iTunes Match: relato de um usuário satisfeito

Por Manoel Guedes (@manoelguedes), autor convidado.

Assinei o serviço iTunes Match.

Desde o lançamento que eu gostaria de experimentar o serviço. A proposta de ter um espaço de 25.000 músicas na nuvem por US$25 pareceu-me interessante. O motivo para eu finalmente assinar o serviço foi que eu resolvi vender meu iPhone 4 de 32 GB pelo mesmo preço que comprei um novo iPhone 4S de 16 GB.

Como 13GB do meu iPhone era ocupado por música, assinei o serviço para não sentir falta do espaço perdido com o upgrade. Todas as músicas da minha biblioteca do iTunes foram adquiridas em CD, ou compradas na UOL Megastore e na 7digital.com.

Para deixar clara a terminologia, todas as músicas são analisadas pelo serviço e ficam em dois estados:

  • Disponibilizado: Quer dizer que a Apple tem aquela música e permite você trocar seu arquivo pela versão da Apple com qualidade iTunes Plus (AAC 256 kbps) - ou seja, aconteceu o Match daquela música
  • Carregado: Quer dizer que a Apple não tem (ou pensa que não tem) aquela música. O upload é feito e então fica na nuvem para você ouvir em todos os iTunes e iOS que você tenha.

O placar do Match

A maior parte da minha biblioteca é de músicas evangélicas, e a quantidade de músicas disponibilizadas foi surpreendente: cerca de 50% do total das minhas músicas (nem todas evangélicas, mas a maioria).

Os álbuns internacionais e os não evangélicos foram quase todos disponibilizados, com exceção dos discos de Roupa Nova, Scorpions, Trilhas sonoras da Disney e alguns discos independentes (Fabulosa Banda do Coringa por exemplo). Discos independentes e de gravadoras como a Novo Tempo não foram disponibilizados mas foram carregados sem problemas.

Os álbuns não-religiosos carregados (isto é, sem match com músicas da loja da Apple) foram estes:

E abaixo você vê uma pequena amostra dos meus 58 álbuns que foram disponibilizados (isto é, com match):

Alguns álbuns aparecem nas duas listas porque algumas faixas foram carregadas e outras disponibilizadas. Um detalhe adicional: toda vez que eu tentei baixar um disco disponibilizado mas que não tinha para venda na loja recebi uma mensagem de que não foi possível encontrar a capa do Álbum.

Como complemento, eia a lista dos álbuns de música evangélica nacional totalmente disponibilizados, com destaque em itálico para os que foram disponibilizados mesmo sem estar à venda na loja: Aline Barros - Consagração; Aline Barros - Deus Do Impossível; Aline Barros - Jesus Vida Verão; Aline Barros - Som de Adoradores; André Valadão - Diante Do Trono; Cassiane - Recompensa; Cassiane - Sementes Da Fé; Diante Do Trono - Tua Visão; Fernanda Brum - Glória; Fernanda Brum - Quebrantado Coração; Nívea Soares Diante Do Trono; Oficina G3 Acústico; Oficina G3 Preciso De Ti; PG - A Conquista; Stauros - Praise. Estou detalhando a música evangélica porque é um tipo de música que pode ser considerado, de certa forma, alternativo. Os resultados de match com quem tem músicas mais comuns devem ser melhores ainda.

Questão de origem

Todas as músicas que eu comprei pela UOL Megastore e pela 7digital.com foram reconhecidas e disponibilizadas. Sem exceção. Fiz até uma lista inteligente para conferir. Ou seja, o serviço cumpriu 100% com a promessa feita no lançamento: "Se você comprar suas músicas em outras lojas de músicas digitais nós substituímos pela versão vendida em nossa loja, economizando o upload e trazendo um eventual ganho de qualidade com o nosso formato iTunes Plus AAC." Isto aconteceu com 100% das minhas músicas. Não tem como ser melhor.

Já com relação aos CDs que eu ripei, então embora alguns tenham sido totalmente disponibilizados, alguns foram parcialmente disponibilizados e outros tiveram que ser carregados.

Percebi que os CDs parcialmente disponibilizados tinham aquelas faixas vendidas em coletâneas na loja. Ou seja, embora o CD não esteja à venda na loja, algumas faixas apareciam em coletâneas diversas e eram reconhecidas.

Houve pelo menos um caso de disco que identifiquei que está à venda na loja mas que não foi disponibilizado. Percebi que as músicas do meu CD tinham alguns segundos de diferença em relação a versão da loja - ou seja, a mixagem é diferente. Nestes casos eu não estou substituindo a minha versão pela versão disponibilizada porque eu ripei todos os meus discos usando o iTunes na qualidade iTunes Plus, então acho que o arquivo do CD ou da loja deve ser a mesma coisa.

Saldo final:

  • 674 músicas na lista inteligente "Estado do iCloud = disponibilizado"
  • 660 músicas na lista inteligente "Estado do iCloud = carregado"
  • Satisfação: 100%

Conclusão: Algumas inconsistências aparecem com as músicas ripadas diretamente do CD por mim e que deveriam ter sido disponibilizadas mas foram carregadas. Entretanto, tirando o tempo de upload o efeito final é o mesmo caso o CD tenha sido ripado pelo iTunes. Se o CD não foi ripado com o iTunes e não foi disponibilizado, o jeito de ter melhor qualidade é ripar o CD com o iTunes e aí carregar as músicas.

Mais detalhes:

  • A contagem das músicas é incrementada mesmo quando ela é tocada no iPhone (com a opção de iTunes Match ativada). E mesmo depois de apagar e baixar a música de novo a contagem não é perdida.
  • As listas são sincronizadas com o iCloud: Isto é, aparecem no iPhone e também no meu outro iTunes no Windows do trabalho.

Não há nenhuma alteração nas informações das música, exceto na marca d'água de proprietário das músicas que foram deletadas e transferidas de volta do iCloud. Quando uma música é apagada e transferida de volta do iCloud ela ganha uma marca de "transferida por" e o nome da conta de quem transferiu a música de volta.

No iPhone

Agora vamos ao iPhone: É opcional habilitar o iTunes Match também nos dispositivos com iOS. Pode-se carregar as músicas a partir do iTunes normalmente.

Em ajustes -> música tem a opção de habilitar o iTunes Match para o iOS. Se for ativado, não existirá mais sincronismo de músicas via iTunes. Tudo passa a ser feito via iCloud - semelhantemente ao que acontece com o sincronismo de contatos e compromissos. Em ajustes -> loja é possível determinar se o download de músicas pode ocorrer por 3G ou se deve ser feito exclusivamente por Wi-Fi.

Uma vez habilitado o iTunes Match então nuvenzinhas aparecem do lado de todas as músicas / artistas / álbuns que não estejam localmente no iPhone, indicando que se der um play, elas serão ouvidas por download. O download é tipo um streaming. A música começa a tocar quase imediatamente, mas quando o download termina o ícone de nuvenzinha some daquela música indicando que ela está localmente no iPhone a partir daquele momento.

Percebi que ao começar a ouvir uma música, as duas próximas faixas a serem tocadas também começam a ser baixadas para ficarem no iPhone.

Se você tentar ouvir uma música, mas não tiver rede no momento (por exemplo se você proíbe baixar músicas por 3G e não tem Wi-Fi na área) então só dá pra ouvir o que está previamente baixado, isto é, as faixas sem nuvenzinhas. Se ativar uma função como aleatório, ou listas, as música que estão na nuvem são ignoradas e as faixas locais são tocadas.

Já ouvi muitas músicas por 3G da Vivo DF sem problemas. Tirando o delay de alguns segundos ao começar a primeira música da sessão (não há pausa entre as músicas, só antes de começar a primeira), o resto fluiu sem problemas. Curiosamente, com o Wi-Fi do meu trabalho (muito sobrecarregado / ruim e lento) então a primeira música demorou uns 20 segundos para começar, e durante a reprodução as outras paravam no meio provavelmente porque o download estava muito ruim.

É o relatório.

Pelo autor convidado Manoel Guedes (@manoelguedes)
 

Xee: um visualizador de imagens e editor simples para o Mac

O Xee é um aplicativo que resolve bem os casos mais comuns de uma tarefa frequente para quem trabalha com conteúdo ou tem coleções de imagens ou fotos no disco: visualiza com categoria as imagens das suas pastas, e oferece os recursos de edição mais essenciais (rotacionar, espelhar e recortar).

O OS X vem acompanhado do Preview (ou Pré-Visualização), que também faz isso e muito mais. Mas para a visualização nossa de cada dia, o Xee oferece alguns diferenciais interessantes, tais como:

  • Abertura mais rápida
  • Botões e atalhos para navegação entre as fotos da mesma pasta (próxima, anterior, última, primeira)
  • Presença da opção "Salvar como", e ausência do novo comportamento do Preview (e do Lion) de salvar automaticamente todas as alterações efetuadas.
  • Facilidade para navegar em imagens que estão dentro de arquivos compactados (Zip, RAR, etc., incluindo CBR e CBZ, pra turma das histórias em quadrinhos).
  • etc.

Ele não vai muito além disso (e das operações com clipboard, rotacionamentos, espelhamentos e recortes), mas mesmo assim eu já o defini como a ferramenta padrão para abrir imagens JPG, PNG e GIF no meu desktop, porque dos casos mais comuns ele cuida muito bem (e para os demais, é só abrir com o Preview ou o Gimp ou a ferramenta preferida de cada um).

Eu já conhecia o Xee há mais tempo, mas a minha atenção foi chamada para ele recentemente por este post do The Verge pedindo indicações de alternativas ao Preview, cuja versão no OS X Lion desagradou o autor (e a outras pessoas), que sentem saudade de como ele era rápido e descomplicado quando ainda não servia de vitrine para os novos recursos de gerenciamento de estado e de controle de versão de documentos do Lion.

O Xee é open source e é compatível com o OS X 10.4 em diante, incluindo o Lion. E se a próxima versão 3.0 incluir as funções de resize de imagens como comentado pelo autor, provavelmente ele passará a ser responsável por mais de 90% do meu uso de ferramentas do gênero ツ

VLC 2.0 trará nova interface para o Mac, ainda nesta semana

O VLC é um clássico que dispensa maiores esforços de apresentação: presente em boa parte dos desktops modernos, ele toca quase qualquer formato de vídeo, áudio e legendas, faz conversões e muito mais, como já vimos no artigo 10 coisas que o VLC faz e você não sabia.

Mas a sua interface com o usuário no Mac, embora suficientemente funcional, já estava merecendo uma renovação há algum tempo. E a oportunidade chegou: a versão 2.0 do VLC deve ser lançada nos próximos dias em todas as plataformas.

Boa parte das novidades da nova versão são comuns a todas as plataformas suportadas pelo VLC, mas os usuários do Mac receberão um extra: a merecida interface renovada.

As mudanças são fáceis de identificar: playlist e vídeo na mesma janela, serviços adicionais facilmente acessíveis em barras de ferramentas, e uma barra lateral típica do OS X oferecendo acesso rápido às fontes de conteúdo identificadas. Mas algumas não aparecem na screenshot, incluindo os ganhos de velocidade e as novas opções de configuração e expansão via scripts.

O VLC 2.0 (cujo lançamento está previsto para esta semana) também virá melhor ajustado ao Lion, trará correções, melhorias e novos recursos, que você pode conferir na lista de novidades.

Jogos em promoção para iPad, iPhone e iPod Touch

O dia dos namorados nos EUA é comemorado em 14 de fevereiro e, assim como em muitos outros países, é uma data importantíssima no calendário do varejo, com promoções e ofertas especiais competindo pelo interesse de quem quer presentear a pessoa amada ou se distrair até a data passar.

É o caso dos jogos para iPad e iPhone (e iPod Touch, claro), que neste final de semana que antecede a data já estão em uma infinidade de promoções.

Se você quiser escolher à vontade, vá diretamente às listas gerais de jogos em promoção para o iPad e de jogos em promoção para iPhone e iPod Touch.

Mas considere esta informação extra: grandes produtoras de jogos, como EA Mobile, Gameloft e Sega, aderiram em peso à promoção, então talvez você queira aproveitar para ir direto em títulos mais conhecidos que estava aguardando para comprar.

Aqui vão alguns exemplos:

Mas fique ligado: um impasse entre o Ministério da Justiça e a Apple sobre classificação etária de jogos, que já dura anos, continua mantendo a maior parte dos jogos fora da App Store brasileira. Para ter acesso a eles, o caminho geralmente passa por criar uma conta na App Store do Uruguai ou dos EUA (sendo que a primeira aceita cartões de crédito internacionais brasileiros).

Logitech Mini Boombox: som portátil sem fio

Embora aqui em casa tenhamos uma conexão AirPlay com o aparelho de som da sala (com a participação de um AirPort Express) que facilita fazer com que o música ambiente das festas e do dia-a-dia possa ser obtida dos iPads e iPhones, a disposição dos cômodos dificulta que este recurso seja aproveitado na área externa.

Assim, quando estamos no lado de fora para um churrasco ou algo assim, muitas vezes nos contentamos em ouvir a música abafada que vem de dentro da casa, ou em levar para lá (e depois lembrar de trazer para dentro antes da chuva regulamentar) um aparelho de som portátil ou o conjunto de caixas de som portáteis da Maxell que me acompanha há mais de 10 anos, e que embora realmente seja transportável, é em 3 peças separadas (subwoofer + 2 caixas estéreo), exige estar ligado à tomada e se conecta ao iPhone, iPad ou notebook por meio de um cabo. Não é o fim do mundo, claro, mas hoje temos grande variedade de produtos que atenderiam melhor a este caso de uso.

Não faltam modelos de docks e similares a considerar e, apesar do preço elevadíssimo, acredito que uma versão futura dos 2 produtos mais legais que a TDK fez neste século (o SoundCube e o 3 Speaker Boombox) vai ser a minha solução definitiva daqui a algum tempo - mas as versões atuais, com conexão com fio e cuja portabilidade depende de 12 pilhas grandes, ainda não chegaram lá.

Por outro lado, essas caixas de som de 2 x 1W da Philips, que dispensam tomada e baterias, podem até soar melhor que muitas caixinhas de som (sem marca, compradas na rua ou no saguão do aeroporto) alimentadas por USB ou por pilhas, mas eu me arrisco a dizer que o iPhone acoplado a uma caixa de ressonância acústica consegue ser ouvido bem mais longe – ou no mínimo simultaneamente pelo churrasqueiro, por quem está no balcão fazendo a caipirinha e por quem está no freezer buscando mais gelo.

Um produto promissor

A cada novo churrasco em que o som desaponta ou em que eu preciso correr para tirar as caixinhas Maxell da tomada antes da trovoada começar, eu volto a lembrar de como há fartura de soluções mais modernas.

Potência de som não é problema, 3 a 5W certamente seriam suficientes para colocar uma música em todo o ambiente sem abafar a conversa - mas uma solução suficientemente econômica e que pudesse ser usada em qualquer canto (leia-se: sem tomadas), guardada em qualquer gaveta e funcionar sem conexão física ao celular, tablet ou notebook seria o ideal.

E na rodada mais recente acredito que encontrei o produto que vai resolver a situação: o Mini Boombox, da Logitech. O modelo atual foi lançado no final do ano passado, e parece ter todos os meus requisitos: bateria interna recarregável que dura várias horas (oficialmente 10h), funcionamento sem fio via Bluetooth, com alcance listado de 10m, portabilidade e potência suficiente (2 x 3W, com ressonância caprichada).

Além disso o Mini Boombox tem alguns atrativos adicionais, como os controles touch, a entrada auxiliar (para conexão com fio ao aparelho de som quando este não tiver Bluetooth) e a possibilidade de ser usado como viva-voz do telefone – que não recomendo usar durante uma churrascada ツ

Estou ciente de que caixas pequenas não produzem sons fantasticamente claros, nem gigantescamente altos (embora no review em vídeo feito pelo Engadget o Mini Boombox tenha conseguido abafar a voz do repórter), mas quando for o caso de precisar de um som que abafe a conversa de todo mundo, as minhas soluções anteriores permanecerão presentes.

Agora começa a parte difícil: ver se tem à venda no Brasil, a que preço, e aí decidir se vale mais a pena comprar localmente ou importar.

De qualquer forma, este Mini Boombox da Logitech parece se adequar a outros casos de uso também: para levar na mochila, para ambientes de trabalho móveis, para o ambiente da piscina e mais. Achei que valia a pena compartilhar, e quem sabe receber de vocês sugestões de outros produtos que atendam a situações similares nos comentários!

Tweetbot 2.0, para iPhone e iPad

Saiu a versão 2.0 do TweetBot, o aplicativo de acesso ao Twitter que eu uso no iPhone e que considero tão bom a ponto de às vezes usar até mesmo no iPad, apesar de não haver versão nativa para ele – ou seja: o app para iPhone já era tão bom que deixo os clientes com versão oficial para o iPad de lado para usar no tablet um app de iPhone.

Mas agora surgiu a versão para iPad também e, quando à do iPhone, nada é tão bom que não possa ser melhorado ツ

E não era preciso esperar pela versão 2.0 para perceber isso, como demonstram as várias atualizações que compuseram a série 1.0 do Tweetbot trazendo recursos como a sincronização da leitura entre vários dispositivos (sem perder o ponto até onde se leu), opções avançadas para "silenciar" amigos sem noção, etc.

A versão 2.0 para iPhone chegou trazendo novidades compartilhadas com a nova versão para iPad, tais como:

  • Thumbnails, para acabar com a dúvida sobre clicar ou não clicar nas URLs de imagens
  • Várias atividades que exigiam 2 toques (um para abrir os detalhes da mensagem, outro para clicar em uma URL ou nome de perfil, por exemplo) agora podem ser feitas com um toque só, diretamente na timeline.
  • Nova forma de exibir os RTs, as DMs e os diálogos baseados em respostas.

Mas há muitas outras novidades, e eu recomendo ler o review no MacStories e o review no iMore, bastante completos, enquanto instala a nova versão ツ

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