Agência estuda liberar iPad para passageiros durante todo o vôo
A agência federal de aviação dos EUA (que influencia diretamente as normas brasileiras também) começou o reestudo das regras de uso de eletrônicos (como o iPad ou o celular) a bordo, inclusive durante o pouso e a decolagem. A revisão das normas estava anunciada há alguns meses.
É cada vez mais frequente ver passageiros desrespeitando a norma existente e continuando a usar seus iPads e iPhones durante o pouso e a decolagem, e com a autorização oficial para uso de iPads pelos pilotos, os questionamentos aumentaram.
O grupo de estudos é formado por representantes das empresas dos setores aeronáutico e eletrônico, de pilotos, comissários e passageiros, e terá 6 meses para apresentar suas respostas. Em paralelo, uma consulta pública foi iniciada.
Embora a jurisdição da FAA seja restrita aos EUA, a repercussão nas normas brasileiras (da ANAC, agência equivalente em nosso país) é direta: "Atualmente a Anac não contempla em seu planejamento nenhuma atividade para rever essa lista de dispositivos permitidos, no entanto, eventuais estudos e novas propostas de regras produzidos por outras autoridades estrangeiras, como FAA e EASA, podem ser avaliados por esta Agência e, posteriormente, internalizados em um formato adequado à realidade brasileira", afirmou, em entrevista ao Terra, Annelise Pereira Berutt, gerente técnica da agência nacional.
A síntese da posição corrente da ANAC é: "Com equipamentos eletrônicos cada vez menores e mais sofisticados, há uma demanda crescente dos passageiros durante os voos para o uso de algumas funções de celulares inteligentes (smartphones). Exceto durante o pouso e a decolagem, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) permite a utilização destes equipamentos desde que não emitam ondas eletromagnéticas, para que não causem interferência nos sistemas de aeronave e mantenham a segurança do voo. É o caso, por exemplo, dos celulares que possuem configurações “voo” ou “avião”, notebooks, aparelhos que reproduzem músicas e vídeos (players de MP3, MP4 e outros), câmeras digitais de foto e vídeo etc. Cabe às companhias aéreas a liberação ou não para seus passageiros utilizarem esses aparelhos, desde que demonstrem que não causam interferência nos sistemas do avião."
Vamos torcer para que a posição da FAA, de que o novo contexto econômico em que o mundo está inserido e o crescimento do uso de smartphones, tablets e notebooks para a comunicação justificam revisão do assunto, se reflita no resultado dos estudos (que naturalmente precisam considerar a interferência gerada) e na atualização das normas, lá e aqui.
Só não esqueça de fazer uma pausa e tirar os fones de ouvido na hora das instruções de segurança!
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