A bateria do seu iPhone (e iPad!) pode durar mais

O que fazer quando você percebe que a carga da bateria pode acabar antes de você poder recarregar?

A bateria do meu iPhone dura o suficiente: preciso carregá-la dia sim, dia não. Quando vou viajar ou sei que posso vir a precisar do iPhone mais intensamente, levo comigo (bem carregada!) uma bateria externa como a da imagem abaixo, porque aí posso ter certeza de que vai dar de recarregar o iPhone mesmo se eu não puder ficar parado, nem deixar de usá-lo, nem encontrar uma tomada.

Mas raramente chegou a usá-la, porque conheço os atalhos para fazer a bateria do próprio iPhone durar bem mais, abrindo mão (quando necessário!) de determinadas características e recursos do aparelho, em prol de tê-lo à disposição por mais tempo sem ter de parar para recarregar.

Vários destes recursos não me fazem a menor falta, e os deixo permanentemente desligados. Outros são úteis para mim, mas lembro de desligá-los quando suspeito que há possibilidade de a bateria me deixar na mão.

A lista a seguir apresenta vários deles, alguns dos quais também podem ser úteis em emergências de bateria no iPad, e todos integrantes das recomendações oficiais da Apple para otimização da bateria, para você escolher de quais pode abrir mão nas suas emergências de bateria!

7 Dicas para fazer a carga da bateria durar mais

Desativar os Serviços de Localização: basta ir em Ajustes | Serv. Localização, e desativar, reativando só quando você for precisar deste serviço - que é bastante "caro" em termos de consumo de bateria.

Desativar as Notificações: várias apps fazem uso do serviço Apple Push Notifications para atualizar você sobre informações variadas mesmo quando estas apps não estão em uso. Se você tiver alguma app instalada fazendo uso deste recurso, poderá desativá-lo globalmente indo em Ajustes | Notificações, e aí as mensagens serão recebidas apenas quando você abrir as apps em questão.

Reduzir ou desativar a verificação automática de e-mails: se o seu iPhone está configurado para checar periodicamente várias contas de e-mail, desative este recurso (Push Mail) para as que não forem vitais (você sempre poderá atualizá-las manualmente pela app de e-mail), e aumente até o máximo possível o intervalo automático entre cada verificação automática nas demais. Essas opções de cada conta ficam em Ajustes | Mail, Contatos, Calendários.

Desativar 3G, Wi-Fi e Bluetooth: se não estiverem em uso, claro - e se estiverem em uso, considere a possibilidade de usá-los menos, até ter condições de recarregar. Se puder escolher entre usar 3G e Wi-Fi, use Wi-Fi e sua bateria irá durar um pouco mais. Ajustes | Geral | Rede, Ajustes | Wi-Fi, e Ajustes | Geral | Bluetooth.

Reduzir o uso e brilho da tela: quanto menos tempo a sua tela ficar ligada, melhor. Mas se ela for ficar ligada, reduzir o brilho reduz também o consumo de bateria. Ajustes | Brilho.

Desativar o equalizador: o iPhone vem com uma série de opções de equalização predefinidas, e elas fazem diferença na hora de ouvir as músicas da sua coleção - ao custo de consumo adicional de bateria. Vá em Ajustes | iPod | EQ e selecione Inativo.

Usar o Modo Avião quando estiver sem cobertura de celular: ao se deslocar por áreas em que a cobertura seja insuficiente ou inexistente, o celular se esforça (gastando bateria) para manter conexão com torres distantes, ou para localizar alguma torre, mesmo que seja inexistente. Coloque-o no Modo Avião (Ajustes | Modo Avião) para poupá-lo do stress gastador de bateria. Ou desligue-o completamente, se não for usar os seus demais recursos offline.

Mais dicas

Além das sugestões acima, você pode ver as recomendações oficiais da Apple sobre a bateria do iPhone.

Além disso, a turma da química e física das baterias afirma e sustenta que em temperaturas mais altas a bateria do celular descarrega mais rápido - portanto vale a pena escolher bem o local em que você vai transportá-lo ou deixá-lo. Os números oficiais são: o iPhone é feito para funcionar entre 0 e 35 graus Celsius, e quanto mais próximo de 22 graus Celsius ele estiver, melhor a eficiência.

Quanto à durabilidade da bateria, a Apple é bem clara numa recomendação: certificar-se de realizar ao menos um ciclo completo de carga (carregar a bateria até 100% e aí usar a carga até zerar) todos os meses.

Programação: Syscalls no Mac OS X

Interrompemos nossa programação normal para tratar de algo que é extremamente interessante, mas só para um micro-nicho de um subnicho de um nicho: os desenvolvedores de software voltados ao Mac e que têm interesse em compreender e manipular o chamado "baixo nível" do sistema.

O Rudá Moura (que já contribuiu aqui no BR-Mac anteriormente no artigo "Rudix: pacotes GNU e para UNIX adicionais para o Mac") é um integrante deste seleto grupo, e agora compartilha conosco um artigo explicando como se pode fazer uma chamada de sistema (syscall) do Mac OS X, diretamente a partir de um código em Assembly (que ele também demonstra como montar e tornar executável).

Continue lendo para ter acesso à versão integral do texto, que também está publicado no site do Rudá!

Chamadas de Sistema do Mac OS X
Por Rudá Moura*

Introdução

Este artigo tem como propósito explicar como se pode fazer uma chamada de sistema (syscall) do Mac OS X, através de linguagem de máquina (Intel i386). Uma chamada de sistema é o mecanismo padrão para obter recursos e funcionalidades básicas do sistema operacional, como por exemplo, ler e escrever dados em um descritor de arquivos.

Os exemplos desses artigos foram testados em um MacBook (Core Duo) e um MacbookPro (Core 2 Duo) rodando Mac OS X versão 10.6.7.

Mecanismo

O Mac OS X segue o estilo de chamadas de sistema do FreeBSD, de forma que os parâmetros são postos na pilha, o número da syscall é gravado no registrador EAX e então, chama-se a instrução int $0x80.

O valor de retorno da syscall ou status está contida no registrador EAX e deve-se restaurar a pilha ao seu estado original a chamada.

É adequado chamar int $0x80 indiretamente através de uma subrotina, em vez de usar diretamente a instrução. O motivo é por questão de alinhamento de pilha. Faremos uso então de uma subrotina de nome _syscall, assim definida:

_syscall:
int $0x80
ret 

O próximo passo é conhecer quais são as chamadas de sistema disponíveis (os valores decimais) e parâmetros esperados. Estas chamadas são definidas em um arquivo de template do componente XNU, de nome syscalls.master.

Vamos fazer uso das chamadas de nome exit, write e sync, que possuem as seguintes assinaturas:

1 AUE_EXIT ALL { void exit(int rval); }
4 AUE_NULL ALL { user_ssize_t write(
int fd, user_addr_t cbuf, user_size_t nbyte); }
36 AUE_SYNC ALL { int sync(void); } 

Efetuar chamada

O exemplo abaixo é o fragmento de uma chamada de sistema para sync, que avisa ao sistema operacional para esvaziar/sincronizar qualquer buffer que esteja em memória para o disco. Esta syscall não aceita parâmetros e não retorna nenhuma informação de execução.

	.text
_syscall:
int $0x80
ret

.globl start
start:
movl $36, %eax		# sync = 36
call _syscall		# sync()

sync.s

Nota: diferentemente dos programas em C, programas em código de máquina possuem como ponto de entrada o símbolo start.

Retorno de status

Exemplo simples de uma chamada de sistema que retorna imediatamente ao shell do usuário o valor de status 42, o número mágico da resposta do sentido da vida (e tudo mais). O valor de retorno (rval) deve ser empilhado como um parâmetro.

        .text
_syscall:
int $0x80
ret

.globl start
start:
pushl $42               # rval = 42
movl $1,%eax            # exit = 1
call _syscall           # exit(42)

retval.s

Para transformar este fonte em um arquivo executável, faz-se:

$ as -arch i386 retval.s -o retval.o
$ ld retval.o -o retval

E o resultado após a execução é o status 42 para o shell, que pode ser obtido com a variável do shell $?.

$ ./retval
$ echo $?
42

Hello World

Para um exemplo mais complexo, vejamos um programa que escreve a mensagem Hello World! na saída padrão (STDOUT) e retorna ao shell o valor 0. Os parâmetros são empilhados seguindo a ordem da direita para a esquerda na assinatura da chamada do sistema.

        .text
_syscall:
int $0x80
ret

.globl start
start:
pushl len               # nbyte = len
pushl               # cbuf = msg
pushl $1                # fd = STDOUT = 1
movl $4,%eax            # write = 4
call _syscall           # write(fd=1,cbuf=&msg,nbyte=len)
addl $12,%esp           # restore stack (3 * 4 = 12)
pushl $0
movl $1,%eax
call _syscall		# exit(0)

.data
msg:
.ascii "Hello World!
"
len:
.long . - msg

hello.s

Para gerar o programa, faz-se:
$ as -arch i386 hello.s -o hello.o
$ ld hello.o -o hello

O resultado pode ser observado como segue:
$ ./hello
Hello World!
$ echo $?
0

* O autor convidado Rudá Moura é entusiasta da linguagem Python, desenvolvedor UNIX e aficcionado por Macs.
 

MacBook Air

Boa parte da minha atividade diária com Macs ocorre em um iMac no meu home office; já para o que faço "na rua" (geralmente em outras cidades...) e exige um computador, até recentemente eu fazia uso de um fiel MacBook branco, mas há alguns meses optei por comprar um MacBook Air (igual ao descrito no artigo abaixo: 11,6 polegadas, 64GB de armazenamento) e estou muito satisfeito com a troca.

Atualização: Veja informações sobre os modelos mais recentes de MacBook Air em MacBook: qual modelo comprar.

Os meus motivos para optar por este modelo foram, pela ordem:

  • Peso: o Air pesa 1,06kg, menos da metade do MacBook branco que o antecedeu aqui.
  • Dimensões: ele praticamente some dentro da mochila, e isso é um fator importante para quem prefere viajar só com bagagem de mão, sem despachar nenhuma mala.
  • Desempenho: no uso diário do MacBook Air ele me chama a atenção por 2 razões de desempenho: a velocidade surpreendente do armazenamento SSD (que recomendo até mesmo a quem prefere notebooks de outras marcas) e o tempo que leva entre abrir a tampa e estar com o computador disponível para usar.
  • Relação de preço: eu poderia ter optado por um modelo de Air com tela maior, o dobro de armazenamento e slot para cartão SD, mas a diferença de preço era grande demais para uma diferença de funcionalidade que para mim não importava tanto assim.

Há limitações, claro: por exemplo, a tela é bem menor do que a de muitos outros notebooks, o espaço de armazenamento é limitado (embora eu use menos de 50% do espaço em disco do meu, e a maior parte disso seja ocupada por vídeos para assistir a bordo), e algumas pessoas podem precisar de drives de CD ou DVD típicos da categoria, de uma conexão de rede cabeada ou mesmo de um modem de linha discada, itens que no Air só estão disponíveis como adições externas.

Similarmente, não há dúvida de que há pessoas cujas demandas de computação móvel seriam suficientemente bem supridas por um netbook (bem mais barato) com outro sistema operacional, ou mesmo um tablet ou smartphone.

Mas já abordei possíveis razões para preferir (ou não) um Mac no artigo "Qual MacBook Comprar". Hoje nosso foco é outro: um relato de usuário sobre sua experiência com o MacBook Air.

Com meus agradecimentos pela contribuição, portanto, passo a palavra para o relato do leitor Zendrael:

MacBook Air: Quando pouco é o suficiente!

Autor convidado: Zendrael

São dez anos de profissão assídua com ênfase em programação nesta minha humilde vida. Só vim a ter um computador em casa há 12 anos - na época, o Windows 98 era novidade e o K6-2 500Mhz com 32MB de RAM ainda era considerado uma máquina boa. Dos 10 anos de profissão (programação desktop, então web, games, "bicos" com desenhos publicitários e alguns artigos internet afora) são 7 de uso exclusivo de GNU/Linux - independente de distribuição. O K6 já se foi e o Linux da época já fazia a máquina voar (ou quase) e seria ainda mais perfeito se não fossem os winmodems de então.

O caminho que levou a um MacBook: Linux e Hackintosh

Se você leu até aqui, deve estar imaginando: "E o que isso tem a ver com o Mac?". Vou começar explicando pelo lado do software: não gosto do Mac OS X como usuário final, ainda prefiro meu Openbox ou Pekwm mas confesso que acho a interface muito simples e intuitiva; o que me agrada no sistema é seu "DNA Unix" (ou seria DNA BSD?) e o quanto similar aos *nix ele é e me deixa confortável quando usando o Terminal (é... eu gosto de Terminal). Todos os programas que eu utilizava em Linux possuem versões para o Mac OS X e, fora ele, o restante das coisas aqui é 100% livre.

Ok, o sistema é legal, bonito e tal... mas por que não usar então um Hackintosh numa supermáquina? Para alguns essa pode parecer a decisão mais acertada, e já usei durante um tempo um Hackintosh (10.5) num notebook Celeron 1.6Ghz e 512MB de RAM (bem longe do K6) e de fato ficou muito superior ao Linux instalado na época... a minha conclusão é que o sistema é muito bem estruturado e tira ótimo proveito do hardware mesmo não sendo homologado - a velocidade da qual sempre busquei com os Linux frugais.

Por que MacBook Air?

Os parágrafos acima me ajudaram em 50% da minha decisão na hora de comprar um novo notebook. O preço, logicamente, é um fator decisivo nessas horas; mas resolvi me arriscar e "matar" minhas economias... com um MacBook Air de 11.6", 1.4Ghz, 2GB RAM e 64GB SSD. Parece pouco não é? Mas se o sistema já era poderoso num hardware para o qual ele nem foi projetado, como seria num hardware feito para ele? Esse sim voa (não literalmente... apesar do peso!)!

Leve, fino, pequeno e prático - fácil de usar em qualquer lugar, qualquer hora, teclado macio e resolução de tela suficiente para meus trabalhos. A bateria dura bastante, nem preciso recarregar todo dia, mas tomei precauções necessárias para tal (desligar bluetooth, time machine e outros recursos quando não são necessárias para meu uso).

Rápido, muito rápido... não me importo em ligar/desligar a máquina toda vez que for usar: ela liga/desliga tão rápido que nem acho necessário usar o sleep. Claro, se quiser usar o sleep, ele estará pronto para uso ainda mais rápido (tão rápido quanto você puder abrir o display)! Essa agilidade toda fica por conta do SSD - extremamente superior à velocidade dos HDs normais.

Como eu uso meu MacBook Air

Mas 64GB não é pouco? Para os padrões atuais, sim - essa era uma das minhas preocupações. Contudo, o tamanho pode ou não ser suficiente dependendo do uso que você fizer da máquina... com todos os programas que utilizo (Xcode, Netbeans, Eclipse são os maiores, por exemplo, e 2 VMs de 4GB cada no VirtualBox) e os dados de projetos e códigos do meu dia-a-dia, ainda sobram 29GB livres.

Músicas, filmes, séries, fotos e outras tranqueiras ficam no meu servidor Linux (o tal notebook celeron) que também acesso de onde estiver e age como minha "nuvem particular". Já quase não uso nem gravo CDs ou DVDs há algum tempo então a ausência deste tipo de drive não me faz falta.

O chato do hardware são os adaptadores... um para RJ45 (Ethernet), outro para vídeo (VGA/DVI)... acho que eles deveriam vir junto pelo preço que se paga. Mas quando, assim como eu, você rodar um Need for Speed, Assassin's Creed ou Amnesia neste MacBook com tudo no máximo (graças à placa de vídeo NVidia) verá que ele é mais capaz do que aparenta.

O preço

O Air de 11,6 polegadas e 64GB é um dos MacBooks com preço mais baixo (nos EUA e aqui), e ainda assim caro para nossos padrões brasileiros. Se comparar com outros de configurações similares: um absurdo... mas existe ali todo um estudo de integração entre hardware, software e design que justifica seu valor.

Em suma, cada um tem seus motivos para escolher marcas, modelos, peças, sistemas operacionais e afins; o importante é conhecer suas reais necessidades e expectativas com um novo notebook para que seu $ (pouco ou muito) seja bem gasto e máquina traga mais eficiência ao seu dia-a-dia do que dor de cabeça.

Agradecemos ao leitor Zendrael pelo texto acima

Arquivos seguros com a criptografia do Mac OS X

O Mac OS X inclui um recurso que gera o equivalente a um pen drive virtual criptografado (e inteiramente residente no próprio disco do Mac) no qual você pode gravar seus dados com privacidade – e com operação bastante simples, embora a configuração inicial vá exigir uns 5 minutos de atenção.

A leitora Roberta Castro perguntou por e-mail:

Sou professora de faculdade e pós e uso o MacBook como instrumento de trabalho. É comum deixar que algum aluno use meu Mac para olhar algum material ou usar algum aplicativo durante trabalhos em grupo, por exemplo, mas não me sinto segura por saber que informações pessoais sobre outros alunos, e eventualmente algum arquivo com as questões de uma futura prova, poderiam ser acessados enquanto não estou de olho. Existe alguma solução simples para ter uma pasta no Mac acessível só com a minha senha pessoal, sem mudar a configuração do restante do sistema?

E a dúvida dela é comum. Talvez você tenha uma pasta com receitas secretas de bolos e coberturas que não possam cair em mãos erradas, ou acredite que espiões ninjas estão planejando entrar no seu escritório antes do expediente e roubar o livro que você está escrevendo revelando o que aconteceu com o Ronaldo na final da Copa de 1998, por exemplo, e gostaria de uma solução similar.

Todos nós podemos ter nossos segredos, mas quando eles estão gravados no computador, a possibilidade de que venham a cair em mãos de curiosos ou mal-intencionados é sempre real – e a criptografia de dados, quando bem empregada, é uma solução para aumentar a segurança envolvida.

Seu Mac já tem boas ferramentas de criptografia

Existem muitas soluções para oferecer criptografia dos seus dados, abrangendo todo o seu disco, todo um pendrive, uma partição do disco, arquivos específicos, etc. – e se você vai fazer uso estratégico desta tecnologia, deve pesquisar e comparar.

Mas se você quiser uma solução que é ao mesmo tempo simples, robusta (criptografia AES), e que estará ao seu alcance sem instalar nenhum aplicativo adicional – ou seja, que pode ser configurada até mesmo quando você estiver sem conectividade – criar uma pequena (100MB ou 500MB são tamanhos comuns) imagem de disco criptografada e gravar nela seus arquivos confidenciais pode ser uma boa alternativa.

Imagens de disco são um recurso do Mac (e de vários outros sistemas operacionais) que você já deve ter visto muitas vezes (são comuns em arquivos de instalação de programas, por exemplo): quando você as abre, o sistema as trata como se o seu conteúdo fosse um disco (ou um pen drive) adicional, embora geralmente com acesso apenas para leitura.

Acima você vê os 2 ícones de uma mesma imagem: o da esquerda é o arquivo dela (usualmente com a extensão .image ou .sparseimage), que reside permanentemente em alguma pasta do seu sistema, e o da direita é o disco virtual correspondente a ela, que só aparece (no seu desktop e no Finder) quando ela está ativada ("montada"), e que some quando você o arrasta para a lixeira (não se preocupe - os dados permanecem armazenados no arquivo da imagem!) ou clica com o botão direito neles e seleciona a opção "Ejetar".

As imagens de disco podem ser criadas dando acesso para gravação, e criptografadas – assim, quando você as abrir (e se identificar com uma boa senha), elas ficam disponíveis como se fossem um pen drive qualquer, onde você poderá gravar seu projeto secreto sem qualquer complexidade adicional.

Só que quando você clicar com o botão direito no ícone deste pen drive virtual e selecionar a opção “Ejetar”, o que você gravou nele estará protegido de bisbilhoteiros, automaticamente criptografado – e disponível para novo uso assim que você abrir novamente a imagem de disco (e voltar a informar a senha).

Criando sua imagem criptografada

Criar uma imagem criptografada não é complicado e nem demorado, mas envolve uma sequência de passos executados em 2 utilitários do Mac OS X (ambos ficam na pasta Utilitários do seu grupo de Aplicativos).

Para começar, abra o Utilitário de Disco e clique no ícone Nova Imagem (que estará na barra de ferramentas do utilitário). Você verá um diálogo como este:

Na imagem acima já preenchi tudo o que precisava, mas vou detalhar: você precisa selecionar em qual pasta a sua imagem será criada (eu escolhi a Mesa, ou desktop, mas geralmente não é a melhor ideia deixar exposta a imagem de disco), e um nome para ela, que deve constar nos campos “Salvar Como” e “Nome”. O tamanho pode ser escolhido livremente, e os demais campos são como segue:

  • Formato: o default (“Mac OS Expandido (Reg. Cronologicamente)”) é suficientemente bom, mas você pode mudar para o que melhor lhe agradar.
  • Criptografia: recomendo a AES 256-bit. Pode ter um pouco menos de desempenho, mas  é uma garantia segura (até o momento) de que alguém sem a sua senha vá ter BASTANTE trabalho (do tipo que geralmente só governos e grandes organizações têm recursos para fazer) se quiser ter acesso aos seus dados.
  • Partições: o default é bom. Mude se souber o que está fazendo.
  • Formato de imagem: é importante definir “Imagem de disco esparsa”, pois deste modo o seu arquivo de imagem não irá ocupar imediatamente os 100MB ou 500MB que você tiver atribuído a ela, e sim irá crescendo (até chegar ao limite definido) conforme você for movendo arquivos para dentro dela.

Depois é só clicar em “Criar”, informar uma BOA senha (sugestão: use uma frase curta, com letras, números e símbolos mas sem acentos) e aguardar alguns segundos. Pronto: sua imagem estará criada (no desktop, no nosso exemplo) e já iniciará ativada (o termo técnico é “montada”), pronta para você mover para ela os arquivos e pastas que desejar, como se fosse um pen drive:

Sempre que terminar de usá-la, clique com o botão direito (ou control+clique) no ícone correspondente ao disco virtual dela, e selecione a opção Ejetar. Para reativá-la, basta um duplo clique no ícone da imagem, que fará o Mac OS X reativar (remontar) o disco virtual correspondente.

Uma conveniência indesejada

Antes de terminar a configuração, é necessário um procedimento adicional: fazer o Mac OS X esquecer a senha que você definiu durante a criação da imagem.

Ocorre que este tipo de senha usualmente é memorizado por default pelo sistema, para que você não tenha que digitá-lo a cada vez – mas no nosso caso, ter que digitar a senha a cada vez é um requisito essencial para a segurança.

Felizmente é simples fazer o Mac esquecer uma senha: basta ir na sua pasta de Utilitários  novamente e usar o ícone “Acesso às Chaves”. Procure na sua lista de chaves (ordenada alfabeticamente por default) a chave correspondente ao nome da imagem de disco criptografada que você criou, confira (pela data) se é mesmo a chave certa, e aí clique com o botão direito (ou control+clique) nela, selecionando a opção “Apagar”.

Após confirmar a operação, o Mac não lembrará mais da sua senha, e você terá que digitá-la a cada vez que abrir (montar) a sua imagem de disco criptografada.

A segurança não se encerra na criptografia

Criptografia é uma ferramenta, mas segurança depende também de procedimento.

Se você editar (no micro em que estão armazenadas de forma criptografada) os arquivos secretos, fique atento às configurações do editor para ver se ele não grava arquivos temporários em outras pastas não criptografadas, por exemplo! Cuidado também com cópias geradas por você mesmo e esquecidas em outros lugares do disco, ou mesmo em pen drives ou HDs externos que você leve com você.

Fique atento também para evitar que a imagem criptografada fique aberta (montada) quando não está em uso, especialmente se você for estar longe do computador, ou passá-lo a alguém.

Verifique se o arquivo (com a extensão .sparseimage) correspondente à sua imagem de disco criptografada está incluído na sua estratégia de backup, e cuidado para não incluir inadvertidamente na mesma estratégia o conteúdo do disco virtual correspondente, quando ele estiver montado.

Finalmente, não esqueça a sua senha, mas também não a anote nem compartilhe. Selecione uma senha memorável e tenha certeza de que será preservada, pois recuperá-la em caso de perda pode estar fora do seu alcance! (hat tip: Lifehacker)

PomodoroPro: o iPhone como ferramenta de foco e produtividade

O iPhone (assim como a maioria dos celulares e telefones) é uma fonte praticamente inesgotável de distração, mas também pode ser usado a favor do seu foco e produtividade.

Sei que não preciso apresentá-la para muitos de vocês, mas para clareza, explico: a Técnica Pomodoro de gerenciamento de tempo, nascida na virada para a década de 1990, vem encontrando popularidade crescente junto ao público interessado em ferramentas de gerenciamento operacional de seu tempo.

Este nome simpático deriva do instrumento essencial de sua implementação: um timer de cozinha, desses que se usa para não deixar a panela queimar ou a bebida congelar no freezer.

O criador da técnica, Francesco Cirillo, usava um timer em formato de tomate (que em italiano se chama pomodoro) para gerenciar suas atividades, e o nome acabou pegando juntamente com a ideia.

Um pomodoro, dois pomodoros, três...

Em sua origem o timer era usado para definir intervalos de 25 minutos que seriam integralmente dedicados a determinada tarefa, findos os quais haveria uma pausa de 5 minutos e repetição do processo (com a mesma tarefa ou outra). A cada quarta repetição a pausa é expandida para 15 ou 20 minutos.

Idealmente as tarefas não devem ser definidas ao longo da sequência: para haver visão de prioridade e encadeamento, o dia ou período deve iniciar com uma sessão de planejamento e anotação do que deverá ser feito, e quantos pomodoros (ou ciclos do timer) serão reservados a cada tarefa.

Estas mesmas anotações iniciais devem ser complementadas pelo registro, conforme for ocorrendo, do uso de cada ciclo, para permitir comparar o planejado com o realizado e melhorar a qualidade de planejamentos futuros – além de prover a sempre desejada sensação de realização.

Serve para você?

Para mim estes sistemas de alocação de intervalos fixos não funcionam no dia-a-dia, a não ser em tarefas e circunstâncias bem específicas. O sucesso deles pressupõe a possibilidade de reduzir interrupções ou ao menos de ter o controle sobre como reagir a elas, e eu prefiro buscar formas de organização que estejam originalmente voltadas a absorver as interrupções e incorporar o tratamento delas ao fluxo originalmente planejado.

Mas para quem tem o luxo de controlar suas interrupções, vem encontrando dificuldade de manter o foco em uma tarefa por vez, ou mesmo precisa buscar a sincronização com outro membro da equipe (por exemplo, em pair programming), a Técnica Pomodoro pode ser uma boa.

Pomodoro no iPhone

Se você pensa em experimentar, não precisa ir revirar as gavetas da cozinha para encontrar aquele timer em formato de mestre-cuca: até a app de relógio do iPhone conta com um timer fácil de usar.

Mas também existem vários aplicativos para iPhone especializados em gerenciar a temporização pela Técnica Pomodoro, e para mim o que se destaca é o PomodoroPro.

O PomodoroPro tem uma interface simples e fácil de usar, como um aplicativo deste tipo precisa ser: sua janela principal tem um botão que serve para iniciar e parar o timer, e os indicadores do tempo decorrido – tanto de forma analógica, indicando o progresso em um círculo colorido, quanto em uma contagem simples de minutos.

Na base da tela fica uma série de 8 estrelas, que vão se acendendo conforme você vai completando os seus pomodoros (e outras aparecem caso você chegue a completar 8!).

Um discreto ícone de informações dá acesso às configurações do seu Pomodoro, permitindo ajustar as durações (do pomodoro, da pausa curta e da pausa longa), os sons e o ajuste do brilho do iPhone durante a execução do programa.

E se você usar o iPhone para uma ligação ou acessar outra app enquanto o PomodoroPro está ativado, não há problema: ele continua operando e sinalizando audivelmente o completamento de cada ciclo – só cuidado para as interrupções não atrapalharem o andamento dos seus pomodoros ;-)

Videocast sobre desenvolvimento para iPad, iPhone e Mac

O Pierre Freire escreveu para avisar da disponibilização em seu blog de um videocast de ~50min com dicas para quem pretende investir em se tornar um desenvolvedor iOS ou Mac.

Entre os tópicos abordados estão a questão do mercado para desenvolvedores, os passos que conduzem a se tornar um desenvolvedor para iOS ou Mac, aspectos tecnológicos e comerciais e, como não podia faltar, dicas sobre onde estudar para desenvolver as competências necessárias.

Mais acessados:

Artigos recentes: