de instalá-lo - como foi a opção da Apple no iPad, por exemplo.

O FlashFrozen oferece uma alternativa diferente: ele reside na barra de menus do Mac e monitora constantemente o plugin Flash (do Chrome, Firefox ou Safari) sinalizando quando detectar que o Flash passou a usar mais do que um dado percentual (30% por default) da sua CPU.

Quando perceber o sinal visual do FlashFrozen, você tem 2 opções principais a seu dispor:

  • caçar qual a aba mal comportada e fechá-la, ou
  • clicar no ícone do próprio FlashFrozen para matar de uma só vez todos os plugins Flash em execução.

Na segunda opção, todos os banners e apps em Flash em execução serão substituídos imediatamente pelo ícone de plugin com problemas, mas não é nada definitivo: recarregar alguma das páginas ou abrir uma nova página com conteúdo em Flash continuará funcionando normalmente.

A partir da versão 1.3, um modo autokill passou a estar disponível e, enquanto estiver ativado, mata cada instância do plugin Flash que for detectada (ou seja, quando você quiser ver conteúdo Flash, precisa apenas desativar este modo).

O FlashFrozen pode ser usado isoladamente ou em conjunto com um plugin do tipo Flash Block de sua preferência - sendo que neste segundo caso ele é uma forma de agir sobre o conteúdo em Flash que estiver na sua white list do plugin.

E o mais curioso de toda a história é uma quantificação que eu não conhecia: segundo a medição efetuada pelo autor do utilitário, a diferença na corrente elétrica (em Ampères) é de 44% entre as situações "sem plugin Flash" e "rodando Flash em um vídeo do Youtube que já acabou e fica eternamente exibindo chamadas animadas pra outros vídeos", medida em um MacBook.

O FlashFrozen custa US$ 0,99 na Mac App Store.

Hat tip: Andy Ihnatko.

Como ler e-books em português no iPad

Não faltam opções de apps para ler ebooks no iPad: grandes nomes como Kindle (da Amazon) e Nook (da Barnes & Noble), além do iBooks da própria Apple oferecem a experiência de e-readers diretamente no seu tablet, e podem ser baixados gratuitamente da App Store.

Embora seja possível encarregar-se de converter e-books do seu computador para ler no iPad usando programas como o conversor Calibre ou mesmo o prosaico leitor de PDF GoodReader, a minha opinião de ávido leitor de e-books é que o uso dos leitores fornecidos pelas livrarias acrescentam grande vantagem pela conveniência na obtenção do conteúdo comercializado por elas.

Na minha opinião, portanto, a principal razão para optar por uma (ou várias, por que não?) dessas alternativas é o acervo: o conteúdo da livraria que vem associada a cada serviço. E a minha preferência é pelo Kindle, integrante da nossa lista de apps essenciais para iPad que traz o enorme acervo de e-books da Amazon e uma interface caprichada, tanto para adquirir os livros quanto para lê-los (no iPad, no Mac e até no iPhone).

Só que a razão de o acervo da Amazon ter apelo junto a mim é o fato de eu ler em inglês sem maior dificuldade. Para quem deseja baixar e-books em português para ler no seu iPad, no momento as opções são mais restritas, e uma escolha que você pode avaliar é o Saraiva Digital Reader.

Conhecendo o Saraiva Digital Reader

Vamos ser francos: comparando com as apps do Kindle, Nook e iBooks, o Saraiva Digital Reader precisa ser inserido em uma categoria à parte - a categoria meia-boca, como se diz por aqui, ou talvez a dos principiantes.

Mas ele funciona (embora com algum esforço e compreensão por parte do usuário) e, como a nossa premissa é de que o maior valor associado a estas apps é o acervo de livros que as acompanham, é possível que ele seja uma solução satisfatória para a sua demanda de acesso a livros em português no iPad.

A instalação do Saraiva Digital Reader é gratuita, e o site da Saraiva também tem uma longa lista de livros grátis (embora longe de serem tão interessantes quanto o seu acervo de e-books comerciais) para você testar o sistema sem ter de desembolsar nada além do seu tempo e um pouco de boa vontade com o programa e o site.

Para dar início ao uso do Saraiva Digital Reader no iPad você precisa identificar-se, na primeira execução dele, com 2 credenciais diferentes: o seu login no site da Saraiva e o seu Adobe ID - e se você não tiver algum deles, terá oportunidade de criar gratuitamente, no ato.

Após fornecer estas 2 identificações, você é levado diretamente à sua estante, que no meu caso já nasceu com 4 amostras (marcadas como "Sample") e onde também aparecerão as capas dos livros que você comprar no site de e-books da Saraiva. Abaixo de cada livro aparece um botão de Download (no meu caso foi necessário reiniciar a app para que o botão aparecesse, na verdade), que você precisa usar para trasferir ao iPad os livros que quiser ler.

Baixando e-books em português no iPad

Seguindo a tendência das maiores do setor, a app do Saraiva Digital Reader não oferece uma maneira de comprar os livros dentro dela - foi necessário, portanto, recorrer ao site da Saraiva, onde adquiri para o teste uma coletânea de crônicas do Luís Fernando Veríssimo sobre seu personagem Analista de Bagé.

A versão em e-book saiu por R$ 21,90, sendo que a mesma edição impressa sai por R$ 30,50. O pagamento foi via cartão de crédito e, após seu completamento, o e-book estava imediatamente disponível na estante da app do iPad (após eu pressionar o botão de refresh dela).

A partir daí foi só pressionar o botão de download e... ler. As opções de visual da página envolvem a cor de fundo (branco, sépia e preto), o nível de brilho e a seleção entre 4 tamanhos de fonte (normal, grande, enorme e grande demais). Há opções de navegação, marcação e anotações, bem como um botão de busca textual.

A interface para leitura vai chamar a atenção de quem já está acostumado à concorrência porque o gesto de virar a página é um toque na extremidade dela - deslizar o dedo na direção da virada, como nos demais programas do gênero, não faz nada. E mesmo quem não conviveu com a concorrência deve ficar atento à tendência do programa de virar 2 páginas com apenas um toque.

Fora estes pequenos percalços, a app cumpre seu papel de oferecer o acervo de e-books em português da Saraiva, razão pela qual recomendo aos interessados neste conteúdo que a testem gratuitamente e, se considerarem aceitável, torçam para uma breve atualização ou para que mais alternativas cheguem logo ;-)

Como compartilhar DVDs e CDs para usar em seu MacBook Air ou Mac Mini

Com o lançamento do Mac Mini modelo 2011, ampliou-se o conjunto de Macs que vêm de fábrica sem uma unidade de DVD ou CD.

A bem da verdade, na condição de usuário de um MacBook Air (também sem drive de CD) posso afirmar que minha experiência com a obtenção e compartilhamento de programas e dados por outros meios (App Store, pen drives, etc.) têm suprido mais de 99% das minhas demandas, e que a rara ocasião em que chego a notar a ausência do drive de DVD geralmente é suprida por outros meios rapidamente.

E quando falo em outros meios, o plural é intencional: já recorri a drives de CD externos (conectados à porta USB), a cópias do CD para um pen drive ou cartão de memória, a providenciar uma imagem DMG do CD e transferi-la para o Air via rede, etc.

Mas só recentemente resolvi recorrer à solução que a Apple recomenda, que é o Disco Remoto - a maneira Apple de fazer compartilhamento de CD ou DVD em rede. Confesso que a razão de eu ter preferido outras alternativas foi baseada em preconceito infundado: já tive tantas experiências negativas com compartilhamento de discos entre máquinas desktop em outras arquiteturas, que sempre assumi que entre Macs o processo seria complicado e instável também.

Mas quando testei no Mac, percebi que eu estava enganado: a configuração é fácil, e o uso é tranquilo.

Como compartilhar DVD ou CD no Mac

A primeira parte é autorizar o computador que tem drive de DVD a oferecer na rede os discos que forem inseridos nele. Para fazer isto, basta ir no menu Maçã | Preferências do Sistema | Compartilhamento e ativar as 2 opções mostradas abaixo:

Depois de ativar o compartilhamento de CD e DVD como mostrado acima, você já pode inserir no drive o disco que quer compartilhar, e deixar de lado este computador, dirigindo-se agora ao Air ou Mini que vai acessar o disco que você acabou de compartilhar:

Neste outro Mac, você pode ir no Finder, clicar em Disco Remoto (na barra lateral) e no ícone correspondente ao computador em que fez o compartilhamento. Será necessário retornar ao computador em que está o drive para confirmar a operação, e a partir daí é só usar como se o disco estivesse no seu MacBook Air ou Mac Mini - por exemplo, para instalar neles o MS Office comprado na livraria ;-)

E se o computador em que está o drive de DVD estiver rodando Windows, a Apple também tem instruções oficiais sobre como compartilhar o disco no Windows XP, Vista ou 7 - todas elas disponíveis na página de suporte ao compartilhamento de disco no Air e Mini.

Como fazer upgrade de memória no MacBook

Entre as configurações de hardware que melhoram o desempenho de um MacBook, a instalação de mais memória ou a troca da memória original por outra de maior capacidade estão entre as mais simples de colocar em prática.

Isso não equivale a dizer que se trata de uma operação totalmente simples. Já vi notebooks em que os slots de memória dispõem de tampas dedicadas que tornam o processo de upgrade de memória quase tão prático quanto em um desktop, mas definitivamente não é o caso dos MacBooks, especialmente os com chassis unibody (caso de todos os modelos dos anos recentes).

Mas substituir as memórias dos MacBooks é um procedimento suportado pela Apple, que tem até mesmo uma página dedicada a explicar como fazer upgrade de memória dos MacBooks Pro e também dos MacBooks brancos - anote, você ainda pode precisar ;-)

A página tem instruções específicas, detalhadas e ilustradas, para cada um dos modelos lançados desde 2008 (Pro) ou 2006 (branco). Além de expor especificações técnicas das memórias que podem ser adquiridas, ela inclui notas que permitem melhorar o desempenho (por exemplo, colocando memórias idênticas nos 2 slots), instruções de como abrir e recolocar a tampa inferior, acessar a área dos slots, remover e inserir os pentes de memória, etc. - tudo acompanhado por diagramas.

As memórias não precisam ser adquiridas de revendedores da Apple, bastando que atendam às especificações técnicas oficiais. Por exemplo, no MacBook Pro 13 polegadas de 2011, são 2 slots nos quais é possível colocar pentes de 2GB ou 4GB de memória DDR3 SODIMM de 67,6 mm x 30 mm (1,18 polegada), 204 pinos, de RAM tipo PC3-10600 DDR3 de 1333 MHz - e as especificações para os demais modelos você encontra no site da Apple.

Pessoalmente não tenho tendência a apreciar fazer manutenção de hardware, e prefiro recorrer a assistência especializada. Mas se você prefere colocar a mão na massa, saiba que as instruções em português podem servir para apoiar ou mesmo confirmar as suas suposições sobre como proceder!

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Como imprimir do iPad nas impressoras do seu Mac - ou no Dropbox

No final de junho postei sobre como fazer para imprimir do iPad nas impressoras conectadas ao seu Mac, via AirPrint, usando o gratuito AirPrint Activator 2.

Não é a única solução possível, claro - você pode optar por adquirir uma das quase 20 impressoras com suporte nativo ao AirPrint, por exemplo - ou pode recorrer ao Printopia, seguindo a dica da da MacWorld.

Diferentemente do Activator, o Printopia custa US$ 19,95, mas tem algumas vantagens interessantes, inclusive a possibilidade de imprimir diretamente para um arquivo PDF ou JPG armazenado diretamente no disco do Mac, ou mesmo no Dropbox dele.

Devido à forma como o AirPrint funciona, entretanto, fica preservado o seu requisito usual: tanto o iPad (ou o iPhone) do qual você deseja imprimir, quanto o Mac onde estão as impressoras (ou discos) de destino precisam estar conectados a uma mesma rede sem fio.

E você pode testar antes de usar: o site do Printopia oferece o download de uma cópia de demonstração gratuita válida por 7 dias.

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