OS X 10.9 deve trazer abas e tags no Finder, full screen melhorado, e novidades em multitarefa

O OS X 10.9, que deve ser anunciado no evento WWDC, em junho, deverá ter novidades na interface que agradarão a usuários avançados, como abas e tags no Finder, um Safari mais rápido, e suporte decente a tela cheia para quem tem mais de um monitor.

Mark Gurman, cujo histórico de acertar as previsões sobre lançamentos da Apple é invejável, disse que "nossas fontes" confirmam, e eu tendo a acreditar nas fontes dele, embora não haja (naturalmente) confirmação oficial.

O recurso de abas no Finder (entre outras características avançadas ausentes dele) é tão desejado que muitos usuários pagam relativamente caro por alternativas como o Path Finder, para ter acesso a eles.

Sobre o Safari, a indicação é de um novo backend que melhore o carregamento de páginas, velocidade e eficiência.

Quanto ao suporte de modo full screen para quem tem mais de um monitor em uso, trata-se de uma demanda já reconhecida (em outubro) por Craig Federighi, nada menos que o VP de engenharia de software da Apple – e Gurman disse que agora ela vem, na forma de um modo que permita ter um app em modo full screen em um monitor, e continuar usando o outro monitor normalmente.

Entre novidades que ele afirma com menor grau de certeza, estão a adoção de recursos de multitarefa vindos do iOS, capazes de preservar maior fatia do desempenho para o app que estiver em foco, e o Xcode 5.0.

A conferir. Rumores são rumores, e vice-versa, mas definitivamente existem fontes bem menos confiáveis do que o Mark Gurman. Veja os detalhes: Apple to release OS X 10.9 with new power-user features, more from iOS later this year.

Snapzoom: acople a câmera do seu iPhone a qualquer binóculo ou telescópio

As lentes da câmera do iPhone são de boa qualidade, mas voltadas a fotografia do ambiente em que você se encontra. Mas você já experimentou aproximá-las de um binóculo ou telescópio? Com algum trabalho e firmeza, elas permitem usar o iPhone para tirar fotos à distância, como um super zoom ou uma teleobjetiva – mas não é fácil dominar a técnica.

Para facilitar, existem capas e outros acessórios que vêm acompanhados de lentes para essa finalidade, assim como há lentes adesivas e até acessórios para plugar o iPhone a binóculos de determinados fabricantes.

Mas o Snapzoom (a imagem acima mostra um protótipo pré-produção) é uma categoria à parte, porque ele se propõe a unir com segurança, usando um sistema de grampos simples mas firmes, o iPhone (ou qualquer outro smartphone) a qualquer binóculo, telescópio ou aparelho óptico tradicional.

Lançado na semana passada no KickStarter como forma de obter fundos para a produção do primeiro lote que viabilizará o projeto, ele se aproximou velozmente (ou seja: em poucos dias) da meta de US$ 55.000 necessária para iniciar a produção das primeiras unidades, agendadas para envio em agosto.

Para exemplificar, a imagem da Lua, acima, foi obtida com um iPhone 5 acoplado (via Snapzoom) a um telescópio.

Para um exemplo mais completo, o vídeo acima (de breves 22 segundos) mostra a visão da Golden Gate, em San Francisco, com a câmera do iPhone sozinha, depois o ato de acoplá-la a um binóculo por meio do Snapzoom, e a visão obtida com ele.

A ideia de digitalizar seu binóculo ou telescópio lhe atrai? A previsão é que o Snapzoom vá ao mercado ainda este ano, ao preço de US$ 75.

Manipulando e editando imagens no terminal do Mac com o utilitário nativo sips

O sips é um utilitário de linha de comando que vem instalado com o OS X, e coloca uma série de funções avançadas de manipulação de imagens ao alcance do seu Terminal ou dos seus scripts, sempre fazendo uso dos recursos nativos do sistema operacional.

Não que faltem alternativas para isso: você pode realizar as mesmas funções por meio do Pré-Visualização, de Applescripts, de rotinas do Automator, por apps diversos ou mesmo por meio do tradicional ImageMagick, velho conhecido de muita gente que chegou ao Mac vindo de outro Unix ou do Linux.

Mas para os fãs do Terminal ou dos scripts shell, o sips tem 2 vantagens inerentes: já vem instalado, e faz uso das rotinas de manipulação de imagem do sistema operacional (as mesmas disponíveis para apps ou para o Automator, por exemplo).

O uso básico do sips é bem simples, conforme expresso em sua man page, mas para esclarecer vou incluir alguns exemplos de operações comuns, sempre exemplificando com a manipulação da imagem acima, da atleta russa Elena Isinbayeva na final da sua modalidade nos jogos de Beijing, e considerando que o arquivo dela esteja no diretório corrente do Terminal.

A versão inicial da foto, acima, tem 500x578 pixels (largura x altura), e o primeiro ponto a observar é que o sips trata as dimensões das imagens na ordem inversa e sem "x", ou seja, para ele as dimensões da imagem acima são 578 500.

Antes de prosseguir, uma dica: todos os comandos a seguir podem ser aplicados a um lote de imagens de uma vez só, substituindo o nome de arquivo por uma expressão como *.jpg ou *.png.

Vamos começar reduzindo as dimensões da imagem com segurança, ou seja, garantindo que a mesma proporção de largura e altura sejam mantidas. Para isso, usamos o parâmetro -Z seguido da altura máxima que a imagem deverá ter (e o sips se encarregará de descobrir como melhor ajustá-la). Por exemplo, se eu usar o comando sips -Z 450 final-salto.jpg, ele ajustará a a altura da imagem original para caber nos 450 pixels determinados, e ajustará a largura proporcionalmente à nova altura, assim:

Se preferir especificar a largura, e não a altura, troque o -Z por --resampleWidth. E se você desejar forçar determinadas dimensões, pode recorrer à versão minúscula do comando exemplificado acima, aí seguida de uma altura e largura. Por exemplo, o comando sips -z 450 450 final-salto.jpg transformaria a imagem acima em um quadrado, com perda das proporções originais.

Outra operação comum é rotacionar uma imagem em 90 graus, para ajustar as fotos batidas "em pé" em câmeras que não ajustam a imagem automaticamente considerando a orientação. Não é o caso da imagem acima, mas vamos rotacioná-la mesmo assim, com o comando sips -r 90 final-salto.jpg , lembrando que o número de graus mencionado como parâmetro será aplicado no sentido contrário ao do relógio. O resultado:

Outra operação comum é a inversão, para corrigir imagens tiradas em espelhos. Para isso, basta usar o parâmetro -f seguido da especificação horizontal ou vertical. Vamos espelhar a nossa atleta horizontalmente com o comando sips -f horizontal final-salto.jpg para obter o resultado a seguir:

O sips faz bem mais operações: altera cores, inspeciona imagens, faz crop, pad e mais. Veja os detalhes na documentação online do sips.

Desenvolvedor: instale o QLColorCode no seu Mac, e veja melhor seus fontes

Que tal ver código-fonte com sintaxe colorizada, diretamente no Finder? O QuickLook é o recurso do Finder (e do Spotlight, entre outros) que mostra automaticamente (ou quando você pressiona Espaço) o conteúdo de um arquivo, sem abrir nenhum app para isso.

Ele funciona bem com imagens, com documentos e várias outras categorias de arquivos, mas o seu comportamento default em relação a código-fonte em geral é exibi-lo como simples arquivos-texto:

Mas estamos no século XXI, e hoje até os visualizadores e editores mais simples conseguem oferecer o mais básico dos recursos de exibição de código-fonte: a colorização de acordo com a sintaxe.

E é isso que o plugin QLColorCode oferece: colorização de sintaxe diretamente no QuickLook, facilitando as suas navegações pelos diretórios em busca daquela biblioteca há muito perdida.

Após instalar o plugin, a exibição de código-fonte passa a funcionar no novo formato imediatamente, e fica como na imagem acima.

O QLColorCode faz uso do Highlight, o que lhe garante suporte a mais de 180 linguagens.

Embora não haja uma interface visual de configuração do plugin, a documentação explica como personalizar vários itens, incluindo cores, tamanho de fonte e mais.

Up Next: como usar o recurso Próximos, do iTunes 11, para escolher melhor o que vai ouvir em seguida

O iTunes 11 removeu o antigo recurso iTunes DJ e colocou em seu lugar a lista "Próximos", ou "Up Next". Eu era fã do iTunes DJ, mas a lista Próximos tem funcionalidade suficiente para merecer o seu uso, que aliás não é nada difícil.

O funcionamento básico dela é similar ao de uma playlist à qual você pode incorporar a qualquer momento músicas que deseje ouvir em seguida à música que está tocando no momento, ou na próxima vez que pressionar o Play.

Para inserir qualquer música da sua coleção na lista Próximos, basta clicar com o botão direito nela, e aí selecionar a opção "Adicionar às Seguintes" no menu. Ela vai ser inserida à frente do que você já estava ouvindo (por exemplo, um álbum ou uma playlist tradicional), e aí é só aguardar chegar a vez dela tocar – quando acabar, a programação anterior continuará automaticamente, sem interrupção ツ

Você pode ver o conteúdo atual da sua lista Próximos a qualquer momento, bastando clicar no ícone da lista, à direita no player do iTunes, como na imagem acima.

Quando o conteúdo da lista estiver sendo exibido na tela, você pode mudar a ordem das músicas (basta arrastá-las), removê-las ou mesmo ter acesso a opções adicionais sobre cada uma delas, como na imagem acima.

Uma dica extra: as músicas vão sendo automaticamente retiradas da lista Próximos conforme vão sendo tocadas, mas a qualquer momento você pode ver um histórico (que mostra tudo que você ouviu recentemente, e não apenas o que esteve nos Próximos) pressionando o ícone do relógio no topo da própria lista Próximos, visível nas 2 imagens acima.

Bateria do Mac: laboratório testa se dicas comuns para fazer durar mais funcionam mesmo

O número de lendas relacionadas a técnicas para aumentar a duração da carga da bateria cresce exponencialmente com o passar dos anos, e a o laboratório da MacWorld se armou de um medidor de consumo de energia e testou 8 delas, com conclusões às vezes surpreendentes.

O primeiro dos testes já comprovou (ao menos para os equipamentos testados: um MacBook Pro e um iMac) algo que parece óbvio para muita gente: que notebooks consomem menos energia que desktops. Mas há um aspecto interessante aqui: isso vale para quando o MacBook em questão está 100% carregado e conectado à tomada, porque quando ele está em uso e ao mesmo tempo carregando a bateria, a diferença entre ele e o iMac foi apenas de 3,6%.

O segundo teste também refutou parcialmente uma dica sempre repassada: a de que desligar o Bluetooth faz diferença considerável para prolongar a carga da bateria. A parte mais essencial da técnica (que é desligar os periféricos Bluetooth) faz mesmo grande diferença, mas simplesmente desligar o suporte a Bluetooth que não estava em uso fez diferença de apenas 0,1% no consumo medido. Conclusão similar foi obtida sobre a "dica" de desconectar fisicamente até mesmo periféricos desligados: a diferença obtida foi mínima, indicando que basta desligá-los.

Já a dica de reduzir o brilho do monitor foi facilmente comprovada: reduzir o brilho à metade gerou redução de 29,8% no consumo, e reduzir ao mínimo gerou redução de 38,8%.

A lenda de que não vale a pena desligar o computador diariamente (bastando deixá-lo em repouso) porque o consumo de energia para sua inicialização completa é maior do que a economia noturna foi refutada, embora a inicialização faça mesmo o consumo mais do que dobrar, e o modo de repouso tenha mesmo consumo baixo.

Completando a série, a única conclusão que me surpreendeu, embora não devesse: os SSDs não necessariamente consomem menos energia que os HDs tradicionais. O SSD testado consumiu menos que o HD interno do iMac, mas mais do que o HD do MacBook.

Veja os detalhes no artigo da MacWorld: "Fact or fiction: Eight Mac energy-saving techniques tested"

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