Troquei meu MacBook por um iPad há 1 ano e gostei

Um programador trocou o notebook por um iPad (com teclado externo...) há um ano para fazer uma experiência, nunca mais voltou atrás, e conta a razão.

Nós já comentamos sobre ele antes (no artigo "iPad no trabalho: como 2 jornalistas e 1 programador transformaram o tablet em seu principal computador"), mas na época a migração ainda era experimental e estava em seu primeiro mês.

Hoje é uma firme decisão, e o processo de adoção do iPad foi tão completo que, embora uma mamadeira em alta velocidade tenha quebrado a tela do seu notebook há meses, ele ainda não se deu ao trabalho de providenciar o conserto, pois depois da troca pelo iPad não tem mais demanda pelo uso do MacBook.

O caso dele é bem específico, mas interessa porque demonstra quais são os pontos positivos de adotar o iPad no lugar do computador que se usa para trabalhar, e como é possível (e pode valer a pena) contornar as limitações.

Os pontos positivos que ele menciona começam pelos de sempre: bateria para 10h de uso, conectividade, leveza (no caso dele, o conjunto tem mais do que o peso do iPad: ele usa um suporte para posicionar a tela, e um teclado sem fio da Apple), preço baixo o suficiente para ele se preocupar bem menos com possíveis danos causados pelo ambiente.

Mas o destaque positivo que ele dá é o da portabilidade de operação, ou seja, a possibilidade de colocar o equipamento para funcionar em quase qualquer lugar. O gráfico acima mostra que isso não reduziu em nada a sua produção após a troca - pelo contrário, ela aumentou tanto no pico quanto na média.

Ele mora na Alemanha e tem poucas preocupações com a segurança e a disponibilidade de 3G, e assim pode trabalhar (programando, documentando, participando de reuniões virtuais, etc.) tanto no escritório da empresa, quanto na praça, no restaurante e no ônibus (e em cima de árvores, e em ilhas fluviais, e em varandas exclusivas... onde ele preferir e puder).

Uma parte das suas ferramentas é específica de programadores e outros profissionais tecnológicos, e a outra não. O conjunto inclui: Pages para redigir, Keynote para apresentações, o Safari para aplicativos web, e o iSSH para dar acesso aos serviços de desenvolvimento que ele usa em um servidor contratado no Linode, muitos dos quais acessados por mail do Vim, GNU Screen (e Jump e VNC quando o modo gráfico remoto não pode ser evitado). O iPhone também participa, tanto provendo e compartilhando a conexão 3G, como recebendo alertas e notificações enviados (via Prowl) pelos scripts dele rodando no servidor Linode.

Curiosamente o Safari se constitui no ponto fraco de toda a rotina, segundo ele. As limitações que ele percebe na versão móvel do navegador da Apple não o impedem de fazer seu trabalho, mas limitam o desempenho de vários web apps (incluindo o Google Docs), e fazem-no até mesmo considerar experimentar um tablet da Microsoft em breve, para ver se o restante pode ser feito lá e o IE móvel o atenderá melhor.

Mas este não é o único desafio que o seu iPad enfrentará agora que o segundo ano de adoção já está em curso: a empresa dele acaba de dotá-lo de um notebook configurado especialmente para desenvolvimento CUDA (programação paralela de alto desempenho), e agora ele vai ter uma nova base para servir como termo de comparação. Daqui a um ano imagino que saberemos qual foi o resultado ツ

Saiba mais no artigo do Mark: iPad + Linode, 1 Year Later.

MSN no iPad: tem sim, e é bom - e também tem Gtalk, Facebook Chat, Skype, Jabber e até ICQ

MSN no iPad e iPhone é uma entre várias categorias de bate-papo bastante procuradas: dependendo dos seus contatos, algumas pessoas preferem o chat do Facebook, Google Talk, ICQ, Skype, Jabber e várias outras opções.

O IM+ Pro é uma solução para todas elas. Ele permite cadastrar as suas contas de todos os serviços mencionados acima (e vários outros...) e bater papo com seus amigos usando o iPad, o iPhone ou o iPod Touch.

Além do tradicional chat em texto, dependendo do serviço ele permite também enviar fotos, vídeos e até notas de voz. Ele mostra quando a outra pessoa está digitando e, no caso de serviços com o necessário suporte (Skype, MSN, AIM e ICQ), ele também permite a conversa em grupos.

Entre os recursos típicos de dispositivos móveis, ele também permite sincronizar (via iCloud) as suas preferências e configurações de contas entre vários dispositivos, tem um recurso de definir mensagens de status dependendo da sua localização geográfica, e a possibilidade (por meio de uma conta do serviço Neighbors, que não testei) de procurar contatos que estejam próximos da sua localização atual.

A interface é em português, e as opções (bastante variadas) são fáceis de localizar e usar. O cadastramento das contas também é bem simples: testei com contas do MSN e do Gtalk, e em ambos os casos bastou selecionar o serviço, informar o login e a senha.

Ao conectar, a conversação é bem mais natural do que outros apps de bate-papo que testei anteriormente: a lista de contatos online e offline é exibida e você pode abrir chats com qualquer um deles, definir seu status, etc.

E um detalhe interessante: o preço normal do IM+ Pro é ~US$ 10 e no final de semana passado entrou em promoção a ~US$ 2. Minha sugestão: faça um teste com a versão gratuita IM+ e, se aprovar, aproveite o preço especial do IM+ Pro!

iPad como monitor externo do seu computador: iDisplay em promoção na App Store

Com o app iDisplay é possível fazer o iPad ou iPhone servirem como um monitor adicional (e touchscreen) para seu computador.

Usar um monitor adicional pode ser um grande apoio para a produtividade, seja para deixr aberta uma ferramenta adicional, ou o comunicador instantâneo, ou um arquivo de referência, etc. Eu uso com frequência, e dependendo da situação recorro até mesmo a um terceiro monitor no Mac, com a ajuda de um adaptador USB especial.

Com o uso de um app como o iDisplay, entretanto, o iPad (ou mesmo o iPhone e o iPod Touch) pode fazer o papel de monitor externo.

Não é a mesma coisa que um monitor conectado fisicamente ao computador: a imagem trafega pela sua rede sem fio (com impacto na velocidade de atualização da tela), mas em compensação os recursos de touchscrren do iPad são aproveitados.

Como tenho monitor externo, nunca me interessei por apps do ramo, mas a promoção que baixou o preço do iDisplay de ~US$ 5 para US$ 2 me fez arriscar, e valeu a pena: agora tenho monitores externos à disposição quando estiver fora do escritório.

Para usar é necessário instalar um app complementar gratuito no Mac (também tem versão para Windows), que após o primeiro reboot me deu um susto ao desconfigurar a resolução do monitor do MacBook - mas a solução foi simples, em Preferências do Sistema | Monitores. Vale mencionar que o app que eu instalei no Mountain Lion foi feito e testado no Lion, então talvez seja algo relacionado à versão – mas fora isso, funcionou.

Com o app instalado e rodando no Mac, basta abrir o app no iPad, selecionar o Mac, autorizar o iPad no próprio Mac, e pronto: seu desktop será expandido, e você poderá mover o ponteiro do mouse (ou arrastar uma janela) até a tela do iPad simplesmente arrastando-o até a extremidade da tela.

O app tem vários modos de operação (extensão, espelhamento ou janela única), e permite até mesmo conectar vários iPads (ou iPhones, etc.) a um mesmo Mac simultaneamente. Meus testes foram limitados, mas aprovei para meu próprio uso, e por isso indico: iDisplay, em promoção a US$ 1,99 na App Store.

Bateria do iPad: prolongando a vida útil do seu tablet

Fazer a bateria do iPad ter uma vida mais longa é possível, e exige apenas medidas simples e alguns cuidados especiais.

É uma pena ver um iPad com sua vida útil encurtada ou prejudicada devido à ausência da atenção necessária à bateria, e o quadro fica mais triste ao perceber que os cuidados necessários são simples, e que muita gente faz exatamente o contrário do que deveria, por seguir conselhos desatualizados ou errados que há muito são divulgados.

Atenção à temperatura

A bateria do iPad é bastante similar, quanto aos materias e tecnologias, à dos MacBooks. São baterias de polímeros de íon de lítio, e os cuidados recomendados para umas servem quase igualmente para as outras, embora com diferenças devido às suas maneiras típicas de atuação.

O primeiro cuidado que a Apple destaca é o da temperatura: a bateria dos iPads é projetada para operar entre 0 e 35°C, e quanto mais próximo a 22°C melhor. Deixá-lo guardado em um carro no verão, ou expô-lo ao calor do sol, são mencionados especificamente como comportamentos que reduzem a capacidade da bateria.

Para deixar bem claro: as instruções oficiais alertam que armazenar ou usar o iPad acima da temperatura recomendada pode causar dano permanente à durabilidade da bateria, e carregá-lo nessas condições pode causar mais dano ainda.

E uma recomendação importante para o caso do iPad especificamente: se você o armazena em um estojo ou case, verifique se isso não faz com que ele aqueça na hora de carregar. Se fizer, a Apple recomenda: tire-o da capa antes de carregar.

Exercite a bateria regularmente

Usar a carga com alguma frequência também é importante, evitando deixar o iPad muito tempo sem uso, e também evitando deixá-lo permanentemente conectado ao carregador. N caso do iPad, o ideal é que a cada mês ocorra ao menos um ciclo completo de carregamento e descarregamento. Se for deixá-lo guardado por longo tempo, guarde-o com 50% de carga da bateria (nunca cheia), e evite deixar por tempo suficiente para ela descarregar por completo.

Se usar o iPad em uma dock ou outra situação estática, não use frequentemente a carga até o fim sem necessidade. A bateria está ali à sua disposição para ser usada até o fim sempre que você precisar, mas se for cômodo deixar o iPad conectado a um carregador, prefira usá-lo (mas não 100% do tempo, como vimos acima: neste tipo de situação, deixe a bateria completar ao menos um ciclo de carga por mês).

O "efeito memória" é um temor antigo que não se aplica às baterias de polímero de íon de lítio, e prevenir-se contra ele é até danoso pois tende a causar mais ciclos de descarga, portanto vou ser claro: você pode começar a recarregar sua bateria do iPad a qualquer momento, não é necessário aguardar que ela se descarregue.

Ciclos de carga

Assim como no caso dos MacBooks, o número de ciclos de carregamento e descarregamento também é um dos principais determinantes da durabilidade da bateria. Um ciclo de carga corresponde a usar toda a capacidade da bateria, mas isto não quer dizer necessariamente uma única carga, ou em um único dia.

Por exemplo, você pode usar 60% da carga do seu iPad hoje, e então recarregá-lo totalmente. Se você usar mais 40% da carga amanhã, isto contará como um ciclo de carga.

A cada ciclo de carga completado, diminui ligeiramente a capacidade da bateria, e a informação oficial da Apple é de que espera-se que a capacidade de uma bateria bem mantida corresponda a 80% da original quando o iPad chega a 1000 ciclos de carga.

Em caso de problemas com a bateria, lembre-se de que a garantia do iPad, válida por um ano, inclui a cobertura para substituição em caso de bateria defeituosa. Se você contratar um plano AppleCare, pode expandir por até 2 anos essa cobertura. No caso do iPad, durante o período de garantia do produto, a Apple substituirá a bateria se ela estiver com 50% ou menos da sua capacidade original.

São essas as dicas para aumentar a vida útil das baterias do iPad, baseadas nas recomendações oficiais da Apple. Se alguém lhe indicar algo diferente, não deixe de antes comparar com as recomendações do fabricante, que provavelmente entende bastante do funcionamento dos equipamentos que vende ツ

Promoção diferente: 9 apps para Mac, e você escolhe quanto quer pagar

Nesta promoção, você pode escolher quanto quer pagar para comprar um conjunto de 9 apps para Mac cujo preço total se compradas separadamente é US$ 340.

Para receber todos os 9 apps do Name Your Own Price Mac Bundle, entretanto, você tem que pagar mais do que a média dos demais compradores, e no momento em que eu escrevo isso corresponde a pagar no mínimo US$ 12,36.

E o preço recomendado pelos promotores é US$ 49, que corresponde a um desconto de 85% em relação ao preço total.

Copiando mais uma página do bem-sucedido manual do Humble Indie Bundle, que há anos aplica este mesmo modelo à venda de jogos de produtores independentes, o Name Your Own Price Mac Bundle doa 10% do seu pagamento a uma entidade beneficente, à sua escolha entre as 3 que constam na página da promoção (relacionadas à liberdade na Internet, à defesa da água e à luta contra o câncer).

Os 9 apps participantes da promoção são:

  • MacFlux 4 – para web design
  • Typinator – atalhos de teclado
  • ForkLift 2 – gerenciamento de arquivos
  • skEdit – editor web e HTML rápido e fácil
  • Jaksta Music Converter – conversor de músicas
  • MacCleanse 3 – se propõe a liberar espaço em disco
  • iDocument – gerenciador de documentos
  • iClip – gerenciador da clipboard
  • Sparkbox – gerenciador e organizador de inspirações visuais

Se a lista acima inclui apps que você deseja, agora é só escolher o seu preço ツ

Agradecemos ao Hugo Doria pelo envio do link!

Growl 2.0 chegou trazendo suporte oficial ao Notification Center do OS X

O Growl é um sistema de notificações adotado por centenas de apps do Mac, que antecipou em vários anos as funcionalidades gerais incluídas na Central de Notificações do OS X a partir da versão 10.8 Mountain Lion, permitindo a um app enviar discretas mensagens ao usuário mesmo quando não está em primeiro plano, para avisar do final de alguma operação, de algum evento imprevisto, da disponibilidade de algum recurso, etc.

Durante muitos anos o Growl constou em praticamente todas as listas de apps essenciais para instalar em um novo Mac. O novo Notification Center integrado ao sistema operacional é um concorrente forte (especialmente quando mais apps passarem a suportá-lo), mas o Growl não jogou a toalha e, num primeiro passo para se reposicionar adequadamente, acaba de lançar sua versão 2.0.

A principal novidade é justamente o suporte ao Notification Center como uma das maneiras de exibir as mensagens que os apps enviam ao Growl. Este suporte, se ativado, desativa os ricos recursos visuais próprios do Growl e simplesmente envia os dados para o sistema operacional exibir, como algumas extensões previamente divulgadas já vinham permitindo na versão anterior.

Há outras novidades (incluindo novos recursos para os desenvolvedores de apps, que quando adotados permitirão que seus ícones sejam exibidos também via Notification Center, entre outros recursos), mas para mim o que fica evidente é a ênfase pelos diferencias do Growl, como configurar ações adicionais (envio de uma mensagem por e-mail, de um alerta ao celular via Prowl ou Boxcar, entre outros) ao receber determinadas mensagens dos aplicativos.

A batalha que o Growl tem pela frente não é fácil e nem vai ser de curta duração, mas ele me prestou bons serviços e eu continuo usando. Espero que eles encontrem uma estratégia que continue justificando esta opção e até a adoção por novos usuários. Boa sorte!

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