Melhor editor de texto para iPad: edição 2013

Se você escreve no iPad, eu recomendo o Write ou o Editorial. Definir o melhor editor de textos do iPad é difícil, porque há várias boas opções, e elas se alternam na primeira posição.

O melhor editor de texto no meu iPad já foi o Writeroom (em 2011), depois passou a ser o Writing Kit (em 2012) e – felizmente, porque competição também gera evolução – mudou de novo em 2013, para uma parelha: Write e Editorial.

Editar texto no iPad para mim é uma operação bem diferente do que no desktop: saem de cena os recursos usuais de formatação visual ("estilo Word"), e entra a edição de texto puro (TXT) ou estruturado (HTML ou MarkDown), para os quais a interface baseada em toque e em visualizações full screen (sem janelas) já está suficientemente adequada.

Até o ano passado eu usava um mesmo app para ambas as operações (texto simples e texto estruturado), mas a evolução desse mercado me fez optar por diversificar, e agora prefiro o Write para editar textos puros e o Editorial para textos estruturados.

O Write provavelmente atenderá bem às suas demandas de edição de anotações, lembretes, registros de aula, resumos e outros textos com pouca estruturação.

Ele tem a mais importante característica para um editor ser prático: abre diretamente em modo de edição, é só clicar no ícone e começar a digitar, sem fazer opções, escolher nomes de arquivo, onde será gravado, etc. – tudo isso pode ficar para depois que você escrever a ideia que tinha na cabeça e o fez clicar no ícone.

Mas ele não é só prático: é também confortável, com uma interface bem limpa (acima você vê como ela é no iPhone), suporte ao TextExpander Touch, controle do cursor via trackpad virtual, gestos para salvar e apagar e modo noturno, entre outros recursos. E não é porque eu não o uso para editar texto em MarkDown que ele não se aplica a isso: não só suporta, como tem uma fileira adicional (opcional) no teclado para as tags.

Além de prático e confortável, o Write também é bom em compartilhar: ele grava os textos no Dropbox ou iCloud, exporta para Evernote e GDrive, sabe operar em modo offline, tem suporte a pastas, função QuickLook, função para gerar rapidamente um link de compartilhamento do seu texto via Dropbox, e VINTE E CINCO ações de exportação: como página web, como e-mail, como SMS, como lembrete, via Facebook, Twitter, Pastebin, impresso e mais.

Ele também foi pioneiro em executar bem o sonho do viajante que tem iPhone e iPad: usar um aparelho como se fosse o teclado para o outro (imagem acima) ou como central de pesquisa on-line que cola as URLs ou trechos de texto no texto que está aberto no outro.

Enquanto o Write é a minha escolha para texto simples, a opção por um editor para escrever texto estruturado (como este artigo que você está lendo, com subtítulos, imagens, links...) para mim envolve atenção a todo um fluxo de trabalho. Escrever um artigo envolve pesquisa, envolve recursos de formatação e de estruturação, opções que são fáceis de fazer – inclusive em paralelo e de forma automatizada – no desktop, mas ainda estão em sua infância nos tablets.

Até o ano passado o Writing Kit era o campeão nisso, mas um lançamento recente mudou tudo: o Editorial.

O lançamento do Editorial foi acompanhado da publicação pelo Federico Viticci de um review que vale por um manual, e é merecido: além de poder ser usado como um editor de texto estruturado "simples", o Editorial inaugura um novo grau de automação, com suporte nativo a workflows com um "dicionário" de 50 ações, e scripts escritos em Python para conectar o editor a outros apps, obter, processar, formatar e enviar dados – algo que talvez não seja o seu perfil, mas certamente é o de vários autores tecnológicos.

Ele também tem vários recursos adicionais que interessam a autores menos ambiciosos: preview da formatação e estruturação no próprio app, navegador interno para poder fazer pesquisas sem sair do app, entre outros. A fileira adicional de teclado e o controle avançado de cursor está presente. O suporte ao Dropbox é caprichado, permitindo até mesmo navegar entre diferentes versões de um mesmo documento.

O Editorial foi muito bem recebido por várias referências em produtividade pessoal. Mal comecei a arranhar seu potencial, e a realidade que prevejo é que, assim que eu dominá-lo, outros editores (incluindo nomes clássicos – quem sabe o Byword, o Elements ou o iA Writer?) já estarão incluindo recursos avançados de automação de fluxos de trabalho como os que o Editorial inaugurou.

O Write for iPad custa US$ 1,99 e o Editorial custa US$ 4,99 na data em que escrevo.

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