Para que serve o iPad? Essa é uma pergunta que eu recebo quase todos os dias, de leitores, colegas, familiares e outras pessoas que sabem que eu uso diariamente o tablet e querem saber se elas também teriam uso para ele.

Eu sinto alguma dificuldade em responder porque a utilidade deste tipo de ferramenta é subjetiva, mas especialmente porque já sei que qualquer resposta que eu oferecer será seguida por uma nova pergunta: "mas eu não posso fazer isso tudo com meu notebook?"

E a minha resposta para essa segunda pergunta geralmente é "sim", da mesma forma que eu responderia "sim" se a pessoa me perguntasse se não pode continuar usando sua máquina de escrever, papel e caneta, ou seja lá qual for a ferramenta que hoje ela já prefere.

Felizmente uma terceira pergunta também surge e me permite esclarecer uma diferença importante: "Então porque você usa o iPad, se já tem um notebook?" – e é aí que eu consigo falar sobre as razões (interface, apps específicas, portabilidade, bateria, etc.) que me fazem preferir o iPad para uma série de atividades, ainda que algumas delas pudessem ser feitas no notebook – ou mesmo na máquina de escrever...

A resposta da Apple

A utilidade do iPad é uma pergunta crucial para a Apple, que quer vendê-lo (e vem conseguindo, com grande sucesso). Ela não costuma oferecer uma resposta direta e definitiva ao consumidor final, mas retorna sempre ao tema nas peças publicitárias do iPad que lança periodicamente.

No anúncio lançado ontem, cujo foco é a tela Retina do novo iPad, vi uma das respostas mais claras até o momento: a mensagem publicitária é simplesmente uma lista de atividades que podem ser desempenhadas no aparelho.

Ou seja: é a Apple dizendo para que serve o iPad, em 30 segundos e do ponto de vista dela. Vale destacar: em nenhum momento vemos um teclado externo. Apesar do número de apps e recursos que permitem este tipo de uso, a Apple não oferece o iPad como um substituto de notebook. O que é bom – embora meu iPad seja um heroico substituto do notebook frequentemente, isso significa abrir mão (conscientemente e sem lamentar, no meu caso) de várias funcionalidades.

O vídeo acima foi legendado por mim e não sei se vão permitir que continue no ar. Caso seja removido, você pode assistir o original sem legendas.