CEO Tim Cook diz que Apple vai focar mais no Brasil e comenta os números do mercado
A Apple tem tido vários números interessantes para exibir recentemente. Não é o foco do BR-Mac fazer a cobertura do mercado (share, lucratividade, etc.), mas alguns indicadores me chamaram a atenção recentemente:
- A Apple recebeu 1 em cada 5 dólares gastos pelos consumidores dos EUA na aquisição de eletrônicos no trimestre do Natal.
- O preço de cada ação da companhia ultrapassou a marca dos US$ 500 (em dezembro ainda estava abaixo de US$ 400), em uma valorização acelerada que já elevou seu valor de mercado a US$ 468 bilhões.
- O iPad vem batendo o seu clássico rival Galaxy Tab até mesmo na Coreia do Sul, lar da sua fabricante.
Haveria vários outros indicadores para apresentar a situação positiva pela qual a Apple vem passando no mercado, mas este não é nosso foco: os dados acima estão presentes apenas para emoldurar a informação que me chamou a atenção na apresentação voltada aos investidores que o CEO Tim Cook fez hoje na Goldman Sachs:
O faturamento da Apple nos países em desenvolvimento passou de US$ 1,4 bilhões em 2007 a US$ 22 bilhões em 2011. E por países em desenvolvimento, entenda os arredores da China, a Índia, a Europa ocidental, o Oriente Médio, a África e a América Latina, incluindo o Brasil.
A razão desta explosão do faturamento me chamar a atenção não é por admirar o sucesso da empresa, mas sim porque o processo da criação dessa participação no mercado tem consequência direta para nós, usuários brasileiros dos produtos dela (além da mera questão da transferência de recursos financeiros).
Ocorre que o fenômeno teve início com a chegada do iPhone nestes mercados e, durante a mesma apresentação, Tim Cook falou sobre o positivo "efeito halo" que o iPhone tem sobre outros produtos da empresa, como os Macs e iPads, inclusive nos mercados emergentes como o nosso - razão pela qual a importância deles na estratégia da empresa se multiplica.
Tim Cook fala claramente sobre continuar a desenvolver o ecossistema ao redor do iPhone, inclusive nos países em desenvolvimento – e ele menciona especificamente o Brasil que, junto com a China, representa 25% do mercado projetado para daqui a 2 anos.
Portanto, a presença da Apple por aqui (e na Rússia e na China, também mencionadas especificamente) é considerada de importância crítica, está só começando (mal arranhando a superfície, para usar uma expressão do próprio Cook) e tem a atenção da empresa.
O que isso vai representar em termos da estrutura de preços, da presença no varejo, do tempo que os produtos levam para chegar às vitrines brasileiras, etc. é algo a acompanhar e aguardar para ver. Mas o tamanho da atenção que despertamos agora está um pouco mais claro, e o horizonte temporal em que podemos esperar as mudanças (2 anos) também. Agora é torcer para os efeitos surgirem como esperamos ツ
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