Apt-get no Mac? Gerenciadores de pacotes para o OS X

Gerenciador de pacotes para o Mac é o tipo de solicitação frequente de quem chega ao OS X vindo do mundo Linux e de outros ambientes em que são comuns soluções como o apt-get, yum, ports e similares.

Para instalar boa parte dos pacotes (tipicamente open source) providos por eles (nomes como ffmpeg, gawk, ImageMagick, wget e muitos outros são exemplos), a minha preferência pelo Rudix já foi revelada nas primeiras semanas de atividade do BR-Mac (no artigo Rudix: pacotes GNU e para UNIX adicionais para o Mac).

E não prefiro o Rudix apenas por se tratar da obra de um brasileiro que o mantém desde 2005 e cujas demais atividades tecnológicas acompanho de longa data: ele tem a vantagem de trazer os softwares em questão empacotados no "estilo Mac", dispensando a instalação prévia de ferramentas de desenvolvimento, diretórios especiais e outros recursos comuns às alternativas.

A instalação dos pacotes via Rudix pode ocorrer da forma usual no Mac (faz o download do pacote desejado e clica no arquivo) ou da forma típica dos terminais, digitando algo como sudo rudix install nome-do-pacote.

As alternativas tradicionais

Se eu fosse usar algum dos gerenciadores de pacotes tradicionais voltados ao Mac, preferiria o MacPorts, que tem laços fortes com o desenvolvimento do Darwin, participação direta da Apple e de uma figura que eu admiro especialmente: Jordan K. Hubbard, que é co-fundador do FreeBSD (onde também fundou a coleção de ports) e hoje atua na Apple.

Mas quando se trata desta categoria de utilitário, há bastante amplitude de atuação das preferências de cada um, e em um artigo da semana passada vimos o relato de um usuário que prefere o homebrew, por exemplo.

Eles têm suas similaridades e também seus diferenciais, mas ambos têm comandos com um visual familiar, como nos exemplos:

  • brew install gawk
  • sudo port install lynx

A escolha de um deles pode se basear no critério que você preferir: use o que alguém que você confia prefere, teste ambos, consulte opiniões on-line, compare especificações, etc.

Mas para instalar qualquer um deles, sugiro começar por este artigo de ontem na MacLife que apresenta as linhas gerais de ambos, os requisitos de instalação e até os procedimentos (ou referências) necessários.

E boas instalações!

Novo conector do iPhone 5: por que não Micro USB?

A primeira questão que ouvi sobre o novo conector do iPhone 5, logo após seu lançamento, foi: "já que vai mudar, por que não adotar logo o Micro USB?"

A pergunta tem boa razão de ser: cabos padronizados facilitam a vida do usuário, reduzem custos e uso de materiais, e permitem dar utilidades novas a acessórios que já temos, entre outras vantagens.

O Micro USB (à direita na foto abaixo) está sendo adotado em vários aparelhos de pequeno porte, é um padrão oficial para smartphones na Europa, e é ligeiramente menor que o tradicional Mini USB quase onipresente (à esquerda na foto abaixo), além de ter tamanho próximo ao do novo conector Lightning da Apple.

Mas as conexões USB 2 suportadas pelos 5 pinos Micro USB são mais restritas que a gama de aplicações do Lightning. O conector Micro USB tem seus pinos alocados para tarefas fixas: um deles leva uma corrente de 5V, outro é o Terra, 2 transmitem dados, e o quinto é para tarefas de sensor.

A diferença que os pinos adicionais do Lightning trazem não se resume à velocidade ou quantidade de informações que podem ser transmitidas em um dado período: para começar, a forma como os pinos do Micro USB foram padronizados faz com que a possibilidade de transportar neles uma corrente de 2 Ampères (necessários para carregar com bom desempenho um aparelho como o iPad, por exemplo) dificilmente esteja disponível em cabos que o adotam, o que acabaria podendo levar a outra situação indesejada em caso de adoção: conectores diferentes entre o iPad e o iPhone daqui por diante.

Os pinos adicionais do Lightning também permitem uso simultâneo das vias para mais de uma finalidade: ao mesmo tempo em que carrega e sincroniza (tarefas que também podem ocorrer simultaneamente também em um cabo USB "puro"), sobram outros conectores para, por exemplo, transmitir áudio digital, imagens ou conexões de dados, por exemplo (e veremos isso em mais detalhes em outro artigo a seguir).

Mas ao comparar compatibilidades o aspecto mais interessante, para mim, é que os atuais conectores e acessórios Micro USB não poderão ser usados para tráfego do padrão USB 3 (que define um novo conector Micro USB, como o da imagem acima) – e as vias adicionais do Lightning tornam potencialmente possível este suporte em versões posteriores, sem mudar o conector do iPhone (e, caso venha a se confirmar, não seria a primeira vez que a Apple optaria por este tipo de evolução sem mudar "o seu lado" do conector).

Independentemente da superioridade ou não, a existência de padronização adotada na Europa faz com que o suporte ao Micro USB não seja opcional, razão pela qual lá já está à venda um adaptador simples que pode ser plugado ao conector Lightning do iPhone ou iPod e passa a dotá-lo de suporte a cabos Micro USB (exclusivamente para sincronização e carregamento), apesar da redução de funcionalidade que ocorre neste caso.

Será que muita gente vai querer?

Adaptadores para o iPhone 5

O novo conector e cabo do iPhone 5 (e iPad mini, iPad de 4ª geração e iPod Touch de 5ª geração) terão que conviver por alguns anos com os acessórios feitos desde 2003 para o conector anterior de 30 pinos, e que ainda continuarão à venda por algum tempo – embora marcas que lançam tendências em acessórios, como Bose, JBL, Bowers & Wilkins e Bang & Olufsen já tenham anunciado que estão com o suporte ao novo modelo em andamento.

É de se imaginar que futuros acessórios serão feitos diretamente para o novo modelo e dispensarão adaptadores, e sabemos que no que diz respeito a produtos da própria Apple (e alguns de terceiros), a maior parte das operações agora dão ênfase a conexões sem fio (Wi-Fi, Bluetooth), seja ou não via iCloud.

Mas para quem precisa de cabos e adaptadores para o iPhone 5, já há algumas informações disponíveis, começando pelo adaptador Micro USB que já mencionamos no artigo anterior.

Além dele, já há 2 adaptadores oficiais do iPhone 5 para cabos e acessórios do iPhone 4S e anteriores (que usavam o conector de 30 pinos): um com cabo e outro sem cabo.

Os adaptadores acima não são meros mapeamentos pino-a-pino entre 2 formatos físicos de conector: eles precisam converter internamente o sinal de acordo com a operação em andamento. Por exemplo, para suportar a operação "saída de áudio analógica" (existente no conector antigo mas não no novo), eles contam com um chip DAC (conversor analógico digital).

Os 2 adaptadores acima suportam as seguintes operações:

  • Carregamento
  • Sincronização
  • Saída de áudio analógica para aparelhos de som em geral (que é a operação mais comum em docks de áudio)
  • Saída de áudio USB para aparelhos de som cuja entrada seja USB (comum em carros)

Um detalhe que afetará a alguns usuários de docks luxuosas (como a que vem em alguns modelos de carros BMW): o iPod Out é um recurso pouco utilizado em acessórios populares, que coloca os menus de controle do iPod (avançar, retroceder, etc.) na tela do próprio acessório, e NÃO ESTÁ presente no novo adaptador.

Mas um recurso usado com um pouco mais de frequência também está ausente, embora para este a solução já exista (veja abaixo): os adaptadores acima não suportam acessórios que gerem saída de vídeo.

[atualização] No final de outubro, a Apple lançou também o adaptador Lightning para HDMI e o adaptador Lightning para VGA, ambos compatíveis com TV, projetor, monitor e outros aparelhos de vídeo que usem estes conectores.

Além disso, para enviar a saída de vídeo do iPhone 5 para outros aparelhos, outra saída é usar o AirPlay (com acessórios que o suportem, como a Apple TV).

Já existe ao menos um adaptador de terceiros anunciado (em pré-venda, apenas): este modelo da Nanotch com cara de ser mero mapeamento pino a pino, o que se confirmado suportaria apenas sincronização, carregamento e funções via USB – a conferir, mas não nutro grandes esperanças.

Como o tamanho do iPhone 5 mudou para melhor

Os 9mm adicionais fazem diferença na hora de guardar, mas também na hora de usar – e o aumento na altura felizmente veio acompanhado por algumas vantagens que podem compensá-lo em várias situações comuns.

Hoje comentaremos a forma como o tamanho do iPhone 5 mudou para melhor, mas quero começar dizendo que o outro lado da moeda – ou seja, a maneira como o tamanho do iPhone 5 mudou para pior – é evidente para mim: em vários casos os 9mm adicionais na altura são a diferença entre caber dentro do bolso da camisa ou ficar "olhando pra fora", como aqueles estojos de calculadora e porta-canetas do filme "A Vingança dos Nerds".

Ao menos (no meu caso) a preocupação maior, que era a de escolherem um novo tamanho que dificultasse alcançar com o polegar controles em qualquer ponto da tela não se confirmou.

Mas o aspecto em que considerei a novidade das dimensões como sendo para pior é contrabalançado por uma série de mudanças para melhor que, ainda que não venham a compensar, ao menos oferecem uma possibilidade de ver as coisas pelo lado positivo.

A primeira delas é a redução na espessura (mostrada acima com a evolução do perfil do iPhone "vestindo" capinhas da Incase), que passou dos já finos 9,3mm do iPhone 4S para meros 7,6mm, acompanhada de redução no peso, dos anteriores 140g do iPhone 4S para atuais 112g – e ambos fazem alguma diferença positiva na hora de guardar no bolso (também abrem espaço para a inclusão de componentes internos relacionados ao suporte a 4G, mas isso pouco me interessa como consumidor sem acesso ao recurso).

Não são apenas pixels a mais

Os 9mm a mais na altura correspondem a 112.640 pixels a mais (um aumento de pouco mais de 18% em relação ao 4S) para exibir mais informações ou ampliar as possibilidades de exibição das mesmas informações na tela.

E o contrapeso mais importante para o aumento na altura física é uma de suas consequências mais diretas: os milímetros a mais no tamanho da tela alteram suas proporções do formato 3:2 típico da fotografia e adotado por todos os iPhones anteriores (que tinham 3,5" de diagonal) para o formato 16:9 (widescreen, típico da programação HDTV e mais próximo ao formato dos filmes comerciais) do iPhone 5 (com 4" de diagonal).

Muitos dos vídeos e outros elementos visuais (gráficos de jogos, etc.) disponíveis hoje no mercado aproveitam bem a largura adicional que as proporções 16:9 oferecem, e você pode ver na imagem acima (preparada pelo MacRumors) a diferença lateral nos detalhes.

Para evitar induzir alguém ao erro, entretanto, vale mencionar que a imagem acima demonstra as diferenças entre proporções, e não a forma como vídeos são exibidos na prática. Os cortes de detalhes nas laterais ocorreram devido à opção pelo pan & scan, mas na prática do meu dia-a-dia dificilmente aparecem, porque vejo com mais frequência a adoção do recurso chamado letterboxing, que se baseia na inserção de barras pretas acima e abaixo da imagem de forma a deixá-la nas proporções originais, apesar da diferença em relação à tela em que está sendo exibida.

Na imagem acima, portanto, você vê a comparação entre uma cena widescreen no iPhone 5 e como ela normalmente seria exibida no 4S: note que no segundo caso, a altura das barras pretas (que se confundem com a moldura do próprio aparelho) é bem maior, e o aproveitamento de área da tela pela imagem é bem menor.

Resumindo: o iPhone 5 ficou mais magro (mais leve & mais fino), e os 9mm a mais na tela não representam apenas um aumento no tamanho dela, mas também a adoção de uma proporcionalidade mais vantajosa entre a largura e a altura. Mas eu preferiria que fosse possível fazer isso tudo sem aumentar a dimensão externa do aparelho ツ

Baixar vídeos do Youtube: Mac também pode

Como baixar vídeos do youtube no Mac é uma dúvida comum, mas felizmente é fácil fazer o download de vídeos no Mac, bastando dispor do aplicativo (no estilo Youtube Downloader) ou técnicas necessários.

O app gratuito 4K Video Downloader permite baixar vídeo do YouTube no Mac com toda a facilidade: você copia a URL do vídeo em questão no navegador, pressiona o botão "Paste URL" no 4K Video Downloader (veja na tela acima), espera alguns segundos enquanto ele verifica, e aí é só escolher qual a qualidade e formato desejados.

O download de vídeos do Youtube com o 4K é rápido e inclui uma série de opções: baixar o vídeo em HD ou resoluções menores (o tamanho dos arquivos resultantes é exibido para facilitar a escolha), em MP4, MKV ou FLV, ou mesmo extrair apenas o áudio, essencialmente convertendo o vídeo do YouTube para MP3.

Para completar, há ainda os outros sites: o 4K Video Downloader oficialmente também consegue salvar vídeos de Facebook, Vimeo, Dailymotion e Metacafe.

Depois de baixar, o vídeo fica disponível na pasta que você escolher, e aí é só assistir ツ

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Não foi dessa vez, mas o iWatch vem aí

Não é segredo para ninguém que bastante gente usa e gosta do iPod nano (sim, é em minúsculas) no papel de relógio. Mesmo sendo meio grande (ou "um batatão", como se diz), com o acessório certo ele se transforma em um competente aparelho de pulso: eu tenho uma pulseira LunaTik e, embora não use relógio de pulso no dia-a-dia, ela geralmente é o que facilita o meu uso do nano em situações nas quais o iPhone não é a melhor escolha para tocar música ou ouvir um podcast.

Ao contrário de outras tendências criadas externamente e que a Apple finge ignorar, essa é uma que ela reconheceu publicamente, e na atualização do nano em 2011, deu destaque a várias opções alternativas para exibição das horas – afinal, esta é a função essencial de um relógio de pulso, não?

Embora o tamanho do nano lançado em 2011 estivesse próximo do ideal para a tarefa, faltavam algumas características adicionais interessantes, incluindo o suporte a Bluetooth (para compatibilidade com fones de ouvido, acessórios esportivos como sensores cardíacos e até para interagir com um iPhone dentro da sua mochila), recursos para atletas (pedômetro e similares, idealmente com capacidade de acompanhar distâncias e ritmos) e, se possível, um tamanho um pouco menor – ou como no design acima, imaginado pelo estúdio italiano ADR.

No evento de quarta-feira, havia alguma expectativa (não só minha) de que os iPods seriam atualizados (e foram), e uma das minhas curiosidades era ver de que forma a Apple aproximaria o nano dessa demanda (expressa não apenas em pulseiras como a LunaTik, mas também no sucesso das encomendas do Pebble, no Motoactv e na nova linha Casio G-Shock).

E a Apple me surpreendeu ao ir na direção contrária: atualizou sim o nano, apresentou uma bela nova versão mas... é de um tamanho que lembra mais um cartão de crédito ou uma embalagem de chiclete, afastando-se assim dos pulsos.

O aumento nas dimensões é compensado pelos novos recursos: vídeo, suporte a Bluetooth, pedômetro embutido (e capacidade de conectar via Bluetooth a sensores esportivos externos), e até rádio FM – de modo geral, preenchendo as lacunas necessárias para o "relógio esportivo" que eu tinha em mente, exceto por não ser mais algo que possa ser facilmente usado como um relógio.

A minha primeira reação foi pensar "que oportunidade perdida", mais ou menos na linha desta análise da Time.

Logo em seguida veio a percepção: a Apple já mostrou que está atenta ao uso dos nanos anteriores como aparelhos de pulso. Como ela não atualizou o shuffle (seu outro iPod minúsculo) e moveu o nano em outra direção, para mim (em oposição ao que pensa a NBC) isso significa que ela tem alguma outra ideia em andamento para oferecer aos nossos pulsos, e ou não está pronta para levá-la ao mercado, ou preferiu aguardar outra oportunidade melhor.

Em ambos os casos, isso significa um reforço no meu palpite de que o iWatch (com um nome melhor que este, acredito) deve estar a caminho, embora talvez não com muita pressa. E, ao menos por mim, será bem-vindo!

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