Cyclemeter: seu iPhone apoiando o exercício na bike

Um iPhone no bolso rodando o Cyclemeter GPS Bike Computer é o complemento ideal para o velocímetro e odômetro da minha bicicleta.

Além de fazer o básico dos aplicativos do gênero (coletar dados de deslocamento, calcular médias, máximos e mínimos e plotar em um mapa), ele tem algumas características que o distinguem de concorrentes próximos, incluindo a qualidade nas informações automáticas via fone de ouvido (sem impedir que você ouça música!) e uma sacada que considerei genial: as suas funções start/stop também podem ser controladas pelo botão do fone de ouvido do iPhone, facilitando o uso preciso sem ter que colocar as mãos suadas no aparelho.

Mas não é só isso que o Cyclemeter tem a mais do que outros similares que já usei – o seu diferencial é até na estratégia do desenvolvedor, que não tenta ficar atraindo o usuário pra alguma rede social própria ou site com cara de 2003: a interação é modelada para ocorrer no próprio iPhone, o que acho muito bem-vindo.

Quanto às demais funções, quem pratica esportes com o apoio de aplicativos do gênero já tem uma ideia geral de como funciona, então vou só pontuar rapidamente:

  • Controle pelo botão do fone de ouvido: quem pedala com o fone original do iPhone vai poder iniciar e encerrar com precisão seus roteiros sem encostar a mão suada no aparelho, nem empunhá-lo com a bike em movimento.
  • Detecção de paradas: nada de ginástica ou processamento posterior para remover dos cálculos e médias o tempo em que você ficou parado.
  • Corredor fantasma: você pode “competir” com o seu próprio histórico em um mesmo trajeto (pelo melhor caso, média ou pior caso), ou contra os dados de outra pessoa importados pelo sistema.
  • Anúncios por voz: 25 tipos configuráveis de anúncios nos seus fones de ouvido, incluindo mensagens informando distância, tempo, elevação, velocidade e mais. Os anúncios podem ocorrer automaticamente (em eventos configuráveis ou a intervalos de tempo ou distância) ou quando solicitados (a configuração default é anunciar os dados a cada vez que você comanda uma pausa da música).
  • Consultas e relatórios do histórico, por rota e por período, em mapas, gráficos e calendários.
  • Atualização da sua posição e rota no Google Maps, para que familiares ou amigos a quem você der acesso possam acompanhar on-line (desde que haja conectividade no seu trajeto, claro).

Quem gosta de controle vai se amarrar nas opções de configuração, que são muitas e variadas. E como se trata de um aplicativo voltado especificamente a bicicletas, as configurações default já vem pré-ajustadas para os esportes ciclísticos.

O Cyclemeter tem sido constantemente atualizado, sai por US$ 4,99 e, embora possa ser usado para a prática ocasional de outros esportes, seu produtor oferece algumas apps pré-ajustadas para outras atividades físicas também, como:

Antes de comparar qualquer um deles, entretanto, sugiro verificar se as alternativas gratuitas não o atendem. O Strava Cycling, por exemplo, parece promissor – e eu também usei durante bastante tempo o Endomondo.

Leia também: Emagrecer correndo com saúde: seu smartphone pode ser um aliado

Duas teclas para tornar mais úteis suas buscas no Spotlight: ⌘⏎

Existe uma opção para quando você quer pesquisar algo no Spotlight (a lupa ao lado do relógio do Mac OS X, no canto superior direito da tela) mas não deseja abrir o arquivo encontrado, e sim arrastá-lo para algum lugar, copiá-lo ou ver o conteúdo da pasta em que ele se encontra.

Dando sequência aos nossos posts sobre o que é óbvio para uns e informação interessante para muitos outros, vamos a uma dica simples mas que pode representar grande ganho de produtividade para quem até hoje usa as buscas do Spotlight sem saber disso.

E a dica se resume a 2 pictogramas:

 
⌘⏎
 

Ou seja: Command + Enter (ou seu sinônimo Command + Click). Esta discreta mas poderosa combinação permite multiplicar a utilidade das buscas do Spotlight, pois ao invés de simplesmente abrir o item (como o clique do mouse e a tecla Enter sozinha fazem), ela se encarrega de abrir a pasta do item em uma janela do Finder, e selecionar este item nela, facilitando o que quer que você queira fazer com ele.

Afinal, nem sempre que procuramos um item é com intenção de abri-lo. Podemos estar querendo copiá-lo, renomeá-lo, ou mesmo encontrar outro arquivo cujo nome não lembramos, mas sabemos que está na mesma pasta. Quando essa situação (tão comum!) acontecer, lembre-se: ⌘⏎ e ele estará à mão em uma janela do Finder para você fazer o que quiser.

Dica extra I: a mesma combinação (ou o sinônimo Command + Click) também serve para a mesma função em outros pontos da interface do Mac OS X. Eu uso, por exemplo, nos botões correspondentes aos downloads completados do navegador Chrome.

Dica extra II: outra combinação parecida e útil (embora acessível também pela opção “Mostrar tudo”, do próprio Spotlight) é ⌥⏎ (Option + Enter), que abre uma janela do Finder contendo todos os itens encontrados na pesquisa (e não apenas aqueles selecionados para aparecer no menu com o resultado).

Agradecimentos ao Lifehacker!

Leia também:  Use o Finder como um profissional, parte 1: os atalhos básicos.

HyperMac: bateria externa multiplica a autonomia do MacBook

As baterias externas HyperMac vêm em vários modelos, com cargas (e pesos!) proporcionais aos vários modelos de aparelhos da Apple para os quais são projetadas: desde os coloridos modelos HyperMac Micro (10Wh, 134g, cada carga do HyperMac recarrega o iPhone completamente 3 vezes) até o volumoso HyperMac MBP-222 (voltado ao MacBook Pro de 17 polegadas, pesando pouco mais de 2kg e oferecendo 222Wh para mantê-lo funcionando por 23h).

O meu envolvimento com elas (em um modelo de meros 300g de peso...) começou em uma viagem a serviço em que o centro de convenções, a Infraero e a companhia aérea deixaram na mão a minha produtividade digital: os 2 primeiros por oferecer um número inacreditavelmente insuficiente de tomadas (nas salas de reuniões e na sala de embarque do aeroporto), e a última por fazer a partida do vôo de volta atrasar 2h e a sua conexão do vôo durar longas 5h (a previsão era de 2h, no limite do aceitável).

Gênese de uma demanda

Na madrugada seguinte, enquanto trabalhava para colocar em dia o que deixei de fazer nas longas horas de produção potencial perdidas (porque a bateria do notebook já havia acabado no primeiro aeroporto), concluí que duração adicional de bateria, apesar de ser um recurso relativamente caro, fazia sentido no meu caso e era uma meta a ser perseguida.

Pesquisei e acabei optando por um modelo HyperMac MBP-060 (inconsistentemente chamado de HyperJuice em alguns pontos do site oficial), que é o ideal para o meu MacBook Air de 11 polegadas: pesa apenas 360g a mais na mochila (quando preciso levá-lo comigo, claro) e oferece a este Mac uma autonomia de 13,6 horas (medidas navegando na web via rede wireless e editando textos simultaneamente, com o brilho do display a 50%).

Colocando proporcionalmente, os 360g equivalem a 34% do peso do MacBook Air, e a autonomia de 13,6h chega perto do triplo das 5h de duração da bateria interna do Air.  Vale esclarecer que as 13,6h são compostas pelas 5h da bateria interna do MacBook, mais 8,6 do HyperMac.

Todos os números acima são os oficiais dos respectivos fabricantes, mas não são muito desproporcionais aos das minhas próprias experiências, que não são diretamente comparáveis: agora que tenho mais autonomia do que preciso, uso o computador com mais brilho de tela, com bluetooth ativado (para o fone de ouvido), com um modem 3G conectado, leitor de smart card na USB e usualmente com mais aplicativos além do navegador e editor de texto.

O meu HyperMac tem um bônus extra: uma porta USB que permite carregar o iPad ou o iPhone (ou outro periférico USB) em paralelo ao MacBook – mas se for usada com exclusividade, dá ao meu iPad uma autonomia de bateria de 34 horas de uso contínuo.

Cabos e patentes

Os conectores magnéticos MagSafe, que conectam os MacBooks às suas fontes de alimentação, são uma interessante peça de design, mas introduzem um problema: a Apple não licencia o uso de suas patentes para outros fabricantes – no passado, ela já chegou a processar a fabricante das baterias externas HyperMac porque esta oferecia um cabo “compatível” com seu conector patenteado - aquele da foto que abre este post.

Por isso hoje o HyperMac vem sem um cabo que possa ser conectado diretamente ao MacBook, e seu uso depende de você comprar mais uma peça de equipamento (fácil de encontrar no eBay, por exemplo): o Apple MagSafe Airline Adapter, que a Apple vende para quem quer conectar seus MacBooks às tomadas disponibilizadas em algumas poltronas de aviões.

Por decisão da Apple, este conector extra não permite que a bateria interna seja carregada quando ele estiver em uso – ela fica “suspensa” enquanto o MacBook está sendo alimentado inteiramente pela fonte externa, que pode ser a tomada do avião ou o HyperMac, que vem com um conector que reproduz as especificações das tomadas de 20mm aeronáuticas.

Eu pedi meu HyperMac (diretamente no site do fabricante) e o Airline Adapter da Apple (via eBay) no mesmo dia, sendo que o primeiro chegou aqui em Florianópolis 6 dias úteis depois, e o segundo demorou mais 2 semanas – mas os seus prazos podem variar, inclusive porque há várias opções de transporte disponíveis.

Dica: a HyperMac está oferecendo em pré-venda um novo adaptador chamado “HyperJuice Magic Box” que permite modificar “em menos de 2 minutos” o cabo da fonte do seu MacBook, para permitir seu uso também com a bateria externa. Passarei longe deste acessório, e prefiro muito mais pagar o preço do cabo aeronáutico da Apple do que pagar um valor similar pela “oportunidade” de modificar o cabo original.

Funcionamento

O funcionamento é muito simples, mas precisa ser descrito mesmo assim: o meu HyperMac tem um conector de entrada, ao qual se conecta um cabo de força com fonte tijolinho (similar à de um netbook comum, com entrada de 100 a 240V e saída de 12,6V e 2,3A) que serve para carregar a sua própria bateria.

Além disso ele tem uma porta USB com saída de 5V (e 10Wh) para carregar iPhones e iPads, e um conector de saída DC onde o usuário conecta o adaptador aeronáutico da HyperMac e o cabo MagSafe AirLine Adapter da Apple.

Os 2 itens acima funcionam de forma completamente independente de comandos: não há nenhum botão a apertar, basta conectar os cabos e a operação (de carga ou de uso) começa. Não é preciso fazer nada no Mac também: a troca da bateria interna pela fonte de alimentação externa é automática e, dependendo da configuração do sistema, até aparece um aviso de que o sistema está operando com energia externa e a bateria interna não será carregada (cortesia do cabo MagSafe Airline Adapter...).

Além disso, os únicos outros itens de interface visíveis são uma escala de 5 leds que mostram o nível de carga disponível, e um botão que serve para acionar estes leds quando você deseja ver a situação da carga.

Concluindo

Usar os métodos usuais de gastar menos bateria pode ser suficiente para a maioria dos usos, e eles incluem itens de puro bom senso como:

  • Desconectar periféricos que possam ser dispensados (especialmente HD externo, modem 3G e outros alimentados via USB)
  • Desativar toda a conectividade que não estiver em uso (3G, Bluetooth, Wi-Fi, etc.)
  • Fechar aplicativos e serviços que não estiverem em uso
  • Reduzir o brilho da tela
  • Operar em um local que não seja excessivamente quente
  • Não deixar o aparelho em funcionamento quando ele não estiver em uso

E vários outros que até já fazem parte do folclore informático.

Mas quando você vai ter de fazer uso do computador de forma mais intensa durante um período de horas superior ao que as técnicas acima oferecem, a solução é encontrar uma alternativa de alimentação, que pode ser um pit stop perto de uma tomada, um adaptador veicular ou uma bateria externa, sendo que o primeiro é o mais econômico de todos, e o terceiro é o mais versátil (desde que a autonomia da bateria externa seja suficiente, claro).

Agora quando eu viajo a serviço o HyperMac passa as noites plugado à tomada do hotel carregando, e no dia seguinte uso o computador despreocupadamente, com fones Bluetooth, conectividade 3G, brilho da tela em um nível confortável e sem precisar me preocupar em ficar vigiando as escassas tomadas das salas de reunião e espera projetadas antes do advento dos notebooks.

Para mim, a produtividade perdida em dias sem ferramenta de trabalho, ou em condições insuficientes de trabalho, mais do que compensa o preço elevado deste tipo de solução. Faça as contas, e compare como é no seu caso!

10 coisas que o VLC faz e você não sabia

...ou talvez soubesse, mas não custa relembrar!

O VLC é um exemplo de programa open source popular, como já vimos em "Aplicativos para Mac: multimídia Open Source".

Presente em boa parte das plataformas contemporâneas (até esteve por algum tempo na App Store do iPad e iPhone, até ser removido após conflitos entre seus desenvolvedores sobre o licenciamento), ele é o media player preferido de muitos usuários experientes, porque tem suporte completo a múltiplos formatos de arquivo populares (e frequentemente “deixados de lado” pelos players que vêm com os sistemas operacionais), é fácil de obter e é repleto de funcionalidades.

Mas a lista de funcionalidades do VLC é tão vasta, que é bem provável que ele tenha alguns recursos que seriam úteis para você, e você nem saiba ainda!

Hoje vamos resolver isso, com uma listinha rápida de funcionalidades úteis, interessantes, curiosas e menos óbvias do VLC. Quantas delas você já usou?

10 coisas que o VLC faz e você não sabia

1 - Tocar DVDs ignorando o código da região: aquele DVD que você trouxe de uma viagem ao exterior e não toca no aparelho da sala devido ao infame DRM baseado em códigos de regiões não é problema para o VLC!

2 - Converter formatos: além de tocar uma enorme quantidade de formatos de vídeo  e áudio, o VLC também sabe converter entre eles (para acessar um assistente, tecle ⇧⌘W).

3 - Usar legendas baixadas da web: se o seu vídeo não tem legendas no idioma que você gostaria, é possível que alguém já tenha escrito uma legenda para ele e disponibilizado para download. E se você encontrá-la e fizer o download, o VLC saberá exibi-la em conjunto com o vídeo original sem legendas! (menu Video | Subtitles Track)

4 - Colocar um logo em seus vídeos: se você vai distribuir um vídeo mas gostaria que sua identificação (discreta, por favor!) constasse nele, o VLC pode ser uma alternativa para realizar a sobreposição do logo às imagens, embora eu só tenha visto instruções sobre como fazer isso via linha de comando.

5 - Tocar vídeos danificados e inacabados: tendo nascido com a premissa de exibir vídeos transmitidos dinamicamente pela rede, o VLC é tolerante a falhas por natureza, e pode ser uma boa alternativa para tentar ver um arquivo cujo download foi interrompido antes da hora, ou que foi parcialmente danificado por problemas no disco, por exemplo.

6 - Exibir vídeos de arquivos RAR: basta abri-los - o VLC os descompacta dinamicamente, inclusive em arquivos multipart.

7 - Exibir vídeos de arquivos ISO: basta abri-los, e nem é necessário montá-los antes: o VLC sabe lidar com eles mesmo que para o sistema operacional eles sejam apenas um arquivão.

8 - Gravar trechos de vídeos: é possível gravar trechos de vídeos (por exemplo, de DVDs) enquanto você os exibe (⇧⌘R).

9 - Ouvir rádios on-line: para quem é fã de rádio e não exige um programa especializado para isso, o VLC pode ser uma alternativa (abra o stream da sua rádio preferida ou, para inserir automaticamente uma seleção de rádios na sua playlist, use o menu File | Services Discovery | IceCast Directory).

10 - Exibir vídeos em modo ASCII: nem na época dos terminais de texto fazíamos isso “a sério”, mas a ideia parece divertida mesmo assim! Para ver se o módulo está funcionando na sua versão do VLC, vá em Preferences | Video | Output module e troque a opção Default pela Color ASCII ART Video Output. Quando cansar, ou se não estiver funcionando na sua versão, basta depois retornar para Default.

Eu separei apenas 10 itens, e procurei dar a eles uma visão adequada ao VLC para Mac, mas o artigo "25 things you can do with VLC Media player!", do site Unixmen, tem bem mais itens caso você ainda esteja descobrindo o VLC - neste caso, visite também a página "What can vlc do?" do VideoLAN Wiki e, se estiver motivado, ajude a completá-la ;-)

Plex: um media center completo no seu Mac

O Plex, software gratuito (e open source em boa parte do seu código) para aplicações de media center no Mac, iPhone e iPad (e outras plataformas), já é tradição no Mac, e acaba de lançar sua nova versão 1.1 para o iOS (iPad e iPhone), trazendo uma série de novidades interessantes.

E a receptividade de vocês ao post de ontem sobre como exibir no Playstation 3 os vídeos do seu Mac, aliada ao lançamento do VLC novo pra iOS, acabaram gerando as condições necessárias para tratarmos deste programa essencial no Mac.

O Mac é bem servido por aplicativos de controle de mídia, capazes de transformar o Mac Mini, ou o MacBook, ou mesmo o iMac, em um Media Center ou Home Theater PC (HTPC) à altura do que o mercado oferece, tanto em funcionalidades quanto em desempenho e estabilidade.

Minha preferência pessoal é o programa open source XBMC, já mencionado em um post anterior sobre apps de código aberto no Mac, mas os próprios comentários daquele post deixaram claro que o Plex (que começou como um derivado do XBMC) é a preferência de muitos outros usuários - e a nova versão ajuda a deixar clara a razão.

O Plex é uma solução de media center bastante completa e integrada, que você pode usar no Mac de formas variadas: por exemplo, em um Mac Mini para ver filmes ligado à TV da sala via cabo HDMI, em um MacBook para assistir suas coleções de seriados em um longo vôo, e outras combinações. Eu tenho ele instalado no iMac do meu home office, com uma pequena coleção de filmes que transferi para o computador nos últimos anos e que ainda não assisti ou às vezes gosto de rever.

Como a interface com o usuário é projetada para telas de alta definição, seu uso é bastante confortável - seja pelo teclado ou usando o Apple Remote. Assim como seus concorrentes mais próximos, o Plex tem suporte à maioria dos formatos de vídeo e áudio que você poderia imaginar (e capacidade de exibi-los em Full HD 1080p, se sua CPU suportar), além de integração com aplicativos como iTunes e iPhoto, facilitando a localização do conteúdo que você já tem no computador.

Na hora de organizar coleções de filmes e seriados, o Plex dá um show: por ter acesso nativo a uma série de bases de dados públicas na Internet, ele automaticamente encontra (e exibe com categoria) as artes das capas, sinopses e outros complementos que ajudam a tornar mais completa a experiência de interagir com seus materiais multimídia - permitindo inclusive modos alternativos de visualização: por gênero, ano de produção, diretor e mais. O mesmo vale - com as limitações naturais - para a sua coleção de músicas.

Depois que está tudo organizado, a navegação pela coleção se torna um prazer em si, mesmo antes de começar a assistir algo. Quando você acessa a coleção de vídeos de um seriado de TV, por exemplo, ouve ao fundo (e discretamente) o seu tema musical, e a seleção em si mostra riqueza de detalhes sobre cada episódio: título completo, duração, classificação (1 a 5 estrelas), autor, diretor, imagens, sinopse e mais.

Com os filmes a história é similar: imagem da capa, riqueza de detalhes, e vários modos de navegação ajudando a escolher o que se deseja assistir.

Além disso, ele tem várias características que excedem o que eu espero de um media center, incluindo acesso a uma série de fontes de vídeos on-line, variadas formas de streaming, acesso via web e até o seu próprio Media Server.

Há ainda um ótimo complemento na forma da versão para iOS (iPhone e iPad), que além de acessar suas coleções de filmes, seriados e músicas armazenados no Mac, permite assisti-los na tela do iPhone ou iPad, e ainda usar estes aparelhos como controle remoto ao assistir no próprio Mac.

O Plex para Mac é gratuito, e a versão para iOS sai por 5 dólares. Se você pensa em levar seu MacBook para a sala e ligá-lo à TV, 2 complementos interessantes podem ser um adaptador de Mini DisplayPort (ou seja qual for a saída de vídeo do seu MacBook) para HDMI, e um Apple Remote.

Como assistir no PS3 aos vídeos que estão no seu Mac

Transmitir vídeos do seu Mac para a TV da sala pode ser relativamente fácil se você tiver um videogame Playstation 3 conectado a ela e tanto ele quanto seu Mac estiverem em uma mesma rede.

Atualização: o leitor Marcos Túlio confirma que as dicas a seguir também servem para assistir no XBox aos vídeos do Mac.

O PS3 (e vários equipamentos similares, de mais de 250 empresas, incluindo algumas TVs e aparelhos de DVD e Blu-Ray) tem suporte ao padrão DLNA, estabelecido em 2003 para facilitar o compartilhamento doméstico de vídeos, músicas e fotos.

Isso significa que ele pode atuar como cliente de um servidor de mídia que também adote o padrão DLNA, e assim navegar nas coleções de vídeos, áudios e fotos armazenados neste servidor - como no diagrama abaixo (que mostra um aparelho de som completamente opcional), disponibilizado na documentação do PS3:

E o seu Mac, naturalmente, pode ser um ótimo servidor DLNA, compartilhando (via streaming) com o PS3 conectado à TV da sala a coleção de vídeos e músicas do seu iTunes, as fotos do iPhoto, ou mesmo os arquivos multimídia que você tiver simplesmente guardado em alguma pasta.

Quando o PS3 se conecta a um servidor DLNA, você passa a poder navegar pelas pastas (ou pastas virtuais) com os conteúdos multimídia disponíveis nele. Ao selecionar um conteúdo e mandar executá-lo, o servidor não envia o arquivo: ele o converte (quando necessário) a um formato compatível com a operação, e o transmite via streaming para o PS3.

Trocando em miúdos, com o uso de um media server DLNA, você conseguirá acessar até mesmo aqueles vídeos em formatos modernos e não suportados nativamente pelo PlayStation 3 quando você tenta tocá-los via pen drive ou HD externo, como o MKV - a conversão é feita automaticamente, no servidor, no momento da exibição.

Uma alternativa open source

O PS3 Media Server é um velho conhecido meu, pois já o rodei para transformar netbooks com Linux em servidores de mídia DLNA, com bastante sucesso, há anos.

Este aplicativo em Java também tem versão para Mac, e inclui recursos interessantes, como a transcodificação "ao vivo" de formatos de vídeo que o PS3 não receba diretamente, suporte a múltiplos formatos de entrada, navegação no conteúdo de arquivos ZIP e RAR, integração com o VLC para poder exibir conteúdos de Internet TV e web radios, e mais.

Há um guia de instalação disponível para quem precisar.

Uma alternativa comercial

Assim como o PS3 Media Server, o MediaLink também está há um bom tempo na estrada, e se instala como um painel adicional nas preferências do seu Mac.

Este programa distribuído pela NullRiver tem diversas capacidades interessantes, tais como:

  • Suporte nativo aos conteúdos sem DRM do iTunes (músicas, playlists, vídeos, podcasts...) e do iPhoto.
  • Suporte nativo a arquivos de vídeo, música e fotos armazenados em pastas do seu Mac.
  • HD: streaming em alta definição de vídeo e fotos.
  • Transcodificação "ao vivo" quando o formato não é suportado pelo PS3.
  • Suporte aos seguintes formatos: MPEG1, MPEG2, MPEG4, H.264, DIVX, XVID, AVI, WMV, ASF, MOV, MKV, FLV, MP3, AAC, WMA, WAV, JPEG, PNG, GIF, TIFF, BMP, RAW, PDF, PS, EPS e TGA.

Mas há diferenças maiores entre os 2, incluindo o fato de o MediaLink ser um programa proprietário que custa (na data deste post) US$ 19,99 na Mac App Store.

Como fica no PlayStation 3

Depois que você instala um software de media server DLNA no seu computador e ele encontra o seu PS3, o conteúdo do servidor passa a ficar visível nos ícones de vídeo, áudio e fotos da sua barra de controle do PS3 (ou XrossMediaBar, como prefere a Sony).

A operação é suficientemente similar a de qualquer disco ou outra fonte de conteúdo local, a ponto de não precisar de maiores explicações: você escolhe o seu servidor no menu, e aí navega pelo seu conteúdo até escolher o que quer ver (ou ouvir).

Só que, como acontece com qualquer protocolo suficientemente aberto e popular, o PS3 Media Server e o MediaLink estão longe de ser as únicas alternativas disponíveis para esta funcionalidade no Mac.

Pergunto, portanto, aos bem informados leitores do BR-Mac: que aplicativos vocês usam para esta função no Mac, e quais os diferenciais deles? Fiquem à vontade para responder nos comentários!

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