Apontador laser para o iPhone: iPin encaixa no conector de fones de ouvido

Seu iPhone pode virar um apontador laser e controle remoto de apresentação com o iPin, um acessório que dispensa pilhas e quase some dentro do conector para fone de ouvido.

O iPin fica quase inteiramente dentro do conector de fones de ouvido do iPhone, mantendo menos de 2mm para fora, para permitir que você o retire quando desejar, e também que gire para a posição on ou off1.

O uso é básico: pluga o iPin no iPhone (ou outro dispositivo iOS compatível), abre o app gratuito dele, e o usa para ligar ou desligar a emissão de laser.

O app também serve como controle remoto para avançar/retroceder slides2 no Mac ou no Windows, e até como mouse remoto, conectando o iPhone ao computador por meio da rede sem fio do local.

Este vídeo extremamente irritante mostra como funciona.

Para completar, ele vem com um prendedor que o fixa ao cabo do fone de ouvido da Apple quando não estiver em uso. Eu já havia visto apontador laser para o iPhone anteriormente, mas eram gigantes, parecia que o celular estava usando uma antena de radiomador da década de 1970 – e o iPin é o oposto disso.

Eu me interessei, embora tenha achado caro, e possa não ser um produto fácil de fazer chegar ao Brasil. Mas a utilidade de ter uma ferramenta de apresentação completa sempre à mão compensa o esforço, para mim.

 
  1.  Na posição on, você pode controlar o iPin por meio do seu app, e na off você pode receber e fazer chamadas normalmente com o iPhone, que não "pensará" que há um fone de ouvido conectado.

  2.  Vale para Keynote e Powerpoint. O site do iPin tem download de aplicativo host para Windows (XP a 8) e Mac (OS X 10.6 ou posterior).

Desenvolvedor: aumente sua produtividade com uma coleção de workflows

Uma coleção de fluxos de trabalho do Alfred 2 para acelerar e descomplicar tarefas de desenvolvimento no Mac.

O desenvolvedor brasileiro Zeno Rocha é o autor do artigo Hidden Productivity Secrets With Alfred, publicado pela Smashing, que apresenta um conjunto de workflows do Alfred selecionados por ele para aumentar a produtividade de desenvolvedores.

O Alfred é um dos utilitários indispensáveis em qualquer Mac que eu use, porque me permite operar o sistema sem tirar a mão do teclado nem procurar itens em menus, realizando minhas operações mais frequentes de forma bem mais eficiente do que arrastando o ponteiro do mouse.

Desde sua sua versão 2 ele traz um recurso extra para reduzir ainda mais o tempo entre decidir o que se quer fazer, comunicar essa intenção ao computador, e ver a tarefa completada: os workflows definidos pelo usuário.

A coleção de workflows selecionados pelo Zeno inclui itens como:

  • Verificar se determinado elemento HTML/CSS/js é suportado no seu navegador-alvo
  • Pesquisar documentação local de linguagens/APIs por meio do Dash
  • Alternar entre Terminal e Finder mantendo o mesmo diretório corrente
  • Converter formatos e codificações (de cores, de caracteres, de icon fonts, ...)
  • Interagir com o GitHub
  • Pesquisar dúvidas no StackOverflow

E há outros, tanto no artigo quanto nos comentários dos leitores, que sugerem algumas extensões cuja utilidade vai além do universo dos desenvolvedores.

Confira: Hidden Productivity Secrets With Alfred.

De 2011 até ontem: uma retrospectiva das declarações oficiais da Apple sobre o misterioso "novo produto"

Essa matéria do Verge traça uma linha do tempo – de 2011 até ontem – das declarações públicas de diretores da Apple sobre a entrada em algum novo segmento de produtos.

Começa com a declaração de Steve Jobs para sua biografia, falando que havia descoberto algum calcanhar de Aquiles no segmento das TVs, passa por uma série de declarações de Tim Cook sobre o "intenso interesse" da Apple nesse mercado, seguido de um ano inteiro em que mal se falou em TV e todos os sinais apontaram para relógios, e um calendário de expectativa de alguma novidade no final de 2013 (que, para todos os efeitos, já passou) ou ao longo de 2014.

Eu somo ao balé retórico retratado pela matéria do Verge este final de ano atípico que venho percebendo:

  • pela primeira vez não tivemos anúncio de uma nova linha de iPods,
  • aparentemente pela primeira vez em 5 anos não teremos um novo Mac mini em 2013,
  • não houve atualização do Apple TV,
  • o lançamento daqueles promissores controles de jogos para dispositivos iOS e OS X que vimos no WWDC não ocorreu,
  • etc., etc.

Não sou acionista, sou consumidor, e o que eu quero é que me ofereçam produtos que me interessem.

Não quero ser conclusivo sobre o que vai acontecer, porque ninguém sabe. Mas, neste mundo infestado por rumores e "análises", encontrar uma matéria atualizada, só com fatos e declarações oficiais que permita desenvolver uma análise própria é um achado raro.

Confira: Why does Tim Cook keep talking about new Apple products?

OS X Mavericks: as mudanças (discretas ou não) que mais me trarão produtividade

As novidades do OS X Mavericks que mais me agradaram têm chance de agradar a você também. E agradeço se você comentar quais foram as que mais lhe agradaram e não constam na minha lista 😃

Não sou (mais) o tipo de usuário ansioso por instalar uma nova versão de um sistema operacional e sair testando e comparando tudo que ele tem de novo. Não atualizei para o Mavericks no dia do lançamento e, quando atualizei, o que me deixou mais feliz foi poder continuar usando-o normalmente, sem regressões nem problemas, por mais 2 dias até ter tempo de olhar as novidades.

Mas no final de semana eu tive tempo e oportunidade, testei tudo que me chamou a atenção1, e agora compartilho com vocês.

Destaco: esta não é uma lista completa de novidades, mas apenas uma lista das que me agradaram mais. Para ver listas completas, a Apple disponibilizou uma lista de novidades do Mavericks, e as 24 páginas do review do John Siracusa no ars technica têm detalhes suficientes para entreter durante mais do que o tempo de download. Se quiser ainda mais detalhes técnicos, leia ainda o OS X Mavericks Core Technology Overview, atualizado agora em outubro.

A lista

Mais de 1 monitor. Finalmente há Spaces separados para cada tela, se você tem mais de um monitor. Bastante gente noticiou que isso é a solução para poder ter apps rodando no modo tela cheia sem inutilizar o outro monitor (e é verdade), mas para mim o mais interessante é que passou a ser possível alternar Spaces em cada monitor independentemente, e arrastar janelas diretamente entre eles quando no Mission Control. Isso pode ser ativado e desativado nas Preferências do sistema / Mission Control.

Apple TV como monitor externo. Agora dá para usar o AirPlay e transformar uma TV conectada a um Apple TV em monitor extra no Mac, para entretenimento, apresentações e mais – com quase todos os atributos de um monitor/Space adicional.

Menu e Dock em todos os monitores. Aleluia.

Substituição. Agora dá para compartilhar com o iOS (via iCloud) as substituições de texto definidas nas Preferências do sistema / Teclado / Texto. Eu não as uso no Mac, mas uso bastante no iOS, e é bem mais confortável criá-las / editá-las no Mac 😃

Atualização de apps. Assim como no iOS 7, agora dá para ativar (em Preferências do Sistema / App Store) atualizações automáticas de aplicativos e do sistema operacional. Se você não quiser, pode optar por agendar as atualizações (por exemplo, para daqui a uma hora, ou para hoje à noite), clicando com o botão direito no botão de atualizar, na Mac App Store.

Automação. Várias novidades interessantes no Applescript e Automator, que eu certamente vou descrever em um artigo à parte, em breve.

Debaixo do capô: os novos recursos de economia de energia e de ganho de desempenho devem estar fazendo maravilhas nos bastidores, e eu realmente acredito nisso, mas confesso que não sou o tipo de usuário que roda um benchmark para saber quantos % ganhou. Já aconteceu de haver regressão em máquinas antigas ao fazer instalações modernas, assim, mais do que comemorar os ganhos, fico feliz de não haver perda!

Gerar PDF: A opção “Arquivo / Exportar como PDF” nos menus de vários dos apps da Apple (e a caminho dos apps de terceiros? 😃), para fazer num local mais consistente o que já fazíamos por meio de um botão tradicional no diálogo de impressão.

Sem 8 ou 80: O gesto de “mostrar o desktop” (expandir 4 dedos arrastando no trackpad) agora é gradual.

Emoji: Agora é possivel abrir o seletor de emoji e outros caracteres especiais pressionando Control++Espaço em qualquer campo ou área de texto que os suporte.

Etiquetas (tags) de arquivos. Não sou grande fã, mas já usava as etiquetas coloridas das versões anteriores do OS X para diferenciar arquivos importantes em diretórios superpopulosos, e agora vou passar a usar também as novas tags, mais expressivas, para isso.

Dicas das tags: As tags podem ser criadas / associadas a arquivos no diálogo de Salvar, no menu triângulo da barra de título das janelas de edição (quando suportado), em um botão na barra de ferramentas do Finder, nas informações de cada arquivo (+i no Finder) e em vários outros lugares. É possível selecionar quais suas etiquetas preferidas, que aparecem na barra lateral do Finder (e em destaque em vários outros locais do sistema), nas Preferências do Finder.

Abas do Finder. Demorou, Apple! Mas agora elas estão ali e funcionam como seria de se esperar: pressiona +T e uma nova aba é aberta. Além de clicar nas abas, você pode alternar entre elas pressionando as teclas Control+Tab ou Shift+Control+Tab. E para abrir uma pasta numa nova aba, pressione enquanto dá um duplo clique nela.

Biblioteca sem truques. A opção de exibir a pasta Biblioteca voltou a estar presente nas opções de visualização (+J) da sua pasta pessoal.

GTD. Agora os Lembretes e os Calendários (ou seja, a agenda de compromissos) têm opções separadas de sincronização nas Preferências do iCloud, como sempre deveria ter sido.

Favoritos. No Safari, pressionar Control++1 agora abre a barra lateral de favoritos (há atalhos para as outras barras laterais que eu não uso também, variando o número de 1 a 3).

Preload de rolagem de tela. Agora o OS X carrega automaticamente os próximos trechos de documentos a aparecer caso o usuário role a tela, o que leva a rolagens mais rápidas e mais suaves, efeito que para mim foi bastante visível em vários apps.

E você, quais as suas novidades favoritas do OS X Mavericks?

 
  1.  E isso não inclui alguns recursos bem visíveis e que eu não uso, como o iBooks e o Mapas, e outros que exigirão atenção especial posterior, como Automator, Applescript e iCloud Keychain.

Applescript e JavaScript: Função “Copy Link Text” para o Safari, sem precisar de extensões

Usando Applescript e JavaScript combinados, consigo extrair o texto de um link no navegador Safari e gerar a tag HTML para inserir o mesmo link em outra página, sem precisar recorrer a extensões do navegador. Afinal, sendo em Applescript, se ele quebrar, eu sei consertar.

Na semana passada eu compartilhei com vocês (em “Como ativar a opção "Copy link tag" no Safari e gerar tags HTML na hora de copiar links”) um recurso fundamental do meu fluxo de trabalho: a possibilidade de copiar um link de uma página no navegador de uma forma que já gera o código HTML para incluir o mesmo link (incluindo o texto linkado) em outra página que eu esteja escrevendo.

Em outras palavras, se a descrição não ficou clara, aqui vai um exemplo: estou falando de uma forma de copiar este link do BR-Mac e, ao colá-lo no editor, gerar o código HTML correspondente, assim: <a href="http://br-mac.org">este link do BR-Mac</a>.

No artigo eu expliquei a forma como comecei a usar essa função com extensões em outros navegadores e como, ao migrar para o Safari recentemente, recorri ao SafariStand (que não é bem uma extensão na forma como hoje usamos essa expressão) para ter o mesmo recurso.

Segurança de continuidade

Coincidentemente, no final da semana o Rafael Fischmann publicou um relato sobre sua recente migração do Chrome para o Safari (que não foi pelas mesmas razões pelas quais eu fiz a mesma migração recentemente), e eu indiquei a ele o mesmo SafariStand para resolver um outro gap de funcionalidade que ele mencionou no seu artigo, e rapidamente tanto ele quanto o Reinaldo Versuri informaram que não funciona (ainda) no Mavericks, cuja versão GM eles já estão usando antecipadamente.

Basta uma olhadinha rápida no github do SafariStand para ver que ele tem sido desenvolvido ativamente nas últimas semanas, o que gera a expectativa de que uma versão suportando o Safari 7 e o Mavericks logo surja, Entretanto, como se trata de um recurso "por fora" do aplicativo, e que depende do SIMBL (que tem a mesma característica), o meu grau de certeza da atualização rápida flutua para menos.

Foi por isso que resolvi dedicar 15 minutinhos à tarefa de desenvolver a mesma funcionalidade de Copy Link Tag que o SafariStand oferece, mas usando Applescript sem depender de nenhuma extensão (interna ou externa) do Safari, assim tendo uma chance maior de continuidade entre versões do aplicativo e do sistema operacional.

Applescript com uma pitada de JavaScript

O que segue é uma descrição técnica que pode ser do interesse de outros usuários de Applescript, mesmo que a funcionalidade que eu implementei não seja útil para eles.

Não encontrei no dicionário de Applescript do Safari nenhuma função ou atributo que retorne o texto e a URL do link atualmente selecionado no texto, e assim resolvi basear minha implementação nos seguintes 2 passos:

  1. o usuário copia a URL de um link normalmente, pela opção "Copiar Link" do menu de contexto do Safari.
  2. ao colar o link no BBEdit, o usuário não pressiona +V como faria normalmente, mas sim Control+V, que eu defini como atalho para o meu script.

Ao ser acionado, o script se encarrega de consultar o Safari para descobrir qual o texto do link cuja URL está na clipboard, e aí insere a tag HTML correspondente à URL e ao texto do link, na posição do cursor do BBEdit1:

O código do script acima está disponível para download, abra no seu editor de texto, copie e cole no Editor Applescript.

Como funciona

Existiriam várias maneiras de, tendo em mãos uma URL obtida da clipboard, encontrar qual o texto do link que a referencia na página ativa do Safari. Eu optei por Applescript porque é a que eu melhor sei usar e, neste caso, aproveitei para experimentar com o comando do javascript, que permite mesclar no código um trecho de JavaScript que será executado no ambiente do navegador.

No processo, ainda dei um jeito de mesclar uma variável do Applescript no trecho em JavaScript (que, em si, também é uma variável, ao menos do ponto de vista do Applescript)2

Depois é só gravar na pasta de scripts do BBEdit e usar a "scripts palette" (do menu Window) para associar o atalho Control+V ao script, e começar a usar.

Simples, funcional, e atende a uma demanda minha, que talvez ninguém mais no mundo tenha 😃 Mas ser blogueiro tem várias vantagens, incluindo a de decidir compartilhar trechos de código obscuros sem saber se alguém algum dia terá interesse. Se você tiver, me conte!

E fica a sugestão: aprenda Applescript!

 
  1.  Suporte a outros editores de texto ou navegadores fica como um exercício para o leitor. Suporte a framesets e iframes também.

  2.  Talvez você note que o loop no trecho em JavaScript é ineficiente, mas tenho algo a dizer em minha defesa: no momento ele retorna a primeira referência à URL que estiver na clipboard, mas na prática ainda não sei se – caso a mesma URL apareça mais de uma vez linkada na página – eu vou querer a primeira, a última ou uma concatenação de todas. Quando eu decidir, farei um loop mais eficiente.

Editor gráfico para Mac: troquei o Acorn pelo Pixelmator

O melhor editor gráfico para o Mac agora é o Pixelmator, no que diz respeito ao meu uso e à minha avaliação – e isso após anos usando o Acorn. Veja por que eu mudei de opinião.

Durante anos o Acorn foi meu editor de imagens preferido no Mac, e algumas das suas vantagens1 certamente me farão voltar a ele para uma tarefa ou outra, mas passou a ser a prova de que a experiência do usuário é muito mais do que a lista de recursos do app.

Mesmo tendo uma série de recursos avançados e criativos, como o de capturar uma screenshot colocando cada janela em uma layer diferente, ou os filtros não destrutivos, o Acorn peca em alguns aspectos simples, que não quero listar mas destaco um: as chatices e inconsistências da ferramenta Texto, que às vezes parece esquecer que há um trecho selecionado, não exibe um bom preview da fonte, mantém visíveis no editor pedaços da versão anterior após uma alteração, etc., etc. – algo perfeitamente compreensível em uma versão beta ou mesmo 1.0, mas não numa versão 4.1.1 do Acorn, que custa US$ 49,99.

Gostar da ferramenta e ter investido tempo e esforço em aprendê-la e ajustá-la me fez ter paciência, mas quando me percebi evitando realizar determinadas operações devido às limitações2 do Acorn, notei que estava na hora de escolher outro editor para as minhas atividades básicas com imagens.

E a nova escolha naturalmente recaiu sobre o Pixelmator, opção popular (e mais barata) que, além dos recursos de abrir imagens do Photoshop (que pouco me interessam), oferece todos os recursos que eu usava no Acorn.

Até onde já experimentei nas últimas 2 semanas, o Pixelmator mantém a consistência e funcionalidade da interface – por exemplo, no diálogo de seleção de fonte, o nome de cada uma delas é exibido mostrando o seu visual, como na screenshot a seguir, mostrando uma edição em andamento:

Ainda tenho bastante coisa a (re)aprender e ajustar, mas nessas 2 semanas após a decisão, ainda não precisei retornar ao Acorn, que por enquanto permanece instalado à espera dos acontecimentos.

Confesso que passei a gostar bem mais do Pixelmator a partir do 3º dia de uso, quando descobri uma forma de exportar para PNG (otimizado para web) a imagem aberta, mantendo seu nome original, usando para isso um único atalho de teclado. A forma original exigia um comando, um clique, uma seleção de arquivo e uma confirmação – passos demais para realizar algo que sempre quero fazer usando as opções default. Mas a partir daí, seu uso para mim foi só alegria.

Em maio (no artigo “Editores gráficos não-Adobe - qual o melhor: Pixelmator ou Acorn?”) eu apresentei um breve comparativo entre os 2, que continua valendo, mas a minha opção mudou: agora uso e recomendo o Pixelmator.

 
  1.  Como o bom suporte a Applescript e a facilidade de gravar a imagem no mesmo formato em que foi aberta

  2.  Ressalto: limitações de interface, não lhe faltam os recursos.

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