Tweetbot: como ativar as notificações do iPhone e iPad

A versão 2.0 do TweetBot (que foi a primeira para o iPad) saiu há poucos dias e, na ocasião, eu comentei que gosto deste app a ponto de, quando ainda não havia a versão para o iPad, usar nele a versão para iPhone, mesmo em detrimento de tantos outros clientes Twitter nativos para o tablet da Apple.

A chegada da versão para iPad e a intensidade da reação dos usuários fez com que muitos curiosos experimentassem o app pela primeira vez nesta semana e, por usá-lo na configuração default, acabam não percebendo um recurso que muitos considerariam útil: o acesso do TweetBot à Central de Notificações do iOS, para avisar sobre eventos considerados relevantes (cada um escolhe os seus: DMs, menções, novos seguidores, ser marcado como favorito, etc.) mesmo quando outro app está em execução.

Como a versão 5 do sistema iOS dos iPhones e iPads (e iPods Touch, claro) trouxe no ano passado um novo sistema de notificações que consegue informar sobre os eventos sem atrapalhar o uso de outros apps, pode valer a pena considerar a ideia de fazer uso dele também para seu uso do Twitter.

O procedimento não é dos mais complexos, mas tem bem mais passos que a típica configuração de apps no iOS. Começa por pressionar o ícone do usuário no canto superior esquerdo da tela (marcado com a seta vermelha na tela da esquerda, acima), depois em Accounts & Settings, em Settings, no nome do seu usuário e em Notifications - e aí você chegará na tela da direita, acima.

Aí é só usar os botões ON/OFF para escolher quais dos eventos deverão gerar notificação. Além disso, você pode usar as "Sleep Options", se ativar, para definir o horário de início e o horário de fim do período diário em que deseja não ser notificado pelo TweetBot.

E não esqueça de dar uma revisada nas opções de notificação (no app Ajustes) para ver se está tudo de acordo com as suas preferências!

Hat tip: Cult of Mac

CEO Tim Cook diz que Apple vai focar mais no Brasil e comenta os números do mercado

A Apple tem tido vários números interessantes para exibir recentemente. Não é o foco do BR-Mac fazer a cobertura do mercado (share, lucratividade, etc.), mas alguns indicadores me chamaram a atenção recentemente:

Haveria vários outros indicadores para apresentar a situação positiva pela qual a Apple vem passando no mercado, mas este não é nosso foco: os dados acima estão presentes apenas para emoldurar a informação que me chamou a atenção na apresentação voltada aos investidores que o CEO Tim Cook fez hoje na Goldman Sachs:

O faturamento da Apple nos países em desenvolvimento passou de US$ 1,4 bilhões em 2007 a US$ 22 bilhões em 2011. E por países em desenvolvimento, entenda os arredores da China, a Índia, a Europa ocidental, o Oriente Médio, a África e a América Latina, incluindo o Brasil.

A razão desta explosão do faturamento me chamar a atenção não é por admirar o sucesso da empresa, mas sim porque o processo da criação dessa participação no mercado tem consequência direta para nós, usuários brasileiros dos produtos dela (além da mera questão da transferência de recursos financeiros).

Ocorre que o fenômeno teve início com a chegada do iPhone nestes mercados e, durante a mesma apresentação, Tim Cook falou sobre o positivo "efeito halo" que o iPhone tem sobre outros produtos da empresa, como os Macs e iPads, inclusive nos mercados emergentes como o nosso - razão pela qual a importância deles na estratégia da empresa se multiplica.

Tim Cook fala claramente sobre continuar a desenvolver o ecossistema ao redor do iPhone, inclusive nos países em desenvolvimento – e ele menciona especificamente o Brasil que, junto com a China, representa 25% do mercado projetado para daqui a 2 anos.

Portanto, a presença da Apple por aqui (e na Rússia e na China, também mencionadas especificamente) é considerada de importância crítica, está só começando (mal arranhando a superfície, para usar uma expressão do próprio Cook) e tem a atenção da empresa.

O que isso vai representar em termos da estrutura de preços, da presença no varejo, do tempo que os produtos levam para chegar às vitrines brasileiras, etc. é algo a acompanhar e aguardar para ver. Mas o tamanho da atenção que despertamos agora está um pouco mais claro, e o horizonte temporal em que podemos esperar as mudanças (2 anos) também. Agora é torcer para os efeitos surgirem como esperamos ツ

NoSleep: MacBook funcionando mesmo com a tampa fechada

Em um post anterior tratamos do Caffeine, um utilitário que permite desativar o repouso automático para econoia de energia que estiver configurado em seu Mac – por exemplo, para evitar a interrupção de um longo download ou de uma tarefa de monitoramento.

Ele (ou o comando do Terminal que o substitui) é muito útil na minha rotina, e agora conheci o NoSleep, um programa similar que usa uma técnica mais avançada (envolvendo uma extensão do kernel do OS X) para realizar uma tarefa desejada por muitos usuários de MacBooks: evitar que o sistema entre em repouso automaticamente quando você baixa a tampa, mesmo que você não tenha conectado um monitor ou mouse/teclado externos.

Quando um monitor externo, um teclado/mouse e a fonte de alimentação estão conectados ao MacBook, ele oferece nativamente o chamado modo clamshell, que permite continuar operando o OS X no monitor externo mesmo com a tampa fechada.

Mas quando o NoSleep entra em cena, os periféricos deixam de ser necessários para a tarefa, e você pode manter o seu MacBook em operação (durante um download longo, uma tarefa de monitoramento, etc.) com a segurança da tampa fechada, sem precisar de teclado, mouse e monitor.

O NoSleep é código aberto, e cria um ícone na barra de menus e um painel de preferências do sistema.

Veja também: InsomniaX, SleepLess.

Privacidade: Minimize e oculte todas as janelas do Mac com uma combinação de teclas

Às vezes o aniversariante chega bem na hora em que você estava escrevendo o e-mail de convite para a festa-surpresa, e você não tem outra alternativa a não ser esconder o que está na sua tela.

Já vimos anteriormente o atalho Shift + Control + ⏏ que, nos Macs que têm tecla Eject, coloca o monitor imediatamente no modo de economia de energia, apagando e escondendo tudo que estiver na sua tela até que você o desperte pressionando alguma tecla.

Mas se o aniversariante em questão chegou até você porque queria que você fizesse ou visse algo no seu computador, o truque acima pode não ser uma solução, e aí você pode memorizar mais uma combinação salvadora:

Option + ⌘ + H + M

Trata-se de uma combinação dos atalhos convencionais que minimizam e ocultam todas as janelas abertas - mais precisamente, que minimizam para a Dock as janelas do aplicativo que estiver ativo, e que ocultam todas as demais janelas.

Mas fique atento para a observação que a Apple faz sobre esta classe de atalhos: ao contrário do que ocorre com o Shift + Control + ⏏, que é um atalho do próprio sistema operacional, alguns aplicativos podem não suportar os atalhos convencionais.

Mas a ampla maioria suporta, e se você estiver em uma situação que exige este tipo de privacidade, recomendo testar antes ツ

Eu também uso só uma parte desta dica (deixando o M de fora: Option + ⌘ + H) também para reorganizar rapidamente o desktop quando ocorre a situação de perceber subitamente que há muitas janelas abertas competindo pela minha atenção quando eu quero me dedicar a apenas à que está em foco.

Uma dica extra: na maioria dos Macs, em suas configurações default, você também pode provocar um sumiço rápido de todas as janelas (mas todas elas voltarão quando você abrir alguma) usando o comando de exibir o desktop: fn + F11.

Hat tip: OS X Daily.

Noteshelf: anotações à mão no iPad

Há alguns meses tratei da questão das anotações à mão no iPad, algo desejado por muitos usuários e provido por uma variedade de apps. Na ocasião destaquei 2 deles: o Bamboo Paper e o Penultimate.

Confesso que após a aquisição de uma capa BooqPad com um bloco de anotações embutido, a minha demanda por anotar no próprio iPad diminuiu bastante: o bloco de papel e uma boa caneta passaram a estar bem perto do iPad sempre que a ocasião surge.

Mas compreendo que para muitos usuários a demanda não é por escrever à mão, mas sim por escrever à mão no iPad, razão pela qual volto hoje brevemente ao tema com uma recomendação: embora os apps que eu testei anteriormente continuem bons e tenham sido atualizados desde então, há uma (nem tão) nova alternativa muito interessante a testar: o Noteshelf.

Assim como o Bamboo Paper na época do meu review anterior, o Noteshelf tem o recurso de zoom que permite escrever ou desenhar com bem mais precisão. Além disso ele tem várias vantagens, como organizar o conteúdo em vários cadernos apresentados em uma estante ordenada como você preferir, permitir transferir páginas entre cadernos, protegê-los com senhas, classificá-los com etiquetas, compô-los com páginas em formatos variados (agenda, planejamento, diário, musical, etc.) e muito mais.

Aos interessados em saber mais, recomendo o review completo publicado pelo iMore, do qual extraio a lista de destaques positivos:

  • Grandes variedades de cores e tamanhos de ponta de caneta
  • Suporte a zoom para notas menores e mais detalhadas
  • Possibilidade de inserir fotos
  • A proteção para o punho funciona bem

O Noteshelf custa US$ 5,99 na App Store.

Entrevista: criador do Growl fala sobre os bastidores do desenvolvimento para OS X

O gerenciador de notificações Growl é um dos utilitários essenciais dos usuários avançados do Mac, e incluído em boa parte das listas de downloads essenciais para os recém-chegados também.

Nesta entrevista ao The Verge, o desenvolvedor Christopher Forsythe compartilha várias informações que, ainda que não sejam grandemente interessantes aos seus usuários, certamente podem ser úteis a outros desenvolvedores interessados no mundo Apple.

Além de comentar sobre a origem do projeto (que ocorreu há 8 anos, ao contribuir com o Adium e perceber que outro aplicativo de chat tinha necessidades similares de notificação na tela e que não havia razão real para ambos precisarem criar e manter o seu separadamente) e sobre as diferenças entre os sistemas de notificação de desktops e de dispositivos móveis, o autor do Growl trata de vários outros tópicos interessantes, incluindo:

  • Como foi a migração do Growl para a Mac App Store e para o modelo de disponibilização comercial – surpreendentemente, considerando os anos de disponibilização como código aberto e gratuito, ele relata que a maior parte do feedback recebido dos usuários foi positivo.
  • Como é manter o equilíbrio entre implementar sua própria visão de como deve ser a interface com o usuário e ao mesmo tempo buscar aderir às convenções usuais do OS X - tanto nas notificações quanto no painel de preferências. Ele explica por que opta por se afastar das convenções, e compara com sistemas que adotam um visual mais complexo para as notificações, no Linux.
  • O protocolo de rede que ele está desenvolvendo para facilitar a comunicação entre clientes e sistemas de exibição de notificações (não apenas o Growl) - já tem até uma porta de rede reservada oficialmente junto à IANA!
  • A surpresa que ele está guardando para a próxima versão do Growl

Além disso, as trivialidades interessantes típicas de perfis de desenvolvedores estão presentes em itens como qual o smartphone que ele usa (e quais usou anteriormente), qual o tema visual para o Growl (feito por terceiros) ele acha mais legal, que outros apps para Mac mais o atraem, que músicas costuma ouvir enquanto programa, qual seu truque para se manter concentrado, e mais.

Recomendo: 5 Minutes on The Verge: Growl's Christopher Forsythe.

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