Jailbreak do iPhone: o iOS 7 vai torná-lo obsoleto?

Atendendo ao disposto na Lei de Betteridge, a resposta à pergunta do título tem que ser "não" – mas eu entendo a razão de ter visto várias pessoas dizerem que acreditam que sim.

Quero começar deixando claro que eu nunca fiz jailbreak de nenhum iPhone. Entendo a razão de quem faz, acho bem interessante existir a possibilidade (exceto quando a intenção é distribuir cópias não-autorizadas de apps), reconheço a utilidade de vários apps que só funcionam com jailbreak mas... minhas demandas de funcionalidade nativa de smartphones são modestas e jamais exigiram esse passo.

Mesmo não chegando ao ponto de justificar, para mim, o esforço do desbloqueio, havia um ou outro app exclusivo do jailbreak que eu torcia para um dia se tornar disponível no iOS em sua configuração default, incluindo:

  • o SBSettings (imagem acima), que permite controlar vários recursos do iPhone sem ter de navegar no app de Ajustes,
  • o Auxo, que mostra a tela ativa de cada app na hora de alternar entre apps que estão em execução, e
  • o Intelliscreen, que permite colocar bem mais informações úteis na tela de notificações do iOS.

Só que quem acompanhou as notícias do anúncio do iOS 7, há 2 semanas (com previsão de lançamento para a primavera deste ano) percebeu que boa parte das funcionalidades mencionadas acima foram incorporadas ao iOS.

Na imagem acima, por exemplo, você vê a nova Central de Controle, que coloca a um gesto multitoque de distância boa parte das funcionalidades do SBSettings: habilitar e desabilitar o modo avião, WiFi, Bluetooth e Não Perturbe; travar a orientação; ajustar o brilho da tela; controlar a execução de músicas; realizar conexões AirPlay; acessar a lanterna, o cronômetro, a calculadora e a câmera.

O novo controle de apps multitarefa também traz a essência do Auxo, mostrando a tela de cada app em execução na hora de alternar. E a Central de Notificações renovada melhorou bastante o layout e o conjunto de informações expostas, embora ainda esteja distante do Intelliscreen.

Mas se esses estão entre os recursos mais populares do mundo do jailbreak hoje, não tenho dúvida de que, quando conseguirem destravar o iOS 7, haverá desenvolvedores com criatividade e domínio técnico para oferecer recursos a mais. Tomara que o que eles fizerem de melhor influencie o iOS 8.

Aliás, por falar em iOS 8... ei, Apple, que tal dar uma olhada nos recursos de personalização da interface oferecidos pelo Dreamboard e nos controles disponibilizados pelo Activator? ツ

Ditto: um outro comando para copiar diretórios inteiros no Mac

Fãs do Terminal e da shell que chegam ao OS X vindos de outros sistemas Unix (ou Unix-like, como as distribuições Linux em geral) podem não ter ouvido falar no comando ditto, que vem pré-instalado no Mac. Mas a sua funcionalidade pode ser bem útil: ele cria cópias completas (incluindo atributos específicos do filesystem do Mac) de um diretório, incluindo seus subdiretórios e arquivos.

Um exemplo simples de uso seria ditto foo bar, que cria um diretório bar, vizinho ao diretório foo, com cópia de todo o conteúdo deste. Note que o tratamento da hierarquia é diferente do que ocorre no tar e no cp -R, porque o diretório-pai não é incluído na cópia, e porque um cp -R foo bar criaria uma cópia do diretório foo, com o mesmo nome, dentro do diretório bar.

Mas isso não é tudo que o ditto faz: ele também pode criar cópias compactadas (Zip, CPIO+gzip ou CPIO+bzip2) e tem uma série de opções que podem ajudar a evitar ter de recorrer a um find, tar ou rsync nas suas operações. Use man ditto para ver os detalhes.

Música: Apple faz promoção dos mais vendidos na iTunes Store brasileira

Uma seleção dos discos mais vendidos na loja brasileira do iTunes está em promoção, a US$ 5 cada, de hoje até o próximo final de semana. Estar entre os mais vendidos não quer dizer que você vai gostar, mas a lista inclui David Bowie, Strokes, John Mayer, Armin van Buuren, Sambô e mais.

Tchau AFP: Apple adota SMB como protocolo default para compartilhamento de arquivos - até entre Macs

O compartilhamento de arquivos, pastas e discos nas redes Apple se baseia nos serviços do AFP (Apple Filing Protocol) desde os anos 80, quando era parte da família AppleTalk.

Os anos passaram, há muito não ouvimos falar em AppleTalk, os Macs passaram a usar um sistema operacional Unix, a Internet popularizou o TCP/IP em redes locais, e o AFP continuou lá, implementado no OS X, agora usando o TCP/IP como transporte, firme e forte como solução default.

Faz tempo que o AFP não é mais a única solução suportada, entretanto: outros protocolos de arquivos estão disponível no OS X há um bom tempo, incluindo NFS, FTP, WebDAV e SMB.

Este último, popular entre usuários de Unix (e clones, como o Linux) pela implementação em software livre denominada Samba, também tem história longa: nascido na IBM, foi adotado pela Microsoft no início dos anos 90 para uso no OS/2, depois virou solução default do Windows, também adotou o TCP/IP como transporte, e hoje certamente é a solução mais frequente (incluindo as versões SMB2 e SMB3, das edições mais recentes do Windows) para compartilhamento de arquivos em redes corporativas.

A Apple deu acesso a compartilhamentos SMB por muito tempo (a partir do OS X 10.2, para ser preciso) usando o Samba, mas mudanças de licenciamento do projeto fizeram com que ela optasse por desenvolver seu próprio suporte, na forma do SMBX, que substituiu o Samba a partir do OS X Lion.

A partir do OS X Mavericks, cujo lançamento está previsto para a primavera, haverá uma inversão de papeis: o AFP passa a ser coadjuvante, disponível apenas para a conexão com Macs mais antigos, e o SMB passa a ser a solução default para a conexão entre Macs, e também para a conexão de clientes Windows. Segundo a descrição oficial da Apple, trata-se de uma solução mais segura, com grande desempenho (fazendo uso de recursos disponíveis nas redes mais recentes) e que melhora a compatibilidade com o Windows.

Para mim é uma mudança bem-vinda: o SMB é tão difundido que foi objeto de ordem da União Europeia à Microsoft para que disponibilizasse todas as informações necessárias para sua correta implementação em projetos externos, e é o protocolo default de compartilhamento em todas as redes corporativas a que tenho acesso. Já o AFP... para mim sempre foi apenas uma curiosidade, no que diz respeito ao uso prático fora de redes puramente Apple.

Se você quiser saber mais sobre o suporte ao SMB2 (que, por uma complexidade de nomenclatura, inclui também o SMB3) no OS X Mavericks , leia a página 21 desta apresentação inicial da tecnologia interna no novo OS X.

5 wallpapers fantásticos para os iPads com tela retina

Se você tem um iPad 3 ("novo iPad") ou um iPad 4 ("iPad com tela Retina"), não deixe de visitar essa pequena mas caprichada coleção de wallpapers em alta resolução, todos em 2048x2048px e prontos para a tela Retina dos iPads, publicada pelo 9to5ipad.

Eu ia começar este texto dizendo "não costumo publicar posts sobre wallpapers aqui", mas nem é mais verdade, já postei links para boas coleções antes: 3 wallpapers sensacionais para começar bem a semana, Wallpapers em alta resolução para o Novo iPad (ou seu computador!), Wallpapers para iPad e Mac: decore seu desktop com a National Geographic.

Como virtualizar o beta do OS X Mavericks no Parallels

Se você é desenvolvedor, tem acesso ao beta do recém-anunciado (e previsto para a primavera) OS X Mavericks, mas não deseja fazer profundas alterações no seu Mac, atenção: não dá de instalar o Mavericks em uma máquina virtual nova na versão corrente do Parallels, mas a documentação oficial já foi atualizada para explicar que dá para fazer upgrade de uma máquina virtual existente com outra versão do OS X, e assim rodar o Mavericks virtualizado.

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