Você usa os fones que vieram com o iPhone? Há alternativas!

Os icônicos fones de ouvido brancos incluídos na caixa de cada iPhone são herdeiros de uma tradição iniciada nos primórdios da linha iPod e, como muitos outros acessórios da Apple, são objetos de design que atraem a atenção e tornam-se facilmente reconhecidos, e até mesmo imitados.

Mas um visual internacionalmente reconhecido e associado a à marca não é tudo que se espera de um par de fones de ouvido - pelo contrário, até: há quem seja refratário a essa característica "chama-ladrão" dos fones da Apple.

E há muito mais a se esperar de um par de fones: conveniência, durabilidade, qualidade de áudio, isolamento acústico (bidirecional!), conforto e mais.

Embora incluam a conveniência de um discreto microfone embutido em um controle de mídia (com funções úteis como pausar, retroceder, avançar, mudar volume e controlar ligações), é fácil encontrar críticas aos fones "default" do iPhone: vazam ruído para o ambiente externo, têm som ligeiramente metálico e sintético, etc. - não é à toa que a própria Apple vende uma alternativa melhorzinha de fones in-ear (foto acima) que descreve como tendo "desempenho de áudio profissional e isolamento de som impressionante".

Quero escolher meus fones mas manter o controle!

Vários leitores comentaram ontem um aspecto que deixei de mencionar no post sobre o Quick-Tunes: a possibilidade de iniciar a execução de músicas pelo app iPod (do iPhone) sem precisar de um aplicativo adicional, bastando usar o controle embutido nos fones.

Eles estão certos e resolvem o problema com categoria - ao menos quando estão usando um fone original da Apple, ou outro modelo que inclua os mesmos controles (era o caso de vários destes leitores, que mencionaram fones da Philips e da Griffin com este recurso).

Mas a (sempre bem-vinda) participação deles me inspirou a compartilhar outro (velho) truque com vocês: o Griffin SmartTalk, capaz de dotar qualquer fone de ouvido com conector tradicional (3,5mm - o mesmo plugue que encaixa no iPhone) de um discreto microfone e dos principais recursos do controle que acompanha o fone default.

O cabo de 75cm é longo o suficiente para permitir que eu leve o iPhone no bolso e prenda o controle/microfone na altura do colarinho, usando o grampo acoplado a ele. Mas a verdade é que não gosto de usar microfones viva-voz deste tipo, então na prática quando eu o uso eu deixo o cabo do SmartTalk enrolado, e assim mantenho o controle dentro do bolso - pois o cabo dos fones de ouvido em geral é longo o suficiente para conectar-se a ele lá.

O funcionamento é simples: pluga o SmartTalk no iPhone, pluga o seu fone de ouvido preferido no conector do SmartTalk, e já estará tudo funcionando. O único botão do SmartTalk fica responsável pelos comandos, de maneira similar ao que ocorre no botão default do fone branco do iPhone: um toque corresponde a Pause (ou Play), 2 toques fazem avançar para a próxima música, 3 toques retrocedem, e assim por diante - a diferença é que não há os comandos de aumentar e reduzir volume.

O cabo do SmartTalk é bem maleável e vem revestido com uma malha de nylon para aumentar a durabilidade. Segundo o fabricante, ele é compatível com todos os modelos do iPhone, com os iPods touch mais recentes, e com alguns outros modelos de iPod.

Eu comprei o meu SmartTalk em março do ano passado, por US$ 15 (mais entrega e taxas) na ThinkGeek.com, mas me parece que ele saiu da linha deles desde então. Mas encontrei ontem na Amazon e no eBay - minha sugestão é que você pesquise nas suas lojas online favoritas para encontrar as melhores condições e comprar de quem confia.

Sem adaptadores

Um conector adicional no caminho do seu som é algo que - ao menos na teoria, porque na prática jamais percebi - pode atrapalhar a fluidez dos elétrons que saem do iPhone e chegam aos fones.

Pessoalmente prefiro escolher um fone sem limitar a escolha aos que incluem os controles da Apple - por isso um acessório como o SmartTalk faz sentido para mim: é graças a ele que tenho os controles do iPhone disponíveis nos meus latões da Philips fáceis de levar na mochila (graças ao corpo giratório e ao cabo flat tipo 'tênia solium', sem a tendência a criar nó caso eu o guarde às pressas) e capazes de me isolar até mesmo do choro do bebê mais acusticamente privilegiado, na escala mais longa de qualquer viagem.

Mas se você preferir investir em um fone de outra marca mas com os botões de controle previamente inclusos, há vários modelos à disposição, dos quais menciono apenas alguns exemplos ilustrativos:


Shure SE115m+ com isolamento acústico
 


Sennheiser MM 50 iP
 


Sony MDR-EX300iP
 

Claro que há muitos outros, possivelmente de melhor qualidade e mais econômicos que os mencionados acima. O essencial é que você tenha consciência de que o modelo que veio incluído na caixinha não é a única alternativa existente, e provavelmente há outro que o atenderá muito melhor!

Quick-Tunes: conveniência para ouvir suas músicas do iPhone na bike, no carro e aonde você for

A conveniência dos aplicativos de smartphones nos deixa mal-acostumados e sempre esperando mais, razão pela qual há algum tempo me irrito com um detalhe mínimo de uma das funcionalidades mais básicas do iPhone: a app iPod, que vem pré-instalada e serve (suficientemente bem, na maior parte dos casos) exige uma interação a mais que, além de ser desnecessária, me atrapalha.

Detalhismo às vezes é uma falha ou vício do usuário, mas neste caso é algo que seria tão fácil de corrigir, e um caso de uso tão óbvio, que fazer o comportamento em questão ser configurável (para não prejudicar quem gosta do modo atual) devia passar logo pelo crivo da Apple.

E o comportamento em questão é mesmo um detalhe mínimo: a possibilidade de fazer o iPhone começar a tocar suas músicas automaticamente sempre que a app iPod for iniciada, sem ser necessário aguardar a sua carga e só então apertar o botão Play.

Este detalhe mínimo para mim faria a diferença entre ter de olhar para a tela mais de uma vez ou operar o aplicativo completamente sem precisar olhar para ele - e esta é uma diferença valiosa para vários casos de uso, incluindo:

  • quem usa o iPhone para ouvir música nos fones enquanto corre ou pedala
  • quem usa o iPhone para ouvir música nos fones discretamente em locais públicos e quer operá-lo sem exposição
  • quem usa o iPhone para ouvir música no carro
  • etc., etc., etc.

Felizmente, a possibilidade de iniciar as músicas com apenas um toque é uma demanda óbvia o bastante para ser incluída em um aplicativo externo, e é implementada no Quick-Tunes - uma interface diferente para as músicas da biblioteca do seu iPhone.

Apesar do nome vintage e do seu aspecto pouco avançado esteticamente (eu diria "feio pra burro", mas tenho receio de chocar algum leitor mais sensível), só a funcionalidade de iniciar automaticamente as músicas, sem ter que olhar para a tela nenhuma vez, já justifica para mim a instalação do Quick-Tunes.

Mas ele tem mais truques na manga!

O início automático (que ele chama de "insta-play") é só o primeiro dos diferenciais positivos do Quick-Tunes.

Quem usa o iPhone para ouvir música durante os exercícios vai gostar de saber que o Quick-Tunes tem botões bem maiores (e suficientemente afastados uns dos outros) para as essenciais funções de avançar, retroceder, ajustar o volume, dar pausa e continuar: nada mais de desafios para a motricidade fina tentando mudar de música sem parar de correr.

E em uma decisão de interface com o usuário digna da nouvelle cousine, os desenvolvedores resolveram esconder 5 botões muito úteis para complementar a funcionalidade do programa.

Está vendo aquele círculo ao redor do botão de pausa? Não há nenhuma marcação, mas suas extremidades direita, inferior, esquerda e superior são ativas e agem como botões bastante úteis (para quem sabe que eles estão lá), todos com funções de montar e executar playlists dinâmicas:

  • direita: outras músicas do mesmo artista que você estiver ouvindo
  • inferior: outras músicas do mesmo gênero que você estiver ouvindo
  • esquerda: outras músicas do mesmo álbuns que você estiver ouvindo
  • superior: playlist aleatória

Para completar o ciclo de botões secretos, tocando no campo que exibe o nome do artista e música, na base da tela, aparece uma janela mostrando a capa do álbum, seu nome, o nome da música, do artista e o gênero.

Configurando

Além dos botões "secretos", há também 2 que estão visíveis, nas extremidades esquerda e direita da parte inferior da tela (veja-os na imagem acima).

A nota musical do lado esquerdo permite montar uma playlist para execução imediata, e o símbolo de informações no lado direito ativa e desativa 4 opções:

  • embaralhar as músicas ao iniciar,
  • embaralhar as músicas quando você sacode o iPhone,
  • travar os controles da tela (para controlar só pelos botões dos fones de ouvido ou aparelho bluetooth)
  • e um timer de 30 minutos (sleep).

Conclusão

As funcionalidades do Quick-Tunes são úteis para mim e mais do que justificam seu preço de US$ 1,99, mas minha expectativa é que no futuro elas possam estar presentes na própria app oficial, e não em um extra.

Ao mesmo tempo, torço para que uma futura interface do Quick-Tunes seja repensada, tanto do ponto de vista estético quanto da clareza dos comandos! Mas enquanto isso não acontecer, vou usando como está, porque ao menos funciona bem ;-)

Um toque final: comandos simplificados não são desculpa para operar entretenimento do celular enquanto dirige seu carro: responsabilidade (com sua vida e patrimônio, e especialmente com os dos outros) é essencial!

Macbook Pro 13”: primeiras impressões de um recém-chegado

Por Augusto Castelan Carlson*

Adquiri o novo Macbook Pro 13" em substituição ao meu antigo notebook Dell Vostro 1310. Fiz a compra do computador um dia antes da publicação do artigo "Qual Macbook Comprar", do BR-Mac.org e, depois de ler o artigo, percebi que fiz a escolha certa.

Muitos dos pontos apresentados na análise do artigo acima foram os mesmos avaliados por mim para definir a escolha do modelo, o que me motivou a, na condição de recém-chegado ao mundo dos MacBooks após muitos anos de experiência com outros fabricantes e sistemas operacionais, também apresentar as minhas primeiras impressões.

Após várias semanas de uso, continuo com o a certeza de ter feito a escolha certa e, para que o leitor possa melhor avaliar as minhas opiniões a seguir, saliento que tenho mais de 10 anos de experiência no uso de sistemas Windows e Linux, tanto em desktops como servidores, já que atuo na área de TI. Vamos ao que interessa!

O primeiro boot: configuração assistida

Ao ligar o aparelho pela primeira vez, uma mensagem de boas vindas em diversos idiomas é apresentada durante a inicialização do sistema. Em seguida, surge a tela do assistente de configuração, que guia o usuário no processo de personalização do sistema. Veremos os detalhes a seguir, mas entre os passos estão: configuração de teclado, idioma, acesso a rede, transferência de informações de outros Mac, outra partição ou do Time Machine, criação ou configuração da Apple ID, contas de usuários e foto do perfil.

O assistente é fácil de ser seguido e o único ponto que um usuário mais leigo poderia ter problema é na seleção do teclado. Entre as opções de leiaute estão o EUA, Brasileiro e EUA Internacional PC, sendo que o leiaute físico do teclado do MacBook é o americano. A opção mais óbvia para um leigo poderia ser o Brasileiro, mas o correto é escolher EUA Internacional PC.

Julgo que poderia haver, como complemento no momento da seleção do leiaute, alguma orientação para escolha correta ou a opção de testar o leiaute de teclado como é feito usualmente em distribuições GNU/Linux. Vale destacar que a opção pelo padrão brasileiro faria sentido no caso do uso de um teclado externo com o leiaute ABNT ("com cedilha"). Mas a mudança do leiaute do teclado pode ser realizada facilmente a qualquer momento, através da configuração do sistema.

Não realizei a transferência de informações de outros equipamentos, mas a o processo é bastante simples e possui um botão no qual são apresentadas informações sobre como realizar a transferência e configuração do ambiente. Pode-se pular este passo e realizar a transferência posteriormente, se for o caso.

A lista de redes sem fio disponíveis é apresentada e o usuário só precisará ter a senha para acessar a rede escolhida. Depois da criação ou inserção da Apple ID, algumas perguntas sobre o uso do computador são feitas: se será de uso pessoal, diversão ou trabalho.

Por fim, cria-se a conta de usuário do computador e escolha-se da foto do perfil, que pode ser tirada na hora com a webcam, se desejado. O assistente é encerrado informando ao usuário que o Mac está preparado para uso e que podem ser realizadas diversas atividades como backup, procurar arquivos, enviar e-mail, bate-papo e organizar trabalhos.

Mac OS X, muito prazer

Fica evidente que a Apple desenvolveu um sistema para que o usuário se preocupe com suas tarefas diárias e não com o gerenciamento do sistema. O foco está em manter um ambiente organizado e que facilite a busca por arquivos e documentos. A instalação de programas de terceiros é muito simples e muitas vezes nem surge a necessidade da famosa sequência de cliques "next".

Logo depois de iniciar o uso do computador, fui informado sobre a necessidade de atualização dos programas da Apple. As atualizações de outros programas ficam por conta do usuário ou do próprio programa, mas existem ferramentas de terceiros que realizam esta tarefa. Além disso, a primeira execução de programas que foram baixados da internet e instalados emite um alerta de confiabilidade exigindo do usuário uma confirmação, demonstrando preocupação com segurança.

O desempenho da máquina é excelente para uso de aplicativos de escritório, navegação na internet, bate-papo e uso das aplicações básicas inclusas no sistema da Apple, como iMovie e iDVD e outros. Cheguei a utilizar a máquina com diversos programas rodando ao mesmo tempo, incluso execução de vídeo e a máquina não apresentou sinais (perceptíveis) de queda de desempenho. O mesmo comportamento foi apresentado até mesmo quando utilizei uma máquina virtual (Virtual Box) com Windows 7 com 2GB de RAM alocados.

Programas que eu utilizava no Windows ou GNU/Linux estão disponíveis para Mac OS X e não tive dificuldades na adaptação: incluindo nomes como Mozilla Firefox, LibreOffice, GnuCash, MSN, Virtual Box e VLC. Até o momento instalei somente programas livres.

O uso do Mac OS X se destaca pela facilidade de configuração, instalação de programas e facilidade de uso. Acredito que esses pontos devem ser buscados por distribuições GNU/Linux e pelo próprio Windows, de forma a melhorar a produtividade dos usuários.

Ainda preciso conhecer melhor como é a oferta de aplicativos para Mac OS X, tanto livres como não livres, para melhor comparar com a oferta de aplicativos de outros sistemas. No entanto, para o meu uso diário, por enquanto, tanto o sistema como o hardware preenchem completamente as minhas necessidades pessoais, assim como quando usava GNU/Linux ou Windows.

E o hardware?

Até o momento, o único problema que tive com relação ao desempenho da máquina, foi com a execução de vídeos em Adobe Flash Player no navegador (tanto Firefox 4 como Safari). O tempo estimado para a duração da bateria cai drasticamente, a ventoinha fica acelerada, o computador esquenta bastante e o vídeo fica travando. Pesquisei na Internet sobre este problema e parece ser algo que persiste desde as versões anteriores do sistema da Apple, não estando relacionado ao Hardware nem ao Sistema Operacional e sim ao Adobe Flash para Mac OS X. No caso do YouTube solucionei meu problema habilitando o acesso através de HTML 5 (http://www.youtube.com/html5).

Nos demais usos, a bateria está apresentando duração superior a 7h, chegando algumas vezes a marcar mais de 9h em uso básico de escritório conectado a uma rede wireless. Outro ponto muito positivo do MacBook Pro relacionado a bateria é a possibilidade de visualizar a carga sem precisar ligar o equipamento, usando apenas as luzes de indicação na lateral do notebook.

O teclado é macio, silencioso e, para uso em ambientes com pouca luminosidade, possui iluminação própria em diferentes intensidades. O leiaute, como mencionado, é Americano, o que pode frustar alguns usuários habituados com o teclado ABNT2. No entanto, com o uso diário o usuário pode adaptar-se facilmente.

Importante mencionar que as teclas de funções (F1, F2, etc), apesar de presentes, são habilitadas por default como secundárias, exigindo o uso da tecla fn para acioná-las como teclas de função "tradicionais". O uso primário (sem fn) dessas teclas é nas funções do desktop: alteração do brilho da tela, multimídia e iluminação do teclado, entre outros. O usuário que preferir utilizar as teclas de função como primárias pode alterar a configuração padrão nas preferências do sistema. Teclas especiais como Page Down/Up, Home e End não existem e exigem o uso da tecla Command em conjunto com a teclas direcionais para realizar tais operações.

A tela possui excelente definição e qualidade de cores. A resolução de 1280x800 é ativada por padrão e atenderá bem a qualquer usuário. Apesar de haver a Dock (que permite ajuste de tamanhos dos ícones) e barra de menu, a tela é bem aproveitada mesmo sem usar os seus recursos de auto-ocultar ou deslocar para as laterais.

Por fim, mas não menos importante, o Trackpad. Ele todo é um botão, podendo ser clicado em qualquer posição. Por default, o clique somente pode ser feito pressionando o botão físico, o que considero ruim - achei o botão um pouco rígido, o que torna a tarefa de clicar cansativa. Mas configurei para realizar o clique através de um leve toque em qualquer ponto do Trackpad. O multitoque é excepcional e assim como em dispositivos portáteis (celulares e tablets) acredito que deve se tornar item obrigatório em notebooks.

Para aqueles que gostam de usar o notebook ouvindo uma boa música, o alto-falante apresenta som com qualidade e bom volume. Há opção de utilizar fones de ouvido.

A Apple é conhecida por inovar, e não foi diferente com a mais recente linha de seus produtos. Incluiu no Macbook a nova interface Thunderbolt da Intel, que permite transferências de até 10 Gbps. Não tive a oportunidade de utilizá-la, já que não adquiri um periférico compatível (ainda são raros). Esta interface é uma grande promessa, pois tem maior capacidade de transferência que as usuais USB e Firewire. Vamos aguardar para ver se esta inovação da Apple passa a ser adotada por outros fabricantes.

Sem julgar o livro pela capa

Como se diz, a primeira impressão é a que fica! Neste quesito, se era o objetivo da embalagem do Macbook Pro, a Apple conseguiu me impressionar, estando a embalagem à altura do equipamento. Recebi uma caixa de papelão lacrada que exigia a verificação do produto caso o lacre estivesse violado. Dentro desta caixa, a embalagem do Macbook Pro como a exposta nas lojas. Apresenta uma foto com a visão da tela e outra do notebook de perfil. Além disso, possui uma alça que faz com que a caixa tenha forma de uma maleta.

Ao abrir a embalagem principal, repara-se que há um cuidado grande no armazenamento do produto. Revestimento com espuma na parte superior do notebook que vem revestido por uma película plástica, assim como o carregador. Todos o itens que compõem a caixa são facilmente removidos, sem lacres, colas e presilhas. Percebe-se que a Apple continua caprichando na embalagem, pois foi da mesma forma quando adquiri meu iPod Nano primeira geração e recentemente no iPhone 4.

Incluso na embalagem estão o carregador, cabo de energia, adaptador de 2 pinos, os DVDs com o Mac OS X e programas adicionais que fazem parte da instalação proveniente de fábrica e manual em português. O plugue do cabo de energia é no novo formato brasileiro com 3 pinos, mas acompanha um conector alternativo de 2 pinos que substitui o cabo de energia AC, encurtando o alcance do carregador, que fica só com o cabo DC. Para um maior alcance até a tomada deve-se usar o cabo de energia AC, o que torna necessário encontrar um adaptador para aqueles que possuem o tipo antigo de tomada em casa. O manual é conciso e permite ao usuário iniciar de imediato o uso do computador.

Concluindo

O uso do sistema Mac OS é bastante intuitivo e até a descoberta de funcionalidade mais avançadas, um usuário novato conseguirá se virar bem com os botões do Dock. Quem busca um sistema de fácil administração, robusto e organizado pode optar por um Mac, e se for por um Macbook Pro, com certeza ficará satisfeito com as funcionalidades e o desempenho do sistema e do hardware.

* O autor convidado Augusto Castelan Carlson, além de ser xará do autor do BR-Mac, é profissional de TI com atuação em redes de computadores (área na qual detém título de Mestre), bancos de dados e gerenciamento de sistemas de informações. Curiosamente foi um dos primeiros autores a oferecer textos para o site BR-Linux,org, em 1996, e agora repete o mesmo papel no BR-Mac.org.
 

Três monitores no Mac usando um adaptador de vídeo USB

Recentemente comentei, em uma conversa sobre o uso de monitor adicional no Mac, que uso meu iMac com 3 monitores (o nativo, que faz parte do próprio equipamento, e mais 2).

Como o iMac (assim como os MacBooks) só tem saída para um monitor externo, o leitor Thiago A. perguntou:

Augusto, só uma dúvida… qual equipamento você usa para conectar 2 monitores externos, se o iMac só tem uma saída Mini DisplayPort?

É uma boa pergunta, mas a resposta é simples e serve para iMacs, MacBooks e Mac Minis: uso um adaptador UGA (Universal Graphics Adapter), que permite conectar uma porta USB a um monitor adicional (ou projetor), que passa a funcionar exatamente igual a um monitor nativo.

Meu adaptador para display adicional é este da imagem acima (é um WS-UGA17M1, produzido pela Winstars), embora eu não tenha conectado aquela aleta que tem as saídas de áudio estéreo RCA adicionais (branca e vermelha) que o acompanha.

A entrada dele é por um conector USB padrão (cabo incluso), e a saída nativa é um conector DVI, embora ele venha acompanhado de um conector adaptador para VGA e outro para HDMI.

É possível instalar múltiplos adaptadores UGA adicionais, mais eu uso apenas um, conectado a um monitor LG Flatron comum de 19 polegadas posicionado em retrato (ou seja, rotacionado "em pé"), na resolução de 900x1440, 60Hz - é o da esquerda na foto acima.

O uso é completamente normal: o Mac OS X gerencia o monitor normalmente (podendo ser primário, espelhar ou estender o desktop, além de rotacionar), e posso rodar aplicativos em geral, assistir a vídeos, usar a interface do Terminal, ou o que quiser, , sem soluços, distorções ou atrasos (dizem que outros adaptadores UGA podem padecer destes males, dependendo de suas especificações).

É possível que o uso nas resoluções máximas suportadas por este aparelho (Full HD 1080p digital, se usado com o conector HDMI, ou 1600x1200@60Hz com a porta DVI nativa) este quadro se modifique, mas não testei - a minha ideia é usá-lo conectado a um monitor secundário.

A única diferença que percebo em relação a um monitor conectado à porta nativa do Mac é na hora em que o sistema entra em modo de economia de energia: geralmente a tela do monitor conectado ao adaptador USB não apaga junto com as demais.

Não conheço profundamente o padrão de vídeo empregado, mas me parece que outros produtos ou linhas usam tecnologias de compressão com perdas para fazer trafegar pelo USB todas as informações de vídeo. Não é o caso deste modelo: a compressão empregada é sem perdas e sem atrasos.

Para o Mac reconhecer o aparelho foi necessário instalar o driver DisplayLink (no meu caso, versão 1.7 beta 2) e dar um reboot - a partir daí foi como se fosse um monitor integralmente nativo. A conexão física também não tem mistério: cabo USB de um lado, cabo comum de monitor no outro. O único "truque" foi perceber depois de alguns minutos que o Mac havia "adotado" a placa de som interna do adaptador UGA, e por isso meus alto-falantes (conectados à saída nativa do Mac) ficaram silenciosos - bastou reverter isso nas preferências do sistema, e tudo funcionou como devia.

Eu não saberia lhe dizer se um terceiro monitor faz ou não sentido no seu processo de trabalho (mas geralmente considero que é muito útil ter um segundo monitor) mas, se você deseja ou precisa de monitores adicionais, saiba que esta placa de vídeo externa (que comprei no ebay.com por US$ 54,95 + US$ 29,95 pela entrega no Brasil) tem sido uma ótima solução por aqui.

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10 anos de Mac OS X: a evolução do hardware, em imagens

A nossa série de artigos comemorativa dos 10 anos do Mac OS X tocou principalmente nos aspectos relacionados ao software, já que era relacionada a um sistema operacional.

Mas a evolução do Mac OS X ocorreu dentro de uma organização que nasceu como uma empresa de hardware, e naturalmente esteve relacionada à evolução que a companhia viveu neste período.

Ao longo da série chegamos a ver que no lançamento do Mac OS X Beta (em 2000), já existiam os iMacs em formato de gota e com cores de gelatina Royal. E que o iOS, sistema operacional dos iPhones e iPads, é membro da linhagem do Mac OS X.

Nada mais adequado, portanto, que comparar a evolução do hardware neste período sem dar atenção aos modelos "top de linha", mas sim aos ícones da linha Apple em cada uma das extremidades da década:

Afinal, comparar desempenho, armazenamento e outros critérios técnicos de equipamentos ao longo de uma década costuma conduzir a resultados previsíveis, mas ilustrar o conceito com 2 modelos tão diversos torna mais evidente a evolução.

Vale mencionar que a ideia original do comparativo não foi minha: encontrei similares em imagens disponíveis em várias redes sociais, e resolvi produzir a minha própria, levantando todos os dados (inclusive corrigindo discrepâncias do modelo que vi online). Infelizmente não consegui descobrir o autor ou a publicação responsável pelo modelo inicial, mas se alguém souber, está convidado a informar nos comentários.

Outra ressalva necessária é que as especificações técnicas não conseguem exprimir o que ocorreu com os iPhones, iPads e MacBooks (na foto acima, mostrados no colo das supermodelos Gisele Bundchen e Alessandra Ambrosio nos bastidores de uma produção) em termos de imagem pública: de ferramentas tecnológicas especializadas, chegaram ao ramo da eletrônica de consumo.

Aguardo curioso pelo que os próximos 10 anos nos trarão!

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Scandrop: escritório sem papel - ou quase - com ajuda do seu Mac

É possível reduzir a papelada das nossas pilhas, gavetas e arquivos, e passar a uma realidade mais organizada e espaçosa, em que o conteúdo dos papeis passa a residir organizadamente no seu computador ou mesmo na Internet.

Já faz algum tempo que eu digitalizo parte dos papeis que circulam pelo meu home office, e armazeno estes os meus documentos digitalizados em 2 locais diferentes: o Evernote (quando são materiais de referência) e o Dropbox nos demais casos (ambos complementados por estratégias de backup).

Mas mesmo com as comodidades do armazenamento e compartilhamento em serviços como estes, o ato de scanear (ou escanear/escanerizar, como o Houaiss preferiu grafar) os documentos com o aplicativo de Captura de Imagem que vem com o Mac OS X muitas vezes é uma tarefa mais difícil do que precisaria ser - especialmente quando se trata de uma captura de múltiplas páginas soltas que precisam ser salvas como um único arquivo PDF.

Entra em cena o Scandrop

O Scandrop é uma ferramenta bastante simples, mas que realiza bem a sua única tarefa: transformar páginas de papel em documentos PDF armazenados no local de sua preferência.

Disponível na Mac App Store (a versão da descrição a seguir foi comprada em oferta na Mac App Store, por US$ 1,99), ele se encarregada da produção dos documentos e os armazena automaticamente em um dos meios a seguir:

  • disco local
  • Dropbox
  • Evernote
  • Google Docs
  • Officedrop

O Scandrop é esperto o suficiente para oferecer, no momento de scanear, o acesso aos recursos úteis do meio de armazenamento selecionado - por exemplo, se o Evernote estiver selecionado, será possível escolher tags e até preencher uma anotação sobre o conteúdo, que permitirá melhor localizá-lo em buscas posteriores. Já se você estiver armazenando num disco local, ou no Dropbox, só vai poder escolher o nome do arquivo e a pasta de destino, e se dar por satisfeito ;-)

Mas é na hora de realmente digitalizar cada documento que o Scandrop brilha, alcançando uma característica de usabilidade que eu sempre aprecio: ele não fica no caminho.

Após pressionar o botão de scanear no aplicativo, ele exibe uma interface simplificada para esta operação, com poucas opções visíveis e as demais ocultas e pré-selecionadas em valores default que me atendem plenamente.

Você só tem que ir colocando as páginas no scanner e pressionando o botão de página adicional, até acabar de digitalizar todas - mesmo que sejam em formatos variados - por exemplo, uma página A4, uma terceira via (amarela) de nota fiscal, um ticket de caixa e um cartão postal podem perfeitamente ser páginas de um mesmo PDF.

Ao terminar de scanear as páginas, é possível que alguma delas esteja "de lado", fora da ordem ou precise ser recortada, e mais uma vez a simplicidade está presente: a sequência scaneada é exibida (com zoom configurável), e você pode selecionar qualquer página para recortar, rotacionar ou mesmo remover. E para mudá-las de ordem, basta arrastá-las para a posição que devem ocupar.

Quando estiver tudo como você queria, basta apertar o botão de upload (ou "save & finish", se for para o Dropbox ou disco local), e o PDF é gerado e armazenado, encerrando o procedimento e já ficando tudo posicionado para o início de uma nova digitalização, se for o caso.

Eu uso o Scandrop e estou gostando, mas sei que há outras soluções: por exemplo, o DocScanner, que eu às vezes uso de passagem no iPhone, lançou versão para Mac também, cheia de funcionalidades adicionais das quais ainda não senti falta (incluindo OCR interno com suporte a português) - prefiro uma captura facilitada a um processamento mais avançado.

Certamente testarei também o DocScanner no futuro e compartilharei os resultados com vocês, mas desde já tenho interesse em saber quais as soluções de vocês - fiquem à vontade para compartilhar nos comentários!

E para saber mais sobre o sonho do escritório sem papel (e concorrer a um Kit Dello Gift para organizar melhor os papeis que sobrarem!) recomendo uma visita ao post "Rumo ao home office sem papel", que publiquei no Efetividade.net.

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