Quando a multiferramenta Steady foi anunciada pela Gerber, em meados do ano passado, ela me chamou a atenção pela ideia curiosa, mas não tinha utilidade nenhuma para mim – embora a utilidade de um tripé portátil integrado à ferramenta já presente na mochila ou na mala de utilidades tenha apelo comigo, o iPhone fez com que eu abandonasse completamente o hábito de levar comigo uma câmera adicional, e o conector de tripé tipo parafuso que a Gerber incluiu inicialmente na Steady é padrão em câmeras, mas raro em smartphones (e ausente no iPhone, exceto por meio de cases).
Mas agora que ela está à venda, virou uma pauta interessante aqui para o BR-Mac, porque além do conector parafuso, ganhou também o suporte de sucção para smartphones (além das lâminas lisas e serrilhada, chave de fenda e philips, alicate, abridor de garrafas, cortador de arame).
E assim os aventureiros que querem tirar uma foto com seu iPhone no meio da expedição pela floresta poderão se juntar aos que querem mantê-lo firme para assistir a um vídeo de instruções enquanto montam algo na bancada de ferramentas, ou aos que conseguirem pensar em uma justificativa mais realista para comprar uma ferramenta assim simplesmente porque acharam legal.
Eu gosto de multiferramentas, mas no momento minha mochila está bem suprida por uma Leatherman Skeletool (e não passa uma semana em que ela não seja útil pelo menos umas 3 vezes).
Quando chegar a hora de substitui-la, entretanto, espero que a ideia que a Gerber colocou em prática na Steady já tenha evoluído e esteja presente em mais modelos, até porque a demanda por tripés para o iPhone parece ser uma realidade concreta.
Mas é bom não esquecer de tirá-la da mochila antes de tentar embarcar em viagem aérea com ela na bagagem de mão ツ
O recurso de mirroring (espelhamento) de vídeo do diminuto Apple TV já foi útil quando eu quis mostrar na tela grande uma apresentação que estava no meu iPad: bastou ativá-lo no tablet, e usar o app Keynote normalmente, com a sua imagem sendo replicada na telona via rede sem fio e Apple TV.
Ironicamente, entretanto, o mesmo recurso não estaria ao meu alcance se a apresentação em questão estivesse em um MacBook com o OS X Lion: hoje o sistema não oferece o espelhamento via AirPlay necessário a essa conexão com a Apple TV, e a alternativa acabaria sendo usar um adaptador para cabo HDMI no Mac - ou aguardar o lançamento do OS X 10.8 Mountain Lion, já anunciado para o segundo semestre e trazendo este recurso.
Há algumas boas razões para isso, incluindo a grande diferença na resolução (e veremos se vai se confirmar uma nova versão do Apple TV que vá além dos 720p antes do lançamento do novo OS X), mas já vimos anteriormente uma solução de software que permite ao Mac exibir a imagem de um iPad ou iPhone via AirPlay, e hoje é a vez de outra peça desse quebra-cabeças: fazer o Mac enviar sua imagem para exibição via mirroring em um Apple TV, sem fio.
O app responsável pela tarefa é o recém-chegado AirParrot, que permite operar normalmente em um MacBook, mini ou iMac e ter a sua imagem exibida também na TV que estiver conectada a um Apple TV que esteja na sua rede local e que você selecionar.
A já mencionada diferença na resolução e a forma como ocorre a compressão podem reduzir consideravelmente a nitidez em relação à tela nativa do seu Mac, mas mesmo assim a vantagem da tela maior pode compensar, na hora de mostrar algo a um público que não conseguiria ver bem o seu monitor.
Não é a solução ideal, mas é uma solução disponível enquanto o hardware e seu suporte oficial não evoluírem, ou seja, para os próximos meses. O AirParrot custa US$ 9,99.
Muito antes do que eu esperava (afinal o OS X 10.7 Lion foi lançado há pouco mais de 6 meses, em julho), a Apple divulgou hoje que a nova versão do sistema operacional dos Macs está chegando. O OS X 10.8 Mountain Lion será disponibilizado em versão preview para os desenvolvedores ainda hoje, e será oferecido aos usuários já a partir da primeira metade do segundo semestre deste ano.
A influência do iOS nos novos recursos anunciados é evidente, incluindo nomes como Notification Center, mirroring via AirPlay (leva a imagem da sua tela a um Apple TV, com som stereo), Game Center (e o Game Kit, facilitando o desenvolvimento de jogos multiplataforma e multiplayer), Reminders, o cada vez mais popular iMessage (que virá como parte do iChat, cujo nome vai mudar para Messages), suporte mais avançado ao iCloud (incluindo a sincronização transparente de documentos, lembretes e anotações) e a integração com o Twitter.
Mas também há novidades que não vêm do iOS, incluindo o Gatekeeper, um recurso opcional que impede a execução de apps que não tenham sido assinadas por um certificado digital provido pela Apple aos desenvolvedores.
E para garantir a consistência há mudanças nos apps clássicos do OS X também: o iChat virou Messages, o iCal virou Calendar e o Address Book agora se chama Contatos. A chegada do Reminders e do Notes (que já existiam no iOS) fez sumir a funcionalidade de anotar pendências no iCal e de anotações no Mail, e assim por diante.
Um recurso simples e interessante é o botão de compartilhamento, também uma influência clara e direta do iOS, e que virá associado a boa parte dos conteúdos suportados pelo Mountain Lion: fotos, vídeos, links e mais. Por meio dele, as opções de compartilhamento (via Mail, Messages, Flickr, Vimeo(!), Twitter e mais ficarão centralizadas e facilmente acessíveis.
A nova central de notificações, que na aparência é idêntica à do iOS, é uma resposta tardia (mas bem pensada) ao Growl, que há anos domina este campo nos Macs. As notificações aparecem de forma breve e discreta, e com um gesto para a esquerda você pode ver uma lista ordenada com todas as atualizações recentes: e-mails recebidos, alertas de programas, lembretes da agenda, etc.
O suporte ao iCloud não se resume às sincronizações de documentos e do conteúdo de apps como o Reminders e o Notes: agora, ao fazer login no Mac com seu Apple Id, o iCloud é configurado automaticamente ao longo de todo o sistema, com a promessa de manter seu e-mail, agenda de compromissos, contatos, documentos e mais atualizados em todos os sistemas que você usa - ou seja: alterou algo no Mac, vai se refletir no iPad e iPhone automaticamente, e vice-versa. Apps com suporte ao armazenamento no iCloud terão opções diferenciadas para salvar e abrir documentos: uma para a estrutura de arquivos local, outra para trabalhar diretamente no iCloud.
Para os desenvolvedores, algumas coisas mudam: além do óbvio impacto do Gatekeeper, mencionado acima, que para os usuários que o adotarem significará que só apps cujos autores as assinaram com um certificado provido pela Apple poderão ser executadas (e assim ficam sujeitas a revogação do certificado caso se verifique que são um risco à segurança ou outro tipo de violação da política de certificação), há também a questão da exclusividade de alguns recursos (como a central de notificações e o armazenamento no iCloud), que estarão disponíveis apenas para apps distribuídas via Mac App Store.
O prazo curto entre o 10.7 e o 10.8 não deve ser visto como uma exceção: segundo a Apple, de agora em diante as atualizações deste porte seguirão um calendário anual, aproveitando a expansão da plataforma Mac como um todo.
John Gruber, do Daring Fireball, relatou o encontro agendado com Phil Schiller, da Apple, em que este lhe apresentou o novo ciclo curto de atualizações do OS X, e a conclusão dele é interessante: não se trata de unificar OS X e iOS (até porque interfaces de mouse/teclado e de toque são inerentemente diferentes), mas sim de encontrar mais pontos em comum entre as duas plataformas e assim fortalecê-las.
Gruber acrescentou uma opinião pessoal: tendo usado o Mountain Lion (pré-instalado em um MacBook Air cedido pela Apple para seus testes) por uma semana, ele tem pouco a relatar - o sistema, mesmo no nível de preview para desenvolvedores, é bom (embora naturalmente incompleto e com bugs) a ponto de ele desejar instalá-lo logo em seu MacBook pessoal.
Mas estes que ficarão de fora não são Macs recentes, e quem tem um iMac de meados de 2007 em diante, um Mac Pro de 2008 em diante, e outros modelos com outras placas gráficas pode continuar pensando no upgrade. Já os donos de Macbooks pretos ou brancos feitos até 2008, ou do Macbook Air original (do início de 2008) ou de Mac minis de 2006 até meados de 2007, por exemplo, devem dar uma conferida no seu hardware e aguardar por mais detalhes.
E um detalhe interessante: até o momento, não vi qualquer menção a suporte ao assistente pessoal Siri ou ao leitor iBooks ツ
Vou atualizar este post conforme receber mais informações, e por enquanto fica o hat tip para o post do The Verge, que recomendo como complemento ao release oficial.
Ainda farei um review completo do novo lançamento (aqui, no Efetividade ou nos 2), mas por enquanto basta dizer que o Wunderkit expande as funcionalidades do Wunderlist em alguns caminhos interessantes, incluindo novos recursos como a separação de projetos e a integração social, ou seja, a coordenação de atividades coletivas ou em equipe.
Mas uma das grandes diferenças entre o Wunderlist que eu uso e seu recente sucessor Wunderkit é que este último não é integralmente gratuito como o seu predecessor: desde o seu lançamento ele podia ser usado gratuitamente, mas alguns dos novos recursos mais atrativos, como a colaboração em equipes ou grupos, ficavam disponíveis só para quem pagasse para ser usuário Pro.
Só que este esquema de preços aparentemente não teve o efeito que os desenvolvedores desejaram, e ontem tudo mudou: agora os recursos avançados existentes (incluindo a colaboração em grupos) estão disponíveis também para os usuários gratuitos.
As contas Pro continuam existindo e custando US$ 4,99, mas no momento não oferecem grande vantagem prática além do direito a suporte prioritário - segundo o anúncio da mudança, funcionalidades futuras da plataforma Wunderkit, como o armazenamento e compartilhamento de arquivos, trarão vantagens adicionais para quem for usuário Pro.
Seja qual for a razão que levou a mudar a estrutura de preços, a medida em si é positiva e vantajosa para o usuário. Caso eu migre do Wunderlist para o Wunderkit, vou lembrar do gesto e retribui-lo pagando o preço da conta Pro mesmo sem precisar dela, e tenho certeza de que outros usuários retribuirão do mesmo modo, ajudando a manter o projeto em operação.
E se isso, somado à presença do app em uma variedade de plataformas, ajudar a tornar realidade a ideia das atividades coordenadas em grupos de estudo, em turmas de pós-graduação cheias de compromissos em horários absurdos, para gerenciar a agenda de ensaios de bandas e grupos de teatro, e tantas outras aplicações simples da gestão de produtividade pessoal, tenho certeza de que os autores do Wunderkit saberão colher outros frutos adiante ツ
Conectar um instrumento musical ao iPad para tirar um som diferente usando os amplificadores simulados do app, ou mesmo para gravar e mixar (com outros instrumentos reais, com os virtuais do GarageBand, ou mesmo com a sua voz) de forma portátil e divertida são interesses comuns de músicos (e aspirantes) plugados.
Embora seja suficientemente fácil, o procedimento não é óbvio, razão pela qual este tutorial ilustrado da MacLife chamou minha atenção: em 9 slides, mostra os passos essenciais do procedimento para a guitarra, e ainda trata do teclado e da conexão de um microfone.
Mas para começar é preciso ter o hardware apropriado, na forma de adaptadores para os cabos e conectores dos instrumentos. Para a guitarra eles usaram o iRig (mas poderiam ser outra solução, como nosso já conhecido Jam) e para o teclado mencionam o iRig Midi ou o Camera Connection Kit.
Fora isso são apresentados (com a objetividade e ausência de profundidade típicas de slides) como ligar o recurso de monitor para ter retorno nos fones de ouvido, como usar o próprio GarageBand para afinar, como escolher um dos simuladores de amplificador (eu simpatizo com o 50’s Rock & Roll), como selecionar e usar os simuladores de pedais de efeitos, e mais.
Há 2 semanas eu adiantei em um trailer como ia ser o Reckless Racing 2, que seria lançado nos próximos dias. Eu estava otimista, e as minhas expectativas se confirmaram: ele já foi lançado e tem tudo para ser campeão de audiência no meu iPad (e no meu iPhone também) em 2012.
Não tenho muito tempo livre para jogos, e talvez isto possa servir como a melhor síntese do poder de atração do jogo: ele está instalado há menos de 1 semana, e por duas vezes eu já o joguei (no modo Carreira) até esgotar a bateria do meu iPad 2. E diariamente tenho encontrado ao menos meia horinha para avançar mais algum campeonato, ou para conseguir terminar em primeiro lugar em alguma pista mais desafiadora.
O jogo tem nível de dificuldade adaptativo, que vai se intensificando conforme você pega as manhas: no começo os adversários correm devagar, daqui a pouco você percebe que eles estão cada vez mais próximos do traçado ideal de cada curva, e de repente (quando tudo já parecia fácil demais) eles começam a fechar você e a bater na sua lateral nas curvas apertadas ツ
Aliás, a questão do traçado ideal das curvas é importante: como diz o Galvão Bueno e você pode conferir no trailer oficial acima, o balé do automobilismo tem papel essencial neste jogo, não apenas para ganhar alguns segundos, mas também para não sair pela tangente (com a consequência adicional de derrubar placas, atropelar obstáculos, e eventualmente despencar de algum barranco) nas curvas cada vez mais apertadas.
Neste aspecto, ele frequentemente me faz lembrar do F1 Spirit (da Konami, para o MSX nos anos 1980): os controles são fáceis, mas mesmo assim domar a necessária derrapagem na entrada da curva e o ponto de retomada da aceleração na saída dela desafia mesmo.
Mas a similaridade não é completa: no Reckless Racing 2 a física dos movimentos é bem realista (aceleração, trajetórias, inércia, ...), mas a dos impactos é muito benevolente: os carros não deformam nem estragam, e o combustível não acaba. Na prática, para mim isso agrega diversão (por exemplo, planejando bem dá de usar o guard-rail ou até o carro do adversário para conseguir apertar melhor a trajetória em uma curva difícil), mas talvez incomode um pouco a turma menos casual.
Minha dica aos recém-chegados: gastem 20 minutinhos no modo Arcade antes de passar para o desafiador modo Carreira: não só você terá oportunidade de conhecer vários carros e pistas, como ainda acumulará um bom dinheirinho para investir no seu primeiro carro já nas corridas iniciais (na lama, claro) da sua carreira, e assim já começa um pouco mais veloz e mais estável.
Outro aspecto bem pensado deste jogo e que merece uma dica específica é que quando você instala o Turbo no seu segundo ou terceiro carro ele fica ótimo para o asfalto, mas existe a possibilidade de ele ficar rápido demais para as pistas de terra. Quando isso acontece, lembre-se de desativar o turbo na oficina antes da corrida começar, senão não há estabilidade que dê jeito – embora seja divertido entrar nas curvas tão de lado a ponto de quase estar de ré!
Há várias opções interessantes para modificar o jogo, e a única que eu faço questão de mudar é o modo de controle: sou jogador casual assumido, e escolho o modo Tank, que tem aceleração automática e um botão direcional para cada mão. Quem prefere mais precisão pode optar por ter um volante e controle de aceleração, freio e ré - ou mesmo usar a inclinação do iPad para dirigir.