Stratus: o joystick para iPad e iPhone que eu quero, anunciado hoje na CES

O joystick para iPad e iPhone SteelSeries Stratus tem 4 botões frontais, 4 botões traseiros, 2 sticks analógicos e 1 D-pad direcional, conecta-se via Bluetooth aos dispositivos com iOS 7, e funciona com o iPhone 5 em diante, iPod touch de 5ª geração, todos os iPad minis, o iPad Air e o iPad de 4ª geração.

Diferentemente dos outros 2 controles para iOS 7 lançados no final do ano passado (o da MOGA e o da Logitech), ele não "abraça" um iPhone, e sim opera de forma fisicamente independente, como um controle de videogame tradicional, e não como uma case para o aparelho que o transforme em algo que lembra um Nokia N-Gage.

Uma vantagem adicional dessa independência é que ele deixa desocupada a porta Lightning do iPad ou iPhone, o que abre a possibilidade de que ela seja usada para uma conexão HDMI ou para mantê-lo conectado a um carregador tradicional, sem misturar a carga de bateria do controle (que dura 10 horas de uso e é carregável via USB) com a do dispositivo.

Dando uma possível dica sobre o que está por vir nas linhas de produto da Apple, a nova API de controles de jogos do iOS 7 suporta múltiplos jogadores com um mesmo controle, e o Stratus aproveita esse recurso: se o jogo suportar, até 4 jogadores podem se alternar, e um led no próprio controle indica, de 1 a 4, de quem é a vez.

Ao contrário de outras alternativas do mercado, os 8 botões e o D-pad do Stratus não são simplesmente on/off, mas são sensíveis à pressão, o que faz diferença profunda no grau de imersão e interatividade possível nos jogos.

O vídeo introdutório é curto e objetivo, e infelizmente é tudo que você poderá ver do Stratus em ação no momento: ele foi anunciado hoje, mas estará disponível "logo". Ao menos sabemos que a SteelSeries tem vários distribuidores no Brasil para quando chegar a hora...

John Siracusa avalia (de A a F) o ano de 2013 da Apple, item por item

Mr. Siracusa dividiu em 9 "matérias" a atuação da Apple em 2013, e deu notas escolares a cada uma delas. A avaliação final foi positiva, mas o maior interesse é identificar onde estiveram as notas altas e em qual matéria a empresa foi reprovada.

John Siracusa conquistou o direito de ser ouvido quando o assunto é Apple: entre outros méritos, anualmente ele é o autor do completíssimo review publicado pelo Ars Technica de cada nova versão do OS X – se você ainda não viu, leia as 24 páginas do review do Mavericks, expondo, detalhando e comparando (com o histórico e com outras alternativas) cada recurso e minúcia do sistema.

De sua reconhecida posição de observador atento e bem informado do que diz respeito à Apple, no começo do ano passado Siracusa publicou suas expectativas sobre o que a Apple poderia fazer em 2013.

Um avaliador severo, mas justo.

Agora que o ano acabou, ele complementou com uma avaliação objetiva sobre cada um dos âmbitos de atuação nos quais ele tinha expectativas.

A nota máxima (A) só apareceu no boletim ao avaliar a forma como a empresa deu novas perspectivas positivas aos fãs do Mac Pro, mas houve 2 “A-”: lançar as novas versões do OS X e do iOS, e manter o iPad na trilha. A razão de não ter sido um A completo ele explica no texto.

O conceito B não é ruim, e ele deu B+ para a diversificação da linha do iPhone (que ele havia previsto no início do ano), e B- para os novos Macs com tela Retina e para a "ressurreição" do iWork e iLife.

Tivemos algumas notas baixas, mas que permitem a aprovação: a evolução do iCloud tirou um "C", e o funcionamento do Messages tirou um D.

Mas o boletim inclui uma nota "F": na matéria "Fazer algo sobre a TV" a Apple, que não foi muito além de incluir alguns canais novos e uma configuração simplificada no Apple TV de 2012, rodou em 2013. Torço para que em 2014 ela se recupere, lançando alguma coisa que integre Siri, integrar jogos de outros dispositivos iOS, usos criativos de Bluetooth LE, automação doméstica e mais 😃

Com notas de aprovação em 8 das 9 matérias, Siracusa acredita que em 2013 a Apple mandou bem. Eu também, mas confesso que esperava mais em termos de produtos surpreendentes.

Esperarei ainda mais de 2014, que oficialmente será o ano de surgimento de "uma nova categoria de produtos", e no qual extra-oficialmente eu torço para que os planos de convergência não atropelem muito as minhas preferências de uso.

Upflix: app gratuito mantém você informado das novidades no catálogo brasileiro do Netflix

Navegar no catálogo do Netflix usando o próprio app dele é uma tarefa que exige bastante tempo e paciência: o conteúdo está lá, existe certo grau de organização, mas tudo poderia ser bem melhor (e acredito que um dia será).

Mas não há razão para ficar restrito às informações oferecidas diretamente pelo próprio serviço: nosso amigo Felipe Kellermann deu a dica do Upflix, um app para iPhone e iPad, criado pelo desenvolvedor independente Douglas Alves, e que tem como foco facilitar a vida de quem quer se manter atualizado sobre as frequentes novidades no catálogo do Netflix, ou conhecer os melhores filmes, séries e documentários em cada categoria.

A interface básica é uma lista geral dos lançamentos do catálogo, ordenados por data (os mais recentes no topo), mostrando para cada item a ilustração da capa, a nota (via IMDb) e o resumo da sinopse. Clicando no item, você vê a capa ampliada e alguns detalhes adicionais, como diretor, elenco, link para o trailer, para a entrada completa no IMDb, no Netflix, inclusão em lista para assistir depois (gerenciada pelo próprio app), compartilhamento em redes sociais, etc.

Clicando na opção "Melhores", a programação deixa de ser listada em ordem de data de disponibilização, e o app passa a classificar tudo conforme a nota que cada programa recebeu no IMDb.

Ambas as visões podem ser refinadas por categoria: séries, ação, comédia, drama, novela, etc.

Há ainda uma opção de ler um feed de notícias (sobre o próprio Netflix Brasil ou sobre Cinema).

A interface com o usuário não é das mais primorosas (a versão para iPad lembra um app de iPhone ampliado, ou um app da primeira leva de apps para tablets Android), mas também não é difícil de usar, e o mais importante é que as informações estão disponíveis e referenciadas.

O app Upflix tem duas versões: gratuito (com anúncios na base da tela) e pago (US$ 0,99). Recomendo.

Sites da AppStorm anunciam o fim das suas atividades

O AppStorm é uma coleção de sites (mac.appstorm.net, ipad.appstorm.net, etc.) criada há ~4 anos, que conseguiu reunir audiência e tráfego em seus artigos sobre apps, mas foi desacelerando e agora chega a notícia de que vai encerrar suas atividades – ou mais precisamente que seus últimos artigos foram publicados em 2013, e ficarão no ar por mais um ano, sem atualizações, depois somem.

Segundo a nota de encerramento de atividades o site dá prejuízo financeiro, além de não ter conseguido contribuir com a Envato, empresa que o mantém, e cujo negócio é relacionado a oferecer oportunidades de aprendizado e rendimento on-line.

Eu li e gostei de muuuuitos artigos da fase áurea do Mac Appstorm, e lamentei perceber que ela havia acabado. Lamento agora perceber que ela não vai voltar: a Envato até tentou passar a manutenção do site para alguma outra empresa interessada, mas não conseguiu.

Obrigado por todos os bons artigos, AppStorm. E tomara que seus contribuidores encontrem outros canais para que continuem compartilhando conosco seu conhecimento.

Actions: transforme o iPad em painel de controle para os apps que você mais usa no seu Mac

Com o Actions você pode usar o iPad como um confortável complemento altamente configurável e adaptativo para os menus, ícones e teclas de atalho do seu Mac, controlando apps e dando início a ações complexas sem precisar alternar contextos.

O app Actions transforma o iPad em um painel de controle complementar para iniciar e comandar tarefas no seu Mac (ou PC com Windows...). Não é um controle remoto no sentido tradicional, mas sim algo para ter perto do monitor e do teclado, para – sem exigir grande memorização nem ocupar espaço da tela do Mac – cumprir tarefas que usualmente fazemos com menus, ícones ou teclas de atalho, e adaptando-se ao que estiver em execução no seu Mac a cada momento.

Algum dia você já desejou um teclado premium como os da linha Optimus (Optimus Maximus e seus companheiros), que permitem definir comandos especiais para as suas teclas, e até modificar as cores e ícones mostrados na superfície de LCD de cada uma delas? Eu já, mas confesso que o que me impediu foi muito mais acreditar que o teclado não era o local ideal para essa interface, do que o preço bem alto do produto.

O Actions, por outro lado, está melhor posicionado para isso. Deixando o iPad (que, quando estou usando o Mac, frequentemente ficaria em uma gaveta) na minha mesa, logo abaixo do monitor, o app detecta a cada momento qual o meu contexto de atividade no Mac – qual app estou rodando, essencialmente – e exibe na tela do iPad um conjunto de botões que eu configurei para aquele contexto, ou uma de suas várias configurações default para diversos aplicativos populares do Mac.

Na imagem acima você vê um conjunto de botões para um aplicativo que para mim não merece esse grau de automação (o Twitter), mas você pode configurar os apps que desejar, e o Actions vem com configurações prontas para apps como Ableton Live, Adobe After Effects, Adobe Illustrator, Adobe Indesign, Adobe Lightroom, Adobe Photoshop, Aperture, Evernote, Excel, Final Cut, Finder, Firefox, Garageband, Chrome, iCal, iMovie, iPhoto, iTunes, Keynote, Logic Pro, Mail, Notes, Numbers, Pages, Pixelmator, Powerpoint, Reeder, Reminders, Safari, TextEdit, VLC e Word.

Formado por um agente (gratuito) instalado no Mac e um app (que custa US$ 4) rodando no iPad, que se comunicam entre si na velocidade da rede WiFi, o Actions oferece uma grade de botões cujas cores e ícones (mais de 900 à escolha) você pode configurar, e que incluem ações como:

  • Simular o pressionamento de atalhos de teclado (o que, naturalmente, permite acessar todas as funções dos seu aplicativos para as quais haja atalhos).
  • Simular a digitação de um trecho de texto.
  • Controle de mídia (volume, play/pause/stop, avançar, retroceder)
  • Ações do sistema (Dashboard, Mission Control, central de notificações, alternar desktops, ativar a proteção de tela, travar tela e mais)
  • Controle de janelas (abrir e alternar entre aplicativos, esconder, minimizar, maximizar, redimensionar, reposicionar, fechar)
  • Abrir um site
  • Criar uma mensagem de e-mail

Usando a extensão "Flows" (opcional, US$ 3), você pode criar no próprio Actions também ações encadeadas, como se fossem macros, e associá-las a um botão do Actions no iPad – por exemplo. Responder + Arquivar um e-mail, ou criar um compromisso na agenda a partir do texto que estiver selecionado.

E se a ação que você deseja for complexa demais (ou você não estiver disposto a pagar o adicional pelo Flows), você pode criá-la no Keyboard Maestro, Alfred, Automator ou no utilitário que preferir no seu Mac, associar uma tecla de atalho a ela, e assim poder acioná-la via Actions.

Para mim, cujo iPad normalmente ficava sem uso a 20cm do monitor todos os dias, são US$ 4 bem empregados: Actions na App Store.

Desenvolvedor web: app LiveReload atualiza ao vivo o navegador sempre que você modifica seu projeto

O LiveReload monitora os arquivos do seu projeto web e, ao identificar mudanças, comanda atualizações em todos os navegadores que você especificar, incluindo nos simuladores de iPad e iPhone.

O funcionamento do LiveReload é simples: você configura em qual pasta estão os arquivos do seu site em desenvolvimento, instala uma extensão especial no seu navegador (ou insere um trecho em Javascript na versão em desenvolvimento do seu site, se não puder rodar a extensão), e pronto: o app começa a monitorar e a comandar o reload do navegador (Safari, Chrome, Firefox e Mobile Safari) sempre que você gravar uma atualização a partir do seu editor preferido.

Mais interessante: se a mudança for em uma imagem ou em um arquivo CSS, ele nem faz um reload, e sim uma atualização on-line da página já carregada.

Ele não funciona só com arquivos HTML estáticos: dá para fazê-lo interagir com código de compiladores web como LESS, SASS, Compass, Stylus, CoffeeScript, IcedCoffeeScript, Eco, SLIM, HAML e Jade (ou outros, se você configurar). Ele também pode monitorar arquivos das instalações locais (de desenvolvimento) de CMSs como Rails, Drupal, WordPress, Joomla e mais.

Com (pouca) configuração adicional, dá também para fazer testes também em navegadores rodando em máquinas virtuais e em outros computadores, testando "ao vivo" os efeitos das suas alterações simultaneamente em todas as plataformas suportadas, se você tiver tantas telas assim ao seu redor.

O código do LiveReload está disponível no GitHub para os curiosos ou interessados em fazer algo diferente para uso próprio mas, exceto alguns trechos específicos, não é open source.

A versão completa e pronta para usar do LiveReload está disponível na App Store por US$ 10, e na minha opinião vale o preço.

Mas se você quiser uma alternativa gratuita e sujar a mão de bits (em Javascript), experimente implementar recurso similar no Grunt 😃

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