Clipboard History: app grátis amplia a funcionalidade da clipboard do Mac

Aplicativos para melhorar a memória da área de transferência (clipboard), permitindo que ela "lembre" de vários textos que você copiou (usualmente com a combinação de teclas ⌘+C), e não só do mais recente, são presentes e variados em praticamente todos os sistemas operacionais modernos que conheci.

Eu venho usando (e gostando!) o Clipboard History porque ele cumpre essa tarefa com o mínimo de intrusão no meu modo de trabalho.

O funcionamento é muito simples: a cada vez que você copiar algo no Mac, ele detecta (silenciosamente) e armazena uma cópia adicional na sua própria lista de cópias.

Se você usar o tradicional comando ⌘+V, funcionará tudo como de costume: a cópia mais recente será colada. Mas se você usar o atalho especial definido na app Clipboard History (que no meu caso ficou como Option+⌘+B), aparecerá na posição do cursor um menu suspenso, como o da imagem acima, mostrando o que está no seu histórico de cópias, para você escolher qual item deseja colar.

O Clipboard History funciona bem com colagens de texto, imagens e mistas, e depois de se acostumar com ele, as operações de compor um documento reordenando trechos de outro (por exemplo, um e-mail de resumo da proposta que consta em um DOC) nunca mais serão as mesmas - e exigirão muito menos trocas de janelas e de contextos. Para operações repetidas com um mesmo conjunto de trechos, dá para usar até alguns atalhos de teclado (⌘+1, ⌘+2 e assim por diante) para colá-los diretamente, sem precisar ver o menu.

O Clipboard History está disponível gratuitamente (por tempo limitado, segundo o autor) na Mac App Store, e a indicação veio via Lifehacker.

AirPlay para todos: Desenvolvedor quebra a chave de criptografia do AirPort Express

Um indivíduo empreendedor e com pouco respeito pelo desejo da Apple de manter restrito o acesso aos protocolos que implementa anunciou ao público uma informação que, em si, é valiosa: a chave privada de criptografia usada pelo recurso AirPlay nos roteadores sem fio AirPort Express.

A novidade abre o caminho para que outros aparelhos - como netbooks, videogames e dispositivos móveis - emulem o serviço de recepção de áudio do AirPort Express, via aplicativos desenvolvidos de forma independente.

O AirPort Express

O diminuto AirPort Express, modelo básico da linha de infra-estrutura da Apple, funciona tanto como um roteador sem fio tradicional (conectado a um ponto de rede, a um cable modem ou a um modem ADSL, por exemplo) quanto como um repetidor de sinal que permite ampliar o alcance de uma rede sem fio baseada em outros produtos AirPort.

Entre seus recursos adicionais que, em seu conjunto, o diferenciam de outros roteadores do mesmo porte estão o tamanho reduzido, a configuração simplificada de repetidores sem fio, a presença de uma porta USB para conectar a impressora da sua casa à rede sem fio, e a presença de uma saída de áudio (conector padrão, 3,5mm com suporte a cabos de áudio tradicionais ou digitais) que permite conectá-lo a um aparelho de som e enviar a ele, via rede sem fio, o áudio do iTunes (ou do iPod, iPhone e outros equipamentos compatíveis com o serviço AirPlay da Apple).

Como o AirPlay é criptografado, entretanto, os usuários têm poucas opções na hora de selecionar o hardware que adotarão para receber o streaming de áudio do iTunes: instalar um AirPort Express perto do seu aparelho de som existente provavelmente é uma das alternativas mais baratas - há outras alternativas mais avançadas (e caras!) autorizadas pela Apple a prestar o mesmo serviço.

Entra em cena o hacker inconformado

Mas a semana começou com uma notícia interessante: inconformado com o não funcionamento do AirPort Express da sua namorada após uma mudança, e percebendo que não havia um software que oferecesse a mesma funcionalidade, James Laird o desmontou e - via engenharia reversa - obteve a chave privada de criptografia do AirPort Express.

Além de disponibilizar a chave para outros desenvolvedores (ele entregou inicialmente aos do VLC) potencialmente interessados em dotar seus aplicativos da capacidade de emular um AirPort Express e receber streaming dos aplicativos da Apple, ele também produziu seu próprio software para isso: o shairport, que é open source e cuja versão corrente já permite que usuários de Linux façam seu computador emular o versátil roteador branco.

Com isso passa a ser perfeitamente possível esconder um netbook ou outro PC atrás do seu aparelho de som e transmitir seu áudio para ele pela rede sem fio da casa.

É tão útil assim?

Depende.

A resposta varia de acordo com seu interesse de usar o AirPlay. Se o que você quer é transmitir música do seu iTunes, iPhone, iPad ou iPod para o aparelho de som da sua casa pela rede sem fio e sem comprar hardware adicional da Apple, o serviço AirPlay é a solução básica, e o shairport (e o eventual suporte ao mesmo recurso no VLC e similares) será mesmo a solução essencial para evitar a compra de hardware, a não ser que você prefira o suporte oficial ao serviço.

Mas se a origem do seu áudio não precisa ser o iTunes ou a linha de portáteis da Apple, aí você encontrará diversos outros softwares prontos para fazer a transmissão via streaming para computadores com os mais variados sistemas operacionais, sem precisar fazer uso do AirPlay, e aí o próprio VLC pode ser um bom começo para a sua busca.

Quem sabe em breve não veremos mais roteadores wi-fi de baixo custo chegando ao mercado com a capacidade de rodar o firmware alternativo DD-WRT, com um provável módulo adicional de suporte ao shairport, e com uma saída de áudio para replicar na totalidade o recurso do AirPort Express? Enquanto isso, a Apple certamente irá pensando em diferenciais adicionais para sua linha de produtos de conectividade.

BetterTouchTool: melhorando seu trackpad ou magic mouse

Que tal uma maneira de definir ações adicionais baseadas em gestos do trackpad ou do Magic Mouse?

Nos comentários do nosso post de sexta-feira sobre o BetterSnapTool, que facilita a administração do desktop para quem precisa manter várias janelas visíveis em um mesmo monitor, o leitor Felipe Braun contribuiu um comentário indicando outra ferramenta do mesmo autor: o BetterTouchTool.

Embora até inclua, como um serviço extra, um método similar ao do seu irmão BetterSnapTool para gerenciar o excesso de janelas, o foco do gratuito BetterTouchTool é dar funcionalidades extras a 3 dispositivos típicos do universo Mac:

  • o trackpad nativo dos MacBooks recentes
  • o Magic Mouse
  • o Magic TrackPad

Todos eles contam com capacidades multitoque, e a própria configuração deles via Preferências do Sistema permite ativar e configurar um conjunto de gestos multitoque básicos que a Apple considerou dignos de estarem à disposição de seus usuários, como os do vídeo abaixo:

Só que a configuração default não necessariamente é a melhor possível, e há muito mais que se pode fazer com gestos multitoque. É aí que entra em cena o BetterTouchTool com a sua possibilidade de definir gestos adicionais comandados por movimentos tais como:

  • toque com 1 dedo nos cantos do trackpad
  • toque triplo formando um triângulo
  • swipe com 3 dedos em cada uma das direções
  • swipe com 4 dedos em cada uma das direções

Além de outros mais simples que redefinem os movimentos originais, e alguns tão complexos que beiram o exótico, incluindo o toque da mão inteira.

As ações também são variadas, incluindo a mera tradução da ação (por exemplo, gerando uma combinação de teclas, um clique da direita ou um option-clique), mas também um verdadeiro dicionário de ações do sistema, incluindo:

  • Mover, ocultar, fechar a janela corrente
  • Ativar o Exposé, Spaces, Dashboard, seletor de aplicações, proteção de tela
  • Abrir uma URL qualquer, pesquisar o texto selecionado no Google
  • Abrir um aplicativo ou script
  • Controle de mídia (avançar, retroceder, pausar, volume, ...)
  • Sleep, logout, shutdown
  • Controle de cursor (home, end, page down, etc.)

e outras tantas. Já instalei, defini 2 gestos do Magic TrackPad e estou usando, satisfeito. Nem explorei ainda, mas já vi que ele tem opções até mesmo para gestos especiais com o teclado e com um mouse comum (sem multitoque), portanto ele pode interessar até mesmo a quem não aderiu aos periféricos mais recentes.

Em resumo, uma boa opção a mais de interatividade que - se bem usada - pode ajudar a trazer produtividade ou a reduzir o esforço na operação do computador. E aí está a vantagem de procurar agregar leitores bem informados: obrigado, Felipe Braun, pela indicação!

Muitas janelas ao mesmo tempo no seu Mac? Gerencie com o BetterSnapTool!

O BetterSnapTool é uma daquelas ferramentas que resolvem um problema comum e que muita gente nem chega a perceber que tem: dividir o espaço do monitor entre as diversas janelas que se deseja manter expostas ao mesmo tempo.

Para mim o problema é tão claro e premente que eu uso 3 monitores no meu home office, para poder deixar maximizado o arquivo em que estou trabalhando, a fonte de referência e as redes sociais que fazem parte do meu agradável trabalho.

Mas quando estou fora, ou no notebook, o BetterSnapTool já virou a minha segunda melhor opção (a melhor, naturalmente, é fazer algo que não exija ter mais de 1 janela visível de cada vez), porque ele desempenha muito bem a sua tarefa simples: dividir a tela entre 2, 3 ou 4 janelas exposta - cada uma ocupando seu quadrante, ou sua metade (2 quadrantes contíguos, na horizontal ou na vertical).

A imagem abaixo mostra a obra do BetterSnapTool: a telinha de 11 polegadas do MacBook Air dividida entre a Dock (nem precisei esconder...) e 3 janelas, sendo que uma delas é a do editor de texto em que compus este post que você está lendo:

E essa app faz isso de forma similar ao que (segundo me dizem) é o comportamento do recurso Snap, do Windows 7: você arrasta qualquer janela até uma das extremidades ou um dos cantos da tela, e o BetterSnapTool a redimensiona para o quadrante ou metade da tela correspondente àquela posição.

Além de ser um procedimento bem simples e natural (é só arrastar a janela!), a ferramenta ainda faz um pouco mais: ela mostra, com um sombreado, a posição e tamanho que a janela vai ficar se você largá-la no ponto selecionado, e depois ainda lembra do tamanho original da janela, e volta automaticamente a ele quando você a arrasta de volta para fora do canto.

As opções de configuração (acima) também são interessantes, inclusive a definição opcional de comandos de teclado para posicionar a janela corrente em qualquer um dos cantos ou metades da tela, a possibilidade de desativar o Snap para qualquer aplicativo que se queira excluir do procedimento, e a seleção de dimensões personalizadas (que serão relembradas a cada nova operação) para qualquer aplicação que você deseje.

Existem outros aplicativos que realizam a mesma operação (Divvy, Sizeup, Cinch, ...), mas o BetterSnapTool é o melhor que já testei, e ao preço de US$ 1,99 na Mac App Store, não tenho dúvida de que vale o teste!

Atari's Greatest Hits para iPhone e iPad: game over (não recomendo!)

Minha infância foi nos anos 1980, e provavelmente passei bem mais horas brincando com o Atari 2600 (ou, no meu caso, com o clone nacional Dactar II, da Milmar) do que estudando pra provas da escola.

Assim, deixei a emoção à frente da razão e me permiti ter grande expectativa quando anteontem surgiu a notícia de que a app Atari's Greatest Hits, com emuladores e acesso a 100 jogos clássicos da Atari, tinha sido inserida na App Store da Nova Zelândia, e ao longo das próximas 24 horas começaria a aparecer no restante do mundo.

Não pensei mais no assunto até o final da tarde de ontem, quando fui verificar se a app já estava disponível na App Store da Argentina e fiz o meu download - que aliás é gratuito, mas só vem com o jogo Pong - para ter acesso aos demais 99 títulos, você vai comprando dentro da própria app.

Mas na hora de jogar, a ficha caiu - num sentido quase literal.

Quantos jogos clássicos do Atari 2600 marcaram sua memória?

Para mim os "anos Atari" foram marcados por um número bem pequeno de jogos: Enduro, River Raid, Pac Man, Pitfall, Joust, Megamania, todos conhecidos pouco antes do declínio no Brasil, quando as únicas novidades disponíveis para a plataforma passaram a ser coletâneas na forma de cartuchos duplos, quádruplos, óctuplos e assim por diante.

E sabe o que eles têm em comum? Nenhum deles está na lista dos 100 jogos que fazem parte do Atari's Greatest Hits.

E isso acontece por uma razão muito simples, e que eu já sabia (então nem devia ter tido a expectativa): a maior parte deles é da Activision, e não da Atari. Há exceções, como o Pac Man, que foi produzido pela Atari, mas sob licença da Namco.

Assim, a lista de 100 jogos talvez sirva bem a alguns nostálgicos, ou pela diversão adicional de poder jogar em modo bluetooth contra outro portador de iPhone nas proximidades, ou ainda pro pessoal alguns anos mais experiente e que tem a nostalgia dos jogos da primeira geração desta plataforma, e não dos que saíram nos seus "anos dourados".

Mas a lista de 100 jogos também possui alguns nomes conhecidos, como Centipede, Yar's Revenge, Haunted House e Missile Command, além de vários títulos que a Atari levou originalmente aos fliperamas.

Jogá-los com os controles mapeados na tela sensível ao toque também não é exatamente o nível ideal de interatividade ("Controles para jogos no iPhone: salvem-nos dos joysticks virtuais"), portanto avalie com critério suas oportunidades. No iPad foi ligeiramente mais usável que no iPhone, mas passa bem longe da jogabilidade original - quem sabe quando lançarem o iCade isso melhora?

Para mim, a brincadeira deixou de ter graça após relembrar um pouco do Lunar Lander dos fliperamas da minha infância, e passar alguns minutos jogando Video Pinball (que eu mencionei recentemente no post sobre o Pinball HD), e espero que alguém me acorde quando sair para o iOS uma coletânea dos jogos clássicos da Activision ;-)

Flipboard chegando ao iPhone, com suporte a mais fontes de conteúdo

O Flipboard, uma das nossas melhores apps para iPad, é uma sacada sensacional - a ponto de ter sido nomeado pela Apple como a melhor app para iPad em 2010, ano de lançamento de ambos os produtos: iPad e Flipboard.

A proposta dele é bem simples: usar os links que os seus contatos postam nas redes sociais (Twitter e Facebook) como fonte para montar uma revista personalizada (ou várias - eu tenho uma só sobre o meu bairro, outra só sobre Apple, e assim por diante, todas criadas pelo recurso de 'saved search' do Twitter) com os conteúdos que chamaram a atenção dos seus amigos e personalidades ou publicações que você segue.

Para quem não é fã de redes sociais ou não tem contatos que postam links interessantes regularmente, há também a opção de assinar (gratuitamente, como tudo o que se refere ao Flipboard) algumas fontes de conteúdo selecionadas por curadores parceiros dos desenvolvedores, ou mesmo diretamente de vários sites populares.

Para mim o Flipboard é TÃO útil e já me forneceu TANTA informação (que eu jamais descobriria de outra forma, pois não dá de clicar em cada link que meus amigos bem informados twitam), que certamente já valeu sozinho o preço do iPad (não que ele precise - a app do Kindle racharia com ele numa boa).

Aliás, ele me permite encontrar tanta informação interessante (geralmente dias antes de aportar nas capas dos portais nacionais) que qualquer dia algum governo totalitário (ou talvez os Illuminati?) vai acabar tentando proibi-lo.

E a boa notícia é que ele está prestes a deixar de ficar restrito ao iPad. Faz tempo que se comenta isso (e até mencionei via twitter do @brmacblog) mas os detalhes estão ficando mais sólidos.

Em entrevista à Folha ontem, o criador do Flipboard informou até o horizonte temporal ("ainda este ano") em que isto acontecerá.

Claro que as diferenças físicas entre iPad e iPhone exigirão uma abordagem diferente, e é nisso que os desenvolvedores estão trabalhando no momento.

E também há novidades chegando ("nos próximos meses") para os usuários do Flipboard no iPad: novas redes sociais serão incluídas, e a quantidade de parceiros de conteúdo também será ampliada. (hat tip: Gizmodo Brasil).

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