Slideshow HD: transforme suas fotos em slideshows para ver na TV ou YouTube

O Slideshow HD monta vídeos a partir de uma sequência das suas fotos (e da música de fundo que você escolher), prontos para compartilhar (via Facebook, YouTube, etc.) ou gravar em um pen drive para levar à TV da sala.

Não conte para aquela sua tia que adora mandar powerpoints de fotos motivacionais, mas o Slideshow HD está grátis por tempo limitado - e a este preço, a sua facilidade de uso pode compensar escolhê-lo e não ao iMovie, que já vem com o Mac e também permite criar (com mais recursos e necessidade de superar uma curva de aprendizado não muito íngreme) vídeos de slideshows com suas fotos.

Eu testei o Slideshow HD verifiquei que não apenas é bem mais fácil (a sua tia certamente poderá confirmar!) do que o procedimento equivalente no iMovie (que também não é nada de outro mundo), como produz um resultado de qualidade suficiente para a maioria das aplicações familiares e de entretenimento, embora seja limitadíssimo para aplicações profissionais.

Para quem quer o caminho mais simples, é só seguir a sequência dos botões da tela: seleciona as fotos, seleciona a música, seleciona um dos diversos temas visuais disponíveis, e define a ordem das fotos (se desejar).

Já para quem quer personalizar, as opções são suficientemente variadas, incluindo textos, rotações, mudar o fundo, selecionar entre dezenas de transições, e mais.

Aí é só mandar gerar o vídeo (Share | Encode to Movie) ou usar as opções de compartilhar diretamente no YouTube ou Facebook. Como ele gera vídeos Full HD, a qualidade fica bastante boa se você gravar em um pen drive e levar a uma TV com suporte a exibir vídeos a partir de USB.

Para experimentar eu peguei imagens aleatórias de duas das minhas pastas de papeis de parede (a de veículos para apocalipses zumbis e a de resgates marítimos), mais alguns complementos, e usei apenas as configurações default (sem personalização) do Slideshow HD, gerando o vídeo acima (intencionalmente em resolução inferior a Full HD, pois fiz apenas para publicar online, e não para exibir na TV).

Para quem quiser ir além, tem bom número de opções disponíveis para explorar, mas recomendo não demorar a fazer download, pois o Slideshow HD para Mac está grátis por tempo limitado, e seu preço normal é US$ 20.

Dica extra: os mesmos autores mantém também versões para iPhone e para iPad (embora com outro nome: Photo Slideshow Director) – mas estas não estão gratuitas, saindo por US$ 2 e US$ 4.

PHP no Mac: Servidor web para sites dinâmicos, fácil de configurar

O suporte a PHP já vem instalado no OS X, mas ativá-lo no Mac exige um procedimento (relativamente simples) para fazer com que o servidor web faça uso de seus recursos.

No artigo anterior já vimos que o Mac continua vindo com um servidor web pré-instalado, apesar de a opção de configuração que o ativava de maneira simples ter sido removida das Preferências – e vimos também como reativar a opção de rodar o servidor web por meio de um painel opcional bem simples de instalar.

Mas este servidor web não vem configurado por default para exibir páginas em PHP, apesar de o suporte a PHP estar presente no Mac (como você pode comprovar digitando php --version no Terminal).

Mudar esta situação é bem simples, entretanto: basta editar o arquivo /etc/apache2/httpd.conf e localizar a linha dele com o seguinte conteúdo:


#LoadModule php5_module libexec/apache2/libphp5.so

e remover dela o # inicial, para ela ficar assim:


LoadModule php5_module libexec/apache2/libphp5.so

Para fazer isso, considerando que se trata de um arquivo do sistema, a minha forma preferida é editá-lo no Terminal, com o comando sudo nano /etc/apache2/httpd.conf - será necessário informar a sua senha, e depois de fazer a alteração, basta pressionar Control+X e confirmar que deseja salvar. (Dica: não custa fazer uma cópia de segurança da versão original antes do procedimento...)

A partir daí basta reiniciar o servidor web (se você seguiu os passos do artigo anterior para ativar o servidor web, basta desativá-lo e reativá-lo pelo painel de controle da forma já praticada anteriormente), e pronto: arquivos com a extensão .php serão executados da forma usual.

Meu servidor está configurado como visto no artigo anterior, e a imagem acima foi produzida por um arquivo teste.php gravado na pasta Sites do meu diretório pessoal com o seguinte conteúdo:

<body>
Segue código PHP:
<?php
echo "teste";
phpinfo();
?>

Indo além

Os passos acima podem ser suficientes para ter um servidor web com PHP para testes locais, mas se você quiser algo mais, pode ser necessário ir além.

Por exemplo, se o seu equipamento estiver exposto à Internet e você quiser mesmo rodar o seu servidor web publicamente, recomendo estudar antes a questão da segurança de sua configuração, eventuais questões de roteamento envolvidas, e até a possibilidade de seu provedor estar bloqueando o acesso remoto ao serviço web da sua rede - uma configuração comum em contratos de banda larga residencial.

Outro detalhe importante é que boa parte do desenvolvimento web baseado em PHP exige alguma solução de armazenamento de dados - frequentemente com o MySQL. As instruções oficiais do MySQL para Mac OS X podem ajudar, e também há pacotes prontos como o MAMP, o VirtualHostX e o XAMPP para você avaliar - e eles podem até simplificar o procedimento de ativação do servidor web em si.

Tem até instruções oficiais do WordPress para instalação em um Mac com o MAMP.

Pessoalmente, entretanto, eu não faço nada disso: como o meu negócio é desenvolver conteúdo e não administrar infraestrutura, acho que vale muito mais a pena pagar uma pequena taxa mensal a um provedor de hospedagem web e deixar ele gerenciar o servidor, o Apache, o PHP e o MySQL para mim, e eu me preocupar só com o desenvolvimento do que me interessa. No meu caso, o provedor escolhido é o Dreamhost - faço todos os meus desenvolvimentos por lá, e até hospedo alguns dos meus projetos depois de prontos, inclusive este BR-Mac que você está lendo ツ Se for fechar negócio com eles, fique à vontade para seguir este link que dá desconto especial (e um percentual para o usuário que fez a indicação – eu,no caso!)

E se você for desenvolver projetos web hospedados em um provedor como o DreamHost, não deixe de avaliar um editor de textos que suporte editar arquivos remotos usando o serviço SFTP (como o TextWrangler), para facilitar a sua vida e evitar o leva-e-traz de arquivos! (mas pense bem na sua estratégia de backups também, para não ser vítima da facilidade que você ativou...)

10 apps para Mac por US$ 50: CrossOver Bundle

O app CrossOver é um velho conhecido, que promete permitir rodar – sem ter Windows – jogos e aplicativos feitos para Windows.

E o Mac CrossOver Bundle está sendo oferecido em uma série de sites internacionais que acompanho como um conjunto que traz o próprio CrossOver (que custa US$ 60) mais 9 outros apps para Mac ao preço total de US$ 50.

Eu não achei a seleção de apps particularmente estrelada, mas talvez ela lhe interesse: tem réguas para medição de elementos visuais na tela, facilidades para sincronizar dados entre computadores e para facilitar o reuso de trechos de código, para tocar músicas de e em qualquer Mac da sua rede, para gerenciar documentos e mais.

Se lhe interessar, não demore: a oferta é válida só até o próximo dia 17.

iPhone 5

O iPhone 5 no Brasil continua a ser um aparelho sem todas as funções que estão disponíveis no mesmo aparelho em outros países e idiomas, mas é um salto de funcionalidade bem maior do que o ocorrido na versão anterior, e de modo geral me agradou: mais leve, mais rápido, mais fino, com câmeras e conectividade melhores.

Trata-se do modelo 2012 da linha de celulares da Apple inaugurada em 2007, começa a ser vendido na sexta (nos EUA), traz consigo o iOS 6 (para o qual poderemos fazer o upgrade a partir da próxima semana também) e na prática é a sexta geração da sua série, sucedendo o iPhone original, o 3G, 3GS, 4 e 4S.

Várias das novidades do iPhone 5 anunciadas hoje já eram em grande parte esperadas pelo público: a tela maior, trocando as 3,5 polegadas da tela dos modelos anteriores por 4 polegadas de diagonal, mantendo a mesma largura mas ampliando a altura (e a resolução, que agora vai a 1136x640 pixels) alcançando a proporção de 16:9 típica de televisores Full HD, o novo processador A6 duas vezes mais rápido que o A5 do iPhone 4S, a nova tecnologia de sensibilidade ao toque na tela, e o novo conector ("Lightning") para sincronização e carga da bateria, que aproveitam melhor o espaço reduzido do iPhone, e que no caso do conector já surge com um adaptador disponível para quem tem acessórios do modelo anterior que estava em uso desde 2003.

A opção por manter a largura e ampliar só a altura tem a vantagem de permitir continuar rodando os apps feitos para as versões anteriores em suas resoluções nativas, simplesmente deixando de usar as extremidades verticais da tela (que ficarão com tarjas pretas) enquanto eles estiverem em execução.

A bateria promete durar por 8h de conversação ou web, 10h de vídeo ou 40 de música, ou 225 horas de stand-by.

O novo visual do iPhone me agradou, incluindo a espessura ainda mais fina (que eu gostaria que pudesse compensar o aumento da superfície devido à tela de 4 polegadas, maior do que eu desejaria) a nova combinação de tonalidades e o conjunto que forma o seu gabinete de metal e vidro, com destaque para maior extensão de proteção metálica na parte traseira. Estranhei um pouco o novo posicionamento da câmera frontal (centralizada, logo acima do fone), mas na prática em nada me atrapalha, nem ajuda – ao contrário da melhoria nas suas especificações, que foi muito bem-vinda.

O suporte a conexões 4G/LTE foi confirmado e deve ser bem bom para quem mora onde há essa cobertura, mas está longe de ser a maioria dos casos dos nossos leitores. O suporte a conexões wi-fi N me agradou bem mais ツ

Já os novos recursos da câmera (incluindo a possibilidade de tirar fotos enquanto filma, o melhor suporte a pouca luz e muito mais), inclusive facilidades para compor panoramas a partir de múltiplas imagens justapostas, e os microfones adicionais localizados perto das câmeras (para melhorar o áudio das filmagens, mas também melhorar o reconhecimento de voz e cancelamento de ruídos) deverão fazer diferença prática na vida de muita gente.

Além do novo conector de sincronização, o iPhone 5 (e os iPods Touch e nano) virá também com um novo modelo de fones de ouvido, que recebeu o nome de EarPod e lembra as backing vocals do clip Mahna Mahna, dos Muppets ツ.

O iPhone 5 começa a ser vendido no Brasil em uma data e preço ainda a serem anunciados, mas já estará disponível nas lojas da Apple dos EUA e seus parceiros comerciais para pré-venda a partir de sexta, mantendo (lá) os mesmos preços do modelo 4S.

iOS 6: novidades

A nova versão do iOS já vai poder ser instalada a partir da próxima semana por quem tem iPhone 3GS em diante, iPad 2 e novo iPad.

As novidades do iOS 6 já tinham sido em grande parte pré-anunciadas, e mesmo desprezando aspectos como os novos Mapas, o serviço de ingressos/tickets Passbook e o assistente pessoal Siri (que devem demorar mais um pouco a fazer diferença prática para brasileiros), ainda há bastante coisa para chamar a atenção, e que estará à disposição até mesmo dos usuários do iPhone 4 e 4S que fizerem o upgrade em breve.

Imagino que recursos como a integração com o Facebook e a possibilidade de compartilhar online álbuns de fotos selecionados atrairão a atenção de muitos, mas em termos de recursos online, o que me agradou mais foram as novidades no próprio navegador Safari (modo full screen quando o iPhone é segurado "de lado", sincronização de abas via iCloud), os recursos renovados do app de e-mail oficial (incluindo uma caixa de entrada para contatos VIPs e novas facilidades para anexar fotos e vídeos).

O que eu mais gostei no iOS 6 foram as novas funções relacionadas à utilidade essencial de um telefone: telefonar. O recurso de responder rapidamente selecionando uma mensagem pré-cadastrada ("Ligo mais tarde", "Estou a caminho", etc.) quando não se pode ou não se deseja atender a uma ligação é uma comodidade bem-vinda, a opção de ser lembrado automaticamente (após um intervalo de tempo, ou ao chegar em casa ou no escritório) de retornar uma ligação não atendida pode vir a ser muito útil, mas o recurso "Não Perturbe" é o que mais me agradou, pois permite definir um horário no qual ligações em geral (exceto as de números pré-autorizados) não tocarão nem vibrarão, embora fiquem registradas.

iTunes e iPod

A iTunes Store e App Store foram remodeladas e me agradaram, mas o que mais me chamou a atenção é que teremos também novo app iTunes, que chega no final de outubro com interface remodelada (vários elementos me lembraram do iPad) e alguns novos recursos simpáticos, incluindo a facilidade de ver no player quais as próximas músicas da playlist.

As linhas de iPod também foram renovadas: o novo Nano vem em 7 opções de cor, com tela maior, mais leve e fino, com captação de FM, pedômetro e outros recursos para atletas, e suporte a Bluetooth (finalmente!)

O iPod Touch, que roda iOS, ficou mais fino e leve, ganhou o mesmo display do iPhone 5 e o processador A5, que devem ajudá-lo a continuar sendo o mais popular dispositivo de jogos do planeta, entre suas outras aplicações. O suporte ao assistente pessoal Siri, AirPlay Mirroring, a nova câmera de 5MP (com suporte ao novo recurso de panorama, e finalmente um flash!) também não devem prejudicar sua adoção ツ

Sumarizando

Eu preferia que a tela do iPhone 5 continuasse a ter as dimensões anteriores, e que recursos como o reconhecimento de voz no nosso idioma, mapas detalhadíssimos e conexões LTE atingissem a nós por igual.

Mas nos demais aspectos (e eu destaco desempenho, espessura, peso, duração da bateria, câmeras, microfones, wi-fi N) o novo modelo me agradou bastante.

Bem-vindo, iPhone 5! Venha logo ao Brasil!

Como assistir ao evento da Apple de hoje ao vivo

Atualização: Assista ao vídeo do evento neste streaming do site da Apple ou via iTunes.

Hoje é dia de keynote da Apple, evento em que deve ser anunciado o iPhone 5 (com o nome que ele for ter), confirmadas as características do iOS 6 e a disponibilidade de upgrades para quem já tem iPhones, e possivelmente mencionadas algumas surpresas, como novos iPods, renovação em alguma linha de Macs, etc. – desde que não ofusque a estrela da festa, que é o iPhone.

Para quem gosta de rumores, sugiro notar que o fundo do banner acima, no auditório do evento, é composto a partir de versões alongadas de vários dos ícones default do iOS ツ, e aqui estão alguns boatos para ficar de olho e ir marcando durante o evento:

[ ] a. Nova tela 16:9 de ~4 polegadas, mantendo a mesma largura da anterior
[ ] b. Novo conector dock
[ ] c. Nova localização (centralizada) da câmera frontal
[ ] d. Suporte aos revolucionários ringtones comestíveis
[ ] e. Ênfase em recursos de panoramas de múltiplas fotos justapostas
[ ] f. Suporte a conexões 4G/LTE
[ ] g. Display inquebrável feito de lágrimas de unicórnio congeladas

[ ] h. Menos área de vidro na superfície traseira
[ ] i. Novo formato de SIM card (o "chip da operadora")
[ ] j. Nova localização (na parte inferior) do conector para fones
[ ] k. Microfone adicional perto da câmera traseira, para filmagens
[ ] l. Jornalistas reclamando de tédio durante uma longa demonstração de app
[ ] m. Usuários reclamando de dificuldade de acesso à Apple Store logo após

Outros rumores abundam como de hábito, mas daqui a pouco teremos a confirmação oficial. A única certeza é de que poucos minutos após o final, como de costume, teremos em vários portais artigos assinados por pessoas descritas como analistas, que dirão que o público está desapontado porque algumas das "expectativas" (nascidas dos rumores espalhados por eles mesmos) não foram atendidas.

Faz parte do show e da graça, e para eles deve ser uma importante oportunidade anual de obter projeção a baixo custo ツ

Onde assistir ao evento da Apple

Para quem apenas deseja saber o que vai ser confirmado, basta passar aqui no BR-Mac (ou nos seus sites favoritos) lá pelas 16h e ver os detalhes e opiniões.

E para quem quer acompanhar o desenrolar, como a Apple há anos não transmite mais vídeo oficial do evento ao vivo (embora publique um vídeo para assistir online na íntegra logo depois), as melhores opções costumam ser as narrativas e comentários on-line apresentadas por quem está presente ou tem representantes presentes no local.

Os melhores entre eles costumam lotar ou ter problemas de excesso de usuários simultâneos, incluindo quedas e dificuldades de conexão. Faz parte do jogo e recomendo não se estressar, até porque minutos depois boa parte da imprensa especializada vai publicar análises e resumos de tudo que aconteceu e foi anunciado.

Mas isso não quer dizer que assistir é perda de tempo. Pelo contrário: é puro entretenimento geek e, se a sua agenda permitir, eu recomendo.

Além de convidar você a acompanhar o que o BR-Mac vai comentar colaborativamente a respeito (via @brmacblog), aqui estão as fontes de cobertura on-line internacionais que já usei no passado e recomendo, em ordem de preferência:

  • The Verge: o site que tem a melhor cobertura de notícias tech da atualidade, na minha opinião, já anunciou que vai cobrir ao vivo, via live blog, a partir das 14h.
  • TWiT.tv: Leo Laporte, Tom Merritt, Sarah Lane e outros integrantes da equipe dos podcasts MacBreak Weekly, iPad Today e Tech News Today comentarão o evento ao vivo (em vídeo e áudio, do estúdio), e logo em seguida haverá uma edição especial do podcast MacBreak Weekly. Normalmente é a minha preferida, mas neste ano eles prometem fazer encenações com marionetes para compensar a ausência de imagens ao vivo oficiais, então não estou apostando muito.
  • Engadget: o live blog do Engadget é tradicional e está marcado para começar às 14h.
  • TUAW: o Unnofficial Apple Weblog vai ter seu próprio metaliveblog a partir das 13h45, e já a partir das 13h30 vai ter discussão aberta no canal #tuaw do irc.freenode.net.

Entre os veículos nacionais, o BR-Mac deve postar um artigo com os detalhes confirmados e opiniões logo após o término do evento (e palpitar também via @brmacblog durante), a revista Mac+ avisa que vai acompanhar tudo, e a MacWorld Brasil disse que fará cobertura ao vivo do evento, via texto e vídeo, a partir das 14h (horário de Brasília), com o conteúdo enviado pela equipe norte-americana da publicação.

Remapeando o teclado do Mac com o Ukelele

O Ukelele permite editar o teclado do Mac, mudando as posições das teclas, criando novas, configurando acentuação, inserindo caracteres especiais, etc.

Trata-se de um editor de layout de teclado para o Mac, gratuito e capaz de associar caracteres Unicode à sua escolha (ou mesmo sequências de caracteres) a qualquer tecla, ou mesmo de definir as chamadas dead keys, que afetam o resultado da próxima tecla pressionada, como é comum na acentuação nos mapas de teclado usuais no Brasil (por exemplo, pressionando ^ e a você obtém um â).

As possibilidades de reconfigurar são muitas: aproveitar teclas pouco usadas para inserir símbolos que você usa na sua atividade, um alfabeto fonético ou de idioma não suportado, recursos matemáticos, sequências de até 20 caracteres, trocar de posição algumas teclas para maior conveniência ou para adequar preferências pessoais, etc.

Os mapas de teclado do map (arquivos .keylayout) adotam um formato XML que até pode ser editado manualmente, mas trata-se de tarefa trabalhosa e delicada. Com o Ukelele a edição se torna visual, arrastando caracteres (por exemplo, a partir do Visualizador de Caracteres) diretamente para uma representação gráfica da distribuição das teclas.

O resultado do Ukelele é um novo mapa de teclado que pode ser copiado para a pasta Keyboard Layouts (em /Library ou ~/Library) e aí (após um logout e novo login) passa a estar disponível (com o nome que você definiu na opção ’Set keyboard name’ do menu do Ukelele) para seleção nas Preferências do Sistema, no ícone Idioma e Texto (mais especificamente na aba Leiautes de Teclado).

A maior parte das teclas que produzem alguma saída visual em um teclado comum pode ser alterada pelo Ukelele. Outras teclas, como Command, Control, Option e assemelhadas ficam fora do alcance dele (e de modo geral podem ser rearranjadas entre si usando o ícone Teclado nas próprias preferências do OS X, como vemos na ilustração acima). O mesmo vale para as teclas de controle de hardware (volume, brilho, etc.)

Teclados e caracteres são assuntos sujeitos a bastante variação e com complexidades potencialmente ocultas, portanto o Ukelele vem acompanhado de um manual em PDF (76 páginas), e de um tutorial, para quem desejar esgotar o potencial da ferramenta. Uma coleção de mapas de teclado prontos e alteráveis também vem incluída no pacote (mas você também pode simplesmente importar e modificar o mapa que estiver em uso no seu Mac, salvando-o com outro nome).

Eu uso o teclado completo, como o da imagem acima, e o mapa de teclado default EUA Internacional (com acentuação em português da forma como aprendi desde a década de 1980) me atende bem – os complementos a ele eu defino por meio do app TextExpander.

Mas eu fiz uso do Ukelele para aproveitar algumas das teclas numéricas à direita (cuja função original eu não uso) para facilitar a inserção de alguns símbolos que uso com frequência, como você vê na ilustração abaixo.

Leia também: Redefinindo as teclas no Mac: Home, End, Page Up e mais.

Agradecimento: Eu fiquei sabendo da existência do Ukelele a partir deste comentário do Walter Cruz (sobre como ele trocou a posição da tecla aspas com a tecla til para facilitar o uso frequente na programação) no post sobre como evitar acidentes com o Caps Lock.

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