Comprovado: ter bastante espaço livre no disco rígido aumenta muito o desempenho do Mac

Testes de laboratório realizando operações comuns do dia-a-dia demonstram: operar com o HD principal próximo ao limite da sua capacidade de armazenamento pode levar a queda de até 35% do desempenho.

Quando se trata de testar e comparar o desempenho de Macs, os laboratórios da MacWorld são referência, graças ao seu teste padronizado SpeedMark, baseado na cronometragem automatizada de uma série de tarefas do mundo real, como duplicar e compactar uma pasta cheia de arquivos, importar 500 fotos no iPhoto, importar um clip no iMovie e transcodificá-lo, além de incorporar alguns testes de terceiros, como o do Cinebench, do MathematicaMark, o PCMark e até o do jogo Portal 2.

Por isso, quando a MacWorld resolveu testar os "mitos do desempenho", sobre fatores que reduzem ou aumentam a performance do Mac, eu prestei bastante atenção.

E a minha conclusão, após o resultado dos testes deles foi: em máquinas com HDs tradicionais, manter bastante espaço livre no HD principal faz muita diferença; em máquinas com SSD, optar por um SSD maior faz diferença também.

Os números são bem claros: em testes de duplicação e compactação de arquivos (tarefas que permitem avaliar bem o desempenho de leitura e de gravação), o desempenho caiu até 8% quando o disco estava 50% cheio, 17,6% com o disco 80% cheio, e a queda medida foi de 35% quando o disco foi testado 97% cheio.

Eu já vivi essa situação de ter de trabalhar com o disco principal quase cheio, e posso atestar: quando finalmente pude aplicar a dica número 3 deste artigo sobre como liberar espaço em disco, o desempenho deu um salto positivo facilmente perceptível.

No caso dos Macs com SSDs e não HDs, a degradação gradual não acontece, e só há perda de desempenho quando o espaço ocupado se aproxima dos 97% (mas ela é bem considerável: 35% no teste da descompactação). Também no caso dos SSDs, os testes comprovaram que é verdadeira outra observação do folclore digital: os SSDs de maior capacidade (512GB) têm desempenho bem maior do que os de 256GB e 128GB, mesmo quando são do mesmo fabricante e linha.


Por outro lado, os fatores a seguir, que muitos têm como regras absolutas da performance, fazem relativamente pouca diferença no desempenho geral (embora façam diferença em situações específicas, claro):

  • Ter mais núcleos de processamento na CPU: nos testes práticos, máquinas similares com menos núcleos mas clock ligeiramente superior se deram melhor no resultado de várias tarefas do dia-a-dia.
  • Plugar um monitor externo: ao contrário do que algumas pessoas acreditam, plugar um segundo monitor a uma das portas de vídeo do Mac não degrada o desempenho. A única alteração registrada foi de ~2-4%, e em apenas um dos múltiplos testes.
  • Maximizar a RAM: é verdade que para um melhor desempenho você precisa ter RAM suficiente para rodar tudo que quiser ter na memória simultaneamente, mas, ao contrário do que muita gente pensa, ir além disso e colocar o máximo possível de RAM não necessariamente melhora o desempenho, e pode até mesmo degradá-lo. Assim, é possível que 4GB ou 8GB sejam suficientes para você, e colocar 16GB seja pior do que um mero desperdício de dinheiro: vários dos testes da MacWorld tiveram resultados melhores nas máquinas com menos do que a capacidade máxima de RAM instalada.

Para completar, os "caçadores de mitos" do laboratório da MacWorld também chamaram atenção para uma situação que mudou: atualmente faz diferença positiva ter uma placa de vídeo 3D superior, mesmo que você não jogue nem rode aplicações 3D.

A razão é simples: graças a tecnologias como o OpenCL, várias categorias de aplicação começam a tirar proveito da capacidade matemática dessas placas para acelerar os seus cálculos e processamentos, mesmo que não seja para produzir imagens 3D.

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