Escreve o leitor Márcio T. V., pelo link de contato do BR-Mac:

Uso Linux desde 2003 e sempre pude editar os arquivos de configuração do X pra desativar a inútil tecla Caps Lock, ou até pra transformar em uma tecla Control adicional. Agora comprei um MacBook e estou de cara porque não consigo encontrar os arquivos do X11 pra fazer o mesmo, e nem o comando xmodmap resolveu. Não entendo pra que desativar uma funcionalidade tão útil, e já estou pensando em voltar para o Gentoo!

Calma, Márcio, não é pra tanto. Na minha opinião você pode voltar para o sistema operacional que desejar, e é possível até que vá ser divertido instalar o Gentoo no seu MacBook.

Mas a impossibilidade de desativar o Caps Lock não deveria ser o motivo, porque é bem fácil desativar o Caps Lock no Mac, ou mesmo fazer ele assumir o papel de uma tecla Control (ou Command, ou Option) adicional.

Para isso, tudo que você precisa é ir nas  Preferências do Sistema > Teclado e clicar no botão Teclas Modificadoras, que fica no canto inferior direito do Painel. Você verá uma tela como a acima, na qual eu já configurei a tecla Fixar Maiúsculas (a nossa Caps Lock) para não executar nenhuma ação - mas poderia ter optado por configurá-la das outras formas mencionadas.

Quanto ao xmodmap e aos arquivos de configuração do X11 que você usa "desde 2003", desejo muito sucesso na sua busca,que pode conduzir a bastante aprendizado. Mas creio que você terá avanço mais rápido se compreender que o ambiente gráfico do OS X não é o X11 - o X11 está presente nele, mas como um subsistema que entra em execução apenas quando necessário, para dar suporte a aplicativos que precisam dele. Sugiro que você instale algum destes aplicativos (como o Gimp for Mac) e você terá oportunidade prática de ver o X11 em execução, e de experimentar com as preferências e configurações dele.

No nosso vídeo apresentando os melhores aplicativos do iPad, eu incluí como bônus a calculadora gratuita Jumbo Calculator, uma forma charmosa e fácil de interagir na hora de resolver a curiosa ausência de um app de calculadora que já venha pré-instalado no iPad.

E a Jumbo é mesmo uma solução à altura do uso casual. Ela faz as 4 operações básicas, inverte sinal, eleva ao quadrado, tira raiz quadrada e tem botões e mostrador enormes - e era isso.

Mas sei que há quem espere mais de uma calculadora, mesmo quando não precisa de um modelo científico ou financeiro (e neste último caso eu recomendo a EPx 12C.

Para estes, eu tenho uma recomendação adicional: a calculadora Digits, que troca o charme e o tamanho enorme dos botões da Jumbo por uma série de funcionalidades adicionais, a começar pela versão digital da fita de papel com registro de dados e cálculos que você vê na imagem abaixo.

Na imagem você pode ver que a fita (com suporte a anotações) é um grande recurso para documentar a memória de um cálculo - e a Digits permite depois enviá-la por e-mail, copiá-la, imprimi-la e até fazer uso de um recurso que lembra as planilhas de cálculo: editar um número que fez parte de uma operação registrada, e ver a operação ser refeita automaticamente usando o novo valor.

Além disso ela tem a operação percentual facilitada, algo que faz falta para operação comercial ou contábil na Jumbo (mas de modo geral não faz falta para o pessoal das Exatas, que muitas vezes convertem mentalmente percentuais em multiplicações antes de operar), bem como operações com memórias de cálculo e com totais gerais.

A calculadora Digits funciona no iPad e no iPhone, e sai por US$ 1,99 na App Store.

Escreve o Vanderlei C. P., via e-mail:

Augusto: Sou redator para a web, e fui apresentado à formatação em Markdown recentemente, no seu post sobre o editor Elements para iPad. Tenho interesse em incorporar este padrão ao meu conjunto de ferramentas, mas no Mac, e não no iPad. Percebi que vários editores de texto suportam Markdown, testei alguns deles mas estou interessado em ir direto ao topo. Qual o melhor editor de texto para web com suporte a Markdown no Mac?

A marcação de formato em MarkDown também me parece uma ideia genial. Mesmo não tendo sido a primeira em seu gênero, ela aparentemente "pegou", e uma série de ferramentas de edição permitem usar suas formas facilitadas de marcar negritos, links, listas e outros elementos comuns de formatação web.

Para um breve exemplo voltado a quem ainda não conhece o padrão, veja o trecho abaixo em Markdown e em seguida o seu resultado formatado após a conversão automatizada para HTML:

##Exemplo em Markdown

Esta é uma lista de exemplos simples:

* Assim eu faço um **negrito**
* Assim eu faço um _itálico_
* Assim eu faço um [link para o Markdown](http://daringfireball.net/projects/markdown/)
* E tem muito mais: blockquote, code, imagens inline, listas numeradas e até notas de rodapé!

O resultado formatado fica assim:

Dependendo da ferramenta escolhida, você pode simplesmente editar usando os estilos Markdown no seu editor preferido, e depois usar um conversor externo que gera HTML (ou PDF, ou outro formato).

Mas não há carência de ferramentas que suportem ativamente este padrão diretamente no editor. Eu destacaria 3 delas: nos comentários do meu post sobre o Elements para iPad o @otaviocc já havia comentado sobre o Notational Velocity (nv), um dos mais populares. Tem também o Byword, e até o venerável BBEdit tem suporte nativo a marcação de sintaxe e preview de Markdown.

Mas como você é redator web, eu gostaria de te recomendar uma ferramenta específica: o Mou, um editor feito especialmente para o uso de Markdown para produzir texto para a web, com preview ao vivo (desativável, claro) de como fica o resultado formatado conforme você vai compondo.

Ele tem menus e teclas de atalho adequados para várias ações típicas de edição e formatação web, pesquisa incremental, temas visuais variados e mais. E quando chega a hora de levar o resultado para o seu site, ou para o sistema de publicação, basta exportar para HTML, e ele gera um arquivo prontinho para o seu uso.

O Mou é gratuito e no momento está em beta, mas faz algum tempo que várias pessoas que eu conheço o usam diariamente em produção. Embora eu não esteja pronto a responder diretamente à tua pergunta e te dizer que ele é "o melhor", acredito que ele é um bom ponto de partida para você começar a experimentar o Markdown no Mac!

Escreve o leitor Paulo Vianna, via e-mail:

Augusto, quando fiz o upgrade do meu iPad para o iOS 5, também optei pelo iCloud. Estou satisfeito com quase tudo, mas algo me preocupa: de tempos em tempos (sempre com alguns dias de intervalo), ao começar a usar o iPad a tela de travamento exibe uma mensagem de erro dizendo que meu iPad está sem backup. Optei pelo backup no iCloud, e sei que agora o backup não é mais feito pelo iTunes, mas não sei como comandar o início da operação. O que devo fazer?

Paulo, eu já recebi a mesma mensagem, e felizmente trata-se de uma situação com solução simples - afinal backups são elementos importantes da segurança e disponibilidade dos nossos dados, portanto a situação merece toda a atenção.

O que ocorre é o seguinte: ao optar pelo backup do iPad ou do iPhone no serviço iCloud, o próprio sistema passa a se encarregar de escolher a hora da operação, mas ele só o faz em uma situação específica, que depende de 3 condições estarem simultaneamente satisfeitas pelo seu iPad ou iPhone.

Em resumo, para um backup no iCloud ser iniciado automaticamente, o seu aparelho precisa estar:

• conectado a uma fonte de alimentação
• bloqueado
• conectado à Internet por uma rede Wi-Fi

Para boa parte dos usuários, esta condição ocorre naturalmente a cada vez que eles colocam o aparelho para carregar. Mas se você carrega o seu iPad num lugar em que a cobertura da rede sem fio não é boa ou não está presente, ou mesmo se fica bastante tempo sem carregar, a operação não vai acontecer, e o iPad ficará sem backup - e o alertará.

A solução, naturalmente, é passar a carregar com mais frequência e em um ponto onde haja uma rede Wi-Fi que o seu iPad use. Mas se você não puder fazê-lo, ou mesmo se não desejar esperar, pode forçar um backup no iCloud agora mesmo (se estiver conectado à Internet, claro).

Para forçar o backup no iCloud, vá nos Ajustes, clique em iCloud, em Armazenamento e Backup (que fica bem no final da tela) e em Efetuar Backup Agora.

E aí é só aguardar as fotos, as contas, documentos e ajustes do seu iPhone ou iPad serem copiados ツ

Acabei de receber o aviso de um novo aplicativo de culinária na Appstore: chama-se "Nosso Almoço de Todo Dia" e consiste em um app de cardápios, para facilitar o planejamento na cozinha.

O aplicativo é baseado no livro de mesmo nome e conta inicialmente com 20 dias, divididos em semanas, além de um pacote com dias especiais, que contém receitas mais elaboradas.

Com cardápios, ingredientes e receitas para toda a semana, o app pode facilitar a vida de quem cozinha e precisa se planejar com antecedência. Cada dia receitas diferentes.

Além disso, o aplicativo traz outras funcionalidades, incluindo dicas para facilitar sua vida na cozinha, geração de listas de compras a partir dos cardápios (que podem ser enviadas por e-mail), cardápios favoritos e até um timer de cozinha.

O Nosso Almoço de Todo Dia é mostrado em detalhes no vídeo acima. Ele sai por US$ 1,99 na versão para iPad e por US$ 0,99 na versão para iPhone, e tem suporte a português, espanhol e inglês.

Gerenciar as tarefas e pendências é um dos fundamentos da produtividade pessoal, e por isso não há nenhuma escassez de apps voltadas a este nicho, cada uma com seus diferenciais e suas vantagens - em especial na arena dos smartphones, que nos acompanham em variados contextos com praticidade suficiente para atuar como uma verdadeira plataforma de gestão pessoal.

A minha opção preferida é o Wunderlist, mas já foi o Things, e há poucos dias noticiei que eles ganharam a concorrência do Astrid, que chegou recentemente ao iPhone após conquistar grande popularidade no Android.

Um diferencial do Astrid é que ele dá atenção às tarefas em grupo, ou às consultas que precisamos fazer a outras pessoas para completar alguma tarefa. E neste sentido o Orchestra To-Do também brilha, integrando o foco nas listas baseadas em contextos (típico de métodos de produtividade como o GTD) e a comunicação com equipe, com familiares ou com outros envolvidos na sua divisão e execução de tarefas.

O nome já entrega: como uma orquestra, ele é adequado a contextos em que a execução não é solo, e sim uma peça tocada em grupo - e assim apoia tanto a organização quanto a comunicação ツ

O Orchestra funciona tanto no iPhone quanto na web, com sincronização automática. O contato com outras pessoas não se restringe a usuários do mesmo aplicativo: ele envia também e-mails e mensagens de texto.

Trata-se de um lançamento recente, que tornou-se público há cerca de um mês - mas chegou com impulso, já tendo sido a "App da Semana" escolhida pela Apple no iTunes, e agora também passou a ser "a melhor app de tarefas" no Lifehacker, site que é minha referência internacional em produtividade pessoal.

O Orchestra To-Do é grátis na App Store.