Abrindo um Terminal na pasta selecionada do Finder, do jeito Lion

Na semana passada dedicamos um post ao DTerm, uma app que permite abrir um Terminal reduzido na pasta que você estiver ativa no Finder (ou em outros aplicativos).

Abrir um Terminal para processar algo em uma pasta visível no Finder é uma necessidade comum de quem domina ou prefere os recursos da shell, e há várias maneiras de fazê-lo com os recursos do Mac OS X. A minha forma usual é abrir um Terminal, digitar "cd " nele, arrastar a pasta em questão do Finder até a janela dele e pressionar Enter.

Mas acabei de descobrir que no Lion existe mais uma maneira nativa de fazer isto: ele já vem pré-configurado com 2 novos serviços (inativos por default): "Novo Terminal na Pasta" e "Nova aba de Terminal na Pasta".

O que estes serviços fazem é óbvio: abrem um novo Terminal (ou uma nova aba do Terminal) já direcionado à pasta que estiver selecionada no momento de sua ativação.

Além de poder ser acessada pelo menu contextual Serviços, a opção de abrir um Terminal na pasta também pode ganhar um atalho de teclado - no meu caso, Control + ⌘ + T.

Ativar o serviço no Menu e atribuir um atalho a ele é simples: No menu Maçã, selecione Preferências do Sistema, depois Teclado e Atalhos de Teclado. Você verá uma tela como a acima, em que deverá clicar em Serviços, ativar a opção de Nova Aba (ou Novo Terminal) e, opcionalmente, definir um atalho de teclado para ela.

Hat Tip: MacWorld.

Bateria do MacBook: como fazer durar mais

O leitor Zendrael enviou a sugestão de pauta:

Já faz um tempo, um amigo (técnico em informática) me falou que retira a bateria do notebook toda vez que vai usá-lo na tomada e ela já está carregada. O medo dele é "matar" os ciclos da bateria. Embora eu sei que o lance de "viciar" a bateria não existe mais, ainda comentei que se isso de fato ocorresse, nós que temos MacBooks estaríamos fritos pois eu é que não ia ficar (tentar) tirando a bateria do Mac toda vez! Achei engraçada essa história e de repente poderia gerar um post curtinho no Br-Mac sobre a vida útil das baterias dos MacBooks.

De fato, tirar a bateria dos MacBooks atuais é um exercício melhor deixado para os técnicos habilitados, e TALVEZ o seu amigo esteja exagerando um pouco no zelo pela saúde da bateria do notebook dele, embora me pareça que há um grande fundo de verdade na preocupação: o comportamento oposto (usar o notebook SEMPRE na tomada e SEMPRE com a bateria conectada) realmente não é benéfico para a vida útil das baterias.

Mas esta é uma área em que folclore se mistura a conhecimentos técnicos que não mais se aplicam às baterias atuais, e também a informações atualizadas - e é difícil diferenciar os 3.

Bateria dos MacBooks: duração da carga

Mas a Apple não se furta a orientar sobre a bateria dos MacBooks, baseadas em íons de lítio (como a da maioria dos eletrônicos de consumo modernos). Na página de recomendações gerais sobre o tema, podemos encontrar dicas como:

  • Temperatura de operação: a situação perfeita é operar a uma temperatura ambiente de 22°C, mas ficando entre 10°C e 35°C você estará dentro da faixa em que a bateria opera bem. Na hora de armazenar o MacBook (fora de uso) há mais tolerância: ele pode ficar guardado entre -25°C e 45°C.
  • Nada de efeito memória: Citando diretamente: você "pode recarregar as suas baterias de polímero de íon de lítio sempre que for conveniente para você, sem os necessários ciclos completos de carga e recarga" da geração anterior.
  • Carga inteligente: a bateria é carregada em 2 estágios diferentes: no primeiro, chamado de carga rápida, a bateria é rapidamente alimentada até chegar aos 80% de sua capacidade. No segundo, que pode demorar o mesmo que o primeiro, ela recebe os 20% restantes.

Além disso, há as orientações usuais sobre as configurações do sistema que você pode realizar para aumentar a duração da carga: brilho da tela, redes sem fio, etc., etc.

Bateria dos MacBooks: vida útil

Mas a duração da carga não é o único parâmetro que nos interessa: a questão da vida útil também interessa especialmente aos proprietários de MacBooks, mesmo sabendo que eles são projetados para suportar até 1000 ciclos de 100% de carga e descarga antes de a sua capacidade ser reduzida a 80% da original.

Mas há diversos comportamentos que você deve evitar se não quiser reduzir esta durabilidade, e o primeiro deles é aquele ao qual o amigo do Zendrael dava atenção especial: o mau hábito de manter o MacBook permanentemente ligado à tomada.

A situação ideal para a vida útil da bateria é a de quem todos os dias usa o MacBook desconectado da tomada por algum tempo - a Apple recomenda deixar em uso fora da tomada pelo tempo de um deslocamento para o trabalho (e depois pode passar o restante do dia na tomada sem problemas, informa a Apple).

Se o seu MacBook é usado com pouca frequência, a Apple recomenda que você marque na agenda para fazê-lo passar por um ciclo completo de carga e descarga da bateria uma vez por mês. E caso você vá armazená-lo por um tempo maior sem poder fazer os ciclos mensais, a recomendação oficial é armazená-lo com 50% da carga da bateria - deixá-lo guardado com 100% de carga da bateria aumenta a chance de reduzir a vida útil dela, e deixá-lo guardado com a bateria sem carga nenhuma pode levar à necessidade de procedimento especial na hora de voltar a usar.

O que fazer com a bateria de um MacBook novo?

Usá-la! Mas quando plugar na tomada pela primeira vez, a Apple recomenda que você deixe carregando até atingir a carga completa.

Outra providência com um novo MacBook é fazer a atualização do software para suas versões mais recentes (em  | Atualização de Software), pois o suporte à bateria também evolui entre as versões.

Como funcionam os ciclos de carga da bateria dos MacBooks

A Apple explica: "um ciclo de carga significa usar toda a capacidade da bateria, mas isto não quer dizer necessariamente uma única carga".

Por exemplo, você pode usar 50% da carga da bateria do seu MacBook hoje, recarregá-lo ao final do dia, amanhã usar mais 30% (e recarregá-lo de novo, ou não), e depois de amanhã usar mais 20% - e só então terá completado um ciclo de carga, porque a soma chegará a 100%.

A cada ciclo de carga a sua bateria reduz ligeiramente a sua capacidade. Dependendo do modelo de MacBook, o número de ciclos necessário para consumi-la nas condições de uso recomendadas, conforme as especificações oficiais, é:

  • MacBook branco de 2010: 1000 ciclos
  • MacBook Pro, qualquer tamanho de tela, de 2009 a 2011: 1000 ciclos
  • MacBook Air 2010: 1000 ciclos
  • Outros modelos: consulte

A bateria pode continuar a ser usada após alcançar esta contagem de ciclos, mas a Apple considera que neste ponto o desempenho dela já estará afetado a ponto de justificar a substituição.

E descobrir quantos ciclos de bateria um MacBook já encarou não é muito complicado. Existem utilitários especializados, mas em qualquer MacBook a informação pode ser encontrada no menu da Maçã | Sobre Este Mac | Mais Informações | Relatório do Sistema | Alimentação.

A imagem acima é a baixíssima contagem de ciclos do MacBook Pro quase 0km no qual escrevo este post para vocês ;-)

E ela ainda vai durar muito, inclusive porque - mesmo quando eu uso o MacBook no escritório - eu lembro de tirá-lo da tomada por pelo menos 2h de uso por dia de atividade, porque eu evito usá-lo ou carregá-lo em temperaturas ambiente muito elevadas, e porque quando eu o guardo fora de uso, eu não o faço com a bateria 100% cheia nem 100% vazia, e coloco na agenda para exercitar sua bateria uma vez por mês. E recomendo que você faça o mesmo se desejar que a sua bateria dure tudo o que pode durar!

Skullcandy Lowrider: o headphone recomendado para quem usa óculos!

Para quem usa óculos, a escolha de um bom fone de ouvido para uso diário em frente ao computador tem um componente adicional além dos critérios comuns: se ele vai ou não provocar dores com o uso contínuo, pela pressão aplicada sobre a haste do óculos.

No meu home office eu tenho há um bom tempo um par de fones Sennheiser que é destaque nos critérios tradicionais: a definição sonora, a potência dos graves sem abafar os agudos, o isolamento em relação ao ambiente, etc. Já na mochila eu levo um par de latões Philips que mencionei em um post anterior, também com boa qualidade de áudio, excelente isolamento ambiental em ambos os sentidos, fáceis de dobrar e com cabo flexível projetado para não dar nó tão facilmente como nos modelos mais comuns.

Mas ambos esbarram na questão da haste do óculos: são confortáveis para usar em períodos de 2 a 3h, mas se eu tentar usar ao longo do dia inteiro (em um longo vôo, ou para trabalhar concentrado mesmo com a reforma na sala do vizinho de baixo) cobrarão seu preço em termos de desconforto e mesmo dor.
 

Entram em cena os fones da SkullCandy

A SkullCandy é uma marca que há anos se caracteriza por fones de ouvido com visual diferenciado: cores incomuns, decorações com caveiras e teias de aranha, eventuais linhas especiais dedicadas a bandas de rock, etc.

Quanto às especificações de áudio, elas se caracterizam por ser "suficientes" - sem ser um modelo de destaque em fidelidade, potência dos graves, expressão dos agudos, etc., mesmo assim o "conjunto da obra" consegue de vez em quando fazer com que algum dos modelos da linha emplaque algum review dos "melhores headphones" conduzidos pela imprensa especializada - é o caso da edição corrente da britânica What Hi-Fi, que colocou o comparativo de headphones na capa e incluiu um modelo da SkullCandy no texto. O que eles tinham a dizer sobre ele? "Sonicamente, o modelo é relativamente inofensivo" - ou seja, se não brilha, ao menos também não destroi a experiência, como infelizmente é comum entre os produtos de várias marcas.

Na minha opinião, entretanto, estas características nunca foram suficientes para justificar o preço surreal pelos quais se pode encontrar os fones SkullCandy no Brasil. Mas no final da semana passada uma circunstância inusitada me colocou em condições de experimentar um modelo SkullCandy Lowrider e descobrir uma característica pela qual eu estaria disposto a pagar o preço dele!

Esta circunstância feliz foi providenciada pela compra de um MacBook para um projeto no qual estou envolvido. Após optar por comprá-lo na iPlace aqui de Florianópolis, descobri que a condição da compra permitiria um brinde e, entre as possibilidades disponíveis, optei por este par de fones Lowrider Shoe White, que teriam uso no mesmo projeto.

Só que, já no primeiro uso durante a configuração do novo Mac, o fone demonstrou o seu diferencial: apesar do visual "skatista de shopping", aparentemente ele foi projetado para nerds de óculos ;-) Seu ajuste à minha cabeça é perfeito para o uso estático (na cadeira, no sofá, no transporte público), sem apertar demais, e com apoio em almofadas estrategicamente posicionadas no topo. Desde então, usar fones de ouvido o dia inteiro não é mais uma experiência que produz dor - obrigado, Skullcandy!

O som é "suficiente", como é típico da marca - ótimo para a trilha sonora diária, mas não para uso "profissional". Ele também tem microfone inline e botão de controle (para atender chamada, play/pause, avançar e retroceder faixa no iPhone) é articulado, compacto quando dobrado e tem cabo do tipo cordão, fácil de enrolar para levar na mochila - mas, francamente, as articulações e o material não parecem resistentes o suficiente para suportar muito tempo numa mochila.

Outro ponto em que ele poderia ser bem melhor é o do isolamento em relação ao som produzido por ele: quem estiver perto de você vai estar exposto ao que você estiver ouvindo, ainda que em um volume bem comedido. O isolamento no sentido oposto é bom - ou seja, cuidado ao usar em ambientes em que você precisaria de atenção auditiva ou de poder poder ser interrompido por campanhas, toques de telefone ou chamados dos colegas ;-)

Para mim, não apenas é uma alternativa melhor do que trabalhar sem óculos, sem música/podcasts/etc. individuais ou com fones do tipo cotonete: gostei do produto, e recomendo. Mas se você conseguir encontrar por um preço menos surreal do que o que eu tenho visto no comércio nacional, fará melhor negócio ;-)

Teclado do iPad: 7 truques ninjas

Como no aprendizado de uma arte marcial ou de um instrumento musical, o processo de aprender a digitar no iPad de forma eficiente exige algum esforço e paciência até que os comportamentos que parecem (e às vezes são mesmo) estranhos passem a ser esperados e até mesmo aproveitados.

Como um aluno nas primeiras semanas de um método de violão pode achar que sua mão esquerda jamais vai conseguir segurar a pestana de uma variação comum do Fá Maior e passar dele para um Mi Menor no tempo que a música exige (sem imaginar como são mais complexas as transições que ainda estão por vir!), o usuário recente de iPad pode imaginar que nunca será capaz de usar o iPad para digitar "a sério" em um momento em que se veja longe de um teclado físico.

Em ambos os casos, entretanto, a experiência dos outros é o que demonstra que é, sim possível. Embora até o momento eu ainda não ache que digitar no iPad é a alternativa mais desejável ou que chegue a ser propriamente confortável, eu já passei do estágio de achar impossível segurar a pestana do Fá Maior: este texto que você está lendo, por exemplo, foi integralmente escrito no iPad (embora a formatação final tenha ocorrido num Mac).

E, se eu não digito tão rápido no iPad quanto no Mac, a diferença também já não é muito grande (como já foi no passado). Em outras palavras, eu já acredito que é possível passar do Fá ao Mi no tempo da música, e já entendi que não é preciso chegar a ser um Jimi Hendrix ou um Eric Clapton para tocar as músicas que eu quero executar, para ficar na mesma metáfora ;-)

Mas uma coisa que eu percebi é que usar bem o teclado do iPad fica mais fácil quando se tem conhecimento de alguns truques e atalhos - nem todos destacados na documentação apresentada aos novos usuários.

Segue, portanto, a lista dos 7 truques ninjas que eu uso com mais frequência e que me permitem terminar mais cedo e ter mais tempo para jogar Angry Birds!
 

1 - Acentuando menos, acelerando mais
Usuários de primeira viagem freqüentemente passam por um breve período de agonia até descobrir como funciona a acentuação no iPad: é só deixar uma vogal pressionada por alguns segundos e aparecerão as diversas opções de acentuação disponíveis para ela (e o mesmo vale para a cedilha na tecla c).

Mas deixar uma tecla pressionada, ao invés de simplesmente tocá-lá rapidamente, não é nada intuitivo para quem é bom digitador, e serve como um freio no seu desempenho mesmo que você digite só com um dedo.

Portanto, já que estamos falando de recursos pouco intuitivos, aqui vai a dica: acentue menos. Se o seu iPad estiver corretamente configurado para o nosso idioma (em Ajustes / Geral / Internacional) ele vai se encarregar de corrigir automaticamente boa parte das palavras acentuadas que você digitar sem acento, e aos poucos "aprenderá" boa parte das que corrigir erroneamente - e você também logo aprenderá quais são as que ele nunca vai aceitar.
 

2 - É errando que o corretor aprende
A dica acima nos leva diretamente a esta: o corretor aprende rapidamente as palavras que você usa com freqüência, mesmo que a princípio ele tente em vão substitui-las por outras - portanto, o stress constante dos primeiros dias como digitador de iPad depois diminui um pouco, embora a vigilância (ou a atenção extra na hora da revisão) nunca possa ser inteiramente dispensada.

Portanto, procure não se irritar tanto com o excesso de correções errôneas nos primeiros dias: o seu vocabulário usual logo vai ser absorvido pelo iPad. Só cuidado para não ensinar grafias erradas para ele sem querer!

E, se você ficar atento ao que digita, é possível que logo perceba que o corretor também faz um bom trabalho para corrigir as situações em que você erra por alguns milímetros a tecla que queria pressionar. Não corra para corrigir manualmente - digite a palavra até o final que, quando você pressionar espaço ou um sinal de pontuação, a chance de o iPad corrigir a seu favor é crescente ;-)
 

3 - Termos técnicos
Escrever no iPad com termos técnicos, nomes de marcas e de produtos, expressões em outros idiomas, etc. é um saco nos primeiros usos de cada expressão, mas trata-se de um caso especial da dica acima: o corretor aprende após algumas tentativas e, depois de aprender, preservará até as maiúsculas fora de lugar em palavras como WriteRoom (o editor em que estou escrevendo este texto no ipad) e WordPress.

Mas existe um velho truque que você pode colocar em prática quando quiser garantir que o corretor inicialmente ignorante vai aceitar imediatamente a sua palavra incomum: inclua-a como parte do título de algum dos favoritos do navegador Safari ou como parte do nome ou endereço de algum dos seus contatos!
 

4 - Depois do ponto vem maiúscula
A lição que todos nos aprendemos na alfabetização também é dominada pelo iPad: para encerrar uma frase mais rapidamente, já inserindo um espaço após o ponto final e mudando para maiúsculas, tudo o que você precisa fazer é pressionar duas vezes a tecla espaço imediatamente após a última letra da frase, e o iPad fará o restante.

Para este atalho funcionar, entretanto, é necessário estar ativado o ’Atalho "."’ em Ajustes / Geral / Teclado.
 

5 - Aspas secretas
Citações e descrições de diálogos usualmente exigem o bom uso de aspas, e o teclado do iPad tem pelo menos 2 bons truques relacionados a elas.

O primeiro é o "falso" gesto que permite inserir aspas expressas sem sair do teclado alfabético: pressione a tecla do ponto final (".") e, mantendo pressionada, arraste para cima, em direção à tecla "L". Se você usa bastante aspas, este gesto logo irá ficar automático - bem como o seu vizinho que permite inserir um hífen expresso na tecla da virgula.

O segundo truque das aspas é na própria tecla " do teclado numérico: mantendo-a pressionada você terá acesso a vários outros modelos de aspas tipográficas — e o mesmo vale para a tecla hífen do teclado numérico, que, sob pressão, revela também um travessão. A bem da verdade, várias das teclas de símbolos oferecem glifos adicionais quando pressionadas por algum tempo, mas as aspas e os travessões são necessidades tipográficas tão comuns que merecem a menção especial.
 

6 - Endereços expressos
A tecla dedicada ".com" que aparece no navegador e em algumas outras situações (infelizmente não em todas) em que você precisa digitar o endereço de um site também guarda um segredo revelado só sob pressão contínua: vários outros sufixos de domínios.

No caso da minha configuração, sob pressão ela revela, além dos domínios mostrados na imagem acima, também o brasileiro .br e o norte-americano .us.

No programa de e-mail, ao preencher os campos To:, Cc: e similares (quando também surge uma oportuna tecla @), a tecla ponto (".") tem efeito similar.
 

7 - A volta dos que não foram
Digitar um único caracter numérico no meio de uma expressão alfabética (ou de uma senha, endereço, marca, etc.) é uma ginástica ineficiente que envolve pressionar 3 teclas: a ".?123" que aciona o modo numérico do teclado, o número desejado e a "ABC" para retornar ao modo alfabético

Mas existe um jeito mais fácil: não pressione a tecla ".?123" da maneira usual, mas sim clique nela e arraste em direção ao número ou símbolo desejado - assim o retorno ao modo anterior será automático e imediato.

O mesmo vale para os demais modos do teclado.
 

Técnicas avançadas

Os 7 truques acima funcionam no seu iPad mesmo sem configurações específicas, mas você pode ir além usando configurações especiais - comece visitando Ajustes / Geral / Teclado, onde você pode desativar o corretor automático, colocar em operação um modo adicional que permite o uso de CAPS LOCK e mais.

E com apps adicionais você pode ir mais longe. Recentemente vimos 2 delas: o WriteRoom, editor que coloca uma fileira adicional no teclado do iPad trazendo símbolos de uso freqüente (parênteses, hífen, aspas, etc.) e o TextExpander Touch, que permite cadastrar abreviações e atalhos que, quando você digita em determinados aplicativos, são expandidos ou substituídos por expressões mais longas.

Há muitas outras dicas e apps a descobrir para tirar melhor proveito do teclado virtual. Acredito que o atual modelo nunca irá substituir um teclado mecânico para mim, mas ele já chegou ao ponto em que seu uso produtivo não exige mais grande sacrifício de minha parte, desde que eu posso apoiá-lo em uma mesa que permita preservar minha postura ;-)

E se você tem dicas adicionais a compartilhar, fique à vontade nos comentários!

WriteRoom: o melhor editor de textos do (meu) iPad

O WriteRoom é um editor de texto puro (sem formatação) tradicional no Mac, onde é reconhecido por uma característica bastante interessante para quem tem problemas com foco e concentração: a remoção das distrações, desde anos antes de o modo full screen receber a ênfase que hoje tem nesta plataforma.

O visual retrô da versão para Mac, acima, é opcional ;-) E o WriteRoom também tem versão para iOS, que funciona no iPad e no iPhone.
 

Editando textos no iPad

Minha opinião pessoal é de que o iPad é uma ferramenta otimizada para o consumo de informação, mas não se dá tão bem quando a tarefa é produzir este conteúdo.

Não que seja impossível: pelo contrário, há opções de boa qualidade para produzir textos, planilhas, apresentações e outros produtos de informação - e, para demonstrar, este post que você está lendo foi produzido em um iPad (com o WriteRoom).

A razão de eu preferir o WriteRoom entre tantas outras alternativas de produção e publicação de textos no iPad talvez derive em parte da preferência prévia pela sua versão do Mac. Mas também há alguns outros diferenciais (considerando o conceito de qualidade de Juran: adequação ao uso!) que merecem menção.

O primeiro deles é a fileira adicional do teclado virtual. O teclado virtual do iPad é bom, mas não ótimo. E a adição da fileira adicional (que não é exclusividade do WriteRoom, mas também não está presente na maioria dos editores) oferece a ele o que me faz falta para digitar sem ter de ficar interrompendo o raciocínio para pensar nos modos do teclado: símbolos como -:;()'" (ou outros que eu escolher) ficam sempre à minha disposição na fileira adicional.

Uma consequência adicional da disponibilidade de uma fileira extra de teclas é a presença de navegação textual por teclas de setas - veja ali na tela acima as setas à direita e à esquerda, na lateral da fileira adicional: elas fazem o mesmo que fariam em um teclado físico, movendo o cursor livremente, como substituto ou complemento ao método do iPad de mover o cursor com base em toque no texto.

O WriteRoom para iOS também tem uma integração nativa com o DropBox que facilita bastante o meu fluxo de trabalho: edito no iPad na rua, reviso e publico no Mac no escritório - e com a integração ao DropBox esse transporte e atualização de versões fica facilitado (ele também tem suporte interno a enviar os textos por e-mail, para quem não gosta do DropBox.)

O WriteRoom tem algumas opções interessantes para adaptar a configuração às suas preferências, incluindo a possibilidade de ligar e desligar a auto-correção do iPad e o suporte ao TextExpander, por exemplo. Mas eu não o chamaria de um programa altamente configurável: assim como boa parte das apps bem-sucedidas, ele tem um modo de operação básico e este pouco varia.

Mas os recursos espartanos de edição também são um ponto a favor, na minha opinião - não há nada na minha tela além do teclado e do texto, e as opções adicionais que eu posso ativar não vão muito além de um contador de palavras e caracteres, e da possibilidade de escolher a fonte e conjunto de cores nos quais o documento será exibido na tela.

E se depois eu quiser finalizar em outra ferramenta no próprio iPad, copio e colo o texto pronto para ela, ou compartilho via DropBox - mas na prática isso nunca me acontece, a minha finalização ocorre no Mac, ou o texto é encaminhado no próprio iPad do jeito que estiver.

Para completar, só faltava ter suporte nativo à formatação simplificada com Markdown (com preview e exportação para HTML e RTF), mas quem sabe eles não virão em versões futuras? Se demorarem, é possível que eu deixe de ser old school e saia procurando algum sucessor pra ele, como alguma versão futura e mais conectada do Edito ou algum similar com menos distrações na tela ;-)

Por enquanto, continuo preferindo redigir no Mac do que no iPad mas, quando o iPad é o instrumento que está disponível, o WriteRoom (que ganhou recentemente a coroa entre os editores de texto do iPad no Gadget Lab da Wired) faz dele uma ferramenta suficiente - desde que eu possa apoiá-lo em uma mesa, porque se tiver que digitar com uma mão só, ou com os polegares enquanto seguro o iPad nas mãos, até o momento ainda não encontrei uma app que resolva para mim ;-)

Leia também: TextWrangler, o melhor editor de textos do meu Mac

Como zerar a memória do seu iPad antes de vender

Vender um iPad, por qualquer motivo, é uma operação que precisa ser acompanhada de providências adequadas, caso contrário você pode entregar junto a sua privacidade: e-mails armazenados, acesso ao Twitter e Facebook, acesso ao seu cartão de crédito pelas possíveis credenciais memorizadas de sites de comércio eletrônico, os arquivos do Dropbox, os dados armazenados nas apps e nos serviços on-line, e mais.

O mesmo vale, naturalmente, para qualquer outra situação em que você vá passar o iPad adiante: devolver para a loja, transferir para outro integrante da equipe de trabalho, etc. - não é uma questão de desconfiar, mas sim de ter uma precaução básica, como se tem em outros casos que envolvem cartões de crédito, senhas de e-mail e similares.

Esta necessidade é tão óbvia, aliás, que a Apple tornou simples a sua solução: para zerar basta ir em Ajustes > Geral > Redefinir e pressionar "Apagar Todo o Conteúdo e Ajustes", aguardando alguns minutos enquanto o iPad retorna à condição original de fábrica.

Atenção: o procedimento de resetar o iPad zera mesmo a memória - apps, dados, fotos, e-mails, configurações, personalizações, etc. Se tiver algo que você queira preservar, faça o backup ou outro registro antes. É uma boa ideia fazer uma última sincronização com o iTunes antes de zerar, também, para que seus dados possam ser transferidos mais facilmente para um próximo iPad que você venha a ter e sincronize com o mesmo iTunes (enquanto não chega a sincronização via iCloud, claro). E este procedimento pode ser incompatível com iPads com o sistema modificado (com desbloqueios, jailbreak e similares) - se for o caso do seu iPad, consulte o autor do seu procedimento de modificação em caso de dúvida.

A Apple tem uma descrição mais detalhada do processo na qual consta um alerta importante: tenha certeza de que o iPad tem bastante bateria, ou realizar a operação com ele conectado a um carregador. Mas como o ato de apagar toda a memória deve durar poucos minutos, é provável que a bateria necessária nem seja tanta assim.

E se você for vender ou dar de presente o seu iPad de segunda mão, aproveite para valorizá-lo com uma boa limpeza física também, para deixar com cara de novo!

Eis o que a Apple recomenda para limpar seu iPad: "Use um pano macio, ligeiramente úmido e sem fiapos. Evite deixar excesso de umidade nas frestas. Não use produtos para limpeza de vidro, produtos de limpeza, sprays, solventes, álcool, amônia ou abrasivos para limpar o iPad. O iPad possui um revestimento oleofóbico na tela. Basta limpar a tela com um pano macio que não solte fiapos para remover o óleo deixado por suas mãos. A capacidade desse revestimento para repelir o óleo diminuirá ao longo do tempo com o uso normal, e esfregar a tela com um material abrasivo diminuirá ainda mais os seus efeitos e pode arranhar a tela."

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