O OS X, você sabe, é um sistema UNIX oficialmente certificado, e descendente do FreeBSD, cujo co-fundador Jordan Hubbard embarcou na Apple desde 2001, mas agora está de saída.

Com cargos como Diretor de Tecnologia UNIX desde 2005 na Apple, ele não cuidava só do OS X diretamente, mas também do Darwin em si (o projeto open source que é descendente direto do FreeBSD e que fornece boa parte dos componentes UNIX do OS X e do iOS), de vários outros ports (incluindo a coleção MacPorts), e das contribuições de código que a Apple devolveu ao FreeBSD (como o Grand Central Dispatch, por exemplo).

O significado da saída de Jordan Hubbard para a Apple é difícil de avaliar, inclusive porque na descrição técnica do OS X Mavericks, próxima versão do sistema operacional, os seus componentes UNIX continuam tão valorizados como sempre.

É de se esperar, portanto, que logo saberemos de outra pessoa que assumirá por lá o papel de liderar o desenvolvimento de tecnologias originárias do BSD e Unix para o iOS e OS X, modernizar a plataforma com atenção à segurança e ao desempenho, e promover os interesses em comum entre diversos projetos open source e a Apple.

Quanto ao futuro de Jordan Hubbard, já sabemos: a partir de 15 de julho ele vai liderar a engenharia e desenvolvimento na iXsystems, incluindo assumir as rédeas do FreeNAS (o popular sistema open source de armazenamento, baseado no FreeBSD) e do TrueNAS.

Trata-se de um retorno: a iXsystems nasceu a partir de 2 dinossauros: a BSDi e a Walnut Creek CD-ROM, e Jordan trabalhou em ambas antes de se juntar à Apple. A empresa contribui ativamente com o FreeBSD e até o representa em eventos, e agora o co-fundador do projeto poderá participar ativamente deste processo também.

Não é uma possibilidade na qual eu acredite, mas seria interessante no futuro noticiar como consequência dessa mudança a adoção de elementos do FreeNAS no sistema de armazenamento em rede da Apple, o Time Capsule.

VPN é uma conexão direta e criptografada entre 2 computadores por meio da Internet aberta. Não faltam maneiras de configurar uma VPN no Mac, mas o iTwin tem a vantagem de ser no estilo plugou, usou.

O funcionamento é simples: você pluga metade do iTwin em um computador seguro (em casa, na rede da empresa, etc. – dependendo do seu cenário), e leva a outra metade no seu MacBook.

Aí, quando acessar a Internet no MacBook a partir de um lugar público ou fora do seu controle, a metade do iTwin presa a ele irá fazer uma conexão direta e criptografada ao computador no qual está plugada a outra metade, e acessar a rede por meio da conexão dele, e não pela conexão pública na qual está fisicamente presente.

Complicado? VPN é mesmo um conceito complexo, mas o essencial é saber que ela preserva a autenticidade, integridade, confidencialidade e outros atributos de segurança do seu MacBook, como se ele estivesse na rede doméstica, apesar de estar em uma rede desconhecida.

Além disso, depois de estabelecida a VPN, eventuais bloqueios e restrições de acesso da rede pública ou externa deixam de interferir no seu acesso, pois o que vale são as permissões da rede na qual você deixou a outra metade do iTwin plugada.

O iTwin Connect não é dos mais baratos e nem fácil de encontrar no Brasil mas, se você quiser experimentar com o conceito de VPN no Mac, não precisa comprar nada mais: pode estudar as opções de criação de interface de rede nas Preferências, como na imagem acima, ou testar o tunnelblick, entre diversas outras alternativas.

Alguns dos paineis de preferências (como o de som e o do monitor) dispõem de atalhos rápidos pelo teclado ou pelos menus, mas para vários dos outros parece que o OS X prefere que você veja primeiro todos os ícones antes de selecionar qual Preferência você quer alterar.

Só que – embora não seja nada óbvio – é fácil criar um atalho direto na Dock para as Preferências que você mais usa. Veja a seguir como fazer.

O primeiro passo é abrir a pasta /System/Library/PreferencePanes. Existem várias formas de fazê-lo, e eu ilustrei acima uma delas, que é ir ao Finder, pressionar Shift+⌘+G e preencher o nome da pasta no campo que irá aparecer, como na imagem acima.

O conteúdo da pasta, como você pode ver acima, são os paineis de Preferências do Sistema: Geral, Dock, Notificações, Mouse, etc. Para criar um atalho de qualquer um deles, basta arrastar o ícone para o local em que você deseja criá-lo, no lado direito da Dock, que é onde podem residir pastas e arquivos. Cuidado para não mover ou remover algum ícone!

No exemplo acima você pode ver que eu arrastei a preferência de Economia de Energia, e a partir daí passo a ter um atalho direto para ela sempre que desejar usar.

Isso conclui nossa dica de hoje mas, caso você tenha curiosidade sobre os atalhos de teclado e de menu para acesso direto a algumas das preferências, aqui vão alguns exemplos:

• Option+teclas de volume: Preferências de som
• Option+☼: Preferências do monitor
• Menu de rede sem fio e de bluetooth: possuem atalhos para abrir diretamente as Preferências respectivas

Neste 3º caso, vale lembrar que as opções extras que aparecem se você pressionar a tecla Option antes de clicar no ícone correspondente na barra de menus, aparecerão opções extras que talvez até tornem desnecessário recorrer às Preferências ツ

Uma promoção tipo bundle (pacotão), mas com um ingrediente diferente: de um conjunto de 30 apps, você escolhe as 10 que deseja levar, pagando preço fixo de US$ 50 pelo conjunto.

A lista de 30 apps do Pick a Bundle não é composta por pesos-pesados, mas tem vários nomes conhecidos, como você pode ver na imagem a seguir:

Alguns nomes interessantes na promoção: KeyCue (acesso facilitado a atalhos), TotalFinder (que antecipou em anos as novidades do Finder do OS X Mavericks), Typinator (permite definir expansões automáticas de digitação), TotalSpaces e mais.

Vários dos apps da promoção têm preço individual normal acima dos US$ 30, e alguns sozinhos chegam a custar o preço do pacote inteiro. Portanto, se você tem utilidade para 2 ou 3 deles, é possível que valha a pena investir num pacote que os inclua, juntamente com outros à sua escolha. Aproveite.

Um técnico com certificação em manutenção da Apple e 25 anos de experiência no ramo compartilha suas dicas para evitar que MacBooks e outros Macs esquentem demais.

Chris Barylick escreve regularmente para a MacWorld, onde compartilha dicas baseadas na sua experiência de décadas resolvendo e prevenindo problemas em equipamentos da Apple, e recentemente ele explicou por lá o que fazer quando o Mac esquenta demais.

Prevenir é melhor do que remediar

Aquecimento é uma circunstância comum em computadores, e geralmente se amplia quando eles são compactos (devido à dificuldade de ventilar). Mas há várias formas de preveni-lo, reduzi-lo ou mesmo consertar a causa, quando ele se torna indevidamente frequente.

No artigo, o técnico lembra que – embora os Macs modernos desliguem automaticamente em boa parte das situações de superaquecimento – operar por muito tempo em temperaturas elevadas pode causar efeitos permanentes sobre o seu Mac, inclusive reduzir a duração da bateria do MacBook.

A primeira dica do Chris é instalar um app de monitoramento, como o iStat Menus (que eu também recomendo, mas por outros motivos), que permite consultar e acompanhar os dados dos diversos sensores de temperatura do seu Mac, e ajuda a identificar inclusive em qual componente ou região o aquecimento ocorre.

Vale lembrar a dica da documentação da Apple: os apps informam a temperatura no sensor, e não a do gabinete (que é a que você sente ao tocar no equipamento). Os números são úteis, mas não confunda o seu significado.

A segunda dica de prevenção é dar atenção à ventilação. Segundo ele, a distância ideal de uma máquina desktop em relação à parede é 45cm, e no caso dos MacBooks é importante tomar cuidado ao usá-los sobre superfícies macias (como almofadas, colchas e similares), pois elas podem dificultar bastante a ventilação – ainda mais considerando que atividades de lazer como assistir a filmes ou jogar costumam ser causadoras de operação intensa do equipamento.

A Apple esclarece que a saída de ar quente dos MacBooks é na parte traseira, e nos iMacs é uma ranhura na parte superior traseira, e é especialmente importante não obstrui-las nem limitar a circulação do ar que sai delas.

A dica final de prevenção é manter o sistema atualizado, especialmente quanto ao firmware. Correções e atualizações frequentemente levam em conta situações causadoras de aquecimento, e é muito mais simples (e barato) manter o Mac atualizado do que deixá-lo aquecendo demais.

Correções para o problema

Se o seu Mac estiver com algum problema físico causador de superaquecimento, o Chris também oferece 3 dicas de solução. Ele diz que elas estão ao alcance de usuários e sugere vídeos de como fazer, mas eu não iria tão longe na sugestão.

As dicas dele são:

1. Remover o acúmulo de poeira no interior do equipamento;
2. Substituir a ventoinha se ela não estiver operando bem;
3. Substituir a pasta térmica;

Cada um pode avaliar sua aptidão para realizar operações que exigem abrir (e depois conseguir fechar) o gabinete de um notebook, mas se você tiver dúvida, no mínimo busque o acompanhamento e orientação de um técnico capacitado.

Além das dicas do Chris, veja também esses guias oficiais da Apple:

• Saiba mais sobre as ventoinhas do seu Mac
• Notebooks Mac: temperatura operacional

Quando foi a última vez que você fechou o QuickTime após assistir um vídeo e pensou: "como seria bom se esse vídeo reabrisse automaticamente na próxima vez que eu rodasse o QuickTime"?

E qual o potencial de risco que você atribui à possibilidade de acidentalmente mostrar um vídeo do seu casamento anterior para a atual namorada, ou da campanha do concorrente para um novo cliente, ou de um clip do Brujeria para a sua avó?

Se a primeira resposta foi "nunca" e a segunda não foi "baixo", a dica a seguir é para você: para fazer o QuickTime parar com o hábito de reabrir o vídeo que estava aberto na sua execução anterior, basta abrir o Terminal e usar o comando a seguir:

defaults write com.apple.QuickTimePlayerX NSQuitAlwaysKeepsWindows -bool false

Se um dia você quiser reativar o comportamento potencialmente embaraçoso, basta repetir o mesmo comando, mas trocando o false por true

Bônus: para fazer o mesmo com o Preview (Pré-Visualização), o comando é:

defaults write com.apple.Preview NSQuitAlwaysKeepsWindows -bool false

E para reativar o recurso no Preview, também basta repetir o mesmo comando, mas trocando o false por true