Boletim BR-Mac: Apple se permite ler e-mails dos usuários, novos atalhos no Byword, e um rumor estranho
Os termos de uso do iCloud permitem que a Apple leia os seus documentos e e-mails, bastando suspeitar que isso protegerá os interesses dela; em compensação, o novo Byword aproveita bem o suporte a atalhos de teclado do iOS 7, e um ~rumor~ lançado pela Wired me deixou pensativo.
- Byword amplia suporte a atalhos de teclado no iOS – O Byword não é o meu preferido, mas certamente consta na maioria das listas dos melhores editores de texto para Mac e iOS. Se você ainda não o conhece, aqui está uma razão a mais para investigá-lo: sua nova versão acrescentou extenso uso do suporte a atalhos de teclado, útil para quem o usa no iPad ou iPhone digitando em um teclado físico. Os atalhos aproveitam combinações de teclas que você já conhece, como ⌘+N para criar um novo documento, e incluem funções como formatações diversas (negrito, itálico, listas, etc.), inserir imagens, ligar e desligar os contadores, exibir preview de formatação, navegar na lista de documentos e mais. Todos os atalhos de formatação se referem ao uso do padrão Markdown. [cultofmac]
- A Apple se autoriza a ler os seus e-mails no iCloud – Na semana passada abundaram artigos ultrajados porque a Microsoft bisbilhotou os e-mails de um assinante do seu serviço Hotmail em busca de evidência de que um funcionário estava vazando versões antecipadas do Windows 8. Para reduzir ilusões de quem não lê os acordos que aceita, o Guardian nos fez o favor de ler os Termos de Uso de outros serviços on-line e comprovar que é comum a existência de cláusulas similares ou idênticas – permitindo inspecionar o conteúdo armazenado pelo usuário quando a empresa desconfia de que há algum risco aos direitos ou à propriedade dela. Segundo o jornal britânico, esse tipo de cláusula que permite bisbilhotar a correspondência do usuário sem precisar de aprovação judicial ou mesmo de provas ou consulta prévia consta nos termos de uso do Yahoo Mail, do Gmail e do iCloud – neste último caso, segundo o Guardian, os termos de uso que todo usuário aceita incluem o seguinte direito: a empresa pode acessar e divulgar as suas informações cadastrais e o seu conteúdo se acreditar, de boa fé, que este acesso é razoavelmente necessário para proteger a propriedade da Apple (...)1. O que diferencia o "caso Microsoft" da semana passada é que ela admitiu que fez uso da cláusula em questão.[theguardian]
- Rumor ou pegadinha: iTunes Store para Android – Eu não me espantaria se daqui a alguns dias descobríssemos que a matéria da Wired que diz que a Apple está considerando a ideia de lançar um app da iTunes Store para Android foi pegadinha para expor veículos caça-níqueis que divulgam boatos sem nenhuma avaliação. Apesar da ausência de fontes, de detalhes e de histórico, vários publicaram, com ou sem o link para o original, como se não precisassem de mais nada para acreditar na possibilidade de isso estar mesmo em consideração neste momento. [billboard]
- Mas não está fácil para ninguém – Ainda sobre o futuro da loja de música do iTunes, é verdade que no ano passado o mercado de downloads de música nos EUA decresceu pela primeira vez desde o lançamento do iPod, e que a Apple – dona de 40% do faturamento deste mercado – deve estar mesmo procurando com atenção (mas sem desespero) alternativas para adaptar melhor seu modelo aos serviços de streaming, que cresceram quase 40% em receita em 2013.
O Boletim BR-Mac é uma lista rápida (e comentada) de notícias e informações que chamaram a minha atenção e podem lhe interessar. Passe o link desta edição para os amigos usuários de Mac e iPad!
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- Citando da versão oficial em português dos Termos de Uso do iCloud: "A Apple pode, sem responsabilidade para com o usuário, acessar, utilizar, preservar e/ou divulgar a sua informação de Conta e Conteúdo às autoridades de aplicação da lei, oficiais do governo, e/ou a terceiros, conforme a Apple acredite ser razoavelmente necessário ou apropriado, se lhe for legalmente exigido efetuá-lo ou se acreditarmos de boa fé que tal acesso, utilização, divulgação, ou preservação é razoavelmente necessária para: (...) proteger os direitos, propriedade ou segurança da Apple, seus utilizadores, um terceiro, ou o público conforme exigido ou permitido por lei." ↩
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