Clean: removendo o excesso de ícones do seu desktop

Para muitos de nós, o desktop do computador como metáfora da mesa de trabalho é tão diretamente aplicado, que acabamos perdendo o controle dos documentos e outros arquivos que criamos lá ou arrastamos para lá.

Mas largar documentos sobre a mesa, embora possa ser a solução para cada problema imediato que conduz a isto, não é uma boa prática de produtividade pessoal - pelo contrário: separar claramente o que está pendente, em andamento ou completado, o que é referência para arquivar permanentemente e o que pode ser descartado são elementos cruciais da organização.

E se você não alcançou ainda um nível de refinamento que permita classificar os arquivos da forma descrita acima, provavelmente percebe que o simples acúmulo de documentos misturados (mesmo que estejam agrupados por cantos ou áreas) no desktop pode prejudicar a sua concentração, foco e a localização do que você está trabalhando a cada dia.

Entra em cena o Clean

Em 2010 eu escrevi no meu outro blog como funciona meu script que separa automaticamente os arquivos que eu largo pelo caminho, de uma forma que facilita que eu consiga localizá-los no futuro, e me permite encontrar rapidamente os arquivos com os quais estava trabalhando hoje mais cedo, ou ontem.

A minha abordagem pessoal é baseada nas extensões dos arquivos: dou nomes descritivos a eles, e deixo o script separar (com base na extensão) o que são documentos, imagens, conteúdos multimídia e arquivos compactados, cuidando para nunca sobrescrever arquivos com o mesmo nome, e só agindo sobre arquivos que não tenham sido modificados nas últimas 48h.

Mas minha solução não é das mais simples de ativar. Felizmente não é a única: ontem conheci via Lifehacker o Clean, um utilitário que adota outro critério para separar os arquivos: ele monta pastas por dia ou por mês.

O funcionamento dele é bem simples: você o configura para rodar diariamente ou semanalmente, define alguns critérios simples, e a cada execução automática ele se encarregará de mover para as pastas (com o critério adotado) os arquivos que estiverem no seu desktop.

É uma solução quase simplória (comparada ao potencial de um script ou de um bom uso do Hazel, por exemplo), mas ao mesmo tempo oferece uma interface bem fácil de usar e pode ser a solução para pessoas cujo nível de motivação na organização é tão baixo que hoje permite o acúmulo de dezenas de documentos em seu desktop ツ

E o preço também ajuda a motivar para experimentar: o Clean é grátis na Mac App Store.

iPad: Navegação com abas e gestos usando o Dolphin Browser HD

O Dolphin Browser HD pode ser o motivo que faltava para despertar a curiosidade de quem nunca experimentou outro navegador web no iPad que não seja o Safari, que vem pré-instalado.

Popular no Android e recentemente disponibilizado também no iPhone, a versão para iPad é construída usando como base os recursos do próprio Safari, mas acrescentando a ele os recursos que o notabilizaram (e que recentemente levaram seus desenvolvedores a conseguir levantar US$ 10 milhões em investimentos em suas operações).

E não são poucos os recursos interessantes do Dolphin: abas (mas você pode navegar em tela cheia mesmo com elas), speed dial ("discagem rápida" - uma forma acelerada de acessar seus sites favoritos, já popular em vários navegadores no desktop), um leitor de conteúdo com formatação tipo revista (no estilo Flipboard), um gerenciador de favoritos e o seu grande diferencial: o controle por meio de gestos.

Os gestos são desenhos simples feitos na tela do iPad: desenhe um < para voltar, um > para avançar uma página, um grande G para ir ao Google, um N para abrir uma nova aba, e assim por diante. Há uma série de gestos pré-definidos, e você também pode criar os seus - sugiro um B para acessar o BR-Mac ツ

O Dolphin HD está disponível gratuitamente na App Store.

NeoOffice 3.2.1: "Office para Mac", agora com suporte aos novos recursos do Lion

Office para Mac é uma busca comum a quase todo usuário que chega aos sistemas da Apple, que logo encontra sua resposta: além do próprio Microsoft Office para Mac que popularizou este nome, há uma série de outras soluções, incluindo o iWork da Apple (disponível no Mac, iPad e iPhone) e vários derivados do código do OpenOffice (além do próprio) que em algum momento já tiveram versão para Mac: LibreOffice, Lotus Symphony, BROffice e mais.

Em comum eles têm o conjunto básico de aplicativos (processador de textos, planilha, gerenciador de apresentações) e o suporte a determinados formatos de arquivo: todos eles atendem à condição (orientada à solução hegemônica) que me acostumei ver nas manifestações dos novos usuários: "abre arquivos do Word", "abre planilhas do Excel" e "abre apresentações do PowerPoint" - cada um com suas limitações, e também com seus diferenciais e características adicionais, como o suporte aos formatos ODF, por exemplo.

NeoOffice

O NeoOffice é mais um integrante da turma dos derivados do OpenOffice, mas que tem como alvo exclusivamente a plataforma Mac. No ar desde 2003 (quando ainda não havia uma versão do próprio OpenOffice original para Mac), ele busca se destacar dos demais herdeiros do mesmo projeto por buscar oferecer suporte de qualidade superior a uma série de recursos nativos do Mac, em aspectos como o layout de texto, código de impressão e renderização, suporte a travamento de arquivos em volumes locais e de rede, suporte aos Serviços do OS X e mais.

O leitor Manoel Guedes nos avisou hoje pelo Twitter @brmacblog que a versão 2.3.1 do NeoOffice foi lançada. Ele escreveu um breve texto a respeito (obrigado!).

Entre as novidades da versão 3.2.1 do NeoOffice, o destaque natural vai para o suporte aos novos recursos de documentos característicos do OS X Lion: Full Screen, Resume e Versions, sendo que esta última me parece profundamente integrada às necessidades de boa parte das pessoas que editam arquivos e gostariam de ter à mão um histórico de todas as versões e alterações anteriores, sem ter de se preocupar em preservar manualmente cópias em pastas ou com nomes diferentes.

Este mesmo suporte já está disponível no iWork, da Apple, e a Microsoft já anunciou que estará presente em alguma versão futura do seu Office - não estou ciente de que já esteja prestes a chegar a alguma das outras linhagens do OpenOffice.

Open source seletivo

O NeoOffice é descrito como sendo open source (oferece até instruções para quem quiser compilá-lo), e na instalação do NeoOffice a licença exibida e com a qual o usuário precisa concordar é a GPL. Entretanto o seu site oficial só oferece o arquivo do instalador da versão corrente para os membros da sua comunidade, que tenham doado ao menos US$ 10 ao projeto no último ano.

A doação ocorre via PayPal e, no meu caso, teve muito mais característica de pagamento do que de doação, embora eu ache justo retribuir o esforço alheio e já tenha contribuído financeiramente com vários projetos open source (nunca antes como condição para ter acesso ao seu produto, entretanto).

Mas como se trata de código aberto, não tardam a surgir cópias inteiramente legais (desde que respeitem os termos de uso da marca registrada) disponíveis para download gratuito em sites de outros usuários (incluindo o do Manoel Guedes, mencionado acima), cuja integridade você pode verificar pelo hash criptográfico divulgado.

Quanto ao compartilhamento de código e recursos do NeoOffice com outras linhagens do OpenOffice (como o LibreOffice, por exemplo), não se trata de algo impossível, mas os termos atuais já foram obstáculo a ao menos uma tentativa anterior, como detalha esta FAQ.

Contribuí meus US$ 10, acredito que o esforço é meritório, testei (comparando com a versão do LibreOffice que eu tinha) e gostei, provavelmente vou passar a usar como substituto nos casos em que eu vinha usando o LibreOffice, ao menos enquanto este não atualizar seu suporte aos recursos do meu desktop.

Mas minha opinião quanto à questão que abre este artigo não mudou: existem várias opções de "Office para Mac", cada uma com seus pontos fortes e fracos (e várias delas estão listadas acima). Comparar seus recursos e características não é difícil, e aquela que atender às suas demandas (inclusive quanto a curva de aprendizado, preço, licenciamento e outros fatores correlatos) e vencer na sua análise pessoal de custo/benefício é a que merece ser instalada!

Jogos da PopCap com desconto para iPad e iPhone: Bejeweled 2, Plants vs. Zombies e mais

A PopCap, recém-adquirida pela gigante EA Games, é campeã em produzir jogos casuais capazes de absorver nossa atenção por horas a fio sem perder a capacidade de oferecer também a distração rápida em uma fila ou enquanto aguardamos atendimento em espera no telefone.

E neste final de semana ela está com uma promoção de alguns títulos selecionados no iPad e iPhone. São vários jogos para iPhone com preço reduzido para US$ 0,99, e alguns para iPad a US$ 1,99.

Recomendo em especial o Peggle, o Bejeweled e o Plants vs. Zombies, caso você ainda não os tenha. E recomendo também que você libere algumas horas na agenda para estes 2 últimos ツ

Eis os links diretos para saber mais sobre alguns dos jogos na promoção:

iPhone: Bejeweled 2 + Blitz, Plants vs. Zombies, Peggle, Chuzzle, Escape Rosecliff Island

iPad: Peggle HD, Plants vs. Zombies HD, Escape Rosecliff Island.

Além disso, o Candy Train e o Allied Star Police (bastante divulgado na imprensa recentemente por ter sido projetado como o desejo de uma criança com uma doença terminal), também da PopCap, permanecem disponíveis gratuitamente.

Mas atenção: como é comum com muitos jogos populares, os títulos acima podem não estar disponíveis na App Store brasileira, devido ao impasse entre o Ministério da Justiça e a Apple sobre as faixas etárias para classificação indicativa de jogos. Se você não estiver nas faixas que deveriam ser protegidas desde jogo (classificado como "4 anos ou mais" na App Store), pode procurar uma solução alternativa abrindo uma conta na App Store da Argentina.

Qual Mac comprar: comparativo do desempenho de TODOS os modelos

As linhas de computadores da Apple possuem modelos com grande diferenciação entre si: como comparar a portabilidade do MacBook Air com a imponência de um iMac, ou o custo relativamente acessível de um Mac mini i5 com a velocidade de processamento de um MacBook Pro, por exemplo?

Atualização: leia também "Comparativo de desempenho de todos os Macs, edição 2012: MacBooks, Mac mini, iMac e mais"

Eu mantenho 2 guias de compras sobre os modelos de custo mais acessível da Apple: um que explica qual MacBook comprar, e outro que apresenta minha visão sobre se vale a pena comprar um Mac mini.

As comparações que eu apresento são internas: MacBooks com MacBooks e assim por diante. Mas nos contatos que recebo, percebo que as pessoas buscam ajuda para comparações mais amplas: Mac mini com Mac Pro, MacBook Air com iMac e assim por diante.

Minha resposta usual é sugerir que primeiro levantem seus requisitos e os dados técnicos sobre o desempenho da máquina que hoje usam para realizar suas atividades, e aí comparem nas 2 dimensões: os requisitos com os recursos da máquina desejada (incluindo a disponibilidade de apps), e o desempenho da máquina atual com a pretendida, para ter uma ideia mais precisa sobre a conveniência e oportunidade da aquisição.

Comparando pelo Speedmark

Mas às vezes o que o usuário quer são mesmo "os números", por mais que possa fazer pouco sentido comparar assim um equipamento portátil com um de mesa, por exemplo, se a intenção do usuário for levar o computador consigo.

Comparar diretamente os números medidos em gigahertz e megabytes geralmente é insuficiente: processadores diferentes têm desempenhos diferenciados na mesma frequência de clock, e um disco de menor capacidade de armazenamento pode dar um show de velocidade de acesso aos dados, por exemplo.

Para permitir comparações diretas, portanto, existem determinados testes padronizados, denominados benchmarks. Um dos benchmarks que costumam ser usados como referência entre os Macs é o Speedmark, da conceituada revista MacWorld, que se baseia na cronometragem do completamento de uma série de operações comuns, incluindo:

  • Duplicar uma pasta de 2GB
  • Compactar (zip) uma pasta de 4GB
  • Descompactar a pasta acima
  • Importar um documento do Word de 500 páginas no Pages
  • Importar um clip de 2 minutos no iMovie 2011
  • Compartilhar este clip no formato para dispositivos móveis
  • Transcodificar de AAC para MP3 no iTunes
  • Codificar (H.264) 4 capítulos de um DVD "ripado", com o HandBrake
  • Cinebench (OpenGL e CPU), Parallels WorldBench
  • ActionScript no Photoshop CS5
  • Importar 500 fotos no iPhoto
  • Jogar Portal 2 (1280x800)
  • e mais.

O resultado do Speedmark corresponde a uma relação entre o desempenho da máquina testada e aquele registrado na máquina de referência, que atualmente é um Mac mini 2010 (Core 2 Duo, 2,4GHz) - ou seja: o Mac mini de referência sempre terá um score de 100 pontos; se outro computador tiver um score de 200 pontos, isso indica que ele teve o dobro de desempenho nos testes.

O benchmark de TODOS os Macs

Portanto, se você deseja comparar o desempenho de 2 Macs quaisquer em um mix de tarefas da vida real, o Speedmark pode ser uma boa solução (mas veja acima a minha recomendação sobre considerar os seus requisitos!).

Para facilitar a sua vida, portanto, coletei os dados da MacWorld e preparei uma tabela ordenada pelo score da versão 7 (a mais recente) do Speedmark de todos os Macs que estão atualmente nas lojas da Apple para o público em geral: Mac Pro de 2010, iMac, MacBook Pro, MacBook Air e Mac mini de 2011.

Compare à vontade:

Para facilitar a percepção do grau de diferença que existe entre os extremos, aqui vai também um gráfico simples dos mesmos dados:

Coisas que o benchmark não faz

O benchmark oferece um critério objetivo para complementar a sua análise comparativa entre os modelos.

Ele não poderá responder para você, de forma definitiva, se é melhor comprar um micro de mesa ou um portátil, por exemplo. Ou se o notebook poderia ser substituído por um tablet e um netbook. Ou qual modelo é melhor para rodar o aplicativo XYZ que é o de seu especial interesse. Ou ainda se vale a pena investir em se adaptar ao OS X, ou se é melhor continuar no sistema operacional com o qual você está acostumado.

Para resolver estas dúvidas, você precisa conhecer bem as suas demandas, e aí fazer uma lista de prós e contras das diversas possibilidades disponíveis, culminando em uma análise de custos e benefícios - e é nisso que podem ser úteis os dados de desempenho expressos no benchmark acima!

O resultado da promoção das telas dos leitores

Nosso perfil @brmacblog no Twitter chegou a 1.000 seguidores na semana passada, um marco bastante positivo para estes primeiros meses de atividade do BR-Mac, e motivou assim o meu desejo de retribuir a atenção e o feedback constante de vocês com brindes: 1 Magic Trackpad para o pessoal dos Macs, 1 Joystick-It para os iPads, e 1 bateria externa para os iPhones.

Para isto organizei uma promoção em que, ao longo da semana, os interessados poderiam enviar screenshots dos seus Macs, iPads e iPhones mostrando que são leitores do BR-Mac, conforme as instruções e regras da promoção.

A participação dos leitores foi intensa, levando até mesmo à publicação de uma galeria parcial das imagens na sexta-feira e outra galeria ontem (nem todas as imagens participantes constaram nas galerias, entretanto!).

O prazo de participação terminou à meia-noite de ontem, e hoje às 11h da manhã realizei a apuração e subsequente sorteio, também seguindo as regras da promoção, e com o apoio do gerador de números aleatórios random.org.

O resultado foi como segue:

Obrigado a todos pela participação, parabéns aos 3 vencedores, e atenção para as instruções a eles: entrem em contato até a próxima terça-feira (13/9/2011) informando o endereço postal no Brasil para onde deve ser encaminhado o seu brinde.

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