Melhores jogos para iPhone e iPad com o Metacritic

Que tal um serviço on-line que observe as análises e críticas sobre jogos para iPad e iPhone publicadas pela imprensa e na web, calculando uma média padronizada para facilitar as suas escolhas?

O Metacritic é há anos a minha principal fonte de orientação para a escolha de jogos para o PS3 ou o Wii. O funcionamento dele é uma implementação caprichada de uma ideia simples: agregar as análises de jogos que são publicadas por revistas e sites especializadas, publicando links e destaques delas, mas também um produto especial que o diferencia.

E este produto especial do Metacritic é o que o torna genial: ele adequa a um padrão único as notas ou classificações dadas por cada fonte, e calcula uma média de todas elas, que recebe o nome de Metascore - assim, por exemplo, para um jogo ter Metascore máximo, ele precisa ter tido nota máxima em praticamente todas as análises da imprensa especializada.

E se um jogo tiver nota baixa no Metacritic, isso também indica a certeza de que ele foi avaliado negativamente por praticamente todos os veículos que o testaram.

Apresentando seus resultados com uma codificação bem simples (que eu traduzo assim: verde significa pode comprar, amarelo indica atenção, vermelho significa fuja), o Metacritic não fica só nos jogos: ele também trata de filmes, TV e música.

Metacritic para jogos de iPad e iPhone

O Metacritic até recentemente só tratava de jogos para PC e os principais consoles (PS3, Wii, Xbox, DS e PSP), mas agora é mais um testemunho de que a indústria de jogos está encontrando no iOS do iPhone e iPad um solo fértil para se desenvolver: agora temos também um Metacritic para os jogos do iPhone e iPad.

Como em todo sistema de agregação de avaliações, os resultados só são precisos se houver uma base suficientemente grande de avaliações independentes a serem contabilizadas, mas o número de revistas e sites dedicados aos apps e jogos para iPhone e iPad se multiplicam a ponto de já permitir este tipo de derivação. Mas fique atento, porque ainda tem um enorme contingente de jogos já cadastrados mas aguardando o processamento da avaliação por lá.

Uma vantagem das avaliações por agregação é que o usuário não fica refém das novidades: a qualquer momento é possível que os jogos no topo do ranking sejam os lançados há vários meses, facilitando que os novos usuários possam chegar a conhecer estes títulos que não mais aparecem na capa das revistas especializadas.

Para completar, há ainda uma classificação secundária no Metacritic, baseada nas notas que os próprios usuários do Metacritic dão a cada jogo. No momento em que escrevo ela ainda está quase vazia (pois o site com jogos do iPad e iPhone está no ar há muito pouco tempo para permitir que leitores suficientes tenham preenchido suas notas), mas nas demais plataformas trata-se também de um recurso valioso para escolher em quais jogos investir.

Uma nota sobre jogos para iPhone e iPad no Brasil

Infelizmente é complicado baixar jogos para iPhone no Brasil. Os desenvolvedores de jogos para iOS encontram um impasse jurídico na hora de publicá-los na App Store aqui do Brasil - e é esse o porquê de não termos vários jogos populares na loja brasileira do iTunes.

Alguns desenvolvedores “resolvem” dizendo que seu software não é jogo, e sim entretenimento. Outros simplesmente procuram as App Stores de outros países para oferecer seus produtos, e nos ignoram - assim você talvez não encontre na App Store muitos dos jogos indicados pelo Metacritic.

Uma solução comum para os usuários que querem escapar dessa restrição é pesquisar como fazer para abrir uma conta na app store da Argentina, que aceita cartões de crédito brasileiros (internacionais, claro). Mas quem recorre a isso geralmente comete uma irregularidade, porque tem que colocar um endereço postal de lá.

Metacríticas e metacritérios

Estou longe de sugerir que você simplesmente vá ao Metacritic, veja quais os "top 10" melhores jogos para iPhone, e faça o download de todos. Não é assim que eu o uso, e as variações sobre gosto por jogos precisam ser levadas em conta: entre os top 10 melhores jogos para o iPad hoje encontramos títulos de raciocínio, de corrida em 3D, de aventura espacial, de horror, de fantasia e de esportes, e raramente alguém gosta simultaneamente de todos estes gêneros.

A forma de uso que me dá mais utilidade nas informações do Metacritic começa pelo lado oposto: algum amigo, revista ou loja sugere um jogo, e eu vou conferir o Metacritic. Se o score for bom, compro sem maiores medos (afinal, tenho a recomendação que recebi pessoalmente e mais a média dos reviews apoiando a decisão).

Por outro lado, se o score do jogo sugerido for amarelo ou vermelho, eu adio a compra, e vou pesquisar mais: procuro vídeos do jogo no Youtube, escolho uma ou duas análises detalhadas para ler com mais atenção, procuro por alguém que já tenha testado, etc.

Claro que o Metacritic não é um oráculo infalível: ele é apenas um atalho para um conjunto maior de informações, e a decisão continua sendo sua - afinal, mesmo com o Metascore baixíssimo, sempre haverá algum fã pra apreciar o Monty Python's Cow Crossing.

Da mesma forma, apesar do Metascore quase perfeito de 9,8, já conheci várias pessoas que não acharam a menor graça no campeão indie World of Goo para iPad (mas não sou uma delas, adoro este jogo).

Em suma: o Metacritic para jogos de iPhone e iPad é um complemento, e não um substituto para o seu senso crítico. Use com critério, e aproveite!

Lendo e assinando revistas internacionais no iPad (e iPhone) com o Zinio

Morar no Brasil e ser assinante de revistas internacionais é um desafio constante: além de descobrir como assinar as revistas importadas que você deseja, é preciso se expor aos constantes atrasos na entrega, eventuais exemplares que não chegam, e ao preço escorchante (ou mesmo abusivo, no caso de algumas distribuidoras oportunistas).

Para completar, é comum passar pela suprema humilhação de um assinante: encontrar a revista na banca (bem!) antes de receber em casa seu exemplar. No caso das revistas de assinaturas do exterior isto é até relativamente comum, porque o seu exemplar vem por alguma modalidade econômica dos Correios, e o distribuidor que atende as bancas pode importar em lotes mensais que chegam por vias expressas.

Eu sou assinante de grande número de revistas estrangeiras (de Mac, de Linux, de tecnologia em geral, de software, etc.), mas no caso de várias delas estou na transição das assinaturas em papel para as assinaturas digitais, devido às vantagens abaixo, em ordem de importância:

  • chega na data do lançamento original (na assinatura em papel, as minhas edições de Natal costumam chegar em fevereiro...)
  • zero extravio (com as assinaturas internacionais em papel, até você ter certeza do extravio, solicitar reenvio e recebê-lo, 4 ou 5 meses se passaram)
  • geralmente cada edição está disponível bem antes de você encontrá-la na banca
  • o preço por exemplar é bem mais barato do que o da assinatura internacional em papel.

Existem pelo menos 3 enfoques diferentes para a questão da transição das revistas em papel para um novo modelo digital: o da simples conversão (em que a revista digital é um equivalente, quanto ao conteúdo, do mesmo exemplar em versão impressa), o da "revista virtual" (normalmente comercializada na forma de uma app exclusiva para um título), em que o exemplar digital tem "complementos" como infográficos animados, vídeos e links internos (os quais, francamente, dispenso), e o do que seriam as pós-revistas, formadas dinamicamente por conteúdo agregado de redes sociais ou feeds (como o excelente Flipboard, uma das apps essenciais para iPad).

Mas não vou deixar de ser claro quanto a isso: sou fã das revistas em papel, e ler o seu conteúdo em uma tela é um substituto muito pobre para toda a experiência sensorial de folhear e apreciar um exemplar bem produzido, impresso e encadernado.

Só que se a edição em papel chega irregularmente, sempre atrasada e bem mais cara, ter uma forma alternativa de garantir o acesso (ainda que restrito ao conteúdo) acaba compensando abrir mão dos atrativos adicionais do veículo impresso.

Assinando revistas importadas no iPad e iPhone com o Zinio

Existem várias maneiras de ler e assinar o conteúdo de revistas importadas. Eu já experimentei várias delas, mas para ler no iPad e iPhone a minha simpatia recai sobre a app do Zinio, que recentemente me foi apresentada pelo @heliocastro - que leva revista tão a sério que aderiu ao iPad só para poder resolver os problemas com assinaturas de revistas impressas.

Uma metáfora batida explica bem o que a app do Zinio faz: é uma banca de revistas no seu iPad (ou iPhone). Mas não uma banca qualquer: é como se fosse uma grande banca de aeroporto internacional, ou uma banca cultural daquelas que infelizmente nem toda capital tem, em que se pode encontrar revistas importadas de todos os tipos e sobre os mais variados assuntos: de tricô a charutos, de pesca a videogames retro, de Macs a dragsters.

O acervo do Zinio inclui as edições correntes e as mais recentes das publicações de uma variedade de editoras de diversos países, com muitos títulos em inglês, espanhol e italiano, mas também revistas de países mais distantes, como Vietnã e China.

Pela app do Zinio você pode comprar uma edição específica, ou fazer a assinatura (por períodos de tempo variáveis) de alguma delas para garantir o acesso facilitado (e geralmente com desconto) às próximas edições.

Um ponto interessante a favor do Zinio para iPad é que, assim que você instalar a App e se cadastrar (ou fizer seu login) no sistema, recebe acesso a uma estante de amostras grátis: artigos de edições recentes de revistas em vários idiomas, disponibilizados na íntegra, página por página iguais às versões impressas. No momento em que escrevo, a estante de amostras grátis em inglês conta com 37 artigos, e também há 9 amostras grátis em espanhol, 3 em italiano e uma em alemão.

Mas se os artigos oferecidos como amostras grátis servem para você entender melhor como é a conversão da revista para o formato digital antes de gastar algum dinheiro, na prática continuada o que interessa são as opções de compra de exemplares inteiros, e de assinaturas das revistas.

E o procedimento é bem simples: navega pelas categorias até encontrar a revista desejada (podendo filtrar por idioma), clica na capa da que interessar, e aí aparece um descritivo completo com o preço e duração da assinatura, além das opções de comprar apenas a edição corrente (cuja capa estiver em destaque), ou edições anteriores (as 4 capas mais recentes aparecem no rodapé, e há um link para exemplares mais antigos).

Atualmente o pagamento é via cartão de crédito internacional ou PayPal, mas imagino que em breve os desenvolvedores terão que se submeter à nova política da Apple de que as compras feitas dentro das aplicações precisam ocorrer via sistema de pagamentos da App Store. Enquanto isso não acontece, eu vou comprando via PayPal, e a revista fica disponível para leitura imediata na minha biblioteca do Zinio, tudo dentro da app.

Como o Zinio exibe as revistas no iPad

O Zinio no iPad assume um comportamento familiar para quem já experimentou outras apps de leitura: se você segurar o iPad em pé, ele mostra uma página inteira (para uma revista em tamanho comum, próximo ao formato A4, a redução para a página caber inteira na tela ainda oferecerá resolução suficiente para permitir a leitura com conforto sem usar o zoom). Nota: As imagens abaixo tiveram sua resolução reduzida para caber neste post.

Se segurar o iPad de lado, passará a ver 2 páginas lado a lado (bom para folhear, mas não permite leitura confortável sem recorrer ao zoom):

O zoom funciona com o gesto multitoque comum: belisque a tela com 2 dedos para reduzir a página, mova-os na direção oposta para ampliá-la. Com o arrastar de um dedo você desloca a visão da página, ou avança e retrocede.

Embora a visão da página inteira na tela geralmente tenha definição suficiente para uma leitura confortável, eu geralmente aplico o zoom. Ao contrário das demais imagens deste post, a imagem acima não foi reduzida, e mostra na resolução original a forma como vejo os textos das revistas no iPad

Com o simples toque de um dedo sobre a página, o usuário comanda a exibição dos controles de navegação visíveis na imagem acima: na base, a exibição (clicável e navegável) das páginas anteriores e posteriores à que está sendo exibida, e no topo da tela aparece o botão para retornar à biblioteca do usuário e os 2 botões de controle adicionais - um que leva ao índice da revista (que é clicável, para facilitar chegar a um artigo de interesse), e o outro exibe thumbnails das páginas:

O funcionamento no iPhone é parecido, mas naturalmente as visualizações são adaptadas a uma tela com área menor, como veremos a seguir.

Como o Zinio exibe as revistas no iPhone

No iPhone o funcionamento geral é bastante similar ao do iPad, mas adaptado a uma tela bem menor (ainda que com mais resolução, no caso do iPhone 4).

O esquema básico é como no iPad: aparelho "em pé" exibe uma página inteira, aparelho "de lado" exibe 2 páginas lado a lado (ver imagem reduzida acima). Em ambos os modos, sem usar zoom, só dá para identificar confortavelmente o layout geral, títulos e ilustrações. Mas basta usar o zoom multitoque (como no iPad) para ler confortavelmente, embora vendo só um pedacinho da página por vez. A imagem abaixo foi recortada mas mantida na resolução original do iPhone 4:

O recurso de ver o índice (clicável) e de exibir thumbnails das páginas também funciona, e para algumas páginas com layout simples há um botão especial, que conduz a um modo de visualização especial, que extrai apenas o conteúdo textual. Veja abaixo os 2 modos, lado a lado (reduzidos, naturalmente):

Concluindo

Simplifico a conclusão dizendo que, embora não ache a leitura digital um substituto à altura para as revistas em papel, acho a implementação do Zinio muito próxima do que se pode esperar de melhor deste tipo de substituto: uma soma de um grande acervo, comodidade para assinar e comprar exemplares isolados, e leitura com qualidade.

Se você está procurando assinar uma revista importada, ele pode ser uma boa opção. Sugiro criar sua conta, experimentar a leitura de alguma das amostras grátis, e aí avaliar se ele serve ou não para você!

E guardei um detalhe interessante pro final: o Zinio também tem versão para navegadores e para computadores (Mac, Linux e Windows), e as revistas que você compra no iPad e iPhone podem ser lidas lá também, e vice-versa: veja os detalhes no post-gêmeo que preparei no Efetividade.net.

Apps e jogos para iPad com descontos especiais até amanhã - aproveite!

Alguns dos melhores jogos para o iPad, juntamente com algumas apps e até mesmo alguns títulos para o iPhone, estão mais baratos neste final de semana, enquanto seus produtores tentam tirar uma casquinha do hype do lançamento do iPad 2.

Para exemplificar, considere os jogos da Electronic Arts: títulos da EA como Dead Space HD, Need for Speed Shift para iPad, Mirror's Edge para iPad, Command & Conquer Red Alert para iPad e até clássicos como o Tetris para iPad estão com até 70% de desconto durante este final de semana.

Entre os jogos de outras produtoras, vale mencionar o Minigore HD por apenas US$0,99 - mesmo preço pelo qual você pode levar também o clássico Worms HD enquanto durar a promoção.

Os 2 links a seguir levam a listas caprichadas de apps e jogos que estão (ou estiveram! as promoções são rápidas...) com desconto especial neste final de semana:

As apps que constam nas listas não me chamaram muito a atenção, mas não custa dar uma olhadinha - talvez alguma delas seja bem o que você estava precisando.

E para os jogos, vale a observação de sempre: desenvolvedores de jogos encontram um impasse jurídico na hora de publicá-los na App Store aqui do Brasil. Muitos “resolvem” dizendo que seu software não é jogo, e sim entretenimento. Outros simplesmente procuram as App Stores de outros países para oferecer seus produtos, e nos ignoram - razão pela qual muitos dos jogos acima não aparecem para quem tem conta na loja brasileira do iTunes.

Uma solução comum para os usuários que querem escapar dessa restrição é pesquisar como fazer para abrir uma conta na app store da Argentina, que aceita cartões de crédito brasileiros (internacionais, claro). Mas quem recorre a isso geralmente comete uma irregularidade, porque tem que colocar um endereço postal de lá.

Qual MacBook comprar?

É melhor comprar um MacBook Pro, Air, ou o básico modelo branco? A resposta depende dos requisitos de cada um, mas com um pouco de coleta e análise de dados, é possível identificar razões para preferir cada um deles, ou mesmo para perceber que esta não é uma boa época para comprar o básico MacBook branco.

Atenção: você está lendo a versão de março de 2011 deste post. A versão atualizada, considerando lançamentos mais recentes de MacBooks, está aqui.

Não passa uma semana sem que alguém me pergunte qual o melhor MacBook, ou se vale a pena comprar determinado modelo, e geralmente eu respondo ajudando a pessoa a identificar suas disponibilidades e seus requisitos.

Mas hoje resolvi fazer diferente, e trago um comparativo completo, baseado em uma premissa simples: um orçamento limitado aos modelos de entrada das linhas da Apple. Considerando os preços oficiais, os MacBooks "básicos" hoje são os que têm seu preço na faixa entre R$ 2.999 e R$ 3.999, que chamaremos de a faixa dos R$ 3.000.

Os detalhes eu exponho longamente abaixo, mas a minha conclusão quanto à recomendação de compra de quem quer comprar seu primeiro MacBook neste momento e já aderiu à faixa de preço acima é simples e eu a adianto desde já:

  • Quem valoriza muito a mobilidade e vê grande vantagem em um notebook de apenas 1kg, mesmo que isso signifique um pouco menos de desempenho (para as tarefas típicas de plataformas móveis) e muito menos armazenamento interno, deve ficar com o MacBook Air de 11 polegadas e 64GB (tabela: R$ 3.099,00).
  • Todos os demais devem optar pelo MacBook Pro de 13 polegadas com processador Core i5 (tabela: R$ 3.599,00) ou aguardar alguns meses pelo provável lançamento de um próximo MacBook branco (o de hoje sai por R$ 2.999 na tabela).

A explicação resumida é simples: este MacBook Pro ganha de todos os MacBooks na mesma faixa de preço nos quesitos de desempenho, armazenamento e duração de bateria. Quanto à mobilidade extrema, é difícil outro Mac competir com a leveza e o boot rápido do Air.

E o MacBook branco? Ele continua sendo o mais barato, mas o modelo hoje existente é de uma geração anterior à do Air e à do Pro, e todos os videntes e futurólogos indicam que uma versão atualizada dele será lançada, a preços similares ao atual, dentro de 2 ou 3 meses - portanto, se você deseja ter um, o ideal em termos de valor seria aguardar.

As exceções, é claro, são quando há requisitos específicos a atender - por exemplo, a necessidade de uma tela maior, ou de uma porta FireWire embutida, ou de ter um MacBook ainda nesta semana e dispor de um orçamento limitado a R$ 2.999,00. Para estes casos, é necessária uma análise que considere os requisitos específicos do usuário, e que não faremos aqui.

Vale a pena comprar on-line?

Comprar on-line tem sua comodidade, e também seus riscos. Pessoalmente já comprei notebooks on-line, sem nunca ter passado por sustos, mas minha sugestão é que você avalie e compare bem suas alternativas.

Os links abaixo facilitam sua pesquisa de preços on-line para permitir a comparação com os valores do seu revendedor Apple mais próximo:

Por que comprar um Mac?

Nosso artigo de hoje é voltado às pessoas que já decidiram que querem rodar o Mac OS X em seus notebooks, e que preferem fazê-lo em um equipamento original da Apple.

Há muitas outras alternativas disponíveis: pode-se obter um laptop muuuuuito mais barato, e com várias funcionalidades comparáveis, ao se optar por outro sistema operacional, como o Ubuntu por exemplo. Pode-se também seguir alguma das receitas que explicam como criar um assim chamado "Hackintosh" - o Mac OS X instalado em um computador não homologado pelos autores do sistema.

E há inclusive argumentos *contra* a compra de um Mac: é bem mais caro do que a média dos computadores do varejo, só tem duas portas USB, suas políticas de restrição de direitos não são admiradas, etc. Recomendo que, antes de fazer sua compra, você os considere e procure saber mais a respeito.

Mas vale lembrar que também há motivos a favor da compra, que também não vou procurar esgotar.

Só para ilustrar que os apreciadores da escolha pelo Mac não estão sozinhos, entretanto, reproduzo acima versões reduzidas dos rankings de "melhor notebook" publicados nas edições impressas mais recentes de 3 revistas de tecnologia voltadas a usuários finais: T3, Stuff UK e Info.

Note que não dá outra: os MacBooks ocupam a primeira colocação em todas elas.

Renovo, portanto, o lembrete: faça a sua escolha racionalmente, e procure identificar os prós e contras de cada alternativa.

Comparativo dos MacBooks

Veremos abaixo um detalhamento de cada um dos modelos de MacBook, mas antes veja uma tabela que preparei sumarizando as especificações e alguns detalhes adicionais sobre os modelos pesquisados - todos da "faixa dos R$ 3.000" que definimos acima.

Vamos ao quadro-resumo:

Use a tabela acima para ter uma visão geral das características dos MacBooks analisados, e veja a seguir os detalhes sobre cada um deles.

MacBook Pro de 13 polegadas

O maior poder de processamento que você pode adquirir nesta faixa de preço é o novo (lançado em fevereiro/2011) MacBook Pro de 13 polegadas com processador Intel Core i5 de 2,3GHz, cuja descrição detalhada inclui um compromisso claro da Apple: o dobro de desempenho em relação à geração anterior (baseada nos processadores Core 2 Duo).

E este desempenho fica evidente, a ponto de o site Engadget recentemente ter chamado a geração atual do MacBook Pro de "o laptop mais rápido que já testamos" (o teste deles foi com um modelo de 15 polegadas, então ignore os resultados de processamento gráfico, se for comparar).

Embora não inclua alguns recursos ainda mais avançados disponíveis nos seus irmãos maiores (de 15 e 17 polegadas, e bem mais caros) e no seu irmão do mesmo tamanho mas com processador Core i7 (também bem mais caro), este modelo tem outro aspecto interessante com impacto considerável no desempenho quando comparado aos concorrentes na mesma faixa de preço: é o único que vem com 4GB de memória RAM em seu pacote básico. No armazenamento ele também se destaca, sendo o único que vem com um disco rígido de 320GB como opção default.

A tela tem especificações similares à do MacBook branco: é um display LED de 13,3 polegadas, widescreen, com resolução de 1280x800. Mas o processamento gráfico é ligeiramente inferior, pois a sua GPU é uma Intel HD Graphics 3000 integrada. Os MacBooks Pro de 15 e 17 polegadas têm uma GPU adicional AMD Radeon HD 6490M para uso nos momentos em que há necessidade de desempenho superior, mas o modelo de 13 polegadas não inclui este recurso.

A autonomia também é um fator interessante: nos testes da própria Apple, com aplicações similares às de um usuário casual (baseados em navegação contínua em sites populares da web via Wi-Fi, usando o nível default de brilho da tela), a bateria do MacBook Pro durou 7h de uso contínuo - mesmo número do MacBook branco (apesar do menor desempenho e maior volume do modelo branco), e 2h a mais do que o MacBook Air de 11 polegadas.

Como integrante da linha Pro, este modelo também se diferencia positivamente por alguns itens típicos da linha:

  • gabinete em alumínio.
  • Cartão SD: o MacBook Pro tem um slot padrão SDXC, que permite cartões de até 64GB.
  • teclado retroiluminado, que permite enxergar as teclas mesmo em salas escuras.
  • presença de uma porta FireWire 800 (cuja utilidade é restrita a um número reduzido de usuários com periféricos que a suportam)

A vantagem de quase 1 ano em relação à data de lançamento da versão corrente do MacBook branco ajuda a explicar vários outros pontos em que o MacBook Pro de 13 polegadas sai ganhando em relação a ele, mas naturalmente não lhe tira o mérito pela vitória. Vamos a uma breve lista:

  • Resolução da câmera: a câmera FaceTime HD do MacBook Pro permite captar vídeos em até 720p.
  • Dimensões: com só 2,41cm de altura e 2,04kg de peso, o MacBook Pro é mais fino e mais leve que seu primo branco.

Além disso, o MacBook Pro tem uma porta Thunderbolt, novidade desenvolvida pela Intel e inaugurada na linha 2011 que permite a conexão a (futuros) periféricos de alta velocidade (20x mais rápido que portas USB 2.0) e monitores de alta resolução. Enquanto não começam a surgir periféricos interessantes com suporte a Thunderbolt, é bom destacar que o seu conector é compatível com o padrão Mini DisplayPort (o mesmo dos demais MacBooks analisados) e com seus adaptadores VGA, DVI, DisplayPort e HDMI (com até 8 canais de áudio na mesma porta).

O próprio fato de este modelo ter sido lançado há apenas 2 meses é um ponto positivo a mais, especialmente para quem tem a preocupação com a "síndrome do carro do ano" e com a possibilidade de ver uma versão nova do modelo que comprou ser lançada logo após a concretização da compra.

Além disso, o MacBook Pro de 13 polegadas tem os demais recursos disponíveis também nos outros modelos analisados: Wi-Fi (n/a/b/g), Bluetooth 2.1+EDR, 2 portas USB, microfone e alto-falantes embutidos, e o Mac OS X Snow Leopard - além de alguns diferenciais (que compartilha com o MacBook branco) em relação aos MacBook Air: porta Gigabit Ethernet, conector de áudio que suporta fones de ouvido ou microfone (ou ainda o fone com microfone integrado, estilo iPhone), e a presença de um disco rígido e um drive de CD/DVD.

Na data deste artigo, o MacBook Pro de 13 polegadas descrito acima poderia ser comprado na loja on-line brasileira da Apple por R$ 3.599,00. Consulte o preço de um MacBook Pro, CPU Core i5, 4GB RAM, 320GB HD, LED 13.3" no Submarino.

MacBook Air de 11 polegadas

Os atuais modelos do MacBook Air foram lançados em outubro de 2010 e, tal como seus primos da linha MacBook Pro, estão disponíveis em uma gama de modelos, sendo que os de 13 polegadas estão completamente fora da nossa faixa de preço, mas ambos os de 11 polegadas estão dentro e serão detalhados a seguir.

Embora tenham um teclado e trackpad no tamanho usual, os MacBooks Air são incrivelmente leves e finos: os modelos de 11 polegadas pesam meros 1060 gramas, e sua espessura vai de 0,3cm nas extremidades até 1,7cm no ponto mais volumoso de seu gabinete de alumínio - não é exagero dizer que dá para levá-lo em um envelope.

Só que para ser tão leve, o MacBook Air naturalmente precisa praticar o desapego e abrir mão de algumas vantagens de seus primos, o que faz com que ele esteja muito melhor competindo com as aplicações de mobilidade, típicas de netbooks e tablets (como o iPad), do que com o poder de processamento e armazenamento dos outros MacBooks.

Uma das consequências mais visíveis é no armazenamento. Para ser tão mais leve e fino, o Air abre mão da presença de um disco rígido (HD), bem como de um drive de CD/DVD: ele usa o veloz (e caro) armazenamento Flash (SSD), mais similar ao funcionamento de um pen drive do que ao dos discos mecânicos típicos de notebooks.

Com isso, a sua capacidade de armazenamento interna se aproxima muito mais da dos tablets do que a dos demais notebooks do mercado. E, assim como os usuários dos tablets, os usuários satisfeitos do MacBook Air sabem que não precisam levar tantos dados assim sempre com eles, e complementam o SSD (quando necessário) com o uso de recursos externos de armazenamento, como pen drives, HDs externos ou serviços on-line como o MobileMe e o Dropbox.

A diferença essencial entre os 2 modelos de MacBook Air de 11 polegadas é o armazenamento: enquanto um deles vem com um drive SSD de 64GB, o outro vem com 128GB. Mas, pelos motivos expostos acima, acho difícil justificar um pagamento de R$ 600 a mais para ter o modelo de 128GB - a não ser que essa diferença de armazenamento interno seja vital para alguma aplicação, os usuários se viram bem com as alternativas.

Embora o custo elevado da tecnologia ainda faça com que os volumes de armazenamento dos MacBooks Air sejam menores, há um reverso nesta medalha, representado pelo desempenho: o acesso ao conteúdo do SSD é muito mais rápido do que o acesso a um disco rígido tradicional, e isso acelera não apenas o boot como também o carregamento de aplicativos - usuários relatam que a diferença de tempo entre carregar um aplicativo simples como o TextEdit e um gigante inchado como o Microsoft Word chega a ser irrisória.

Os demais detalhes descritos abaixo se aplicam igualmente ao modelo de 64GB e ao de 128GB.

A tela dos 2 modelos de MacBook Air analisados é um display LED widescreen de 11,6 polegadas, com resolução de 1366x768 pixels, acionada por uma placa de vídeo NVIDIA GeForce 320M - a mesma do MacBook branco.

Eles contam também com uma saída Mini DisplayPort para conectar a um monitor ou projetor externo, com resolução de até 2560x1600 pixels - mas é bom andar com um adaptador de Mini DisplayPort para VGA, DVI ou HDMI sempre na mochila, pois monitores com suporte a Mini DisplayPort tendem a ser mais raros do que avistar cabeça de bacalhau ou filhotes de pombo.

A memória RAM também é a mesma do modelo básico do MacBook branco: 2GB. Mas a CPU do Air tem desempenho menor: é um Core 2 Duo ULV de 1,4GHz, contra o Core 2 Duo de 2,4GHz do MacBook branco. Mas a comparação mais natural seria com o desempenho de tablets e netbooks, e recomendo que você verifique em relação aos modelos de sua preferência.

A reclamação mais frequente dos usuários do modelo anterior de MacBook Air foi resolvida: agora o Air tem 2 portas USB, tal como seus primos branco e Pro. Infelizmente, entretanto, outra das melhorias mais visíveis da linha atual não está presente no Air de 11 polegadas: só o MacBook Air de 13 polegadas (bem mais caro) conta com uma porta para cartões SD.

Outra diferença entre o Air e seus primos mais volumosos é o conector de áudio: ao invés do conector integrado (que permite tanto o uso de fones de ouvido quanto o de microfones externos), o Air tem apenas saída para fones de ouvido. Mas quem quiser complementar o microfone embutido tem uma alternativa: usar os fones de ouvido do iPhone (ou outros com o mesmo conector), pois o microfone deles é compatível com o Air.

A câmera do MacBook Air, denominada FaceTime, está no meio do caminho entre a câmera iSight do MacBook Branco e a FaceTime HD do Pro. Naturalmente associada ao serviço FaceTime de conversação visual da Apple, o modelo do MacBook Air é mais fino (naturalmente) e melhor suporte a condições de baixa luminosidade do que o do MacBook branco, mas não oferece a mesma resolução que a câmera do Pro.

A duração em uso da carga da bateria do MacBook Air de 11 polegadas é interessante quando comparada a outros modelos do mercado, mas não compete com a do Pro: os números oficiais são 5h de atividade para o Air, e 7h para o Pro (e também para o MacBook branco). Em compensação, a duração prometida da carga da bateria do Air quando adormecido é de 30 dias.

Além disso, o MacBook Air de 11 polegadas tem os demais recursos disponíveis também nos outros modelos analisados: Wi-Fi (n/a/b/g), Bluetooth 2.1+EDR, 2 portas USB, microfone e alto-falantes embutidos, e o Mac OS X Snow Leopard.

Na data deste artigo, o MacBook Air de 11 polegadas com 64GB de armazenamento descrito acima poderia ser comprado na loja on-line brasileira da Apple por R$ 3.099,00, e o modelo com 128Gb de armazenamento estava listado a R$ 3.699,00. Consulte o preço do MacBook Air, CPU Core 2 Duo, 2GB RAM, 64GB SSD, LED 11,6" no Submarino.

MacBook Branco

Embora o nome oficial do produto seja simplesmente "MacBook", é quase universal o hábito de seus usuários chamarem de MacBook Branco (lá fora ele também vira "MacBook White") para diferenciar de seus primos mais avançados, e adotamos esta convenção ao longo de todo este artigo.

Espero poder revisar este texto em breve, após o lançamento de uma nova versão, para poder voltar a recomendar a compra do MacBook branco (eu tenho um, e gosto muito), mas com os preços oficiais atuais, e considerando os lançamentos mais recentes das linhas Pro e Air, neste momento eu jamais compraria ou recomendaria este modelo mais básico.

De qualquer forma, fica o registro das especificações, abaixo, para que você possa fazer sua própria comparação se surgir alguma oferta a preço diferenciado.

O atual MacBook branco é um modelo lançado em maio de 2010 e que o mercado prevê que será renovado nos próximos meses pela Apple - que geralmente mantém preços próximos ao da geração anterior quando lança suas linhas renovadas.

Seu processador é um Intel Core 2 Duo a 2,4GHz, e o modelo básico vem com 2GB de RAM e 250GB de disco, além do drive de CD e DVD.

Sua tela é um display LED widescreen de 1280x800 pixels e 13,3 polegadas, acionado por uma placa de vídeo NVIDIA GeForce 320M - a mesma do MacBook Air.

Ele conta também com uma saída Mini DisplayPort para conectar a um monitor ou projetor externo, com resolução de até 2560x1600 pixels - mas é bom andar com um adaptador de Mini DisplayPort para VGA, DVI ou HDMI sempre na mochila, pois monitores com suporte a Mini DisplayPort tendem a ser escassos.

Ele vem com 2 portas USB, webcam iSight, porta integrada para conexão de microfone externo ou fones de ouvido, e sua bateria dura as mesmas 7h que o acelerado modelo Pro, embora o MacBook branco seja mais pesado (2,13kg) e mais volumoso (2,74cm) do que ele.

Além disso, o MacBook branco tem os demais recursos disponíveis também nos outros modelos analisados: Wi-Fi (n/a/b/g), Bluetooth 2.1+EDR, microfone e alto-falantes embutidos, 2 portas USB, e o Mac OS X Snow Leopard - além de alguns diferenciais (que compartilha com o MacBook Pro) em relação aos MacBook Air: porta Gigabit Ethernet, conector de áudio que suporta fones de ouvido ou microfone (ou ainda o fone com microfone integrado, estilo iPhone), e a presença de um disco rígido e um drive de CD/DVD.

Na data deste artigo, o MacBook branco descrito acima poderia ser comprado na loja on-line brasileira da Apple por R$ 2.999,00. Consulte o preço do Macbook branco, CPU Core 2 Duo, 2GB RAM, 250GB HD, LED 13,3" no Submarino.

Conclusão

A lista acima encerra esta coleta de informações para orientar a escolha de um MacBook na faixa dos R$ 3.000,00.

A conclusão, no momento, é apenas reiterar o que já foi dito: na minha opinião, nessa faixa de preço, usuários interessados em MacBooks:

  • devem comprar o MacBook Air de 11 polegadas e 64GB, se estiverem dispostos a abrir mão de parte do poder do processamento em troca de um reforço na mobilidade;
  • devem esperar alguns meses pela renovação do MacBook branco, se quiserem uma máquina mais completa que o Air e cerca de R$ 600 menos cara que o melhor da categoria; e
  • devem comprar o MacBook Pro de 13 polegadas e processador Core i5, nos demais casos.

Pretendo publicar versões atualizadas deste artigo conforme as linhas de MacBooks forem sendo renovadas pela Apple, e conto com os comentários de vocês para torná-lo cada vez mais preciso e completo!

Leitor pergunta: Configurando o Mac para tomar providências quando você se afasta

A leitora Sylvia pergunta:

Gostaria que meu MacBook tomasse algumas providências (como pausar o iTunes, colocar uma mensagem no MSN e no Gtalk e ligar a proteção de tela) sempre que saio da minha sala e o deixo lá. Li que outros sistemas operacionais têm como fazer isso detectando o afastamento do usuário via bluetooth, porque o usuário leva junto o celular quando sai da sala. É possível fazer isso no Mac OS X?

Para mim esta também é uma necessidade comum, afinal vivo tendo de me ausentar da sala sem saber quando retornarei, e nem sempre lembro de "avisar" pro Mac adequadamente.

Aí quando retorno é aquela cena que todo mundo conhece: mesmo se o screen saver tiver acionado automaticamente, o iTunes sempre terá terminado o disco que eu estava ouvindo e começado a tocar alguma música chata e estridente que atrapalha os colegas, assim como sempre terá surgido uma infinidade de janelas de pessoas chamando no chat sobre assuntos importantes sem saber da minha ausência, etc.

Detectando ausência via celular com Bluetooth

Aplicativos que reagem à presença ou ausência do usuário baseando-se na conexão Bluetooth são uma sacada inteligente e estão presentes há anos em diversos sistemas operacionais.

A ideia básica deles é que o usuário, quando vai para longe do computador, geralmente leva o telefone celular consigo - e se a comunicação Bluetooth entre o celular e o computador estiver configurada, é possível detectar automaticamente as partidas e retornos por meio da disponibilidade ou não desta comunicação entre os aparelhos.

Entra em cena o Proximity

Existem variadas soluções para obter este efeito no Mac, e a web me indica que uma das mais populares é o Airlock, que custa ~R$ 12 e não conseguiu se instalar nos meus computadores - segundo seu site, ele está há um bom tempo sem atualizações, portanto não tenho como recomendá-lo.

Eu testei várias outras soluções com graus variados de complexidade, e acabei tendo sucesso pleno com apenas uma delas: o Proximity, um software de código aberto disponível no Google Code.

Embora a sua configuração exija usuários empreendedores, a instalação em si não é das mais complicadas: download, descompacta e arrasta pros Aplicativos. Ou seja:

  1. faça o download,
  2. descompacte o zip para extrair o arquivo do Proximity,
  3. arraste para a pasta de aplicativos na sua Dock (na base da tela) o ícone do Proximity que foi extraído do zip

E pronto - agora é só rodá-lo, diretamente do ícone que você arrastou para a pasta de aplicativos da sua Dock.

Após rodar o Proximity, ele se instala como um ícone (do símbolo do Bluetooth acompanhado pela palavra "IN" ou "OUT") na barra de menus do Mac, e basta clicar nele para ter acesso ao seu painel de preferências, sobre o qual falaremos abaixo.

Nota: este não é um aplicativo de segurança

Um alerta antes de prosseguir: o Proximity, assim como outros aplicativos que operam pelo princípio da proximidade Bluetooth, é um aplicativo de conveniência, e não de segurança.

Não deixe seu Mac em locais inseguros e, se você tem qualquer dado cuja privacidade ou disponibilidade precisam ser preservadas em relação às pessoas que têm acesso ao local em que seu Mac fica, a solução ideal é protegê-los no armazenamento (com criptografia e similares) e travar o acesso ao Mac manualmente no momento em que você se ausenta dele - afinal, o sinal Bluetooth continua disponível enquanto você dá os primeiros passos fora da sala, e estes eventuais "atacantes" terão tempo suficiente para impedir o travamento sem você perceber.

O que dá para fazer com o Proximity

O Proximity permite fazer, tanto no momento do afastamento como no do retorno, qualquer coisa no seu Mac que possa ser automatizada via AppleScripts ou shell scripts. Alguns exemplos:

  • Pausar/retornar a execução de áudio no iTunes
  • Iniciar ou suspender a proteção de tela
  • Gravar cópias de segurança de todos os documentos abertos
  • Definir o status de Away (e depois de Online) no seu bate-papo com o Adium, o Skype ou outros aplicativos
  • Fechar, abrir ou mudar a prioridade de algum aplicativo
  • Iniciar, suspender ou mudar a prioridade de algum download
  • Enviar um e-mail
  • Registrar o horário de ausência e retorno em uma base de dados
  • etc. etc. etc.

Criar um AppleScript (ou shell script) para realizar as tarefas acima pode ser simples, mas geralmente assusta usuários iniciantes.

Felizmente existem os scripts-modelo para o Proximity, facilmente encontráveis com uma busca no Google - inclusive o meu, abaixo, que você pode ativar fazendo o download de um ZIP contendo meus scripts complementares, conforme explico a seguir.

Um exemplo de configuração simples para você copiar

A minha tela de configuração é exatamente igual à mostrada na imagem abaixo:

Para reproduzi-la, partindo da configuração default, você só precisa:

  1. passar o intervalo de monitoramento para 10 segundos (gasta mais bateria do telefone do que os 60 segundos do default, mas em compensação reage mais rapidamente aos afastamentos e retornos),
  2. pressionar o botão "Change Device" para selecionar o seu fone Bluetooth (pode ser de qualquer marca, não precisa ser iPhone)
  3. Fazer o download dos meus 2 scripts básicos, que também vêm em um um ZIP - é só descompactá-lo na sua pasta preferida para extrair os arquivos proximity-off.scpt e proximity-back.scpt.
  4. usar os botões "Change" próximos aos 2 campos de texto das preferências do Proximity para selecionar o script de afastamento (o proximity-off.scpt, preenchido no campo do "Out of range script") e o de retorno (o proximity-back.scpt, preenchido no campo "In Range Script").

Aí é só fechar a janela de preferências, colocar o telefone do bolso e se afastar (no meu caso, uns 25 metros), largar o telefone lá (em um local seguro, por favor!) e voltar correndo para ver se o Proximity realizou bem sua tarefa ;-)

Inicialização automática

Depois de testar e aprovar, faz sentido colocar o Proximity na sua lista de itens de início de sessão, para que ele execute automaticamente sempre que você fizer logon no Mac.

Os detalhes de como lidar com a lista de itens para início automático serão tema de um artigo futuro, mas vou adiantar o básico para você se virar (e nem é muito difícil): abra as Preferências do Sistema, clique no ícone Contas, selecione o seu usuário e clique na aba "Itens de In. de Sessão", para exibir a tela a seguir:

Na tela acima, clique no botão com o sinal de "+", navegue até a sua pasta de Aplicativos, selecione nela o Proximity e clique em Adicionar. Com isso, o Proximity passará a rodar automaticamente a cada nova inicialização.

Opcional: alterando os scripts

O procedimento de configuração do Proximity acaba no passo acima, mas os curiosos podem ver abaixo o código de um dos 2 scripts (o de ativação) na íntegra:

AppleScript não é uma linguagem complicada (embora seja cheia de idiossincrasias), e as versões do meu script que constam no ZIP para download são editáveis - se quiser modificá-las basta abri-las no AppleScript Editor do seu Mac.

Existem scripts do Proximity bem mais elaborados por aí, e o meu se limita a abrir o screensaver, pausar o iTunes e colocar todas as contas do Adium em away - desfazendo tudo isso no retorno. Entre as outras alternativas, um dos meus scripts preferidos é este do lalcan que gerencia o Adium, o Skype, o iTunes (com direito a fade-out e fade-in do áudio) e a proteção de tela (com senha - em uma implementação de cuja segurança eu discordo).

Pro pessoal da tradição Unix, se quiserem chamar um shell script basta escrever um AppleScript de uma única linha fazendo uso do comando "do shell script" para executar o seu script.

Altere meu script à vontade para controlar os seus aplicativos favoritos, mas desde já preciso avisar: não posso oferecer suporte nem garantia! Para saber mais sobre a linguagem usada no script, recomendo começar pela leitura do AppleScript: The Missing Manual (um pouco datado mas com boa didática).

TweetDeck novo vem aí - para iPhone e iPad

O TweetDeck é a melhor app para twitter no Mac, iPhone e iPad na minha opinião - o que a cada dia se torna uma afirmação mais complicada de sustentar, tendo em vista seus inúmeros pontos fracos e o avanço da concorrência, incluindo as apps oficiais do próprio Twitter e várias outras feitas por terceiros.

A questão é que eu mantenho 4 perfis diferentes no Twitter (@augustocc, @brmacblog, @efetividadeblog e @brlinuxblog), e a forma como o Tweetdeck os apresenta simultaneamente em colunas, com possibilidade de acompanhar simultaneamente menções, DMs, buscas e outras categorias de serviço do Twitter me oferece algo que ainda não encontrei na concorrência.

Mas o que é tranquilo para quem só mantém uma conta no Twitter, e gerenciável para quem tem duas, acaba não sendo uma solução tão boa para quem tem mais que isso, ou acompanha múltiplas buscas em tempo real: a profusão de colunas (no meu caso são 16 na tela do Mac do home office, e 6 no iPhone) com rolagem lateral e notificações, embora seja melhor que a ausência de solução da maior parte da concorrência, está longe de ser uma alternativa ideal de interface.

A novidade começa pelo Android

Mas quando saiu a versão do TweetDeck para Android, em agosto do ano passado, usuários do aplicativo em outras plataformas perceberam que o vento das mudanças começava a soprar.

Isso porque o TweetDeck lançado para Android tinha alguns recursos adicionais, claramente evolutivos em relação ao que já estava (e continua) disponível nas plataformas que foram atendidas por primeiro (iOS, Mac, Linux e Windows), incluindo:

  • Coluna Eu ("Me Column")
  • Visão detalhada
  • Colunas mistas
  • Suporte melhorado a múltiplas contas do Twitter e aos erros do servidor
  • Upload de vídeos
  • Melhor integração com o sistema

Sendo que as colunas mistas são uma melhoria tão importante na interação com o usuário, que mereceram a menção em negrito acima: trata-se da possibilidade de definir múltiplos conteúdos para ocupar uma mesma coluna física, gerando assim uma timeline virtual com códigos de cores permitindo identificar a origem de cada post.

A Coluna Eu também é uma novidade interessante, pois reune automaticamente todas as atividades feitas por você mesmo: seus posts no Twitter, no Facebook, suas respostas, etc.

A forma como foi implementada a visão detalhada também me agrada muito: ao clicar em uma mensagem para vêla isoladamente, o aplicativo já se encarrega de buscar outros conteúdos relacionados (por exemplo, uma imagem cuja URL estava mencionada no texto) e exibir junto, permitindo uma visão mais ampla com poucos cliques e sem sair do TweetDeck.

Novos recursos a caminho do iPhone e iPad

Após tantos meses, era de se esperar que os desenvolvedores estivessem preparando algo de interessante para as plataformas não-Android suportadas pelo TweetDeck, e eis que chegou a confirmação oficial da nova versão para os dispositivos com iOS (iPhone, iPad, iPod touch), que deve ser lançada nas próximas semanas e foi construída "do zero", aproveitando a experiência adquirida com a versão androidiana.

Entre as novidades desta versão, já se sabe que o suporte à resolução de vídeo superior do iPhone 4 (Retina Display ) e a presença das colunas mistas flexíveis (dá de misturar na mesma coluna até mesmo serviços diferentes, como as DMs do Twitter e a Wall do Facebook, por exemplo) estarão disponíveis desde o lançamento.

Eu já estou na fila para fazer o download assim que lançarem uma versão pública (por enquanto está em testes restritos para poucos usuários), e na torcida para que a atual versão em Adobe Air (para Mac, Linux e Windows) também seja sucedida em breve por versões nativas e reforçadas com as novas funcionalidades.

Enquanto isso não acontece, aproveito para perguntar: qual a sua app de Twitter preferida, e quais os pontos fortes dela na sua opinião?

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