Absolute Radio: música boa, variada e grátis no seu Mac, iPad e iPhone

Se você está no computador durante o final de semana, uma dica rápida e musical: instale o app gratuito da Absolute Radio.

Eu instalei o Absolute Radio 90s player, mas não deixe o título lhe enganar: como você pode ver na imagem abaixo, o player tem 6 botões que permitem escolher os canais específicos de música das décadas de 80, 90 e 00, além da estação de rock clássico e a "genérica".

O app e o serviço são gratuitos, e a razão é simples: a programação é de várias estações de rádio (FM e DAB) de uma rede britânica, que é transmitida sem remover os intervalos comerciais, spots de notícias, comentários e mais.

Mas a ênfase é nas músicas e, ao contrário de outras rádios especializadas em "décadas", a seleção é ampla, e em alguns dos canais é oferecida a garantia de que nenhuma música repetirá em menos de 8 horas.

O app é pequeno, funciona do OS X 10.6 em diante, e operar é muito fácil: escolha qual canal quer ouvir e aperte Play. Se quiser, pode alterar o volume também, e era isso.

Para quem preferir, também estão disponíveis apps da Absolute Radio para iOS, para ouvir no iPhone e iPad. E várias das estações também estão disponíveis para streaming direto no iTunes e na Apple TV, se você estiver disposto a procurar!

Acessando o computador a partir do iPad: iTeleport

O iTeleport é um app que permite usar o iPad para acessar remotamente o seu computador, ou seja, ver o que está na tela dele e interagir controlando o mouse e o teclado.

Ele funciona para acesso remoto tanto a Macs como a computadores com Windows e Linux, usando os protocolos VNC e RDP. Para ativar a possibilidade de acesso remoto ao seu Mac da forma mais simples, por exemplo, basta acessar o “Compart. de tela”, em  Preferências do sistema / Compartilhamento. O serviço que o Mac utiliza é o VNC, que também está disponível em outros sistemas operacionais, como o Linux e o Windows.

Ele permite interagir com os aplicativos e os arquivos, suas conexões são criptografadas, e funciona até mesmo em acessos via 3G.

Comprando a versão para iPad você também pode instalar no iPhone, pois o app é universal. E mesmo no caso da diminuta tela do iPhone é possível montar uma experiência melhor para acesso remoto frequente, pelo uso de um teclado externo e até da saída para monitor (com o adaptador VGA adequado), se desejado. No iPad, o tamanho da tela e o teclado virtual têm sido mais do que suficientes para meu uso ocasional da tecnologia.

O iTeleport para iPad e iPhone normalmente custa US$ 25, mas nesta semana está saindo com 60% de desconto, a US$ 9,99.

Existe também o iTeleport for Mac, para acesso remoto via VNC a outros computadores a partir do Mac, que normalmente custa US$ 50 e nesta semana está por US$ 1,99 (96% de desconto).

Ambas as promoções foram anunciadas para durar apenas até ontem, mas permanecem ativas, se você pretende aproveitar, sugiro não demorar muito na sua análise ツ

TV da Apple: você já assiste TV com outra tela na mão?

Os telespectadores estão mudando a forma como se pratica o ato de assistir TV, à revelia das emissoras – e cedo ou tarde alguém vai oferecer um pacote que aproveite melhor todo o potencial dos novos recursos.

Em junho, enquanto a imprensa se agitava com o rumor (que não se confirmou) de que a TV da Apple seria anunciada nos dias seguintes, eu compartilhei minha opinião de que a tal iTV já chegou, embora talvez ainda vá ser complementada por algum aparelho que a aproxime mais da sala de estar, e por métodos que dêem uma cara unificada ao conjunto de práticas que a Apple já vem nos oferecendo.

Sob o meu ponto de vista, onde há fumaça há fogo, e já podemos ver a fumaça da futura iTV em elementos como o suporte a espelhamento de vídeo dos Macs (com Mountain Lion) e dual screen dos iPads para a TV da sala por meio da caixinha Apple TV, a programação de vídeo que pode ser adquirida no iTunes (filmes aqui no Brasil, e também seriados nos EUA), e até a geração de conteúdo próprio, como o iTunes Festival que está acontecendo todos os dias deste mês.

O dual screen (transmitir para a TV uma imagem enquanto mantém outra diferente na sua própria tela), já disponível no iPad, é um ponto que considero especialmente importante, pois oferece uma forma consolidada (e mediada, abrindo assim possibilidade de lucro para quem mediar) de fazer algo que muitos de nós já improvisamos ou nos habituamos: ter no computador ou no iPad uma informação que amplia o interesse do que está passando na TV naquele momento, seja por complementar, seja por oferecer uma alternativa.

Os barões dos bondes

Ao contrário dos barões dos bondes que se recusavam a admitir que os automóveis fariam sucesso, as atuais emissoras, programadoras e distribuidoras já vêm tentando tirar várias casquinhas das novas possibilidades de maneiras de assistir sua programação, mas sem abraçá-las como um todo.

Elas fazem isso oferecendo apps que ampliam o potencial comercial de sua programação (fazendo com que o espectador interaja mesmo quando o programa não está passando, e ampliando a interação na hora em que ele está), tentando induzir a comentários em redes sociais mencionando de forma ordenada (com hashtags) os seus programas, etc.

Algumas das tentativas deles até são bem interessantes para agregar valor à experiência de fazer as coisas do jeito atual: o app de programação da Net me ajuda a escolher programas e até a agendar gravações do que não posso assistir na hora, e os apps do Telecine e da HBO permitem assistir aos filmes na telinha do iPad/iPhone mesmo fora de casa.

Migalhas podem adiar a insatisfação plena, mas não resolvem

Isso que os barões dos bondes oferecem hoje não se aproxima do que desejo como consumidor, que é me libertar do conceito de horário nobre, da necessidade de pagar por canais e programas que não assisto, e mesmo assim poder assistir aos programas que quero ver, com a qualidade de imagem e áudio disponíveis, na tela grande, e sem ter de mentir nem enganar ninguém pra isso.

Nos bastidores sabemos que há bastante gente se agitando para tornar mais próximas as atividades de produzir, distribuir e complementar o conteúdo da TV.

Também sabemos que isso é profundamente contrário à continuidade do sucesso do atual modelo de negócios baseado em restringir datas e horários de exibição dos programas mais desejados, e conduzir o espectador comercial que deseja assisti-los a pagar também por outros canais e programas que ele não tem interesse em consumir.

E a Apple com isso?

Minha conclusão não é nova: a presença da Apple no mercado televisivo possivelmente vai aumentar mas hoje já existe (e não apenas com o seu Apple TV): o iPad, iPhone e iPod Touch já fazem parte do hábito de "assistir TV" de muitos telespectadores, mesmo sem precisar de um televisor novo com a marca da maçã, ou de conectar algo dela ao seu televisor existente.

Enquanto não chega algum produto da Apple que integre à programação dos estúdios que toparem ser seus parceiros tudo o que foi mencionado acima, e mais a Siri, o FaceTime e seus companheiros, vamos vivendo uma transição lenta feita (ao menos em parte) à revelia de quem hoje se esforça por engessar os modelos de distribuição de conteúdo.

E assim chegamos ao ponto que me fez começar a escrever esta longa opinião: o relato na Wired que é mais um exemplo de uma opção que é mais fácil hoje aos telespectadores dos EUA do que aos brasileiros, mas vem se tornando realidade para um número crescente de pessoas: cancelar a TV a cabo e continuar assistindo à programação de TV desejada, por meio das opções oferecidas (em grande parte legalmente) via Internet.

Não é tão fácil, nem tão conveniente, nem tem as mesmas opções quanto à programação. Mas já não é impossível e muita gente quer (e topa pagar). Falta quem ofereça uma solução melhor, e cedo ou tarde ela virá.

Typist: Aprenda a digitar sem olhar, no seu Mac

Um app gratuito com ênfase em exercícios e que vale por um curso expresso de datilografia ツ

A geração dos meus pais passava por uma realidade que por poucos anos eu não cheguei a pegar: a quase obrigatoriedade de fazer um curso de datilografia, numa época em que para trabalhar em escritório um de seus principais requisitos era medido em termos de palavras por minuto.

A chegada dos computadores, com seus recursos dinâmicos de formatação e com a poderosíssima tecla Delete, livrou-nos da necessidade de aprender como formatar documentos e teclar rapidamente em um sistema que não facilitava em nada a correção de erros, mas ao mesmo tempo retirou o principal incentivo a aprender um talento valioso: digitar rapidamente com os 10 dedos, sem olhar para o teclado.

É possível que esta habilidade se torne obsoleta para boa parte dos usos atuais em pouco tempo, graças aos avanços de tecnologias como o reconhecimento de voz. Enquanto isso não acontece, mesmo sem a exigência do mercado, é possível que você também veja vantagem em poder digitar mais rapidamente, com menos erros e mantendo os olhos no documento ou na referência, e não no teclado.

Se for o seu caso (é o meu, mas ainda estou aprendendo), apresento o app gratuito Typist, um tutor de datilografia para Mac.

Ele tem o inconveniente de ser em inglês, o que faz com que suas lições e frases de exemplo não sejam no nosso idioma, e nega a oportunidade de praticar o uso da acentuação usando os recursos do próprio app. Por outro lado, tem a vantagem de ser baseado no modelo de teclado adotado nos MacBooks, em que o dedo mínimo da mão direita repousa sobre a tecla ; (e não sobre a tecla ç, como seria em um teclado ABNT).

Desenvolvido por um japonês, o Typist é um professor exigente: desde a primeira lição ele mede o desempenho, e em todas as práticas (desde a mais simples de todas, que consiste em digitar ffff ffff fff fff ff f f f) é necessário acertar integralmente, sem usar a tecla Delete, para poder ter acesso à próxima.

O primeiro curso (o app traz vários) é um bloco de 15 lições, e eu completei a primeira delas (que usa exclusivamente a fileira central do teclado) em cerca de 5 minutos. É interessante perceber que já na segunda repetição (opcional) o meu número de erros caiu bastante, e o desempenho aumentou. Certamente farei as demais lições com a mesma atenção, e espero logo alcançar e ultrapassar a velocidade com que hoje digito desorganizadamente, com 6 dedos.

E se você nunca chegou a refletir a respeito, é provável que já na primeira lição "caia a ficha" da razão de as teclas F e J terem um pequeno ressalto em sua superfície no seu teclado.

Recomendo! Typist, gratuito na Mac App Store.

Office para iPad? 5 apps para a produtividade móvel

Veja como colocar o iPad para trabalhar, com apps para escritório que podem fazer muito pela sua produtividade mesmo fora dele!

A ideia de que a produtividade digital é construída ao redor do trio processador de texto + planilha + apresentações data da década de 1980, e está tão profundamente arraigada que muitas vezes não a questionamos, e ficamos em busca de aplicar este mesmo modelo a plataformas em que ele não se aplica tão diretamente.

É o caso da produtividade móvel: claro que é positivo estar apto a criar uma página de texto com formatação caprichada, ajustar cálculos em uma planilha ou preparar um conjunto de slides no iPad (e se é o que você deseja, recomendo conhecer as versões para iPad do pacote iWork, da própria Apple), mas a mobilidade, leveza, conectividade, duração da bateria e interface touch do iPad permitem que ele ofereça outras formas de nos tornar produtivos no ambiente profissional, se conseguirmos nos libertar do paradigma "suíte de escritório".

Considerando que muitos de nós atuam em situações de trabalho radicalmente diferentes daquelas dos anos 90, já com comunicações on-line (e-mails, intranets, etc.) se encarregando de muita coisa que se resolvia com reuniões, memorandos e apresentações corporativas, um artigo do GigaOm recentemente sugeriu que precisamos redefinir o conceito de pacote de escritório, especialmente se desejarmos aproveitar o potencial do iPad no fluxo de trabalho atual – mas eu acrescentaria que pensar desta forma permite aproveitar melhor até mesmo os computadores tradicionais.


Longe vão os dias do trio WordStar, Lotus e dBase. O trio Word, Excel e Microsoft também já viveu dias de maior dominância. O GigaOm propôs que não tentemos sucedê-los por outro trio com as mesmas categorias de aplicações (um "Office on-line", um "Office touch" ou algo assim), mas sim por aplicações nativas da nova realidade de trabalho que está se desenvolvendo na década atual.

Ele propôs 5 categorias, que não vou traduzir (recomendo a leitura do original!), mas comentarei a seguir, acrescentando minhas próprias sugestões.

Office para iPad no século 21

O elemento central é o editor de textos. O poderoso processador de texto (como o saudoso WordStar, ou o sempre presente Word) reinou por décadas e continuará tendo sua aplicação, especialmente enquanto tivermos documentos apresentados em papel (ou em metáforas do papel, como arquivos PDF organizados em páginas).

Mas muito da informação que recebemos, geramos e fazemos trafegar hoje já abandonou o "pé no formato Ofício": temos e-mails, artigos on-line como este que você está lendo, mensagens instantâneas e vários outros formatos que dispensam a maior parte das convenções e demandas que justificam o uso de um complexo processador de textos.

O GigaOm propõe que passemos a dar maior atenção aos editores de textos simples. Neles o foco se desloca da composição para a simples captura, registro e transmissão de ideias. A formatação apurada dá lugar à agilidade. E os incontáveis menus e caixas de diálogo dão lugar a amistosas telas desimpedidas, em que só se vê o seu texto, sem distrações.

É o que eu recomendo e uso (este artigo que você está lendo foi redigido em um editor de textos simples, por exemplo). O GigaOm indica o app ByWord, que eu aprecio, mas prefiro o Writing Kit.
 

Entendeu ou quer que eu desenhe? O poder dos desenhos e diagramas como forma de transmitir ideias complexas ou difíceis de comunicar em palavras é bem conhecido, e se torna especialmente importante quando a comunicação não é presencial.

Mas nem sempre dá de encaminhar a tarefa para um artista ou um estúdio: o iPad nos oferece o equivalente digital do guardanapo de restaurante em que muitas ideias vencedoras foram diagramadas, ou do quadro branco da sala de reuniões em que os diagramas rabiscados permitem chegar ao consenso.

Essa ideia consta em 2 das categorias de apps propostas pelo GigaOm: a da comunicação por desenhos, para a qual o autor recomenda os apps SketchBook (fácil de aprender e usar, mesmo sendo da empresa que faz o AutoCAD) e o colaborativo WhiteBoard, e a da estruturação de ideias em mapas mentais, para a qual recomenda o MindNode e o SimpleMind.
 

A câmera vira um scanner. O iPad está longe de ser o instrumento mais cômodo para tirar uma foto de festa ou de paisagens da natureza, mas quando ele é usado a serviço, a câmera embutida tem uma grande vantagem: já está ali.

Com isso ela se torna uma aliada importante na hora de registrar o que foi anotado no quadro branco durante a reunião, capturar as informações de um folder, recibo ou cartão de visitas, e outras formas de registro de imagens. Estes usos são tão comuns que os apps especializados (como o JotNot já incluem formas fáceis de identificar as bordas do documento (seja um pequeno cartão ou um grande quadro), corrigir os ângulos, etc.

O meu preferido é o Scanner Pro, no qual costumo fazer uso do recurso de fotografar separadamente várias páginas de um documento recebido em papel e a partir delas gerar um PDF único, exatamente como faria num scanner tradicional.

Rascunho à mão livre. Tomar notas à mão livre no iPad é possível e é uma ideia bastante popular, justificando uma verdadeira indústria de canetas apropriadas para uso na sua tela, e o surgimento de um app novo a cada semana. Para este tipo de anotação eu prefiro o papel, mas o iPad não se sai mal.

O GigaOm recomenda o app NoteTaker, e eu pessoalmente já testei outros 3: o Noteshelf, o Bamboo Paper e o Penultimate.

As categorias que faltaram

Tratei acima das 5 categorias mencionadas pelo GigaOm: editores de texto, diagramas, mapas mentais, scanner/câmera e rascunhos. Mas na minha prática de produtividade com o iPad, há 2 categorias a mais que são essenciais e merecem menção.

Sincronizar e compartilhar. Embora o iCloud seja uma promessa que vem se realizando, eu dependo bastante do Dropbox para manter os arquivos sincronizados, e eventualmente para compartilhar (via recurso web do próprio app) arquivos com outras pessoas, mesmo que elas não sejam usuárias do Dropbox. Ele ainda tem a vantagem de abrir para leitura documentos em vários formatos comuns (Word, Excel, Powerpoint, PDF, ...), dispensando para isso a presença de outros aplicativos instalados.
 

Visualizar e anotar documentos. Criar documentos no "estilo papel", com formatação, tabelas e outros recursos típicos não é uma tarefa que eu costume fazer no iPad. Mas é bastante comum receber por e-mails documentos em PDF para analisar ou mesmo para preencher, e nestes casos eu costumo recorrer a dois apps especializados: PDFPen e GoodReader.

E a produtividade pessoal?

Se eu não incluísse este parágrafo, certamente seria cobrado pelos leitores atentos, portanto aqui vai a menção: aplicações de produtividade pessoal (agenda, pendências, contatos, referências, leitura, calculadora, etc.) e de comunicação on-line (chats, mensageiros, videoconferência, audioconferência, telefonia IP, etc.) também podem contribuir bastante para a produtividade no ambiente profissional, e muitos dos apps destes ramos podem ser aplicados também a situações como as descritas acima ツ

Leia também: iPad como ferramenta de trabalho: 7 dicas.

Editor de texto para Mac: iA Writer com descontão

O editor de textos iA Writer leva ao Mac a aparência e comportamento típico dos editores de texto para o iPad: foco no conteúdo, pouca formatação (embora ele suporte o padrão MarkDown), ênfase na sincronização, ausência de grandes oportunidades de configuração.

Mas o layout dele é confortável para escrever, e os autores realmente se esmeraram em oferecer uma solução de sincronização que torne mais tranquila a vida de quem começa a escrever no iPad, completa no Mac e depois, se bobear, revisa no iPhone, como você pode ver no vídeo abaixo.

Ele tem algumas características que favorecem o foco e a concentração, incluindo a remoção das decorações da janela (incluindo a barra de títulos) enquanto você escreve, a dispensa completa do uso do mouse e um modo especial em que até o texto ao redor da frase que você está editando no momento fica esmaecido.

Se a ideia lhe agradar, aproveite a oportunidade: o iA Writer, que normalmente custa US$ 9,99, está saindo por US$ 4,99 na Mac App Store. A promoção é por tempo limitado e não sei a duração, mas na ocasião anterior em que ocorreu, o preço reduzido durou 3 semanas.

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