Upgrade de memória de um Mac Mini 2009: relato de usuário satisfeito

 
Pelo autor convidado Marcelo M. Valença

Há algum tempo, minha esposa notou que o seu Mac Mini (modelo late 2009, 2 GB RAM e rodando o Lion) estava lento, levando tempo demais para abrir programas simples e navegar na internet. Como ela usa bastante o computador para trabalho e estudo, mas não precisa de recursos avançados, o Mini servia e sobrava. Mas, desde o upgrade para o Lion, tudo mudou. Qualquer clique levava à maldita bolinha que rodava, rodava e rodava e tornava o que era uma excelente experiência em um desejo assassino por espancar o computador.

[Leia também: Mac mini conectado à TV: funciona bem ou não? Veja o resultado dos testes]

Racionalmente, ficou evidente que o Lion exigia demais do bichinho. O Mac Mini 2009 dela, na configuração original, não dá vazão aos recursos do novo OS e algo precisava ser feito. Esse algo era ou a troca do computador ou o downgrade para o Snow Leopard. Como sou teimoso – e a grana para trocar de computador estava curta –, resolvi explorar opções para manter o Lion e melhorar o desempenho.

Primeiro, limpeza de software e HD, removendo arquivos e o cache do login. Sem resultados. Rodei o ScanMyMac e nada. Se teve melhoria, foi mínima.

Daí lembrei dos meus tempos de Windows e da constante necessidade de atualização do hardware. Decidi que a via física era a solução: mais precisamente, aumentar a memória RAM do Mac Mini, saindo dos 2GB básicos para algo mais robusto. E, pelo que ouvia, a tarefa seria moleza, dava para fazer em casa, sem qualquer problema. O mantra "Procure um tutorial no youtube" mais do que nunca se tornou uma constante.

Resolvi tirar o dia para pesquisar preços, informações, tutoriais e opções para, então, por a mão na massa. Percebi que duas questões eram fundamentais para esse upgrade. A primeira era a quantidade de memória a ser colocada e a segunda, a forma como eu ia fazer.

Mas são 4GB ou 8GB no máximo?

De acordo com informações oficiais da Apple, o máximo de RAM que o Mac Mini late 2009 recebe são 4GB. Seria um aumento de 100% em relação ao que tínhamos antes, o que já daria uma bela diferença de desempenho.

Mas ao mesmo tempo via informações (rumores?) de que conseguiria colocar 8GB sem qualquer problema - só que, neste caso, a Apple não dá suporte. Como a garantia já tinha vencido há bastante tempo, ela não seria um problema (e, imagino que isso seja semelhante para todo mundo, a menos que tenha comprado o AppleCare).

Desde o início, a discussão sobre o máximo de RAM que o Mini 2009 aguenta é bastante intensa. E, até pelo lançamento de novos modelos, ela se tornou confusa ao longo dos anos e pouco se refere ao Lion (e ao Snow Leopard).

Li um número bastante razoável de relatos dizendo que a combinação Leopard + 8GB era plenamente funcional, exceto quando diversos programas rodassem ao mesmo tempo: quando a demanda por memória superasse os 4GB, o computador ficaria muito lento. Um ou outro afirmava que o Leopard ainda não rodava bem, mas que a partir do Snow Leopard o processo era mais estável, desde que se mantivesse o pareamento de memórias iguais. Dúvidas, dúvidas.

Nos fóruns de suporte da Apple, vários usuários relatavam experiências de sucesso, mas eu ainda não estava convencido. Havia decidido ficar nos 4GB quando vi estes posts do OWC e do macminicolo.net. Não só o Mini sob Snow Leopard (e Lion) suportava os 8GB, como o Leopard, desde que atualizado com o firmware 1.2, também o fazia.

Conferi as configurações do computador, mais uma vez, para garantir e vi que eu estava com a máquina pronta para os 8GB. Modelo late 2009 (3,1) e firmware 1.2 instalado. Fiz um backup do HD pelo Time Machine e rodei mais uma vez o backup online pelo CrashPlan só por garantia (afinal, vou mexer dentro da máquina, vai que dá problema?) e passei à segunda parte da empreitada: a instalação.

Instalando a memória no Mac – do jeito fácil

Voltei ao post oficial da Apple para buscar o modelo de memória certinho que o computador aceita (DDR3 1066MHZ, PC3-8500) e aprender o tal tutorial. Afinal, montei PCs durante quase 10 anos e eu mesmo fiz o upgrade da memória do meu MacBook White (early 2009).

E, com tutoriais em vídeo no Youtube me mostrando o passo a passo, qual dificuldade eu teria? Isso seria mole!

Não, não seria.

Diferentemente de outros upgrades de computadores da Apple, havia um aviso desaconselhando o upgrade de peças do Mini 2009 em casa e sugerindo recorrer a uma autorizada para isso. Mais uma vez, fui investigar e descobri que concordo que abrir o Mini 2009 é algo que não deve ser feito em casa. O processo, apesar de intuitivo, não é simples e demanda muito cuidado, mesmo se você tem prática com montagem de computadores.

O Mac Mini 2009 não é uma máquina simples, nem se abre facilmente. Todos aqueles tutoriais na internet (eles existem de fato e fazem tudo parecer tão simples...) esquecem de dizer que a disposição das peças do Mac Mini neste modelo é bastante peculiar.

Para mexer na memória, você precisa literalmente desmontar todo o computador e depois remontá-lo - sem contar que para abrir a carcaça é preciso umar uma alavanca para soltar os clips internos. Este tutorial da OWC é, ao mesmo tempo, ilustrativo e serve como alerta para que você não se aventure nessa missão. De novo, pessoalmente não recomendo aventurar-se nessa empreitada.

Levei o computador em uma loja aqui do Rio de Janeiro [nota do editor: o Marcelo me contou que a loja em questão foi a Made4You, no Leme, e foi nota 10] e eles fizeram o upgrade para mim, sem qualquer custo. No total, o processo levou uns 35 minutos. O técnico fez questão de testar a máquina na minha frente (afinal, teve de desplugar wi-fi, bluetooth e cia) e tudo rodou redondo de primeira, menos o áudio.

Ele se desculpou, dizendo que, ao recolocar a carcaça do Mini, algum cabinho poderia ter se desplugado. Verificou e não deu outra: após recolocar o cabo, tudo ficou funcionando. Apesar de ter feito com cuidado, na hora de encaixar o corpo do Mini, o balanço pode soltar alguma parte e você se vê obrigado a abrir tudo de novo.

O resultado: tudo mais rápido

Quando cheguei em casa e colocamos o computador em uso, o aumento de desempenho foi notável. O boot é bem rápido, os programas e arquivos abrem sem problemas e a experiência de uso do computador melhorou absurdamente.

Obviamente, a máquina ainda tem um processador mais lento e o HD tem suas limitações. Porém, uma troca relativamente barata de peças (aumentamos de 2 para 8GB pagando R$400 pelas peças) proporcionou o aumento da vida útil do Mini. Relação custo/benefício totalmente válida.

Minha próxima ousadia será comprar um SSD e aumentar a velocidade de leitura dos arquivos. Já comecei a pesquisar na internet e, assim que a grana permitir, será o próximo passo.

Aliás, cabe o aviso: procure com calma as peças que você precisa, seja HD, memória ou o que for. Achei diferenças de quase 300% no preço dos pentes, principalmente quando falava que era para colocar em um Mini.

Muita gente ainda tem essa coisa de cobrar mais pelos produtos da Apple e se esquecem de que muito do hardware é amplamente compatível entre PCs e Macs.

O BR-Mac agradece ao autor convidado Marcelo M. Valença e espera que ele volte a escrever quando fizer o upgrade do SSD ツ
 

Atualização: o leitor Giovanni Degani entrou em contato via @brmacblog para indicar esta tabela de capacidade real de memória de todos os Macs, segundo seus autores. Alerta: ela frequentemente excede a capacidade oficial suportada pela Apple.

Leia também:

MacBook Air 2012: dicas extras para comprar com mais armazenamento, RAM, suporte e seguro contra roubo

Quando escrevi o artigo da semana passada comparando os modelos de MacBook para compra no Brasil após a atualização de junho de 2012, a faixa de preço que adoto como base há pelo menos 4 atualizações da linha (MacBooks abaixo de R$ 4.000 em sua configuração e preços default) restringiu a pesquisa a apenas 2 modelos: MacBook Air de 11 polegadas (R$ 3699) e MacBook Pro de 13 polegadas (R$ 3999).

Até a atualização passada, o Air de 13 polegadas também ficava na mesma faixa, mas agora o seu modelo básico pulou para R$ 4.999 como preço oficial no Brasil, bem fora do nosso critério básico (embora continue sendo um maquinão, especialmente para quem comprar no exterior, onde a diferença de preços em relação ao Air de 11" é bem menor – 20%, contra os 35% daqui).

Mas ao fazer a comparação só pelos modelos básicos, eu deixo de fora as variações e upgrades, portanto hoje vamos complementar nosso guia de compras de MacBooks 2012 com 4 dicas extras que consideram a mesma faixa de preços mas fogem da regra de se fixar nos modelos básicos.

MacBook Air de 11 polegadas com 128GB de armazenamento

O modelo básico de MacBook Air, cujo preço oficial é R$ 3699, vem com 64GB de armazenamento. Pode parecer pouco para quem quer levar nele uma coleção de filmes, fotos em HD e músicas, mas é surpreendentemente suficiente para uso de aplicativos em geral.

O Air de 11 polegadas é meu modelo preferido para mobilidade, e já tive 2 deles anteriormente, ambos com 64GB - e espaço a mais nunca me fez falta, mesmo instalando absolutamente todos os aplicativos que eu uso.

Mas agora que estamos em 2012, os aplicativos e conteúdos começam a ser feitos tendo em vista resoluções Retina e outros formatos de alta definição, e começo a antever o momento em que 64GB não serão mais suficientes para meu uso confortável.

Então, na hora de atualizar para um modelo 2012 (o que fiz anteontem, na iPlace de Floripa, muito bem atendido pelo vendedor Leandro), mudei minha seleção usual: sai modelo de 64GB, e entra o modelo com 128GB de armazenamento SSD, cujo preço oficial permanece na nossa faixa: R$ 3999, o mesmo do MacBook Pro básico de 13 polegadas.

Um detalhe importante: a possibilidade de os 64GB do modelo básico deixarem de me atender, que mencionei, é uma visão para o futuro. No momento, os aplicativos e arquivos (mais o sistema operacional e tudo que ocupa espaço) que uso ocupam no novo modelo os mesmos 18GB que ocupavam no modelo de 64GB que descontinuei.

Mas continuo pensando como no ano anterior: seja 64GB ou 128GB, a vantagem do armazenamento SSD do Air não é o volume, e sim o desempenho e portabilidade (peso e tamanho). Para levar com ele muito conteúdo (coleção de filmes, etc.), a solução continua podendo considerar armazenamento externo portátil, ou mesmo on-line.

Descontos e promoções

Não sou vendedor nem ganho percentual, portanto não procuro acompanhar as promoções ou fazer comparativos de preços: a relação valor / custo é diferente para cada consumidor, e deixo para você a tarefa de fazer as necessárias pesquisas e comparações.

Mas para clareza vale mencionar que são frequentes as promoções dos mais variados formatos: baixam o preço de modelos anteriores, oferecem mercadorias adicionais (MS Office, fones de ouvido, mochilas, etc.) como brindes mantendo o preço de alguns modelos, baixam o preço de modelos que estão prestes a ser substituídos, etc.

Além das promoções, há variados descontos. Por exemplo, ao comprar o MacBook Air mencionado acima, recebi um desconto à vista que compensou bastante abrir mão do prazo, considerando a projeção da inflação para o período (fiz a conta no app EPx12c, que emula a calculadora financeira HP-12C.

E um bom desconto pode fazer a diferença na seleção de qual modelo comprar. Para ficar em um exemplo teórico: se você receber 10% de desconto em um MacBook Air de 11 polegadas e 128GB, como o que mencionei acima, ele ficará R$ 100 abaixo do preço de tabela do modelo básico com 64GB.

E há mais oportunidades de desconto a considerar: por exemplo, a loja on-line da Apple no Brasil costuma oferecer descontos para compras feitas por telefone, descontos para estudantes, para professores e mais.

Pesquise, que pode valer a pena!

Suporte, garantia e seguro opcionais

Outro ponto que você pode pesquisar é o preço do plano AppleCare para o computador que você for adquirir, que oferece uma extensão para o ano de garantia e os 90 dias de suporte telefônico que já são oferecidos por default.

Não vale a pena para todos os perfis de uso, ou mesmo para todas as classes de equipamentos, mas pode valer a pena para você. Pesquise!

Outra alternativa a considerar é um seguro. Para o meu Air, que vai andar frequentemente pela rua, eu optei por um seguro contra roubo/furto qualificado e danos de acidentes, oferecido pela seguradora Tokyo Marine, válido por 1 ano e ao custo de 15% do preço de aquisição do equipamento.

Mais memória

Se você comprar o seu MacBook novo em uma loja da Apple (incluindo a Apple Store online brasileira), pode solicitar alguns upgrades interessantes em relação à configuração default, em uma modalidade que geralmente é chamada de BTO ("built to order", ou feito sob encomenda): SSD maiores em um MacBook Air, um monitor externo da Apple ou trocar o HDD do MacBook Pro por um SSD, entre outras opções.

Os preços nem sempre compensam, e pode valer a pena procurar um fornecedor concorrente ou mesmo comprar outro modelo de MacBook que já incorpore o recurso desejado, por exemplo.

Mas há um upgrade que eu sugiro sempre considerar, que é colocar 4GB de RAM adicionais. Por R$ 350 a mais, qualquer um dos 3 modelos de MacBook mencionados neste artigo será entregue com 8GB de RAM, e não os 4GB da configuração default.

Para quem lida com o processamento de muitos dados, ou mantém em execução grande quantidade de aplicativos ao mesmo tempo, 4GB de RAM adicionais podem fazer diferença considerável no desempenho.

Considerar isso na hora da compra é especialmente importante nos MacBook Air, porque a forma como eles são montados para ficarem tão finos e leves não permite a inclusão de memória adicional depois da aquisição!

Leia também: MacBook: Qual modelo comprar.

GarageBand no Mac - também é para os não-músicos

O GarageBand é um app para Mac que permite criar músicas e podcasts, com instrumentos reais (guitarra, violão, baixo, teclado, ...) conectados ao Mac, ou diretamente via software. Ele pode ser comprado por US$15 na Mac App Store, mas pouca gente precisa, pois ele já vem incluído em todos os Macs atuais (também há a versão para iPad e iPhone).

A utilidade dele como ferramenta de produção é rapidamente percebida por pessoas com alguma experiência como músicos, mas ele também pode ser usado por quem não é do ramo (como eu!), de diversas maneiras.

Eu me divirto (e de vez em quando produzo um ou outro elemento de áudio amador para algum projeto pessoal) com o GarageBand há anos, desde meu primeiro e heroico Mac mini.

Até já pluguei a guitarra ao Mac (usando um iRig) nessas experiências, mas isso está longe de ser o que eu mais fiz no GarageBand. Pelo contrário: o maior tempo que eu usei nessa ferramenta foi realizando tarefas que não exigem domínio de nenhum instrumento.

O site Cult of Mac preparou um artigo que lista 4 maneiras nas quais não-músicos podem tirar proveito do GarageBand, e elas são música para meus ouvidos – e, espero, para os seus também.

Eis uma breve lista, sem os detalhes:

  1. Criar seus próprios ringtones, para ser a sensação do ônibus ou do escritório na próxima vez que seu iPhone tocar. O GarageBand permite escolher com facilidade um trecho de qualquer fonte de áudio (inclusive as músicas da sua coleção) e se encarrega até mesmo de exportá-lo para o iTunes, pronto para ser sincronizado como um novo toque (de ligação, de mensagem, de alerta, etc.) para seu iPhone. E quando você começar a dominar as demais ferramentas do app, poderá até mesmo modificar o trecho para deixá-lo mais adequado ou com a sua cara.
     

  2. Criar música a partir dos loops. O GarageBand tem ferramentas típicas de um estúdio de mixagem, embora suficientemente simples. E para tornar tudo mais simples, ele vem com uma série de samples e trechos, dos mais variados instrumentos e estilos musicais, prontos para você mesmo misturar e compor a introdução perfeita para a sua apresentação, ou uma vinheta musical para o vídeo das suas férias. Está tudo lá, da guitarra country ao contrabaixo de jazz, passando pela bateria de rock, e outras combinações, e muito mais.
     

  3. Criar seu podcast. O GarageBand vem com um modelo pronto de projeto, acessível pela interface do app, para facilitar a criação de podcasts. Ele já vem com 2 trilhas de voz (ajustadas para os timbres masculinos e femininos - use a mais apropriada para seu caso) e uma trilha extra para a inserção de jingles e efeitos sonoros de forma independente. E ele até traz uma coletânea de jingles e efeitos prontos, embora exagerar no seu uso seja algo a evitar.
     

  4. Gastar HORAS brincando com o recurso Magic GarageBand. Se você não fizer nada além de escolher um gênero (rock, jazz, country, reggae e mais 5) e deixá-lo parado, ele vai começar a tocar um loop de melodias e harmonias, usando os instrumentos virtuais apropriados ao gênero escolhido - dá para deixar como música de fundo tranquilamente, embora fique repetitivo depois de algum tempo. Mas se você quiser interagir com o Magic, dá de brincar com a banda completa: após um tempo de carregamento considerável (mais de um minuto, pra mim), dá para fazer ajustes ao vivo, como trocar o baixo que está tocando por outro modelo sem trastes e acentuá-lo, trocar o naipe de metais por uma guitarra com wah-wah, e daqui a pouco o reggae (ou rock, ou jazz, ou funk, etc.) vai ficar completamente do seu jeito, tendendo mais a Johnny Ramone ou a Joe Satriani, conforme você preferir. E se você tiver um instrumento de verdade plugado ao Mac, pode tocá-lo junto com essa banda virtual!

 

Tem muito mais, incluindo usar o Mac para aprender a tocar guitarra, violão ou teclado, com aulas interativas em vídeo (como na imagem acima), que você acompanha com seu próprio instrumento musical.

O site oficial do GarageBand explica tudo que dá de fazer, mas eu recomendo dar uma bola olhada no artigo do Cult of Mac que detalha as 4 atividades acima, para já começar a colocar a mão na massa!

Monitor externo no Mac: apps para quem usa 2 monitores

Trabalhar com 2 (ou mais) monitores pode ser um grande impulso à produtividade e ao foco. Por exemplo, deixando maximizado em um monitor o seu material de referência, e no outro o arquivo no qual está trabalhando.

Pode também ser uma solução para quem é mais criativo quando tem fontes de distração: a obra em produção fica maximizada no monitor à sua frente, enquanto no outro ficam o Twitter, MSN, iTunes, um vídeo, o Skype e outros geradores de dispersão.

Eu trabalho com múltiplos monitores (na foto acima você pode ver como eles ficam) sempre que preciso, e recomendo.

Seja qual for o seu caso, na maioria dos Macs a instalação de um segundo monitor frequentemente se resume a plugar o cabo ou adaptador de vídeo certo a uma saída já disponível no aparelho, e usar as Preferências do OS X para configurar as posições relativas deles, papel de parede, etc.

Em casos especiais (como o de ativar um terceiro monitor) um adaptador de vídeo USB pode ajudar, e tendo o cabo certo dá até pra usar o iMac como monitor externo de um MacBook ou Mac Mini, como na imagem acima.

Apps para quem usa 2 monitores no Mac

Como mencionei acima, nos casos mais comuns basta plugar e usar.

Mas isso não quer dizer que não se possa enriquecer esta experiência de várias maneiras, e várias delas envolvem a instalação de aplicativos ou utilitários (incluindo vários gratuitos).

O Mac.AppStorm preparou uma lista de mais de 30 aplicativos que ajudam a usar melhor o seu monitor adicional no Mac. Não vou traduzi-la nem reproduzir a lista completa, mas aqui vai uma seleção de algumas funcionalidades interessantes que podem estar à sua disposição na lista deles:

  1. Colocar o menu no segundo monitor: o menu do aplicativo que está com o foco fica sempre no topo da tela do monitor que o OS X reconhecer como o principal ou primário, mas isso pode não ser o que você deseja. Com apps como Secondbar, Multimon, MenuPop e MenuEverywhere você pode reproduzi-lo também no segundo desktop, ou mesmo dentro da janela de cada aplicativo, ou como um popup, etc.
     

  2. Mover janelas entre monitores: para mover uma janela qualquer, basta arrastá-la entre os 2 monitores, como se eles formassem um grande desktop contínuo. Mas às vezes o que você quer é empurrar de uma vez só todas as janelas (ou um conjunto delas) para o outro monitor de uma só vez, eventualmente ajustando seus tamanhos e posições. Apps como Swapp, Window Mover e Power Mover 2 podem ajudar.
     

  3. Manter organizadas as janelas: Plugar e desplugar monitores com o sistema em funcionamento pode bagunçar as suas janelas, mas apps como Stay, Window Magnet, Flexiglass, BetterSnapTool e Display Maid podem ajudar a manter as janelas organizadas do seu jeito.
     

  4. Usar outros aparelhos como se fossem monitores externos: um outro Mac, iPad, Apple TV ou mesmo um computador com outro sistema operacional podem ser usados como se fossem um monitor externo. Existe uma infinidade de apps para isso, mas o Mac App Storm escolheu estas para mencionar: AirPlay Mirroring (virá como um recurso do futuro OS X Mountain Lion, a ser lançado muito em breve), DisplayPad (iPad como monitor), Screen Recycler (Mac ou PC como monitor), Air Display (Mac, PC, iPad, iPhone, Android como monitor), Mirror Display (reproduz a mesma imagem de tela em até 10 Macs, Pcs ou iPads)
     

  5. Manter o mouse sob controle: as distâncias que o ponteiro tem que percorrer aumentam, e às vezes é frustrante passar a não localizá-lo instantaneamente, ou ter de deslocá-lo até a extremidade oposta do desktop conjunto. Apps como , EdgeCase e Mouse Warp lidam com a situação de várias maneiras.
     

  6. Outros: Algumas funcionalidades interessantes e variadas: o Sinergy permite usar o mesmo mouse e teclado para controlar vários computadores (Mac, PC, Linux) em conjunto; o Multi Monitor Wallpaper permite fatiar uma imagem grande nos tamanhos certos para ela virar um papel de parede contínuo entre seus monitores; e o ArraySync permite passar um vídeo formando um painel com múltiplos monitores.

Para ver os detalhes e os apps adicionais que eu não mencionei, visite o artigo do Mac Appstorm. E depois compartilhe conosco suas próprias dicas nos comentários!

Como seria um iPad de 7 polegadas? Veja agora mesmo - no seu iPad!

Você acredita no boato de que um iPad menorzinho vai ser trazido ao mercado nos próximos meses? Eu não, mas isso não me impede de achar interessante o simulador que veremos a seguir, que permite ver na tela de um iPad atual como ficariam alguns apps populares em uma tela menor.

A ideia de que um iPad de 7 polegadas (ou, mais precisamente, de 7,85 polegadas – o rumor é estrito!) está a caminho e seria anunciado em setembro vem sendo divulgada por várias fontes.

Para mim, feliz com a tela de 9,7 polegadas dos iPads atuais, parece uma ideia bem desnecessária. Mas seus defensores dizem que a Apple, não satisfeita com seu domínio no formato atual, quer também uma fatia do mercado que vem sendo construído por tablets pequenos ou smartphones grandalhões.

Steve Jobs tinha algo a dizer sobre o assunto: em 2010, ele falou em público que havia uma razão para a Apple não ter interesse neste formato. Não é que ela não tinha interesse em uma versão a preço mais baixo (como muitos dizem), mas sim que considerava que uma tela pequena não conseguiria "expressar" o software como a tela maior.

Alguma coisa mudou desde então, e já é possível produzir em escala industrial telas de 7,85 polegadas com exatamente a mesma resolução que hoje temos no iPad 2, modelo mais básico do iPad ainda à venda, embora os elementos visuais menores (fruto da execução em uma tela menor de um app ou conteúdo feito para uma tela maior com a mesma resolução) certamente possam produzir algumas perdas.

Para mim, uma tela de 7 polegadas parece pequena demais para as aplicações que costumo rodar no iPad. Minha referência pessoal para este tamanho de tela é o Eee PC 701, o primeiro sucesso (2007!) no ramo dos netbooks, cuja tela de 7 polegadas é a que você vê na imagem acima, e nem ocupava toda a área da tampa do netbook, que vinha com uma moldura anormalmente larga para isso ficar menos evidente.

Para a época era um compromisso que fazia algum sentido (embora a resolução de 800x480 exigisse muita boa vontade) mas um iPad mini ou iPad nano não parece ser o que me agradaria hoje em termos de tamanho para um tablet (embora a prática demonstre que muita gente gosta).

Veja na tela do seu iPad atual

Caso o rumor venha a virar realidade, não imagino que os apps mais populares deixarão de criar versões com interface adaptada a uma tela com superfície menor.

Mas ver como eles ficariam caso a tela fosse simplesmente encolhida é interessante para compreender de que tamanho estamos falando, e esta apresentação preparada pelo MacStories.net mostra, na própria tela do iPad, alguns exemplos de apps redimensionados para caber em 7,85 polegadas físicas.

Para abrir no seu iPad, você precisa ter o app Keynote, aí basta clicar no link da apresentação acima no Safari do iPad, esperar carregar e mandar abri-la no Keynote, e depois exibi-la em modo apresentação (ou seja... aperte Play).

O resultado é algo como a ilustração acima: a apresentação coloca margens no iPad para que a tela de alguns apps (no exemplo acima, o iBooks) fique com exatamente 7,85 polegadas e, em alguns casos, redimensiona alguns elementos visuais do app em questão (como as letras e capas dos livros acima) para que estes fiquem com o mesmo tamanho físico que teriam no iPad "normal".

Para mais detalhes, veja o artigo completo no MacStories. E depois me diga se você acha que a ideia de um iPad mini faz sentido no seu contexto pessoal ツ

Capa para iPhone com carteira embutida: adotei a BookBook

A capa para iPhone BookBook, da TwelveSouth, é um produto diferente: quando fechada parece um livro (bem surrado), e quando aberta revela não apenas o iPhone como ainda compartimentos para documento, cartões e dinheiro.

Lutando há anos contra a tendência crônica de acumular em uma carteira tradicional todo tipo de papel que a vida me traz, há 3 semanas adotei a BookBook como solução alternativa: ela é bem prática, mas o espaço interno para armazenamento é tão restrito (embora bem planejado) que simplesmente não dá de acumular nela outras coisas, que assim acabam indo diretamente para seu devido lugar – que, frequentemente, é o cesto de reciclagem.

Eis o que ela esconde: 3 compartimentos para cartões (ou documentos no mesmo formato de cartão de crédito, que atendem a uma norma internacional ISO) sendo um deles transparente, mais um bolso para cédulas ou documentos maiores (até o tamanho do iPhone 4/4S), e mais o estojo para o iPhone em si, deixando acessíveis na lateral o conector de expansão, as caixinhas de som, os botões de mudo e volume, o conector de fone de ouvido, a câmera frontal, o botão frontal e o superior.

Eu comecei a testar querendo não gostar: achei que o uso do telefone deixaria os cartões expostos, que a ausência de um “buraco” na capa do livro atrapalharia para tirar fotos com o iPhone, que ia ser difícil me adaptar a ter tão poucos documentos, e mais.

Mas a prática me desmentiu em todos os pontos: no uso normal do iPhone (para usar a tela ou para telefonar), o “verso” dele onde estão os cartões é facilmente oculto pela mão, ou está apoiado na mesa; para quem tira muitas fotos a capa deve atrapalhar mesmo, mas no meu caso é só empurrar o aparelho um pouco para fora na rara ocasião; e andar com poucos documentos não foi tão difícil assim.

Para resumir, já estou na terceira semana da experiência, e até agora sucesso total, embora haja algo que me atrapalhe na prática: as novas notas de Real são grandes demais e “sobram” pra fora do compartimento interno. Nada que impeça o uso (elas não ficam visíveis ou algo assim – elas sobram em direção à dobra ou lombada interna do estojo), mas é indesejado.

A BookBook não é das mais baratas, mas é relativamente fácil de encontrar (no eBay encontrei hoje vários fornecedores que entregam no Brasil, por exemplo), e eu estou gostando. Recomendo!

E veja também o artigo que publiquei no Efetividade.net sobre ela e a organização de carteiras ツ

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