Jogos para iPad: Nostalgia digital com River Raid e Enduro

Quem foi adolescente urbano dos anos 80 quase certamente jogou Enduro e River Raid nos quase onipresentes videogames Atari (e seus inúmeros clones, como o meu guerreiro Dactar II).

Estes 2 jogos representam uma parte importante da era de ouro da plataforma, e têm o comum o fato de terem sido produzidos não pela própria Atari, mas sim pela Activision - razão pela qual estão ausentes em coletâneas dos jogos da própria Atari, como o Atari's Greatest Hits que já analisamos (e não gostamos) há alguns meses.

Mas não é por isso que você não vai poder jogar Enduro e River Raid no iPhone (ou iPad) para matar a saudade ou satisfazer seu gosto por retro gaming: a Activision também costuma lançar coletâneas de seus clássicos em várias plataformas, e nestes 2 casos podemos também contar com os remakes feitos por desenvolvedores independentes.
 

Enduro para iPhone e iPad

O Enduro foi lançado pela Activision em 1983, diretamente para o Atari 2600. A ideia do jogo é bastante simples: uma corrida que dura vários dias, e para passar ao dia seguinte você precisa ultrapassar um determinado número de carros (200 no primeiro dia, e 300 a partir do segundo).

A cada dia da corrida você encara situações diferentes: neve, corrida noturna, neblina, etc. - e conforme os dias avançam, vai ficando mais difícil desviar dos carros adversários.

O Enduro para iPhone e iPad é um remake feito pela Nemo Games que reproduz os gráficos e sons originais, mas oferece uma novidade bem-vinda: a possibilidade de dirigir o carro usando o iPhone (ou iPad) como volante - bastando para isso ativar a opção do acelerômetro. O freio e o acelerador permanecem sendo botões na tela, mas não é difícil interagir com eles.

O Enduro custa US$ 0,99, mas tem também uma versão Lite gratuita (com restrições) para você testar e ver se vale a pena ;-)
 

River Raid para iPhone e iPad

O River Raid foi lançado originalmente em 1982, também pela Activision e diretamente para o Atari 2600 (embora depois tenha sido portado por ela para outros consoles e até para os computadores MSX e PC, entre outros).

O jogo tem um pouco mais de elementos do que o Enduro: você pilota um avião com controle nas 4 direções, sobrevoando um rio (sem poder sobrevoar as margens e alguns obstáculos fixos, como pontes e ilhas) e com a missão de alvejar barcos, helicópteros, aviões inimigos, pontes e depósitos de combustível, sendo que nestes últimos você também pode reabastecer seus próprios tanques, bastando para isso sobrevoá-los.

Entre os remakes modernos do River Raid, o AirFox HD para iPhone e iPad é um dos que me agrada. Produzido pela Tango Games, o jogo tira melhor proveito de recursos de jogabilidade do iPhone e iPad- não apenas quanto aos controles (também baseados em inclinar o aparelho), mas também por integração ao Game Center e outros detalhes que demonstram a atenção ao produto.

Os sons e gráficos são reproduzidos fielmente e, ao menos nas fases iniciais que eu já consegui alcançar, a posição dos inimigos e o mapa do rio são os mesmos que a minha memória da infância ainda guarda!

O preço do AirFox HD é o mesmo do Enduro: US$ 0,99, também com disponibilidade de uma versão grátis para testar.

Não são exatamente 2 concorrentes à lista dos melhores jogos para iPad mas, nos 2 casos, pra mim parece uma boa oportunidade para organizar um campeonato na próxima festa com os amigos que também viveram a febre do Atari no Brasil, ao som dos primeiros discos do U2 e passando Curtindo a Vida Adoidado em um telão - ou mesmo para matar a saudade de um tempo em que os jogos eram bem menos complexos, mas não por isto atraíam menos a nossa atenção!

E se você não encontrar estes jogos na App Store brasileira, lembre-se que pode haver alternativas! ;-)

Privacidade instantânea com um atalho de teclado no Mac

Pessoas inconvenientes e computadores inconvenientemente posicionados são fatos da vida. E mesmo o mais discreto dos familiares ou colegas de trabalho estão sujeitos a se aproximar no exato momento em que você está digitando o e-mail convidando outras pessoas para a festa surpresa deles.

Existem várias soluções possíveis para fazer sumir instantaneamente tudo o que está na sua tela no Mac, mas elas podem ter efeitos adicionais indesejados, demorar demais ou exigir configuração prévia (por exemplo, nos Cantos de Acesso Rápido, configuráveis na tela de preferências do Protetor de Tela ).

Como uma alternativa de uso geral que independe de configuração prévia e pode ser ativada imediatamente quando a privacidade do conteúdo da sua tela estiver em jogo eu sugiro, portanto, que você memorize um comando de teclado que vem previamente configurada no seu Mac, e que atua diretamente no seu monitor.

E o atalho que recomendo é composto por 3 teclas:

Shift + Control + ⏏

Vale destacar que a tecla ⏏ (Eject) está localizada junto à F12 ou no canto superior direito, dependendo do modelo dos teclados atuais da Apple.

O que este atalho faz é muito simples: coloca o monitor imediatamente em modo de economia de energia, apagando a tela sem nem mesmo passar pelo screen saver - mas sem afetar o estado do computador em si, que continua rodando e com as mesmas conexões e aplicativos abertos.

Ou seja: quando a pessoa que apareceu em hora imprópria sair de perto, basta pressionar qualquer tecla ou mexer o mouse e a tela volta a acender, para que você continue do ponto em que parou, como se tivesse apenas ativado a proteção de tela ou algo assim.
 

Bônus: colocando o Mac para dormir

Quando a questão não for de privacidade, mas sim de colocar o Mac inteiro para dormir porque você vai se afastar dele por algum tempo e deseja economizar mais energia sem desligá-lo completamente, nem aguardar o prazo de inatividade configurado no Economizador de Energia, nem baixar a tampa (se for um MacBook), também há um atalho à disposição.

Para este caso, as 3 teclas são:

Option + ⌘ + ⏏

E pronto: repouso instantâneo, que vai durar até o computador ser acordado por você ou por alguma interrupção programada.

E, como bem lembra o Lifehacker, neste caso uma configuração prévia permite usar o atalho também como uma opção de segurança, bastando ativar a exigência de senha para recomeçar a usar o Mac após o repouso (em  | Preferências do Sistema | Segurança e Privacidade).

E se você quiser ser mais radical na economia e desligar o computador (após a rotina usual de ver todos os aplicativos fechando e eventualmente confirmar que quer gravar algum trabalho não salvo), basta adicionar a tecla Control a este atalho, que passa a ficar assim: Control + Option + ⌘ + ⏏.

Hat tip: Lifehacker

Apps regionais: NoiteHoje (RS, SP, Rio) e TrânsitoCE (Ceará)

Os smartphones andam sempre conosco e são um meio excelente tanto para coletar quanto para difundir informações de interesse regional. A intensidade deste potencial ficou registrada na imprensa pelo poder de mobilização do público durante os recentes distúrbios populares em Londres, quando a dupla smartphone + redes sociais praticamente dirigia as massas, com informações obtidas no local dos conflitos e disseminadas imediatamente a quem estava próximo.

Claro que há propósitos bem mais suaves para uso deste potencial, e a minha expectativa é ver surgirem cada vez mais apps que os atendam, considerando os interesses e características de cada região - e, quem sabe, algumas delas vão acabar se expandindo para atender a áreas maiores e acabarão sendo grandes sucessos nacionais no futuro ;-)

Hoje veremos 2 exemplos de apps cujos desenvolvedores optaram por trilhar o rumo da regionalização. Torço para que funcionalidades similares cheguem logo às regiões de cada um de nós. Exemplos adicionais serão muito bem-vindos nos comentários!
 

TrânsitoCE

O TrânsitoCE é uma iniciativa (que inclui uma app para iPhone) para coletar colaborativamente e divulgar as ocorrências no trânsito cearense. Entre as categorias de situações e ocorrências de trânsito mencionadas estão: Acidente, Trânsito Livre, Congestionamento, Obra, Via Bloqueada, Alagamento e Buracos.

A app do iPhone não é a única forma de participar: também há presença no Twitter e no Facebook, e o próprio site do projeto também oferece interação.

As ocorrências registradas pelos usuários são disponibilizadas rapidamente para o público, mapeando o comportamento do trânsito no estado.

O aplicativo foi desenvolvido pelos programadores Micael Estrázulas, Rodrigo Coifman e Joares Miranda, que consideram o projeto, antes de tudo, um serviço de utilidade pública, uma forma de ajudar a tornar melhor o trânsito no Estado. Um aviso na descrição da app está em sintonia com este posicionamento: "Não divulgue BLITZ, elas estão aí para fazer cumprir a lei e nossa função não é atrapalhar este processo!"
 

Noite Hoje

O Noite Hoje é um aplicativo que coleta de fontes externas, agrega e exibe (na web, iPhone e Android) a programação noturna de festas e shows das regiões abrangidas (no momento, Porto Alegre, São Paulo e Rio).

Obra de uma equipe de 6 desenvolvedores (Felipe Lima, Felipe Kellerman, Ico Portela. Leonardo Tartari, Lucio Maciel e Otávio Cordeiro), o Noite Hoje adota uma abordagem diferente da do TrânsitoCE: as informações são obtidas de sites variados, e não diretamente por parte dos usuários.

O Noite Hoje permite consultar (em listas ou em um mapa) os eventos noturnos programados para cada uma das cidades, e para cada um deles traz informações como data, horário, endereço, localização no mapa, telefone, site, descrição, line-up, preços, onde comprar ingressos e o que mais tiver sido divulgado pelo organizador de cada show nos sites usados como fonte pelo aplicativo.

A versão para iPhone tem um atrativo extra para a hora de escolher aonde ir: a lista de eventos mostra a distância de cada um deles em relação ao ponto em que você está, como você pode ver na tala acima à direita. Muito bem executado!

E a descrição da app também traz um aviso importante: se beber, vá de taxi ;-)

Parabéns a ambas as equipes - tanto pela iniciativa quanto pelo resultado -, muito sucesso ao projeto, e tomara que tenha fôlego para se expandir logo para mais estados ;-)

Boom: aumente o volume do seu Mac além do limite original

Já tentou aumentar o volume do MacBook para mostrar um vídeo a alguém do outro lado da sala e ficou desapontado ao perceber que o volume máximo não é tão máximo assim?

Quando se trata de aumentar o volume do áudio, dificilmente se escapa de um conjunto de limites que faz aparecer distorção ou perda de definição quanto mais você se aproxima do volume máximo.

Por outro lado, há situações em que a cautela (ou conservadorismo) de quem configura o hardware parecem limitar o volume bem abaixo do que o equipamento suportaria - e parece ser o caso de muitos MacBooks, cujo volume máximo fica bem abaixo do que esperaríamos quando queremos que mais do que 2 pessoas acompanhem algum vídeo, ou quando queremos acompanhar algo a mais de 2m de distância.

Claro que na maior parte das situações o notebook é um aparelho para uso individual que não fica a mais de 1m de distância, e faz todo o sentido do mundo otimizar sua configuração para esta situação.

Mas às vezes precisamos tanto de um reforço de ganho do áudio, que abriríamos mão de uma parcela da definição e aceitaríamos alguma distorção em troca de poder permitir que todo mundo ao redor da mesa assista ao vídeo, certo?

E a solução é... ter à mão um bom par de caixas de som alimentadas, com subwoofer e plug P2.

Mas não era essa a solução que você esperava, né?

 

Entra em cena o Boom

Vamos então a uma segunda alternativa: o Boom, um utilitário que coloca na barra de menu um controle de volume adicional, complementar ao do OS X, que permite aumentar o som bem além do nível máximo "oficial".

E aumenta mesmo: não tenho aparelhagem para quantificar, mas é suficiente pra passar do "só isso?" pro "agora sim" por aqui (em troca de perda de definição, nunca é demais frisar).

O Boom também tem um equalizador gráfico, para que você tenha um pouco mais de controle sobre como vai ser aplicada a amplificação. Você pode operar diretamente as 10 faixas correspondentes aos graves, médios e agudos, ou selecionar a partir de alguns bons presets: acentuar vocais, baixo, agudos, suave, filme, etc. - neste sentido, provavelmente agradaria até mesmo ao Tim Maia e ao João Gilberto, embora este último certamente não aceitaria começar o show enquanto não corrigissem a distorção (e o primeiro nem teria comparecido!).

Depois de ativado, ele aumenta o volume de acordo com a sua configuração, para o som de qualquer aplicativo que enviar para a saída de áudio (fone de ouvido) ou para o som interno do Mac: vídeos do navegador ou de outros programas, músicas do YouTube, programas de bate-papo, jogos, etc.

Mas o Boom também tem um recurso que você não deveria jamais usar (e os comentários negativos dos usuários que o experimentaram são bem expressivos): o 'Boost File', que busca converter suas músicas e vídeos do iTunes para versões com volume amplificado, para que elas fiquem mais altas também no iPhone, iPod, etc. - só que neste caso a perda de definição nas músicas convertidas será permanente, não dá de desligá-la quando você quiser ouvir em fones de ouvido, por exemplo. Na minha opinião, não vale a pena - mas talvez você tenha demandas diferentes.

Mas o controle de volume adicional no Mac só distorce enquanto está em uso e, dependendo de como você usar, e do áudio que estiver tocando, a distorção pode nem ser perceptível. E para garantir a ausência de distorção, ele tem um botão que o desliga completamente, para quando você quiser ter certeza de que vai ouvir até a expiração do vocalista antes do refrão!

Eu fiz a instalação do Boom via Mac App Store, e ela precisou ser complementada por um download (comandado a partir da própria janela do Boom) para poder interferir com o som do sistema. Nada muito complexo, e só dá trabalho na primeira vez.

Recomendo, mas use com moderação, para preservar seus ouvidos, a tolerância alheia, a fidelidade do áudio e a durabilidade das caixas de som!

WakeMeHere: o iPhone acorda você na hora de descer do ônibus

No meu tempo de estudante, 2 necessidades entravam em conflito regularmente: a de dar uma última olhadinha no material da prova durante o trajeto para a escola, e a de não deixar passar o ponto em que eu precisava descer para chegar à sala de provas a tempo.

Naquela época eu não tinha iPhone, nem smartphone ou celular, então tinha que ficar com um olho no peixe, outro no gato: nada de deixar a leitura me absorver totalmente a atenção, senão eu poderia perder a prova por não saltar do ônibus na parada certa.

Anos mais tarde a mesma situação voltou a acontecer com o transporte intermunicipal no final de semana - pegando o ônibus para passar o final de semana com a família depois da última aula noturna de sexta-feira, se eu adormecesse e passasse da minha cidade, acabaria descendo só na capital do estado vizinho - nada bom.

Mas agora existe um aplicativo que poderia ter me ajudado bastante nessas jornadas por transportes coletivos: o WakeMeHere, que usa os serviços de localização do iPhone para permitir que você defina um local no qual deseja ser acordado pelo iPhone quando chegar.

A interface é simples e bastante intuitiva: encontre no mapa o local desejado (navegando visualmente ou digitando um endereço) e deixe pressionado, arrastando para indicar o raio ao redor do ponto selecionado.

O WakeMeHere faz bom uso da multitarefa do iPhone: depois de definir e ativar, você pode ir para outra app para ler um livro, assistir a um vídeo ou ouvir música, ou colocar o iPhone no bolso para tirar uma soneca - e quando chegar ao local marcado, o iPhone vai tocar um alarme sonoro e vibrar até que você confirme que está acordado.

Fiz vários testes e funcionou muito bem, mas vale fazer 2 alertas: (1) os serviços de localização aumentam bastante o consumo de bateria, e (2) como qualquer tecnologia, eles não estão disponíveis durante 100% do tempo e em 100% dos locais.

Portanto, não descuide da sua segurança, especialmente se for muito crítica a sua necessidade de ser acordado (ou interrompido) no local certo. Talvez valha a pena definir também um alarme comum do iPhone baseado no horário estimado para a chegada como complemento, até que você tenha certeza de que o sistema funciona bem na sua rota - mas o melhor mesmo, em qualquer circunstância, é deslocar-se sempre em condições de manter-se alerta por seus próprios meios durante todos os trajetos!

Hat tip: iPhone AppStorm.

Atualização: no final da tarde de sexta-feira, o autor da app comentou aqui no BR-Mac e disponibilizou 5 promo codes para quem quiser adquirir o WakeMeHere. Cada um dos 5 é válido apenas para um usuário, portanto... boa sorte e tomara que você seja um dos 5 a conseguir usar ;-)

TotalFinder coloca abas no Finder, lista as pastas primeiro, abre paineis duplos e mais!

O TotalFinder é um plugin para o Finder (o navegador de arquivos default do OS X) que acrescenta diversos recursos e configurações que usuários de outros sistemas operacionais ou de utilitários mais avançados estão acostumados a encontrar.

Entre os recursos mais procurados e que o TotalFinder implementa, estão:
 

  • Mostrar as pastas no alto da lista, acima dos arquivos:

  • Abas permitindo navegar por múltiplas pastas em uma mesma janela, como nos navegadores web:

  • Painel duplo facilitando comparar visualmente e mover arquivos entre 2 pastas:

Além disso, entre vários outros recursos adicionais, o TotalFinder permite recortar e colar arquivos de uma forma mais cômoda do que a implementada no Lion ;-)

Diferentemente do Path Finder, que já abordamos por aqui anteriormente e que é um programa à parte, o TotalFinder é um plugin para o Finder do próprio OS X, que acrescenta recursos às instâncias do Finder enquanto ele está rodando.

A versão 1.2.5 do TotalFinder foi lançada hoje, funciona no Lion e no Snow Leopard, e custa US$ 18 - mas está disponível para download gratuito para testes durante 14 dias.

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