TextWrangler: o melhor editor de textos do meu Mac

Pesquisa realizada entre os usuários do Mac aqui do meu home office concluiu: 100% da amostra (eu) considera o gratuito TextWrangler a melhor opção de editor de textos disponível nele para editar textos do dia-a-dia e pequenos trechos de código.

Todos sabemos que quem encontra um editor de texto que lhe agrade, frequentemente se aferra a ele com unhas e dentes e não admite a possibilidade de avaliar outro.

Não é meu caso: sou eclético quanto a editores de texto, me viro bem com o vim, uso sem sustos os comandos básicos do Emacs, já escrevi vários artigos e trabalhos de aula usando o bloco de notas do Windows (transferindo para um processador de textos como o Pages, Writer ou Word só para formatar o texto final), e conheci ferramentas especializadas capazes de cuidar da estrutura do texto, apoiar a pesquisa, promover as condições para a inspiração, e esconder todas as distrações da tela.

Gosto de todos, e uso algum deles sempre que é a alternativa mais à mão para o que quero fazer. Mas hoje, na prática, boa parte do meu dia-a-dia é escrever, e preciso de uma ferramenta que, além de me oferecer os recursos essenciais, não fique no meu caminho. E estes recursos essenciais nem são muitos: como estudante eu ainda peguei o final da era de ouro das máquinas de escrever, e gastei muitas fitas de uma portátil Lettera 22 como a da foto acima - assim até o minimalista bloco de notas do Windows 95 reunia boa parte do que eu valorizo em um editor de textos.

Afinal, embora às vezes eu precise do luxo de uma tela inteiramente dedicada ao editor de textos, o usual é ele ficar no cantinho dele para me permitir ter material de referência à vista, redes sociais e comunicação acessíveis, e o que mais eu esteja fazendo, pois tudo isso está incorporado ao meu processo produtivo e, se não estiver adequado ao momento, eu mesmo desativo - quando estou no meu próprio escritório, geralmente não preciso que o editor lide com isso por mim.

Entra em cena o TextWrangler

já faz mais de 1 ano que adotei o TextWrangler, oferta gratuita da Bare Bones Software, que também oferece comercialmente uma versão incrementada dele, o BBEdit.

O TextWrangler tem aquela que para mim é a característica essencial de um editor de textos em ambientes gráficos: ao abrir o programa, ele RAPIDAMENTE exibe uma tela vazia na qual, se desejar, o usuário pode começar imediatamente a compor seu texto, sem usar nenhum menu ou comando, até chegar a hora de gravar - e a forma de gravar é a convencional, ⌘+S ou pelo menu File, sem ter de adivinhar nada.

Mas não é só isso que ele faz. Navegando pelos menus é fácil de entender por que ele se posiciona como um editor de uso geral para autores, programadores, administradores de sistemas. Entre seus recursos que eu mais uso estão:

  • Busca avançada, com suporte a manipulação do texto via expressões regulares (PCRE)
  • Comparação de documentos
  • Suporte a edição de grande variedade de linguagens de marcação e programação
  • Ferramentas para transformações comuns, como a remoção imediata de caracteres estranhos ("zap gremlins") de arquivos parcialmente corrompidos, conversão para maiúsculas e vice-versa, tabular, indent, inserir prefixos ou sufixos nas linhas, ordená-las, etc.
  • Suporte extensivo e em grande parte automatizado a bom número de padrões de caracteres - se o seu parceiro de equipe lhe enviar um texto em UTF-8, Latin-1, ISO-8859-1 ou qualquer que seja o default do sistema operacional que ele usa, você pode ajustar o editor, e só na hora de gravar você precisará parar para pensar de novo se mantém o padrão original ou muda para o seu próprio padrão (e o mesmo vale para os caracteres de final de linha!)
  • Níveis ilimitados de undo e redo
  • Verificação ortográfica
  • Múltiplas clipboards
  • Capricho na integração ao ambiente do Mac OS X
  • e mais! (incluindo o atalho edit definido automaticamente como cortesia para os fãs do Terminal ;-)

Interface orientada para a produtividade

Editores de texto visuais têm algumas características em comum, e diferenciais que acabam formando e mantendo a preferência de seus usuários. No caso do TextWrangler, embora a janela de Preferências do programa seja enorme, todas as que uso no dia-a-dia estão também disponíveis em uma janelinha acessível por um botão na barra de ferramentas, como você pode ver a seguir:

Está tudo ali: quebrar ou não (visualmente, e não no arquivo) as linhas para que caibam horizontalmente na janela, mostrar ou não o indicador do limite lateral de tamanho de página, mostrar ou não indicadores dos tabs, exibir ou não a régua vertical (número de linhas), exibir ou não a calha à esquerda (muito útil ao editar código), mostrar ou não símbolos dos caracteres invisíveis (Enter, Tab, etc.), usar aspas de tipógrafo (e não as de programador) e expandir Tabs.

Mas a barra de ferramentas tem mais utilidades. Por exemplo:

  • o botão azul de informações abre uma janela com a contagem de caracteres, palavras e linhas do texto que estiver selecionado (e do arquivo completo também), além de um campo copiável contendo o path completo do documento que está em edição.
  • O botão em formato de documento exibe no Finder o arquivo que está em edição.
  • Clicando no nome do campo que exibe o path do arquivo em edição, aparecem opções para copiar o path, copiar o path completo, copiar só o nome do arquivo, ou copiar uma URL local correspondente ao arquivo.
  • O botão na extremidade direita da barra de ferramentas, com uma seta apontando para a direita, abre uma gaveta mostrando todos os documentos que estão em edição, facilitando pular entre eles.

A barra inferior também brilha pela utilidade: indica a linha e coluna correntes, permite alternar entre os diversos modos de realce de sintaxe (na tela acima o editor está realçando as tags HTML), exibe e permite alterar a codificação de caracteres e de terminação de linha, e ainda oferece uma contagem atualizada de caracteres, palavras e linhas do texto que estiver aberto.

Mal arranhamos a superfície

Não dá para apresentar todos os recursos de um editor de textos em um post de meras 1000 palavras, mas você pode ir diretamente nos links dos pontos fortes do TextWrangler casos de uso que lhe interessarem:

Além disso tudo, tem a questão da documentação caprichada, da estabilidade muito bem demonstrada, e do desempenho, especialmente na hora de abrir o programa.

Agora é a vez de vocês: podem comentar à vontade me esclarecendo que bom mesmo é o editor que vocês preferem ;-)

Como limpar o MacBook

Se você imagina que produtos de limpeza especializados e "de marca" são os mais recomendáveis, talvez vá ter uma surpresa!

A quantidade de líquidos, sprays, esponjas e outros produtos de limpeza voltados aos usuários de notebooks é fácil de ser explicada: computadores usados em ambientes variados são fáceis de sujar.

No caso dos MacBooks, as cores e materiais empregados parecem deixar isso mais evidente, o que na prática é positivo (porque sinaliza antes a necessidade de limpeza), mas às vezes parece preciosismo nascido da admiração do visual do aparelho, e não da sua utilidade.

Mas raramente podemos considerar que a limpeza de instrumentos de trabalho é um mau hábito, e isso ajuda a explicar outro fenômeno: os materiais de limpeza que são anunciados como sendo recomendados pela Apple para uso em seus equipamentos. Isso ocorre muito mais no marketing do ponto de venda (o chamado “papo de vendedor”) do que nos anúncios impressos ou nos rótulos dos produtos, mas é algo que já observei em bom número de situações, a ponto de buscar me informar a respeito.

E ocorre que a Apple, em suas instruções oficiais de limpeza de seus produtos, recomenda mesmo um produto: o “paninho” de microfibra da 3M, para limpeza da parte de baixo de alguns MacBooks.

Em todos os demais casos que você encontra em pontos de venda (incluindo sprays, detergentes líquidos, pastas, esponjas, etc.), se o vendedor disser que o produto é recomendado pela Apple, vale a pena ir conferir as recomendações da própria!

O mesmo vale para as receitas caseiras: recomendações de limpar usando adesivos, açúcar, borracha de apagar, pasta de dente, álcool isopropílico e outros produtos podem ter sua eficácia se associados a uma dose de bom senso e 2 doses de cuidado, mas estão longe de serem endossadas pelo fabricante em suas instruções oficiais, e trazem seus próprios riscos, por gerarem seus próprios fragmentos, reações e abrasões.

Instruções oficiais: como limpar MacBooks

A fonte que você deve consultar por primeiro é o Guia do Usuário que acompanhou o seu produto, mas a base de conhecimento de suporte da Apple também tem um artigo específico sobre instruções de limpeza, do qual extraio o resumo abaixo sobre como limpar MacBooks, MacBooks Pro e MacBooks Air, com segurança:

  1. Desligue o Mac e desconecte a entrada de energia e outras conexões.
  2. Passe um pano macio, levemente úmido e sem fiapos pelo exterior do Mac, sem deixar passar umidade pelas suas aberturas.
  3. Não espirre nenhum líquido diretamente no Mac.
  4. Não use sprays em aerosol, solventes ou abrasivos que possam danificar o acabamento.

No caso dos MacBooks brancos, há uma instrução a mais: a sua parte inferior deve ser limpa com um pano com as mesmas características acima, mas seco.

Como limpar a tela

Para limpar a tela dos MacBooks, as instruções oficiais são parecidas;

  1. Desligue o Mac e desconecte a entrada de energia.
  2. Passe na tela um pano macio e sem fiapos, umedecido apenas com água.
  3. Não espirre nenhum líquido diretamente na tela.

Como limpar os periféricos

A geração atual dos periféricos da Apple tem 2 componentes cuja limpeza é bem fácil: o Magic Mouse e o Magic Trackpad. Em ambos os casos a recomendação é simples: desligar, tirar as pilhas e passar pelo seu exterior um pano macio, sem fiapos e umedecido apenas com água, cuidando para não deixar passar umidade pelas aberturas.

Já no caso dos teclados (sejam de alumínio ou não, com ou sem fio), a instrução é similar, mas o trabalho será bem maior ;-) Desconecte o cabo e as pilhas (conforme o caso), e passe pelo seu exterior um pano macio, sem fiapos e umedecido apenas com água, cuidando para não deixar passar umidade pelas aberturas. Não use sprays em aerosol, solventes ou abrasivos!

E aquele spray lindo que eu vi na loja?

Tem uns sprays e esponjas que parecem mesmo muito eficazes, não é mesmo? Tem um da Philips que é feito sob medida para tirar marcas de dedo e outras manchas da tela de TVs de LCD e plasma, por exemplo.

Este produto e outros similares resolvem muito bem aquilo que se propõem a fazer, desde que você os use bem: com o “paninho” de microfibra que acompanha o produto, aplicando o produto no paninho, e não diretamente na tela, e limpando só a TV, e não a tela do seu MacBook!

Afinal a sua TV não tem, em seu painel frontal, uma webcam sensível nem orifícios para captação de áudio, nem está posicionada logo acima de um teclado cheio de fendas por onde as partículas do gel de limpeza podem passar de forma indesejada.

Assim, se o varejista tiver posicionado um totem destes sprays de limpeza perto dos notebooks, e não das TVs, ignore a associatividade e, se o momento inspirar em investir dinheiro na limpeza do seu Mac, aproveite o momento e vá numa loja próxima para comprar um “paninho” de microfibra e deixar exclusivamente para este uso, umedecido apenas com água mas também embebido na certeza de que está seguindo a recomendação de quem projetou o equipamento ;-)

Manipulando a clipboard no seu script shell ou no Terminal

Que tal manipular o conteúdo da clipboard (ou das pasteboards, como é seu nome oficial) diretamente no Terminal ou nos seus scripts shell? Pode ser uma grande maneira de implementar gambiarras artifícios técnicos enquanto você faz a transição para formas mais automatizadas de comunicar dados entre seus scripts e os aplicativos do Mac ;-)

Para não deixar o site parado durante uma semana especialmente ocupada por aqui, nada melhor do que uma dica rápida, ainda que ela só vá ter apelo a um público bem específico!

Aliás, antes de prosseguir, uma dica extra: embora o número de posts por semana aqui no BR-Mac seja limitado, o movimento no @brmacblog do Twitter é bem maior, com dicas, diálogo e comentários sobre as notícias  de cada dia – se você ainda não segue, deveria!

pbcopy e pbpaste

Para uma dica tão versátil e prática, não há porque tentar esticar o assunto: o comando pbcopy transfere para a pasteboard o que você transmitir a ele pela entrada padrão. Ou seja: se você digitar no Terminal o comando

ls –la | pbcopy

perceberá que a lista dos arquivos do diretório corrente (resultado do “ls –la”) foi transferida para a pasteboard (pelo | pbcopy) e estará pronta para ser colada (pressionando ⌘+v) no seu editor de texto ou onde você quiser.

Já o comando pbpaste faz a operação inversa: manda para a sua saída padrão (o terminal, um arquivo, uma pipe ou o que você definir) o conteúdo que estiver na pasteboard. Ou seja: se você copiar (pressionando ⌘+c) várias linhas de texto no seu editor favorito e em seguida digitar no seu Terminal (por exemplo):

pbpaste | wc –c

saberá quantos caracteres estavam presentes no trecho copiado, ou se digitar pbpaste > exemplo.txt criará um arquivo chamado exemplo.txt com o conteúdo da pasteboard.

Mas o pbpaste tem um detalhe especial: ele só opera quando o conteúdo da pasteboard é textual (texto puro, EPS ou Rich Text). Se você copiar uma imagem para a pasteboard, o pbpaste não produzirá nenhuma saída.

O funcionamento básico é este, e já é suficiente para muitas gambiarras implementações alternativas de comunicação entre aplicações. Mas há alguns detalhes a mais que você encontra digitando man pbcopy

Espero que, ao ver funcionando sua gambiarra programação alternativa, o interesse na funcionalidade faça você logo se motivar para dar um passo a mais e conseguir fazer a comunicação entre aplicativos sem precisar de um humano no meio do caminho apertando ⌘+v ;-)

MacBook: razões para a escolha

Optar por um MacBook é uma decisão que vem sendo considerada por um número cada vez maior de usuários, e a quantidade de pessoas que está em dúvida e buscando elementos a mais para a sua escolha cresce na mesma proporção.

Já tratei do assunto no post que explica qual MacBook comprar (para quem já decidiu que quer um MacBook, naturalmente), e o leitor Augusto C. Carlson também contribuiu no artigo Macbook Pro 13”: primeiras impressões de um recém-chegado.

E agora é a vez do leitor Gentil de Bortoli Jr. contribuir com uma visão adicional: apesar do seu perfil evidentemente técnico, a descrição dele dos motivos de ter escolhido um MacBook Pro de 13 polegadas (que é um dos modelos indicados pelo BR-Mac) é compatível com a que frequentemente vejo ser narrada pelos assim chamados "usuários finais": um degrau acima das questões envolvendo processador, quantidade de RAM, placa de vídeo, HD, interfaces e coisas do tipo.

Agradecemos ao Gentil, e renovamos o convite para interessados em comentar sua razão de escolha por Macs: entrem em contato!

MacBook: razões para a escolha
Depoimento do leitor Gentil de Bortoli Jr.

Minha história com computadores teve início por volta de 1994, mas meu primeiro contato com um Macintosh ocorreu apenas em meados de 2001, época em que pude experimentar superficialmente um iMac G3. Desde então eu nunca mais havia tocado em nenhum produto da Apple, não até o final de 2010, que foi quando tive a oportunidade de manusear um MacBook.

Embora eu tivesse uma excelente imagem sobre os computadores da marca, especialmente no quesito hardware, deixando de fora os trabalhos que envolviam imagens e animações, preconceituosamente eu atribuía a compra de um Mac a coisas como "status" ou "design".

Com essa concepção em mente, mas observando que alguns amigos com perfil técnico estavam migrando para este equipamento, me senti motivado a estudar melhor o assunto.

Começando pelo design, não demorei a constatar minha ignorância. Compreendi que muito antes de ser algo relacionado ao visual, design deve ser entendido como um "projeto" que busca funcionalidade.

O design está presente em coisas das quais nem nos damos conta, como na "orelha" de uma xícara, que nos permite tomar algo quente sem queimar os dedos, ou no bico de uma jarra, que pode até deixá-la mais bonita, mas que está lá para fazer com que o líquido escoe em uma direção determinada.

No MacBook Pro, detalhes desse tipo podem ser percebidos, por exemplo, no cuidado com a conexão do cabo de força, que se desfaz facilmente evitando um "tranco" no equipamento ou a quebra do plug caso alguém tropece no fio; no teclado retroiluminado, que proporciona mais conforto quando é preciso trabalhar em ambientes escuros; ou na construção em uma peça única, o que aumenta a resistência, elimina emendas, reentrâncias e saliências que poderiam causar acúmulo de sujeira, dificultar a limpeza ou impedir o suave deslizar para dentro de uma mochila. São coisas que não são apenas bonitas ou legais: elas têm um bom propósito.

Hardware atende ao software

Resolvida a questão do design, passei para o hardware. Aqui, ao invés de olhar para as inúmeras configurações que eu poderia montar com determinada quantia de dinheiro, resolvi pensar diferente e passei a avaliar os ganhos que se pode obter quando se sabe exatamente onde um software será executado.

O controle que a Apple exerce sobre as opções de hardware explica por que um Mac é mais econômico no consumo de energia, mais estável e tem melhor desempenho, às vezes mesmo quando comparado a máquinas mais poderosas, mas baseadas em software que, antes de ser veloz, precisa ser compatível com uma enorme quantidade de componentes.

Falando em software, o fato de o Mac OS X ser um UNIX já diz muito. Deixando de lado a maior estabilidade, segurança e padronização inerentes, penso que o grande diferencial desse sistema não seja nem o seu belíssimo visual, mas sim a forma como tudo nele é integrado, causando reflexos diretos na usabilidade. Novamente o design, agora aplicado ao sistema operacional, resulta em um nível de satisfação tal que, não raro, pessoas dizem simplesmente que "dá prazer usar" o Mac OS X.

Passada e empolgação inicial, a boa percepção melhora na medida em que se conhece o sistema e depois se estabiliza em um excelente patamar, já que mesmo com o passar do tempo não há queda de desempenho, redução de estabilidade e nem a necessidade de maçantes manutenções.

Como usuário, experimentei todas as versões do Windows desde a 3.11. Enquanto programador e administrador de sistemas, passei por várias distribuições de Linux, especialmente Slackware, Debian e Ubuntu, que é a escolha atual. Trabalhei também com Open, Free e NetBSD, recompilei o kernel muitas vezes buscando mais desempenho ou suporte a algum hardware e tive até a chance de manter como desktop uma Sun, ora com Linux, ora com Solaris. Atualmente não trabalho mais na área mas posso afirmar que eu me sentiria confortável em ter o Mac OS X como principal SO caso ainda estivesse nesse meio.

Sem abrir mão do histórico

Tornei-me então alguém que só quer navegar, ler e-mails, bater papo, ouvir músicas, assistir a filmes, gravar um DVD de vez em quando, plugar algum dispositivo comum e vê-lo reconhecido imediatamente, usar um editor de textos, uma planilha eletrônica e imprimir ou digitalizar algum papel.

E embora eu estivesse mirando a comodidade de não precisar “abrir o capô”, também fiquei muito satisfeito por não ter tido que abandonar “pequenos vícios”: permaneço brincando com Apache, MySQL e PHP e meus shell scripts não deixaram de ter um belo terminal com fundo preto e letras verdes.

Para completar, na impossibilidade de executar algum software mais específico, sei que posso carregar outros sistemas em uma VM e continuar me beneficiando da citada integração.

É claro que alguns paradigmas tiveram que ser revistos, e tanto para isso quanto para as descobertas o meu histórico foi de grande ajuda. Todavia, acredito que outras pessoas com variados graus de experiência e oriundas dos mais diversos ambientes também não devam enfrentar maiores dificuldades de adaptação.

Sumarizando

Finalmente, afora a pessoal e intransferível sensação de prazer ao operar um sistema tão completo, intuitivo e elegante, considerei ainda outros fatores que agregam valor a um Mac, mas que às vezes podem passar despercebidos:

  • Conta com um bom leque de acessórios especialmente desenvolvidos para a marca;
  • No lugar de bloatware, traz aplicativos úteis, simples, integrados ao SO e testados naquele hardware;
  • Possibilita a aquisição, a preços acessíveis, de software desenvolvido sob um
    excelente controle de qualidade;
  • Garante economia de dinheiro (com antivírus, antispyware, firewall e similares) e de tempo (com "limpeza" de arquivos, desfragmentações, reinstalações de recuperação e formatações);
  • Fornece updates a bons preços;
  • Tem serviço de suporte acima da média;
  • Possui superior valor de revenda.

Obviamente cada um dá a isso tudo a importância que lhe convém. O que posso dizer é que, para mim, depois de boa pesquisa, optar por um Mac pareceu ser não apenas lógico, mas natural.

Spin Music: mais música (boa) no seu Mac

Em tempos de altíssima disponibilidade de músicas dos mais variados estilos, o problema da década (e um bom problema, na minha opinião) é o que novos vizinhos do norte chamam de "music discovery": nossas coleções de música são cada vez maiores, mas sempre queremos encontrar aquela banda que ainda não conhecemos, aquela música que ficou esquecida em algum lugar do passado, ou a que os amigos estão ouvindo e nós ainda não ficamos sabendo.

Sites como o Last.fm e similares fazem um excelente papel de apoio na descoberta de músicas, e de vez em quando encontro algumas preciosidades por lá. Mas minha preferência é a descoberta musical por outro mecanismo: as rádios on-line.

O problema geral com as rádios on-line e sites de streaming que operam de maneira similar a rádios é que geralmente eles se situam em 1 de 2 extremos: ou você sabe exatamente qual a rádio que deseja ouvir, e simplesmente a procura, ou você tem que se sujeitar a programas (como o iTunes!) que oferecem uma quantidade enorme de estações mal agrupadas em categorias insuficientemente definidas e sem nenhum tipo de curadoria ou priorização prévia - ou testa todas pessoalmente, ou conta com a sorte para achar uma decente.

Geralmente eu recorro a rádios on-line de programação variada (e selecionável) que já conheço e são acessíveis diretamente pelo navegador, como a Iceberg Radio (recomendo o canal Modern Rock Classics!) e a Soma FM (o canal de Covers provavelmente surpreenderá você), mas até as playlists delas começam a ficar previsíveis depois de algum tempo, e chega a hora de ir procurar um complemento.

E ultimamente este complemento tem vindo na forma do Spin Music, que foge dos extremos acima: o programa tem uma interface bem simples, baseada em um ícone no menu do sistema que permite basicamente escolher um gênero musical, e deixar o Spin Music se encarregar de escolher uma rádio on-line entre as que ele tem catalogadas na sua bem escolhida coleção.

Estou escrevendo este artigo ao som de uma rádio norueguesa (gênero Pop) com um nome complicado que eu jamais nem mesmo testaria se estivesse em uma lista de seleção livre como a do iTunes, e antes passei mais de uma hora de flashback com uma rádio polonesa cujo nome eu nem mesmo conseguiria pronunciar, mas tocava sucessos da década de 1990 ("da década retrasada", eu diria, se quisesse me sentir velho), muito bem escolhidos - sem a tentação de se limitar aos óbvios e às 100+ da Billboard.

A lista de gêneros musicais apresentadas pelo Spin Music é em si uma atração: tem itens fundamentais, como as décadas finais do século passado (anos 50 a anos 90), Blues, Clássica, Drum'n'bass, Heavy, House, Jazz, Pop, Punk, Reggae, Rock e Soul, mas também inclui especialidades como 8bit, música brasileira (identifiquei especialmente MPB e Bossa Nova neste grupo), Euro, Lounge, Metal, Opera, Progressivo e até trilhas sonoras.

A operação é muito simples: tudo acontece no menu do aplicativo. Basicamente você escolhe um dos gêneros, e o Spin Music seleciona uma estação para você e começa a tocar. A qualquer momento você pode usar a opção "Skip" e ele pula para outra rádio do mesmo gênero. No próprio menu também é possível ver o nome da estação que está selecionada, bem como (quando disponível) o nome da música, artista e capa do disco.

O streaming de áudio ocupa bem pouco da sua banda de rede, e geralmente não causa impacto perceptível em conexões de banda larga doméstica (em redes corporativas, consulte a autoridade responsável) - até mesmo em conexões 3G é perfeitamente possível ouvir rádios on-line, mas não recomendo a quem estiver em um (felizmente raro) contrato de conexão 3G cujo preço seja baseado no número de bytes trafegados ;-)

Portanto, se você não estiver sofrendo com restrições de acesso, velocidade ou preço da conexão à web, recomendo o gratuito Spin Music, disponível na Mac App Store, para se encarregar de uma trilha sonora diferente para embalar suas atividades no computador!

Desenvolvimento para iPhone e iPad ganha novo blog

O número crescente de desenvolvedores interessados na plataforma iOS (iPhones, iPads, Apple TV e congêneres) estão em permanente busca de material que possa auxiliar na transição dos seus talentos para a sua nova plataforma, ou mesmo para expandir o seu conhecimento sobre ela.

E a proposta do blog Mobilizando, é colaborar no sentido de suprir esta demanda por informação.

Seu autor, o desenvolvedor Cláudio Fernando Pinto, entrou em contato com o BR-Mac para compartilhar a boa novidade. Ele disse:

Estou lançando um blog de desenvolvimento, o Mobilizando. É um blog de técnico e acredito que possa conseguir leitores neste blog tão referenciado na web.

O Mobilizando pretende ser um canal de informações para os desenvolvedores iOS. Com o intuito de ajudar quem está ou pretende entrar no universo de aplicativos móveis Apple, o blog pretende publicar dicas e artigos técnicos. Esse novo projeto é fruto da idéia de divulgar um conhecimento adquirido em 3 anos de experiência e mais de 20 apps publicado na App Store. Fomentado pelas constantes e inovadoras atualizações da Apple no que diz respeito ao SDK, o Mobilizando pretende sempre disponibilizar conteúdo de qualidade e útil.

Para despertar seu interesse, preparei uma lista de alguns posts recentes do Mobilizando:

Seja bem-vindo, Mobilizando!

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