Alfred: mais praticidade para comandar o seu Mac

O Alfred é uma solução interessante para aqueles que gostam da interface gráfica mas não se furtam a adotar atalhos de teclado que - ao remover quando possível o tempo de deslocamento da mão até o mouse e do ponteiro até o menu ou ícone - encurtem o tempo entre decidir o que se quer fazer e comunicar esta intenção ao computador.

Existem muitas maneiras de usar o teclado para mandar o Mac localizar e abrir aplicativos ou documentos. O recurso default Spotlight faz isto muito bem, por exemplo, assim como as opções de pesquisa do Finder e da pasta de aplicativos da Dock (como lembrou ontem o leitor Thiago A.) ou o comando open no Terminal, entre tantos outros.

Mas quem é fã deste tipo de recurso no Mac deve a si mesmo a oportunidade de experimentar o Alfred, um utilitário gratuito que leva a produtividade dos comandos de teclado na interface gráfica a um patamar mais elevado.

A especialidade do Alfred é localizar rapidamente o aplicativo ou documento que você quer abrir (aprendendo a priorizar os mais usados ou mais relevantes), conforme você digita os primeiros caracteres do seu nome. Assim que o aplicativo ou documento certo estiver em primeiro na lista de localizados, é só apertar Enter e ele será aberto.

Ele tem algumas conveniências a mais do que outras alternativas similares (incluindo o Spotlight), incluindo a possibilidade de usar preferências e modificadores (find, open, in, ... - e algumas delas são de uso opcional) que permitem que ele identifique que o que você está procurando não é exatamente um documento, mas sim um site dos seus bookmarks, uma música do iTunes, etc. - ou mesmo que quer reencaminhar a consulta a algum site de busca na web.

Tudo isto ocorre a partir de uma mesma interface simples, de uma única linha de digitação, que aparece bem no meio do seu monitor sempre que você pressionar a combinação de teclas de ativação do Alfred - no meu caso, Option + Espaço - o mouse não precisa entrar na jogada.

Depois de dominar as funcionalidades básicas do Alfred, você pode começar a aprender mais alguns dos seus modificadores e expressões e usá-lo para copiar e mover arquivos diretamente, executar cálculos, mandar arquivos e pastas por e-mail, etc.  

O blog do Alfred é um bom lugar para ver exemplos de usos e funcionalidades. O Alfred em si está às vésperas de lançar sua versão 1.0 e é gratuito, tanto na Mac App Store quanto no site do desenvolvedor - mas depois de algum tempo usando, é provável que você queira investir na extensão Powerpack, que é comercial e oferece vários recursos de personalização, mais integração ao iTunes e ao catálogo de endereços, entre outras possibilidades interessantes.

Primeira atualização do Lion: Saiu o OS X 10.7.1

Saiu hoje o OS X 10.7.1, primeira atualização do Lion oferecida ao público em geral - e que os usuários do Lion podem obter pelo método usual: menu  | Atualização de Software, ou aguardar o sistema oferecer o upgrade em seu ciclo normal.

Segundo a Apple, a atualização veio com correções gerais que trazem mais estabilidade e compatibilidade ao Mac. Entre as novidades, estão:

  • Correção de um problema que podia fazer o áudio parar de funcionar ao usar a saída de áudio HDMI ou óptica.
  • Melhoria na confiabilidade de conexões Wi-Fi
  • Resolver uma situação que podia prejudicar a responsividade da interface ao exibir um vídeo no Safari.
  • Corrigir um problema que podia causar oscilações na tela do MacBook Air.
  • Tratar a questão do slot SD que podia funcionar em velocidade reduzida no Mac Mini.
  • Impedir uma situação que podia fazer o MacBook Air dar um boot após plugar o conector MagSafe.

Entre outras. Mais detalhes na página do OS X 10.7.1 na base de dados de suporte da Apple e também na descrição específica para o Mini e o Air.

AutoCAD para Mac: versão LT 2012 já na Mac App Store

O AutoCAD é frequentemente a ferramenta de referência para os profissionais de engenharia, arquitetura e outras áreas técnicas que recorrem ao CAD (computer aided design) em seus projetos. E a chegada da versão AutoCAD LT 2012 à Mac App Store é uma opção a mais para os usuários de Mac terem acesso a esta (cara) ferramenta.

Não é uma novidade isolada: já no ano passado, depois de uma longa ausência (desde 1994!) do mundo Apple, a Autodesk voltou a lançar uma versão completa do AutoCAD para Mac. E hoje a linha foi ampliada, com o lançamento do AutoCAD LT 2012 diretamente na Mac App Store.

O AutoCAD LT 2012 é uma versão 2D light que custa espantosos US$ 899,99 - mas o espanto torna-se relativo quando vemos os US$ 3.995 do preço da versão Full para Mac, que continua à venda pelos demais canais comerciais da Autodesk.

Meus conhecimentos sobre CAD são superficiais demais para eu oferecer uma descrição completa ou avaliação das funcionalidades do AutoCAD LT, mas a página do produto para Windows tem um comparativo entre a versão LT e a versão full que pode interessar aos profissionais da área.

A página do AutoCAD LT 2012 na Mac App Store tem detalhes sobre os requisitos, mas vou resumir a especificação recomendada: 4GB de RAM, tela de 1600x1200, OS X Lion ou Snow Leopard, 3GB de espaço livre em disco.

Lion em pen drive chega à Apple Store brasileira

Como foi divulgado por todos os cantos do público Apple, no lançamento do OS X Lion a opção oficial disponível para adquiri-lo era o download na Mac App Store - o que atende bem a quem tem conexões de alta velocidade e estáveis e vai instalar em só um ou poucos Macs, mas pode complicar a vida de quem está nas demais situações.

Antes ainda do lançamento oficial do Lion, entretanto, já surgiu um procedimento extra-oficial (testado e aprovado por muitos usuários) que permite criar um pen drive de instalação do OS X se for executado no momento certo do processo de download e instalação da nova versão pela Mac App Store - e aí pode ser usado para instalar o sistema em vários outros Macs.

Após algumas semanas do lançamento a Apple também lançou uma ferramenta grátis para criar pen drive de recuperação do Lion, que resolve um dos propósitos de ter o sistema em um pen drive: recuperação em caso de problemas em um Mac que já tinha o Lion instalado - mas tem algumas restrições em relação ao pen drive de instalação do procedimento "caseiro" acima.

Mas a Apple havia anunciado que passaria a oferecer uma alternativa adicional e, após muitos rumores na semana passada (quando começou a ser enviada para determinados clientes via AppleCare), hoje ela chegou de fato à Apple Store e já se encontra à venda: é o OS X Lion USB Thumb Drive, um pen drive de instalação que, como a solução caseira acima, dispensa a presença de banda larga na hora de instalar.

É uma solução bem mais custosa (US$ 69 contra os US$ 29 da opção via download), e tem um detalhe importante: a instalação por este método não permite reinstalação posterior via Lion Recovery - eventuais reinstalações também vão exigir o uso deste pen drive.

A solução também já está à venda na Apple Store brasileira, onde sai por R$ 199, com prazo de envio marcado como 2 a 4 semanas (no momento em que escrevo).

Remapeando a tecla F4/Dashboard para ativar o Launchpad

O Launchpad é a nova interface estilo iOS para localizar e ativar o aplicativo instalado que você deseja usar no OS X Lion.

Embora eu ainda esteja esperando para ser convencido da superioridade dele em relação a esquemas tradicionais como a pasta Aplicativos e vários utilitários dedicados a realizar esta função das mais variadas maneiras, o fato é que a Apple considera esta interface tão importante a ponto de merecer uma tecla dedicada em seus novos modelos de teclados, substituindo a Dashboard como função adicional default da tecla F4.

Pra quem tem um teclado de modelos pré-Lion e nem lembra mais quando foi a última vez que usou o Dashboard, pode não ser fácil remapear a funcionalidade default da tecla Dashboard (F4) para ativar o Launchpad usando só os recursos internos do sistema, mas isto não quer dizer que se trata de uma tarefa impossível por outros meios: um pouco de uso criativo de utilitários genéricos gratuitos pode resolver.
 

Entra em cena o FunctionFlip

Os teclados da Apple (incluindo os dos MacBooks e os modelos de anos recentes de teclados independentes, USB ou sem fio) têm uma fileira superior de teclas de função que vêm, por default, configuradas para responder primariamente por suas funções especiais.

No meu teclado sem fio, por exemplo, F1 e F2 respondem pelas funções de diminuir e aumentar o brilho da tela, F11 e F12 cuidam do volume, F8 é play/pause e assim por diante, conforme os ícones em cada uma das teclas.

Para usar cada uma destas teclas como se elas fossem simplesmente uma tecla de função padrão, não associada a um comando especial do sistema, é necessário pressioná-la em conjunto com a tecla fn - ou ativar a opção, em  | Preferências do Sistema | Teclado, que inverte este comportamento, deixando todas estas teclas funcionando como teclas de função comuns, e exigindo o uso junto com a tecla fn quando você quiser usar a sua função especial.

Mas isso é muito 8 ou 80, e o FunctionFlip oferece um meio-termo: forçar que apenas as teclas especiais que você não deseja usar com seu comando passem a operar como tecla de função comum, preservando os comandos especiais das demais.

A partir daí já dá de adivinhar o desfecho, em 2 passos: (1) instalar o FunctionFlip, usá-lo para fazer com que sua tecla Dashboard passe a ser meramente a tecla F4 (reproduzindo as opções da imagem acima), e...

(2) aí usar a configuração de Atalhos de Teclado (em  | Preferências do Sistema | Teclado) para definir a recém-emancipada tecla F4 como atalho para ativar o Launchpad.

Nem é tão complicado, né? E você ainda pode aproveitar para criar alguns atalhos adicionais em outras teclas especiais que estejam subaproveitadas no teclado atual ;-)

O FunctionFlip é open source e está disponível gratuitamente.

Hat tip: OS X Daily

DTerm: um terminal sempre à mão e no diretório certo do seu Mac

Quem é usuário frequente do Terminal no Mac e o aproveita também para complementar as operações realizadas na interface gráfica possivelmente está acostumado a uma rotina mais ou menos assim:

  1. Abre o Terminal
  2. Digita um comando na shell
  3. (opcional) Arrasta o documento que está aberto, ou outro ícone da interface (incluindo o ícone proxy, que fica na barra de título das janelas), para servir como parâmetro ao comando no Terminal
  4. (opcional) Copia o resultado, ou parte dele, para a clipboard
  5. (opcional) Fecha, minimiza ou esconde o Terminal
  6. Retorna ao aplicativo em que estava antes

Às vezes isto se deve à existência de determinados recursos mais facilmente acessíveis pela shell clássica do que pela interface gráfica, mas também pode ser por hábito arraigado no uso de outros sistemas operacionais ou mesmo por preferências pessoais - e felizmente cada um é livre para escolher a interface que melhor o agrada.

Mas se a sua rotina inclui a sequência dos 6 passos acima várias vezes por dia, permita-me sugerir uma olhada no DTerm, um terminal especializado que aparece sempre que você pressiona um atalho do teclado (Shift + ⌘ + Enter por default), já posicionado no diretório do documento ativo na aplicação em que você estava trabalhando, para que você possa digitar 1 comando, ver o resultado e, opcionalmente, copiar o resultado para a clipboard no ato de retornar à aplicação anterior.

Durante a execução ele também tem algumas opções, incluindo uma que eu acho bastante interessante: terminar o comando do DTerm com ⌘ + Enter (e não apenas com Enter) leva o comando diretamente ao Terminal default, onde tem início uma sessão interativa tradicional.

Quando o comando termina de rodar, seu resultado é apresentado na janela flutuante do DTerm. Neste momento, pressionar ESC permite fechar a janela do DTerm, e pressionar Shift + ⌘ + C copia toda a saída do comando para a clipboard e no mesmo ato fecha a janela do DTerm.

O DTerm é gratuito, e seu site oficial inclui um vídeo apresentando vários exemplos de uso e as teclas de atalho correspondentes.

Eu comecei a usar o DTerm diariamente desde que vi a dica na edição de setembro da revista MacWorld UK (que assino no iPad, por meio do Zinio) e tenho a impressão de que alguns de seus recursos avançados (que eu não usei o suficiente para ter certeza) precisam de atualização para o Lion, mas nada que comprometa o meu uso diário de seus recursos básicos desde então. Recomendo!

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