iPadão: não acredito que um iPad de 12,9 polegadas esteja mesmo a caminho, mas...

Será possível que um iPadão de quase 13 polegadas esteja a caminho de se chocar com a nossa realidade? Eu acho que não, mas tentei explorar um cenário em que isso seria um pouco menos estranho.

Sim, estamos a poucas semanas das atualizações dos iPads, e sim, os rumores sobre quais serão as novidades abundam. E há um deles que me chama a atenção pela força com que eu rejeito a ideia:

O novo iPad com telona de 12 polegadas.

Não é um rumor recente: já em julho o usualmente bem-informado Wall Street Journal informou que a Apple andava testando essas telas maiores – o que pode bem ser verdade, porque sabemos que a empresa tem o hábito de testar internamente muitas variações de seus produtos, e usualmente escolhe poucas delas para levar ao mercado.

No caso do iPad mini, o público esperava (e eu rejeitava) uma telinha de 7 polegadas, mas quando o produto chegou ao mercado trouxe um arredondamento na direção certa: a tela real tem 7,85 polegadas, o que dá 2cm de diagonal a mais, ou 40% mais área de tela do que os típicos tablets de 7 polegadas anteriores.

No caso do tal iPad gigante, os números apresentados por parte de quem diz que sabe de algo1 vão na direção oposta à que eu consideraria ideal: não são "quase 12 polegadas" que permitiriam imaginar uma telinha como a do menor MacBook Air: são "pouco menos do que 13 polegadas", praticamente o tamanho da tela do menor MacBook Pro.

Eu não dou grande crédito ao rumor, e nem mesmo acho que não haveria mercado interessado em uma monstruosidade assim: para uso escolar, por exemplo, ou aplicações de criação e consumo de conteúdo que ocorram numa mesa, e só eventualmente sendo levado ao colo ou à mão.

Existe uma possibilidade em que isso seria bom para mim?

Existe até um cenário em que um aparelho assim me agradaria: como um substituto (sucessor?) para o MacBook Air, na extremidade mais simples das tarefas de desktop, tais como comunicação instantânea, navegação, edição simples de texto e de imagens.

Imagine: com uso opcional de um teclado físico (não custa lembrar: agora os apps para iOS podem usar atalhos de teclado, estilo OS X), a capacidade de ligar instantaneamente, e uma bateria que preencha o restante do espaço que seria adicionado no aparelho com essa tela aumentada, para essas aplicações simples o hipotético iPadão poderia acabar sendo um MacBook Air melhor do que o MacBook Air.

Acredito que a Apple esteja caminhando aos poucos nessa direção em que haverá uma interseção maior entre a aplicabilidade dos iPads e do MacBook Air, ou do iOS e do OS X, e medidas como o uso de processadores de 64 bits nos novos iPhones apontam para essa conclusão.

Mas não acho que vá ser agora.

Se for para ser um híbrido entre tablet e notebook, vai precisar de uma boa dose de molho especial, porque bastante gente já tentou isso e não conseguiu reunir o melhor dos 2 mundos.

E se for para ser simplesmente um iPadão de 13 polegadas, no qual eu nem mesmo acredito, fica aqui o meu apelo para a Apple: pensem diferente e não nos exponham a isso.

 
  1.  Não que eu dê grande crédito a essas "fontes"...

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