Como criar conta do iTunes e App Store sem cartão de crédito

A leitora C. B. enviou a dúvida a seguir:

Meu sobrinho ganhou um iPad de presente, mas para ele fazer uso dos recursos do iTunes (mesmo só dos gratuitos), preciso entregar a ele a minha senha de acesso pessoal, que está associada a meu cartão de crédito. Tentei criar uma conta para ele, mas é necessário informar um cartão no ato, e ele ainda não tem. Existe uma maneira de criar uma conta do iTunes sem informar um cartão de crédito?

Existem várias razões para criar uma Apple ID sem cartão de crédito: o caso dos sobrinhos que não podem ainda ter seu próprio cartão é um deles, mas também há quem prefira restringir seu acesso apenas aos serviços gratuitos, ou mesmo abrir uma conta na loja on-line de outro país, para ter acesso a conteúdo gratuito que não chega a ficar disponível na do Brasil (como muitos jogos, livros e músicas) - ou fazendo compras com o uso de “Gift Cards” da loja daquele país, comprados via eBay ou similares (até dezembro também havia iTunes Stores de países como a Argentina que aceitavam cartões de crédito internacionais brasileiros - dizem que a do Uruguai ainda aceita).

A ausência de jogos na App Store brasileira acaba sendo o motivo de muitos terem conta (criada com as instruções abaixo) na iTunes Store dos EUA, e pagarem suas compras (quando não são apps gratuitos, claro) por meio de Gift Cards (cartões de presente) da iTunes Store, comprados de intermediários diversos (geralmente com ágio), frequentemente fáceis de localizar via eBay.

Outra alternativa para os jogos (e que pessoalmente não verifiquei) é fazer as compras na App Store do Uruguai que, segundo comentam, continua a aceitar cartões de crédito internacionais brasileiros mesmo depois que a da Argentina parou.

A compatibilidade destas atitudes com a sua expectativa de garantia e com os Termos de Uso do iTunes, do cartão de crédito ou de outras lojas envolvidas é algo a ser analisado a cada caso pelo interessado – quem tem residência em mais de um país, por exemplo, pode estar em uma situação bem diferente de quem preenche um endereço fictício nos EUA ou na Argentina.

Quanto aos aspectos práticos do ato de criar a conta, entretanto, não se trata de nada clandestino ou secreto, embora seja pouco óbvio: por alguma razão, a opção de não informar cartão de crédito não aparece quando você simplesmente usa a opção de menu apropriada para criar uma nova conta.

 

Criar conta do iTunes sem cartão de crédito

Mas a opção está disponível, bastando que você inicie o processo de criação de conta de uma maneira ligeiramente diferente: ao invés de usar a opção de menu para criar uma nova conta, tente “comprar” um aplicativo gratuito – mas sem estar conectado a uma conta do iTunes previamente existente, claro.

Os passos para fazer isso são com aquele jeitão bizantino típico do iTunes. O vídeo acima mostra todos eles, e a seguir vamos detalhar cada passo de maneira simplificada:

 

Passo 1: se estiver conectado à sua conta pessoal do iTunes, desconecte-se. Dentro do aplicativo do iTunes, entre na iTunes Store, localize o endereço de e-mail associado à sua conta (exibido no canto superior direito da loja), leve o mouse até ele e clique na setinha para baixo que irá aparecer à direita do e-mail. Vai aparecer um menu, no qual você deve escolher a opção Sign Out.

 

Passo 2: Acesse a App Store, navegue procurando algum aplicativo gratuito, e clique na opção de “comprá-lo”. Vai aparecer a tela acima, pedindo que você se identifique, e dando a opção de criar nova conta, que você deve selecionar.

 

Passo 3: Crie a nova conta normalmente, pois você terá a opção de não informar um cartão. É uma repetição dos passos usados na criação da sua conta pessoal. Analise e aceite os termos de uso, preencha os dados pessoais do titular da conta e, na tela em que usualmente você seria obrigado a escolher a operadora do seu cartão de crédito, desta vez haverá um botão “nenhum”, como na imagem acima (caso você tenha efetuado os 2 passos acima corretamente). O campo relativo a "gift certificate" ou "vale-presente" pode ser deixado em branco, a não ser que você tenha um vale-presente do iTunes e deseje usá-lo.

Mas atenção: preencha seu endereço de faturamento corretamente mesmo assim, com um endereço válido no país da loja selecionada (atenção a padrões diferenciados de cada país, como CEP/ZIP code com menos dígitos, estados com 3 letras, etc.), conforme você se comprometeu nos termos de uso!

Ao final do procedimento, o endereço de e-mail registrado receberá uma mensagem de confirmação com um link de ativação, e pronto: a nova conta poderá ser usada para atividades gratuitas.

 

Como criar conta no iTunes dos EUA, Uruguai ou Argentina

Se você dispõe de um endereço postal nos EUA, Uruguai ou Argentina para informar e pode fazê-lo sem violar os termos de serviço do iTunes, pode inserir um passo adicional imediatamente antes do Passo 2 da lista acima:

 

Passo 1,4142: Clique no ícone da bandeira, no canto inferior direito da iTunes Store, para surgir a opção de selecionar qual o país da loja na qual você irá executar os passos seguintes e criar a nova conta.

 

E se você estiver se perguntando qual a razão de termos mencionado especificamente os EUA, Uruguai e Argentina, aqui vai: trata-se de opções comuns, porque na loja dos EUA há muito conteúdo multimídia (seriados, música, vídeos, livros, apps de jogos) disponíveis para compra por Gift Cards ou mesmo para download gratuito.

A loja da Argentina é mencionada neste post apenas por razões históricas: até recentemente era possível cadastrar um cartão de crédito brasileiro e encontrar nela muitos dos jogos para iPhone e iPad que não estão disponíveis no Brasil devido a um impasse jurídico sobre como deve ser sua classificação etária (uma boa razão para não criar uma senha lá para pessoas menores de idade que estejam sendo protegidas pela norma brasileira, aliás). Dizem que na loja do Uruguai os cartões de crédito brasileiros continuam sendo aceitos, mas não verifiquei.

Caso o endereço postal de outro país que você informou tenha algum problema ou não seja adequadamente identificado como real pelo sistema da loja, entretanto, é possível que apareça a mensagem "Please contact iTunes support to complete this transaction", para que a Apple possa lhe ajudar a informar seu endereço correto no exterior. Se for o seu caso, aqui vai a dica: o suporte do iTunes pode ser acessado por meio do endereço http://www.apple.com/support/itunes/contact/ (loja dos EUA) ou http://www.apple.com/br/support/itunes/contact/ (loja do Brasil).

Veja também as instruções oficiais da Apple.

O que fazer ANTES do upgrade para o OS X Lion

Com a disponibilização do OS X Lion como um download da App Store, muitos usuários que chegaram ao Mac recentemente e estão acostumados a uma rotina de “instalações limpas” (formatando o disco do sistema operacional para “zerar” as configurações) farão pela primeira vez um upgrade de seus computadores de forma incremental, “por cima” da versão que já estava instalada.

Embora eu também esteja acostumado, por quase 2 décadas, à cautela de fazer “instalações limpas” em outros sistemas, no Mac já tive oportunidade de fazer alguns upgrades (do Mac OS X 10.5 para o 10.6) de forma incremental, e funcionou de forma tão tranquila que nem estou preocupado em revisar as maneiras de realizar “instalações limpas” do Lion (como esta): a expectativa é que a incremental me atenda bem.

 

Preparando-se para o upgrade

Mas instalar um sistema operacional é uma operação drástica que merece algumas precauções e passos preparatórios, portanto vou compartilhar com vocês a minha rotina de upgrade, para que possam avaliar se ela é útil também nos seus contextos.

 

Verificar a compatibilidade: se o seu Mac tem pelo menos 2GB de RAM, e é de um modelo de 2007 ou posterior, ele deve ser compatível. Parte dos modelos de 2006 também é. Os outros detalhes de compatibilidade você encontra no nosso post anterior sobre o assunto.

 

Atualizar o sistema operacional: É necessário ter o Mac OS X 10.6 Snow Leopard instalado, com as atualizações necessárias para que ele seja compatível com a Mac App Store e com a instalação da nova versão. O ideal é certificar-se (pela opção “Atualização de Software” do menu da Maçã ) de que todas as atualizações gerenciadas pela Apple foram aplicadas.

 

Atualizar os aplicativos: Muitos dos aplicativos que você já tem já terão sido testados por seus desenvolvedores usando as versões preliminares do Lion, e é possível que eles tenham preparado atualizações para tirar proveito de vantagens do sistema, ou mesmo para resolver problemas de compatibilidade que tenham identificado. Vale a pena revisar todos eles (quem sabe com ajuda do AppFresh?), e atualizá-los antes de fazer o upagrade para o Lion, evitando que eventuais problemas se manifestem.

 

Remover os aplicativos incompatíveis: Ainda há em circulação muitos aplicativos feitos na época em que os processadores dos Macs eram PowerPC, que se encerrou na década passada. Até o Snow Leopard eles eram mantidos compatíveis por meio de um sistema da Apple chamado Rosetta, mas no Lion, a princípio, o Rosetta não será disponibilizado. Para descobrir se você tem algum aplicativo PowerPC instalado, você precisa clicar no menu Maçã  e depois em Sobre este Mac, em Mais informações e no item Aplicativos (na lista à esquerda na tela). À direita vai aparecer uma lista com todos os seus aplicativos instalados, e na coluna “Tipo” (ou “Kind”, se estiver em inglês) você deve procurar por “PowerPC”. Como você pode ver na imagem acima, eu tenho  9 instalados, mas vou praticar o desapego em relação a todos eles antes de iniciar o upgrade ;-) A lista de compatibilidade do RoaringApps também vai me ajudar a identificar outros casos de aplicativos para os quais terei que procurar uma alternativa.

 

Liberar espaço no disco do sistema: na maioria dos desktops isso não deve ser problema nenhum, mas em equipamentos com discos menores (como o típico MacBook Air), talvez seja o caso de mover temporariamente a coleção de filmes ou algum outro conteúdo volumoso para um disco externo, deixando espaço para o download do instalador (4GB) e para a instalação em si. Eu pretendo liberar ao menos 15GB, para não deixar dúvida.

 

Um backup especial: se você ainda não usa, é uma boa hora de aprender a usar o Time Machine, e deixar ele garantir que há uma cópia completa de tudo que é importante para você. E mesmo que você já o use, ou que use qualquer outro sistema de backup, trata-se também de um ótimo momento para fazer uma verificação da integridade das suas cópias, tentando restaurar algum arquivo antigo para ver se está tudo funcionando bem, e eventualmente corrigindo a tempo algum erro de configuração. Da minha experiência de fazer este tipo de atividade profissionalmente ao longo de muitos anos, e de já ter visto as situações mais inacreditáveis de perda de dados (geralmente por imperícia do operador, mas nem sempre), tenho um hábito adicional: criar uma cópia adicional de todos os arquivos de dados que são importantes para a continuidade das minhas atividades, em um disco que não vá estar conectado ao sistema durante o upgrade, nem nas horas iniciais após seu completamento. Se você precisar de ainda mais garantias do que isso, um utilitário como o Carbon Copy Cloner ou o SuperDuper, aliado a um disco externo, podem garantir que você terá como retornar a uma duplicata exata do seu sistema atual, caso o pior aconteça!

 

Depois destes passos, é só aguardar o Lion ser lançado (ou, por cautela, esperar ao menos até o dia seguinte ao lançamento) e fazer o upgrade com a atenção necessária, sabendo que os passos preparatórios possíveis foram providenciados!

Converter vídeos para o iPad: como fazer

Ter blog sobre tecnologia tem várias vantagens, inclusive a de sempre ter uma boa justificativa para comprar algum acessório supérfluo (“é pra review!”) e a de nunca faltar assunto com os colegas interessados na mesma tecnologia, sempre com dúvidas interessantes.

Foi o caso de um breve trajeto de elevador que fiz anteontem, quando uma vizinha de outro andar comentou:

Augusto, vi teu post sobre como assistir vídeos no iPad sem converter, mas não resolveu um problema específico que eu tenho, que é com vídeos com definição elevada demais pro iPad conseguir reproduzir sem problemas. Pra esses casos, tem um jeito fácil de converter?

Tem sim! E é mesmo bem fácil, o que naturalmente reduz a flexibilidade, para assim poder expor o mínimo de controles e perguntas ao usuário (aliás, pessoalmente prefiro uma alternativa que dá um equilíbrio maior entre simplicidade e flexibilidade, como mencionarei ao final do texto).

 

Entra em cena o Smart Converter

O Smart Converter é um aplicativo grátis para Mac, disponível na Mac App Store, que só faz uma coisa – e a faz bem: converte vídeos para formatos comuns.

A imagem acima dá uma boa ideia de como funciona:

  1. você arrasta para a parte superior da janela o vídeo que quer converter,
  2. seleciona na parte inferior da janela qual o dispositivo no qual deseja exibi-lo, e
  3. pressiona Convert .

A partir daí o aplicativo se encarrega de identificar qual o formato apropriado, e converter. Veja como a janela fica ao final da conversão de uma matéria de arquivo (que deve ter uns 20 anos) de quando a Glenda Kozlowski ainda aparecia na programação esportiva da Globo como pauta, e não como apresentadora:

Note a mensagem na parte inferior da janela: “Converted and sent to iTunes” – ou seja, neste ponto o vídeo não apenas foi convertido, como ainda foi disponibilizado na sua biblioteca do iTunes, na versão convertida, para você conferir se está tudo certo, antes mesmo de sincronizá-lo com o iPad:

Depois de conferir, tudo o que restará para você fazer é usar o iTunes para transferi-lo ao iPad ou iPhone, como faria com qualquer outro vídeo. Dica: com o iPad conectado ao iTunes, procure por ele em “Dispositivos”, clique nele e selecione a aba “Filmes”.

E é isso: ciclo completo, e a partir daí é só assistir o vídeo no iPad, ou no dispositivo de sua preferência. O Smart Converter suporta os seguintes:

  • Apple TV
  • iPad
  • iPhone/iPod
  • Tablet Android
  • Fone Android
  • Google TV
  • PSP
  • PS3
  • TV Sony Bravia
  • Xbox 360
  • E mais a extração só do áudio, para MP3 ou AAC.

 

E quando não dá tudo certo?

O Smart Converter tenta adivinhar corretamente os parâmetros de conversão, mas dependendo do formato de origem, ele pode errar. Se isso acontecer com você, a ausência de opções de configuração pode passar rapidamente de vantagem desejada a contratempo intransponível.

Se isto acontecer com você, restará uma opção: ir para um programa mais flexível. Não faltam opções, mas recomendo o Handbrake (tela acima), também gratuito, e que é a minha opção preferida para a tarefa, como mencionei em um post anterior. Ele é open source, tem bem mais opções, mas também adota a ideia de ter perfis (ele chama de “presets”) previamente definidos para vários dispositivos, que você exibe pressionando o botão “Toggle Presets”, visível no canto superior direito da tela acima.

Mas não esqueça: em boa parte das situações de uso casuais, é perfeitamente possível assistir vídeos no iPad sem converter!

Como anotar e editar arquivos PDF no Mac?

Editar PDFs para inserir anotações e destacar trechos pode ser mais fácil do que você imagina!

Surpreso com a capacidade do GoodReader para iPad, que recomendamos em um post anterior, de permitir que ele acrescente anotações e comentários aos trabalhos que seus alunos enviam a ele em PDF, o leitor Silas escreveu:

Comprei o GoodReader meio por acaso; precisa de um leitor de PDF e fiquei surpreso. Depois de ler esse post, minha experiência e sensação de ter feito uma ótima compra aumentou. Definitivamente, é a melhor ferramenta que uso para comentar os trabalhos dos meus estudantes na universidade. Agora, haveria um aplicativo semelhante para o Mac? Um aplicativo que permita fazer o que faço no GoodReader: notas, destaque de texto (em diversas cores), ou seja, as ferramentas que se podem usar nesse excelente aplicativo para iPad e iPhone. E mais uma: que esse arquivo possa lido por outros com todas as anotações e destaque.

Haveria sim, Silas!

PDF, como sabemos, é um formato usualmente associado (corretamente ou não) a cópias não-editáveis de documentos.

É também um formato amplo e versátil, que permite várias formas de uso – às vezes recebemos arquivos que são equivalentes a fotocópias digitais de um documento impresso: imagens de páginas, que não permitem selecionar trechos de texto, copiar para a área de transferência, ou mesmo usar os recursos de localizar palavras ou trechos de texto.

Por outro lado, às vezes (e cada vez mais frequentemente) também recebemos arquivos PDF ricos em recursos, permitindo selecionar, copiar, interagir via formulários, localizar textos e mais. E há variações entre os extremos: arquivos que não são selecionáveis mas são pesquisáveis, por exemplo.

Com as ferramentas apropriadas, é possível até mesmo editar o conteúdo de boa parte dos documentos PDF (embora com algumas restrições). O PDFPen, por exemplo, é reconhecido por seus recursos e qualidade, embora não seja um aplicativo dos mais baratos.

 

A solução pode já estar no seu Mac

Mas geralmente o que se deseja não é alterar o texto de um PDF – para isso, recorreríamos primeiro ao arquivo que deu origem ao PDF, em um formato feito para ser editável.

A necessidade típica de alterar um PDF acaba sendo apenas no sentido de anotá-lo, destacando pontos de interesse, acrescentando comentários, dúvidas, orientações, observações e mais – como no caso do Silas, que deseja acrescentar destaques coloridos (“marca-texto”) e comentários aos trabalhos de seus alunos na universidade.

E no caso dos Macs, uma solução bastante capaz já vem pré-instalada – é o aplicativo de Pré-Visualização (ou “Preview”, na versão em inglês), que até mesmo vem como opção default de abertura para quando você dá duplo-clique em um PDF ou em um arquivo de imagem.

O Preview não é um editor completo ou avançado, mas traz consigo várias ferramentas interessantes para trabalhar com PDFs – dá para juntar vários PDFs em um só, inserir ou remover uma página, e até mesmo acrescentar anotações e destaques, no estilo desejado pelo Silas.

 

Anotando em um PDF de texto

Quando o PDF inclui conteúdo textual selecionável (você pode verificar tentando arrastar o cursor para selecionar um trecho para copiar, por exemplo), o Pré-Visualização oferece grande variedade de opções de edição e anotação.

Usei o documento contendo o novo Acordo Ortográfico do nosso idioma como exemplo. Na imagem acima você vê onde ficam no menu as opções de anotação (Ferramentas | Anotar).

Já na imagem acima você vê 3 recursos de anotações já aplicados: 2 exemplos de “Destacar texto” (a data, em amarelo, e o número de um artigo da Constituição, em verde), uma seta e o comentário “2004? Tudo isso?” que eu inseri, apesar de saber que a data está correta.

Adicionalmente eu usei o menu “Ferramentas | Mostrar fontes” para selecionar o tamanho da minha anotação. Outros detalhes, como as cores, posicionamento de caixas de texto e mais (incluindo as fontes!), podem ser modificados usando a barra de ferramentas que é exibida no rodapé da janela depois que você começa a anotar.

 

Anotando em um PDF tipo imagem de documento

Também é possível editar o PDF para inserir anotações quando ele é apenas uma imagem de páginas previamente impressas (sem possibilidade de selecionar trechos para copiar e colar, por exemplo), mas aí ocorre uma limitação: a impossibilidade de selecionar leva também à impossibilidade de usar o marca-textos (“Destacar Texto”), e aí você terá que se restringir a desenhar retângulos ou ovais ao redor do que quiser destacar, além de usar setas, inserir textos, etc.

Embora o marca-texto virtual seja mesmo a alternativa que preferiríamos, a alternativa não chega a ser insuficiente – como você vê na imagem acima, com um retângulo, uma seta e um texto adicionado, o recado também fica bem claro ;-)

 

Embalando para viagem

Depois de terminar a edição, tanto nos PDFs textuais quanto nos de imagem, é só usar a opção “Salvar como...” do aplicativo e pronto: suas edições no arquivo PDF estarão preservadas e podem ser enviadas para leitura por usuários de qualquer outro programa que exiba PDF, mesmo que não seja no Mac!

OS X Lion: seu Mac está pronto?

O compromisso oficial da Apple quanto à data de lançamento do OS X Lion é amplo: em um evento realizado no mês passado, ela anunciou simplesmente que o sistema sairá em julho – do qual já estamos quase na metade.

Mas as evidências de que estamos às vésperas do lançamento se acumulam: a versão GM (equivalente a um ensaio geral do sistema, voltada aos desenvolvedores) do Lion já foi distribuída, e ontem um presságio bem mais forte foi divulgado: a Apple pediu aos desenvolvedores que já enviem para a Mac App Store as versões Lion de seus aplicativos.

É equivalente àquele aviso para todos ligarem os motores, porque está prestes a ser dada a largada – ainda que continuemos sem saber se vai ser na quinta-feira ou na semana que vem, há claramente uma contagem regressiva sendo implementada por lá.

Portanto, é hora de revisar a sua prontidão para o Lion, e sugiro 3 passos:

 

1. Decidir se você vai fazer o upgrade, e quando. Não é porque saiu uma versão nova que você precisa considerar que a sua está ultrapassada definitivamente – o Snow Leopard continuará a ser mantido, e não apenas os aplicativos que você tem hoje continuarão funcionando nele, como é provável que continue a haver novidades ainda por um bom tempo.

Mas se você for fazer o upgrade, é bom pensar na sua agenda: uma das músicas mais populares cantadas por Elvis Presley sintetiza os principais argumentos a favor e contra um usuário final correr para atualizar assim que sair a nova versão: o comportamento ditado pela razão e o exigido pela vontade muitas vezes são conflitantes.

Três boas razões para deixar pro segundo ou terceiro dia são a competição menor pelos recursos dos servidores na hora do download, a existência de tutoriais de instalação e configuração (indo além do que a documentação oficial revela) que brotam como cogumelo depois da chuva nessas horas, e poder contar com os relatos de sucesso e insucesso de quem tentou fazer a mesma coisa que você tem em mente, antes de você mesmo tentar.

Mas não tenho nada contra você apressar o passo e tentar instalar já a partir da primeira hora de disponibilização ;-)

 

2. Informar-se bem sobre o Lion. Saber o que o espera após a instalação é importante, ajuda a filtrar as expectativas. Sugiro começar pelo resumo das novidades do Lion, que publiquei aqui no BR-Mac. ;-)

Mas veja também a imensidão de detalhes no site oficial (em português!), e não custa nada também dar uma olhada na tabela de compatibilidade de aplicativos com o Lion, que está publicada no RoaringApps.

 

3. Verificar se o seu Mac está pronto para o Lion: em linhas gerais, os Macs de 2007 em diante (e parte dos de 2006), conectados à Internet, com pelo menos 2GB de RAM, e com o Mac OS X 10.6 Snow Leopard instalado e atualizado, são compatíveis com o Lion.

Mas, especialmente se você tiver decidido que quer fazer a instalação já nos primeiros dias, saber as linhas gerais pode não bastar – veja de forma mais detalhada como verificar se o seu Mac está pronto para o Lion, em nosso post anterior.

Ristretto: a bolsa ideal para seu MacBook Air (ou iPad!)

Na prática, muitas vezes a bolsa perfeita é aquela que temos conosco na ocasião e que consegue transportar aquilo que temos que levar.

Pode ser uma mochila pequena para usar no dia-a-dia, ou uma mochila grande que permite levar as roupas e mais os instrumentos de trabalho em uma viagem curta, com a conveniência das rodinhas para facilitar o transporte.

Talvez o ideal mesmo seria poder levar um container como o da imagem acima. Mas nem sempre precisamos levar o escritório nas costas. Pelo contrário: conforme a conectividade se torna mais disponível, vai ficando mais viável trabalhar remotamente levando consigo só o computador ou o tablet – e produtos como o MacBook Air e o iPad, com ênfase na leveza, facilidade de transportar e duração da bateria, são projetados tendo em vista este cenário.

Claro que eles cabem perfeitamente na mochila que você já prefere, ou no que for necessário usar para levá-los – eu já usei até um envelope de Sedex, num momento de chuva inesperada. Mas existem algumas bolsas feitas especialmente para eles, e elas merecem a sua atenção por serem projetadas especialmente para o peso e o tamanho destes equipamentos, que demandam menos acessórios sendo levados junto, e assim podem ser transportados de forma prática e discreta.

Eu já testei 3 modelos que me agradaram, cada um com seus pontos de vantagem e desvantagem. A opção que vou apresentar hoje é a que mais me agradou para uso geral, e conta com uma vantagem em especial: acomoda não só o iPad ou um netbook comum, mas também o MacBook Air de 11” que, com sua polegada a mais de display, frequentemente fica de fora das bolsas e estojos feitos para tablets e netbooks.

Vale destacar que é um modelo que traz consigo o preço do design e da marca. É possível que a relação custo/benefício não seja a que você está procurando, mas neste caso espero ao menos que a descrição a seguir possa servir para você ter critérios adicionais na hora de selecionar a bolsa ou mochila ideal para o seu caso!

 

Ristretto para o MacBook Air de 11 polegadas

A bolsa Ristretto for 11” MacBook Air é feita pela Tom Bihn, e pode ser adquirida em 5 combinações de cores diferentes (a minha é preta), diretamente no site do fabricante.

Ela faz parte de um conjunto de linhas de bolsas tipo messenger (nome glorificado para as valises com estilo semelhante ao das usadas pelos carteiros, levadas a tiracolo e com abertura por uma aba superior) da empresa, trazendo o diferencial que fica evidenciado pelo seu nome: tem o tamanho exato para acomodar um MacBook Air de 11 polegadas.

Mas não entenda este “acomodar” como se fosse apenas uma questão de caber no espaço interno: a Ristretto tem em seu interior um compartimento específico, com fechamento interno separado, que envelopa por todos os lados o seu MacBook Air, com proteção acolchoada (8mm de espuma, mais uma capa externa para dar resistência, e um revestimento interno de nylon escovado para evitar arranhões e atrito).

Este compartimento acolchoado e fechado internamente, que divide em 2 o principal espaço interno, não apenas amortece choques e serve como uma camada de proteção a mais contra qualquer banho de chuva imprevisto, mas também limita a possibilidade de o MacBook “sambar” dentro da pasta quando você se movimenta, por ser do tamanho preciso para receber o aparelho.

A outra metade do principal espaço interno não tem divisões adicionais, e pode levar livros, apostilas, cadernos, algum acessório, ou o que fizer sentido para você – mas sem exageros! Trata-se de uma bolsa pequena, mas não se preocupe: apostilas tamanho A4, revistas no formato tradicional brasileiro ou inglês (bem maior)  e outros objetos de uso comum cabem confortavelmente.

No meu caso, eu levo os acessórios  informáticos do dia-a-dia (modem 3G, stylus, bateria reserva pro iPhone, cabos, etc.) organizados em um Grid-It, e mais o estojo que aparece à direita na foto acima, com a escova de dentes e outros acessórios menos tecnológicos, e ainda sobra espaço pra fonte de alimentação do Air (se eu não for voltar no mesmo dia) ou pro eventual material adicional de estudo ou trabalho que não possa ser levado dentro do próprio Mac ;-)

Além do compartimento grande subdividido da forma exposta acima, esta Ristretto tem um segundo compartimento, externo (mas também abrigado pela aba superior que fecha a bolsa) que tem 2 divisões: uma fechada com zíper, onde você pode colocar sua carteira e chaves (tem um anel para prender o chaveiro) com alguma segurança adicional, e outra sem fecho adicional, com abertura curva para facilitar o seu acesso, no formato de bolso e com 4 organizadores – 2 do tamanho de canetas, e 2 no tamanho de iPhones.

A parte de trás da bolsa também é um grande bolso, bastante justo e sem fechos ou tampas, onde você pode levar papéis soltos ou mesmo uma revista para ler no metrô sem ter de abrir a fivela. A Ristretto também vem acompanhada de uma alça adicional, removível, para prendê-la (complementarmente à alça tipo tiracolo, claro!) à cintura de quem a usa quando está de moto ou bicicleta. Não é meu caso, portanto não testei o recurso.

A alça para levar a Ristretto a tiracolo é de nylon resistente, com reforço de espuma acolchoada para melhor fixar ao ombro e tornar mais confortável o porte. Como complemento, há uma alça superior para carregar a Ristretto na mão, como uma valise.

 

Na prática

Estou usando com grande satisfação há algumas semanas, tanto nos dias em que levo o Air comigo, quanto nos dias em que levo o iPad – mas neste último caso, o compartimento acolchoado fica com uma ligeira e indesejada folga.

A limitação de tamanho ainda não me incomodou, mas é bom deixar bem claro que ela existe, e consta até mesmo na descrição oficial desta Ristretto, que diz que ela foi projetada para levar apenas o Air, a sua carteira, chaves, celular, caderno, canetas, cartões de visitas, e uma garafa d’água pequena.

Comprar na Tom Bihn com cartão de crédito internacional não foi difícil, e a entrega (via UPS) ocorreu em 7 dias úteis. As entregas via UPS têm uma grande vantagem em relação a outros serviços de courier internacional que entregam em casa: o pagamento das taxas de importação é via um boleto bancário que vem anexado à embalagem, assim a entrega pode ser feita mesmo que você não esteja em casa para pagar, bastando que haja alguém para receber em seu nome.

O site da Tom Bihn tem uma longa série de acessórios para esta e outras bolsas, além de ter um modelo da Ristretto específico para iPads (não compre antes de ler meu próximo post sobre o assunto, que apresenta uma alternativa que considero superior para o iPad!) e outro que é para os MacBooks e MacBooks Pro de 13 polegadas (mas para eles eu prefiro mochilas). Considero o modelo analisado ideal para quem só tem o Air, ou para quem tem Air e iPad e alterna entre os 2.

Bolsas levadas a tiracolo são menos confortáveis que as mochilas, na minha opinião, mas têm a vantagem da facilidade de abertura mesmo quando você está em movimento, mantendo-a no lugar em que já se encontra – além de reduzir bastante o potencial de risco que uma mochila levada nas costas tem, por estar permanentemente fora do seu campo de visão.

Eu já havia experimentado o uso de bolsas a tiracolo anteriormente, mas o peso dos notebooks que eu levava à época tornava desconfortável, a ponto de provocar dores na coluna. Com o Air, que pesa ~1kg, e com uma bolsa que pesa apenas 370g e é pequena o suficiente para me impedir de tentar levar o escritório todo comigo para a rua, isso não é problema, e eu recomendo!

 

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