Como assistir vídeos no iPad - sem converter

Assistir filmes e séries no iPad deveria ser tão simples quanto transferir para ele as músicas que já estão no seu computador, certo? Mas, devido a questões como a suporte de formatos (de áudio, de vídeo, de legendas, etc.) e proteção contra cópias, acaba não sendo tão simples quanto poderia.

Converter vídeos para o iPad antes de assistir funciona, mas é chato e demorado - e existe outra solução!

Atenção: o artigo a seguir é sobre o app AVPlayerHD, que em semanas recentes está indisponível na App Store. Enquanto ele não voltar, recomendo avaliar esta alternativa: CineXPLayer.

A leitora Ana Lúcia S. perguntou por e-mail:

Tenho vários vídeos no computador de filmes e séries, e gostaria de levá-los comigo no iPad quando viajo, mas geralmente eles estão em formatos (DivX e outras siglas) que não consigo arrastar para o iTunes.

Já tentei convertê-los usando o Handbrake (que vi no kit de apps essenciais do BR-Mac, obrigada!) e aí dá de colocar no iPad via iTunes, mas dá trabalho, demoooora e ainda tem complicações com legendas, escolha de formato, etc. Tem um jeito mais fácil?

Tem! Eu não acho o Handbrake muito difícil nem especialmente demorado, mas provavelmente é uma questão de perspectiva: acredite, no passado a conversão (transcoding) de formatos de vídeos já exigiu bem mais ;-)

Embora o Handbrake permita selecionar um monte de detalhes técnicos sobre o formato do vídeo que irá gerar, de modo geral eu tenho ficado feliz em simplesmente abrir o seletor de formatos predefinidos (presets) e escolher o Apple/Universal ou o Regular/Normal. Quanto às legendas, ele tem um botão Add External SRT, na aba Subtitles, que permite abrir o arquivo com as legendas desejadas.

Mas hoje não estamos aqui para falar de como converter vídeos para o iPad com o Handbrake, mas sim sobre como assistir vídeos no iPad sem converter.

Dica: leia também: iPad: como assistir vídeos com legendas.

 

Por que não consigo assistir meus vídeos no iPad?

O iTunes e o aplicativo de vídeos do seu iPad são extremamente seletivos quanto aos filmes, seriados e clips que aceitam transferir e exibir.

E não é apenas uma questão de direito autoral (à qual você também deve ficar atento, naturalmente, para não acabar infringindo a propriedade alheia) mas também uma questão técnica: existem dezenas de combinações de formatos de áudio, vídeo e legenda, e a Apple optou por suportar apenas um conjunto delas.

Assim, se um vídeo que você consegue assistir perfeitamente no seu computador não é aceito pelo iTunes quando você tenta colocá-lo no iPad para assistir no avião ou na sala de espera, culpe a ausência intencional de suporte ao formato dele.

A solução usual envolve converter formatos, usando o gratuito (e open source) Handbrake mencionado acima, que é o meu preferido, e vários outros conversores similares (como o ffmpegx ou o Video Monkey).

 

Entra em cena o AVPlayerHD

Mas converter vídeos não é a única solução: também é possível levar ao iPad o suporte aos formatos de vídeo que a Apple preferiu esnobar.

Outros aplicativos já fizeram isso no passado, como o VLC, cuja versão para iPad ficou disponível por 2 semanas e acabou sendo removida da App Store para solução do conflito entre os autores, após um de seus co-autores notificar a Apple de que não concordava com os termos de licenciamento da disponibilização oferecida por outros integrantes do projeto.

No momento, o meu aplicativo preferido para realizar a mesma tarefa no iPad é o AVPlayerHD (comprei por $2,99 no iTunes), que faz o que se espera: reproduz no iPad os vídeos que você já tem no seu computador, bastando transferi-los para ele.

A transferência pode ser pelo próprio iTunes (conectando o iPad ao computador pelo cabo), ou via Wi-Fi, e ele lida bem com os seus vídeos MP4, MOV e M4V, com extensões que incluem as populares AVI, MKV, WMV, RMVB, MPEG e XVID, entre outras, com possibilidade de legendas (formatos SRT, SMI e mais) e até mesmo em alta definição, com possibilidade inclusive de enviar a imagem para uma TV ou projetor, usando o adaptador HDMI para o iPad (que vai até 1080p).

 

Como colocar seus vídeos no iPad

A maioria das pessoas vai optar pelo feijão com arroz da transferência via cabo, que não é nada muito avançado mas tem aquele jeitão bizantino típico do iTunes, que você acompanha seguindo as letras nas setas da imagem abaixo:

  1. pluga o iPad ao computador via cabo,
  2. clica no iPad [A] na lista de dispositivos do iTunes,
  3. aí clica na aba Aplicativos (no alto) [B],
  4. rola a tela até aparecer o Compartilhamento de Arquivos, no qual o usuário seleciona o AVPlayerHD [C] (que já deve ter sido instalado no iPad anteriormente, claro)
  5. o que fará abrir o quadro “Documentos de AVPlayerHD” [D],

e a partir daí fica tudo simples: é só arrastar seus vídeos preferidos para o quadro Documentos de AVPlayerHD (ou usar o botão “Adicionar”, se preferir).

Conforme os seus vídeos chegam no quadro “Documentos de AVPlayerHD”, eles já vão sendo automaticamente transferidos para o iPad, onde estarão disponíveis assim que você abrir a app. Antes de transferi-los, entretanto, lembre-se de realizar seu procedimento padrão pessoal para verificar se o ato não infringe direitos autorais!

Além disso tudo, a transferência por Wi-Fi vai interessar a quem tem redes locais especialmente rápidas e as aptidões técnicas necessárias, e permite FTP ou HTTP diretamente entre o seu computador e o aplicativo.

 

Assistindo vídeos no iPad

Depois que os vídeos já estiverem no iPad, é fácil assistir: basta abrir o AVPlayerHD nele, clicar no botão Media Explorer, escolher o seu vídeo e assistir!

Acima você vê o AVPlayerHD exibindo uma cópia do meu vídeo que mostra o boot do sistema operacional que roda nas urnas eletrônicas, que preparei para o BR-Linux.org.

Os controles podem ser visíveis na tela ou não (tocar uma vez na tela alterna entre as 2 possibilidades), e há alguns gestos adicionais bastante úteis: arrastar o dedo horizontalmente salta 10 segundos para a frente ou para trás, arrastar verticalmente acelera ou desacelera a exibição, e dar 2 toques na tela alterna entre vários modos de resolução do vídeo.

Configurações também não faltam – clicando no botão Settings da tela inicial você vai parar na tela acima (a coluna da esquerda rola, mostrando ainda mais opções), e poderá mudar vários comportamentos, configurações e até redefinir os gestos da interface.

 

Balanço geral

Converter os vídeos para o formato mais adequado ao seu iPad (com o Handbrake, por exemplo) dá uma garantia maior de que você não vai ocupar mais espaço do que o necessário (caso seu vídeo tenha resolução superior à que você irá usar, por exemplo) nem exigir processamento adicional (por exemplo, para reduzir a resolução) no momento de exibi-lo – causa comum daquelas “engasgadas” e travamentos na hora de ver um vídeo.

Por outro lado, assistir sem converter (que é o que vimos hoje, usando o AVPlayerHD) pode ser prático e conveniente, ainda que não ofereça a garantia de eficiência na ocupação do espaço de armazenamento no seu iPad, e possa ter que sujeitar você aos efeitos colaterais de algum processamento adicional na hora de exibir seus vídeos.

O lado bom é que você não precisa escolher só uma das alternativas. Na prática, eu converto com o Handbrake os vídeos que sei que vou mostrar para alguém no iPad, ou que vão permanecer armazenados nele por muito tempo, ou ainda que eu considere suficientemente críticos: se eu guardei um documentário para assistir numa viagem chata de avião, não custa me certificar, convertendo previamente, que ele vai ser exibido sem problemas.

Já os vídeos que eu quero transferir rapidamente, ou que não têm grande importância caso algum deles dê problema (e de vez em quando isso ocorre), ou que não valem o esforço e o empenho da conversão, ou que precisam ser transferidos com urgência têm um destino natural: o AVPlayerHD, do jeito que estiverem, e torcendo para que funcionem.

E geralmente funcionam!

Atenção: o artigo acima é sobre o app AVPlayerHD, que em semanas recentes está indisponível na App Store. Enquanto ele não voltar, recomendo avaliar esta alternativa: CineXPLayer.

Jogos para iPad e iPhone com descontão neste fim de semana

Jogos para iPad e iPhone de grandes produtoras como EA Games, Namco e Gameloft estão com descontão comemorativo durante todo o final de semana.

Este é o final de semana do Dia dos Pais nos EUA e em muitos outros países que, diferentemente do Brasil, comemoram a data no terceiro domingo de junho.

Para comemorar, 3 grandes produtoras de jogos prepararam promoções cortando os preços dos seus lançamentos e do acervo, tornando a data (que para nós ocorre no segundo domingo de agosto) uma boa oportunidade para renovar a coleção de jogos do seu iPhone ou iPad.

Entre os títulos mais populares que participam da promoção, podemos encontrar vários campeões de preferência do público, como os das listas abaixo:

 

EA Games: Dead Space HD, Need for Speed (Shift e Hot Pursuit) HD, Reckless Racing HD, RISK HD, Tetris HD

 

EA Sports: FIFA 11 HD, Madden NFL 11 HD, NBA Jam HD, Tiger Woods  PGA Tour 12 HD

 

Namco: Pac-man, Ms. Pac-man, Pole Position Remix, Pool Pro Online 3, Mishap, House of Glass

 

Gameloft: NFL 2011 HD, Real Soccer 2011 HD, Spider Man: Total Mayhem HD, Eternal Legacy HD, Fishing Kings

 

Firemint: Real Racing 2 HD (ótima dica do @heliojansen)

Vários dos jogos para iPad estão pela metade do preço normal, e alguns tem descontos ainda maiores.

As listas acima não são completas, selecionei apenas alguns exemplos – de modo geral, ao acessar a descrição de qualquer um deles na loja de apps, você pode ver mais detalhes sobre a promoção clicando para ler a descrição completa do jogo, ou mesmo clicar na opção de ver outros jogos da mesma produtora.

 

Don’t cry for me Argentina

Vale a observação de sempre quando falamos em jogos por aqui: desenvolvedores de jogos encontram um impasse jurídico na hora de publicá-los na App Store aqui do Brasil.

Muitos “resolvem” dizendo que seu software não é jogo, e sim entretenimento. Outros simplesmente procuram as App Stores de outros países para oferecer seus produtos, e nos ignoram – razão pela qual muitos dos jogos acima não aparecem para quem tem conta na loja brasileira do iTunes.

Uma solução comum para os usuários que querem escapar dessa restrição é pesquisar como fazer para abrir uma conta na app store da Argentina, que aceita cartões de crédito brasileiros (internacionais, claro). Mas quem recorre a isso geralmente comete uma irregularidade, porque tem que informar que reside em um endereço postal de lá.

Instalar o OS X Lion no seu Mac: como se preparar

A Apple já confirmou: o Lion, versão 10.7 do seu Mac OS X (que agora, pelo jeito, passará a ser chamado simplesmente de “OS X”), sai em julho, e poderá ser comprado via download, por US$ 29,99 na Mac App Store.

Quem tem um MacBook, iMac ou Mac Mini recente (2009 ou 2010) provavelmente terá grande interesse em fazer o upgrade para poder aproveitar as novidades do Lion (afinal são mais de 250), mas donos de vários modelos nem tão recentes também podem embarcar na nova versão.

Para ajudar você a ter certeza de que seu Mac é compatível com a nova versão, que os seus aplicativos continuarão funcionando, e orientar sobre como realizar os passos que são necessários para estar pronto para o upgrade quando ele for disponibilizado (ou no momento posterior que você preferir), preparamos este guia dos preparativos para o Lion, e contamos com a sua participação nos comentários!

 

Como saber se o seu Mac é compatível com o OS X Lion?

Se o seu Mac é um modelo de 2007 em diante, ele é compatível. Alguns modelos de 2006 (os com processadores Core 2 Duo) também são.

Se você não souber o ano do seu Mac, pode verificar a compatibilidade pelo processador, que você confere clicando no menu Maçã  e depois em Sobre este Mac.

Se o seu processador estiver na lista abaixo, o seu Mac é compatível com o Lion:

  • Core 2 Duo
  • Core i3
  • Core i5
  • Core i7
  • Xeon

Modelos anteriores, com processador Core Duo, Core Solo e outros, estão fora. Além disso, se o seu Mac tiver menos de 2GB de memória instalada, você precisará complementá-la, pois 2GB é o mínimo,

Mas atenção: a compatibilidade não indica que sua máquina será capaz de rodar o Lion com o desempenho que você encontraria em máquinas mais recentes – se o seu Mac já tem alguns anos de estrada, talvez valha a pena esperar alguns dias após o lançamento e ver o que outros usuários de configurações similares dizem sobre a velocidade!

 

Garanta o acesso à loja on-line

Você vai precisar ter acesso à Mac App Store para obter o Lion – ao menos no lançamento, a Apple afirmou que ele vai estar à venda só lá, via downloads que custarão US$ 29,99 – com um pagamento deste valor você terá licença de fazer o download e instalação em todos os Macs autorizados na sua conta.

Mas a Mac App Store só funciona no Mac OS X 10.6 Snow Leopard, então se você ainda está em uma versão anterior, precisa dar um jeito de fazer o upgrade para o 10.6 e aplicar as atualizações dele (no mínimo até a 10.6.6) que permitirão ter acesso ao Lion pela loja on-line. Só então você poderá fazer a instalação da versão  que está para ser lançada.

Para saber qual a versão do seu Mac OS X atual, a opção é a mesma que usamos mais acima: clicar no menu Maçã  e depois em Sobre este Mac. No Mac em que estou escrevendo este texto, como você vê abaixo, a versão é 10.6.7.

Mas atenção: a Mac App Store não é a mesma coisa que a loja de apps do iPhone e do iPad, portanto não se engane: não estamos falando da loja que você acessa pelo iTunes, mas sim da que aparece na opção App Store do menu Maçã .

Como é uma dúvida comum, e também um rumor baseado nas versões preliminares para desenvolvedores, acrescento uma informação: existe um procedimento alternativo não-documentado para, a partir do download feito em um micro com acesso à Mac App Store, gerar um DVD ou pen drive de instalação do OS X Lion para usar em outros micros. Imagino que teremos algum similar, seja oficial ou não, na versão definitiva que será lançada em julho, mas ainda é cedo para confirmar.

 

Pense no seu cronograma

Algumas pessoas têm pressa para instalar logo a nova versão de tudo que puderem, outras preferem esperar pela primeira atualização ou upgrade – que geralmente é fruto das críticas e reclamações da primeira leva ;-)

Pessoalmente, a não ser quando há um bom motivo, eu prefiro esperar pelas dicas que surgem poucas horas após o lançamento de uma nova versão do OS X (o mesmo vale para o iOS), e especialmente pelos relatos de sucesso.

A velocidade do download às vezes tem que ser levada em conta, também: o OS X Lion tem 4GB, não é algo que a maioria de nós vá baixar em 10 minutinhos – o momento certo para fazer o download tem que ser escolhido estrategicamente, para não atrapalhar outras atividades ao longo de sua duração.

 

 

Verifique seus aplicativos

A maioria dos aplicativos recentes deve continuar funcionando sem problemas, mesmo que demore a lançar uma versão tirando proveito das novidades do Lion. Mas sempre há chance de incompatibilidades, especialmente em alguns casos bem conhecidos:

  • Aplicativos em versões antigas
  • Extensões para o sistema operacional
  • Paineis para as Preferências do Sistema
  • Drivers de equipamentos e periféricos (placas de vídeo, scanners, etc.) fornecidos pelos fabricantes, e não como parte do Mac OS X.
  • Aplicativos feitos para Macs com processadores PowerPC

Para os 4 primeiros casos, a wiki do RoaringApps pode ser uma maneira de antecipar problemas ou de se certificar da compatibilidade: ela lista centenas de aplicativos e o seu status de compatibilidade  com o Lion.

Já o quinto caso, das apps para PowerPC, é o único em que o risco de não funcionar é de 100%: a migração de processadores PowerPC para processadores Intel já ocorreu em meados da década passad, e o Rosetta (que permitia que softwares para os processadores antigos continuassem funcionando nos processadores novos) não vai mais ser oferecido no Lion – portanto, se você tem algum aplicativo feito para PowerPC, e precisa mesmo deste aplicativo, é melhor adiar o upgrade para o Lion enquanto busca uma alternativa para ele!

Para descobrir se você tem algum aplicativo PowerPC instalado, você precisa clicar no menu Maçã  e depois em Sobre este Mac, em Mais informações e no item Aplicativos (na lista à esquerda na tela). À direita vai aparecer uma lista com todos os seus aplicativos instalados, e na coluna “Tipo” (ou “Kind”, se estiver em inglês) você deve procurar por “PowerPC”.

Como você pode ver na imagem acima, eu tenho  9 instalados, mas vou praticar o desapego em relação a todos eles no momento do upgrade ;-)

 

Fique ligado

As informações disponíveis até agora, se não são muito volumosas, ao menos já foram parcialmente confirmadas: a Apple tem uma página em português explicando o essencial (oficial) sobre como vai funcionar a instalação do Lion – para quem quiser fazer a atualização logo no primeiro dia.

Você pode fazer a inscrição para receber um aviso por e-mail de quando a nova versão estiver disponível mas, como você está lendo este texto, imagino que não precisará disso: as informações publicadas em sites e blogs provavelmente vão alcançá-lo antes do e-mail da Apple ;-)

E vale a pena ficar atento à web (sugiro acompanhar o twitter @brmacblog!), porque não tenho dúvida de que outras informações interessantes sobre o Lion sairão até a data do lançamento!

Mac conectado à TV: resolução de problemas

O leitor Aristeu Kleinen pergunta por e-mail:

Tenho há quase 2 anos um Mac Mini unibody conectado a um monitor DVI no meu escritório, onde funciona muito bem. Recentemente comprei um MacBook Pro (escolhido graças à dica do BR-Mac que explica qual MacBook comprar, obrigado!) para substitui-lo nas minhas atividades profissionais, e gostaria de levar o Mac Mini para a sala, para ver vídeos e navegar na TV. Só que quando eu o conecto usando um adaptador HDMI a imagem dele na minha TV LCD de 37 polegadas fica cortada, faltando trechos nos 4 lados, prejudicando aplicativos full screen (inclusive filmes) e escondendo permanentemente o menu. O mesmo não acontece em uma TV LCD menor que temos no quarto, ou quando uso cabos DVI (mas a imagem não fica tão nítida). O que estou fazendo de errado?

Aparentemente você não está fazendo nada de errado, Aristeu – o erro é da TV ou do Mac, e tem solução simples.

[Leia também: Mac mini conectado à TV: funciona bem ou não? Veja o resultado dos testes e Projetor no Mac com o Mountain Lion e adaptador VGA: como fazer funcionar]

O Mac Mini é tão bem ajustado a funcionar como central de entretenimento (saiba mais em Plex: um media center completo no seu Mac) na sua sala ou home theater, que seu modelo mais recente já vem até mesmo com uma saída HDMI nativa, dispensando o uso de adaptadores e levando simultaneamente o áudio digital 5.1 e o vídeo em alta definição para a sua TV.

Também não é incomum conectar um MacBook a uma TV ou a um projetor HDMI, para entretenimento ou mesmo para exibir uma apresentação.

E, como esperado, na maioria das vezes em que realizei este procedimento (em Macs com saída HDMI ou usando adaptador), tudo simplesmente funcionou. A conectividade HDMI é suficientemente bem definida, e seu suporte no Mac OS X é suficientemente bem ajustado, para permitir que o usuário simplesmente plugue o cabo e após alguns segundos de ajuste automático passe a ver a imagem do Mac na sua TV (ou painel LCD, LED, Plasma e similares), já configurada para a melhor resolução suportada nela (e opcionalmente ajuste por onde deve sair o áudio).

Só que eu já apresentei o meu Mac Mini a um bom número de TVs, e em um outro caso (com uma TV “pioneira” da alta definição, e em uma situação em que havia um HDMI Switch no meio do caminho) aconteceu um problema que estranhei, e é o mesmo do Aristeu: a imagem do Mac foi configurada automaticamente para a resolução esperada, mas não era exibida inteiramente na tela: uma faixa de uns 20 pixels ficava de fora em cada um dos 4 lados dela – deixando invisível o menu e parte da Dock, além de 2 fatias laterais.

Nem sempre isso atrapalhava o que eu queria fazer: se era para assistir a um filme ou fazer uma apresentação, bastava dimensionar manualmente a janela para o tamanho visível e prosseguir. Mas se o objetivo dependia de usar o Mac interativamente, nem pensar: dá de sobreviver sem o menu superior, mas a perda de usabilidade é brutal. Alterar a resolução para algo menor dava uma solução parcial mas, convenhamos, não é o ideal, ainda mais quando a TV “resolve” isso por interpolação, o que conduz a pixels em formatos irregulares e consequentes imagens e caracteres fora de proporção.
 

Como resolver

Faz tempo que não passo por esta situação. Mesmo assim, o risco sempre permanece (afinal, as TVs “pioneiras” ainda vão durar anos, assim como os HDMI switches), como o Aristeu descobriu.

Mas há solução, e a dica vem da base de suporte da Apple, por meio de um artigo do CultofMac, na forma de um procedimento bem simples para os Macs com porta HDMI: nas Preferências do Sistema, ir em Monitores, ajustar a opção Subvarredura (Underscan, se o Mac estiver em inglês) até a imagem caber na tela. Mas atenção: se o seu Mac estiver funcionando com mais de um monitor simultaneamente, cada um deles terá seu próprio painel, e a opção de Subvarredura terá que ser manipulada no painel certo ;-)

Outra questão abordada no mesmo documento é como fazer para acessar as Preferências do Sistema (normalmente acessíveis via menu Maçã ) se o menu principal estiver invisível. A minha solução pessoal é dirigir o mouse até a Maçã  em vôo cego, afinal não é difícil de encontrá-la no canto superior esquerdo. Mas o documento recomenda pressional Option+teclas de controle de brilho (para quem tem teclado da Apple) ou então pressionar ⌘⇧A (Command+Shift+A) para abrir a pasta de aplicativos, e nela selecionar o ícone das Preferências do Sistema.

Espero que a maioria de vocês nunca passe por isso mas, se passarem, lembrarão que já viram a resposta e saberão onde encontrá-la ;-)

Usando seu iPhone ou iPad para dormir melhor

Ruídos externos (ônibus passando, o cachorro do vizinho latindo, o choro do bebê 4 poltronas atrás da sua no avião, etc.) podem ser um grande obstáculo a conseguir pegar no sono.

Para combater este efeito, muitas pessoas colocam em prática um velho truque: providenciar seu próprio ruído, contínuo e indistinto, para abafar os ruídos externos.

Um exemplo comum é a prática de apontar um ventilador para a parede: o som discreto do deslocamento de ar acaba sendo um substituto para o isolamento acústico: ele não impede que você ouça os ônibus passando na rua, mas abafa e permite que você relaxe, sem sobressalto a cada nova passagem de um coletivo.

Outro exemplo do mesmo efeito é o da chuva: nada como o barulhinho dela caindo para conduzir mais rapidamente a um bom sono, certo? Algumas pessoas preferem o som do vento nas árvores, o barulho das ondas, ou mesmo o som ritmado do relógio de parede, e quando se acostumam a eles, chegam até mesmo a estranhar a sua ausência quando dormem em outro lugar.

 

Entra em cena o White Noise Lite

Nem sempre podemos contar com a chuva na hora em que gostaríamos de dormir, e o ventilador pode estar indisponível na hora em que queremos dar um cochilo no avião e percebemos que aquela criança das poltronas de trás não vai mesmo parar de chorar tão cedo – e, dada a qualidade do serviço de bordo, às vezes até gostaríamos de seguir o exemplo dela, certo?

Mas o iPhone e o iPad geralmente estão ao seu alcance nessas horas, e ambos podem ser muito eficientes na hora de gerar ruído branco propriamente dito, ou esses outros sons relaxantes que produzem o mesmo efeito: abafar os ruídos externos de modo a permitir melhor relaxamento.

Minha app preferida para isso é a gratuita White Noise Lite, que emite os sons escolhidos pelo usuário indefinidamente ou por um intervalo de tempo determinado, tem controle de volume, e ainda serve como relógio e despertador.

Ele vem com um conjunto de sons previamente configurados para você escolher, incluindo:

  • Chuva
  • Ondas quebrando na praia
  • Ventilador
  • Relógio de parente
  • Sino de vento
  • Cabine de avião
  • Viagem de trem
  • E mais...

O White Noise Lite também permite mixar seus sons previamente configurados – eu gosto de colocar o som de chuva bem alto, com o ventilador a meio volume. Se pudesse transformar este som em pílulas, tenho certeza de que a indústria farmacêutica poderia vendê-lo como um excelente sonífero!

Além disso a app tem um gerador de ruído branco propriamente dito (similar ao de uma TV fora do canal), e 2 timers diferentes: um para parar a geração dos sons após um intervalo de tempo definido, e outro para soar um alarme no momento em que você desejar ser acordado.

Ele funciona muito bem gerando ruído ambiental quando você deixa o iPad ou iPhone na mesa de cabeceira (preferencialmente ligados ao seu carregador, para aproveitar o momento), podendo inclusive servir como relógio, com cor e brilho configuráveis, quando nessa função.

Mas se você for usar em um local externo, como o avião, certamente o fará com um fone de ouvido, e aí não deixe de verificar se os seus fones não estão vazando ruído para o ambiente, para não ser você a causa da perda do sono dos seus vizinhos de poltrona!

Como criar atalhos de teclado para as opções de menu no Mac

O leitor Fernando Machado perguntou por e-mail:

Uma opção de menu que uso todos os dias em um aplicativo não tem tecla de atalho, e o aplicativo em questão não oferece uma configuração de seus atalhos. Existe alguma maneira de redefinir os atalhos do sistema?

Os aplicativos do Mac geralmente são bem servidos de opções de interação, mas às vezes acontece uma circunstância quase trágica para quem é produtivo usando o teclado: a ausência de um atalho default para acesso a alguma opção de menu que se usa com frequência.

Comigo isso acontece em várias situações, mas uma das mais ilustrativas é no aplicativo Pré-Visualização (Preview), responsável por exibir os arquivos de imagens e capaz de realizar diversas operações básicas de edição neles.

A imagem acima mostra a configuração original do menu de ferramentas do Pré-Visualização. Como talvez você já tenha adivinhado, a opção que eu mais uso nele é a Ajustar Tamanho... – exatamente uma das 3 únicas que não têm uma tecla de atalho definida (você pode ver os atalhos das demais à direita de cada opção).

Felizmente não é nada difícil corrigir essa situação calamitosa, pois o Mac OS X permite criar atalhos personalizados para cada opção de menu que desejarmos.

 

Criando um atalho no Mac OS X, passo a passo

O procedimento é bem simples, mas vou apresentá-lo de forma detalhada para poder atender tanto aos recém-chegados quanto aos experientes.

1 - Acessar as Preferências do Sistema, clicando na maçã  à esquerda no menu superior e selecionando Preferências do Sistema no Menu.

 

 2 - Na tela acima, selecionar Teclado.

 

 3 - Você chegará ao painel de preferências específico do Teclado, exibido na tela acima, e onde é possível visualizar, entre outras coisas, todos os atalhos de teclado definidos no seu Mac OS X.

4 - Para acrescentar um novo atalho, clique no botão + que fica abaixo da lista de atalhos existentes.

 

 5 - Vai aparecer o diálogo acima, no qual você deve escolher qual o aplicativo (no nosso exemplo, é o Preview ou Pré-Visualização), qual o texto exato (considerando maiúsculas, espaços, pontos, etc.) da opção de menu que corresponderá ao nosso atalho  (no exemplo, Ajustar Tamanho...), e pressionar o atalho correspondente (no exemplo acima, pressionei Shift + Command + T ou ⇧⌘T – aí é só clicar em Adicionar, e pronto!

 

Conferindo o novo atalho

Para ver se o novo atalho foi criado corretamente, você pode abrir novamente o aplicativo em questão e acessar o menu ao qual ele se referia – a interface do Mac é consistente, e deverá mostrar, à direita da opção, o novo atalho que corresponde a ela.

Como podemos ver na tela acima, o ⇧⌘T agora aparece ao lado da opção Ajustar Tamanho..., como desejávamos.

Claro que o teste definitivo é fazer uso do recurso, portanto pressionamos Shift + Command + T no teclado simultaneamente e...

 Eis a funcionalidade desejada, agora muito mais próxima e acessível.

A mesma regra vale para os demais comandos dos menus dos seus aplicativos disponíveis, com raras exceções. Escolha atalhos fáceis de lembrar, cuidado para não causar confusão, e bom proveito!

 

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