NeoOffice 3.2.1: "Office para Mac", agora com suporte aos novos recursos do Lion

Office para Mac é uma busca comum a quase todo usuário que chega aos sistemas da Apple, que logo encontra sua resposta: além do próprio Microsoft Office para Mac que popularizou este nome, há uma série de outras soluções, incluindo o iWork da Apple (disponível no Mac, iPad e iPhone) e vários derivados do código do OpenOffice (além do próprio) que em algum momento já tiveram versão para Mac: LibreOffice, Lotus Symphony, BROffice e mais.

Em comum eles têm o conjunto básico de aplicativos (processador de textos, planilha, gerenciador de apresentações) e o suporte a determinados formatos de arquivo: todos eles atendem à condição (orientada à solução hegemônica) que me acostumei ver nas manifestações dos novos usuários: "abre arquivos do Word", "abre planilhas do Excel" e "abre apresentações do PowerPoint" - cada um com suas limitações, e também com seus diferenciais e características adicionais, como o suporte aos formatos ODF, por exemplo.

NeoOffice

O NeoOffice é mais um integrante da turma dos derivados do OpenOffice, mas que tem como alvo exclusivamente a plataforma Mac. No ar desde 2003 (quando ainda não havia uma versão do próprio OpenOffice original para Mac), ele busca se destacar dos demais herdeiros do mesmo projeto por buscar oferecer suporte de qualidade superior a uma série de recursos nativos do Mac, em aspectos como o layout de texto, código de impressão e renderização, suporte a travamento de arquivos em volumes locais e de rede, suporte aos Serviços do OS X e mais.

O leitor Manoel Guedes nos avisou hoje pelo Twitter @brmacblog que a versão 2.3.1 do NeoOffice foi lançada. Ele escreveu um breve texto a respeito (obrigado!).

Entre as novidades da versão 3.2.1 do NeoOffice, o destaque natural vai para o suporte aos novos recursos de documentos característicos do OS X Lion: Full Screen, Resume e Versions, sendo que esta última me parece profundamente integrada às necessidades de boa parte das pessoas que editam arquivos e gostariam de ter à mão um histórico de todas as versões e alterações anteriores, sem ter de se preocupar em preservar manualmente cópias em pastas ou com nomes diferentes.

Este mesmo suporte já está disponível no iWork, da Apple, e a Microsoft já anunciou que estará presente em alguma versão futura do seu Office - não estou ciente de que já esteja prestes a chegar a alguma das outras linhagens do OpenOffice.

Open source seletivo

O NeoOffice é descrito como sendo open source (oferece até instruções para quem quiser compilá-lo), e na instalação do NeoOffice a licença exibida e com a qual o usuário precisa concordar é a GPL. Entretanto o seu site oficial só oferece o arquivo do instalador da versão corrente para os membros da sua comunidade, que tenham doado ao menos US$ 10 ao projeto no último ano.

A doação ocorre via PayPal e, no meu caso, teve muito mais característica de pagamento do que de doação, embora eu ache justo retribuir o esforço alheio e já tenha contribuído financeiramente com vários projetos open source (nunca antes como condição para ter acesso ao seu produto, entretanto).

Mas como se trata de código aberto, não tardam a surgir cópias inteiramente legais (desde que respeitem os termos de uso da marca registrada) disponíveis para download gratuito em sites de outros usuários (incluindo o do Manoel Guedes, mencionado acima), cuja integridade você pode verificar pelo hash criptográfico divulgado.

Quanto ao compartilhamento de código e recursos do NeoOffice com outras linhagens do OpenOffice (como o LibreOffice, por exemplo), não se trata de algo impossível, mas os termos atuais já foram obstáculo a ao menos uma tentativa anterior, como detalha esta FAQ.

Contribuí meus US$ 10, acredito que o esforço é meritório, testei (comparando com a versão do LibreOffice que eu tinha) e gostei, provavelmente vou passar a usar como substituto nos casos em que eu vinha usando o LibreOffice, ao menos enquanto este não atualizar seu suporte aos recursos do meu desktop.

Mas minha opinião quanto à questão que abre este artigo não mudou: existem várias opções de "Office para Mac", cada uma com seus pontos fortes e fracos (e várias delas estão listadas acima). Comparar seus recursos e características não é difícil, e aquela que atender às suas demandas (inclusive quanto a curva de aprendizado, preço, licenciamento e outros fatores correlatos) e vencer na sua análise pessoal de custo/benefício é a que merece ser instalada!

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