Conectar o iPad a um cabo de rede: um usuário empreendedor descobriu como fazer

Um usuário com mais tempo e disposição do que eu descobriu que, apesar de não ter sido feito pra isso, o iPad pode funcionar conectado a um cabo de rede.

O iPad foi projetado para conectar-se à Internet apenas por conexões sem fio, mas um usuário disposto a investir algum tempo e comodidade descobriu uma forma de conectá-lo a um cabo de rede.

Não é um procedimento difícil, mas também não é prático, e exige ter em mãos uma verdadeira coleção de adaptadores.

Para funcionar, o que você precisa fazer é desativar a conexão WiFi e/ou celular do seu iPad, e aí plugar nele a seguinte sequência de componentes:

iPad

② Adaptador iPad para USB

③ Cabo USB

④ Hub USB ligado na tomada

⑤ Adaptador USB Ethernet

Cabo de rede conectado à Internet

O item ② varia de acordo com o seu modelo de iPad. Se for um dos mais recentes, com conector Lightning, você pode usar o “Adaptador de Lightning para câmera com USB” da Apple, mas há relatos de que funciona igualmente uma combinação de um adaptador Lightning para 30 pinos + um adaptador de câmeras USB para iPad de 30 pinos, e também de que iPads mais antigos, com conector de 30 pinos, funcionam igualmente com o mesmo adaptador para câmeras.

O item ④ merece atenção: é um hub USB comum para usar com computadores, mas precisa ser dos modelos que vêm com adaptador para ligar à tomada, porque o item ⑤ precisa de mais energia do que o conector do iPad, que não foi projetado para isso, fornece.

O item ⑤ é o Adaptador de Ethernet USB para o MacBook Air, ou um clone mais barato (mas que use o mesmo driver).

Tendo todos os componentes em mãos, é só plugá-los em uma sequência que terá um iPad de um lado e o seu cabo de rede na outra, e ele vai conectar após alguns segundos – não se assuste com a mensagem de "Dispositivo não suportado" que vai aparecer.

A conexão é normal, com o desempenho que aquele cabo de rede oferecer – e essa foi a razão que motivou a busca da solução pelo MobileRedditor, pseudônimo do usuário que descobriu o procedimento: ele trabalha instalando e configurando iPads em massa, e para ele a diferença de desempenho entre os cabos de rede à sua disposição e as conexões WiFi vale esse esforço todo.

Do ponto de vista tecnológico, não há nada de especial na sequência de adaptadores.

A grande surpresa é que o iPad, que não foi feito para ser conectado a um cabo de rede, vem com o driver para um adaptador de rede. A suposição do MobileRedditor é que o driver está no iOS por causa do AppleTV, que tem uma porta de rede Ethernet (à direita na imagem abaixo).

A configuração do iPad claramente não foi ajustada para isso: o driver e as configurações essenciais estão lá (possivelmente como uma herança vestigial da versão para Apple TV) mas, além da mensagem de erro exibida ao plugar, consta que uma vez desconectado o cabo, é necessário desligar e voltar a ligar o iPad para voltar a conectar por este modo.

O que, aliás, não é surpresa: o fato de haver funcionalidade suficiente para estabelecer uma conexão com uma árvore de natal feita de adaptadores parece muito mais um acidente (que talvez não se mantenha em versões futuras) do que um desenvolvimento intencional.

O relato do MobileRedditor foi apagado do Reddit (eu preservei uma screenshot), mas ele termina contando que usou seus contatos técnicos com engenheiros da Apple e eles compartilharam da emoção causada por esse truque nada prático nem elegante funcionar.

Apesar de não ser prático nem elegante, a diferença de desempenho justifica o esforço para o MobileRedditor, e talvez justifique para alguns de vocês – embora eu acredite que mais gente1 vá testar pela curiosidade técnica do que por alguma utilidade prática.

 
  1.  Que tenha toda essa coleção de adaptadores...

Se o Apple TV fosse um hambúrguer, este conceito para o Mac mini seria um Big Mac

Conceito de designer do leste europeu reimagina o Mac mini com aspecto externo similar ao de um Apple TV com altura dupla.

Em 2013 não tivemos um modelo novo de Mac mini, pela primeira vez desde 2008.

Torço para que a ausência de lançamento em 2012 seja porque vai haver alguma mudança interessante na linha, afinal sou fã do modelo: o Mac mini vale a pena, e todos os 3 modelos que eu já tive (um deles já com 6 anos de uso contínuo) continuam em uso com alguém da família até hoje. Certamente terei outros.

Enquanto aguardamos para ver o que a Apple tem reservado para o futuro do mini, o site Letem světem Applem publicou um conceito de design assinado por David Vybíhal.

No conceito do David, o Mac mini adota uma forma com as características externas típicas do modelo atual de Apple TV (outro produto que não teve atualização em 2013, o que talvez não seja mera coincidência), e custaria US$ 200 a menos que o modelo atual, podendo assim competir em preço com PCs entry level.

Quem sabe? Eu, certamente, não. Mas um novo mini, atualizado para as CPUs atuais, cairia bem, independentemente do formato :)

Leia também:

Atalhos de teclado no Mac: uma coleção fácil de consultar e aprender

Site apresenta recurso fácil de consultar – para iniciantes e usuários avançados – que permite conhecer não apenas os atalhos, mas também diversos recursos interessantes do OS X.

Dan Rodney é instrutor de TI e também é designer, e uniu os 2 talentos na criação do Mac Keyboard Shortcuts, uma concisa coleção de "colas" dos atalhos de teclado de vários componentes do Mac, como Finder, Dock, Safari, etc.

Geralmente esse tipo de recurso mostra uma lista de atalhos e quais as ações que eles comandam, mas o do Dan é o inverso, o que o faz especialmente interessante para quem ainda está conhecendo o OS X: para cada componente do Mac, ele apresenta uma lista de ações que podem ser desempenhadas, e quais os atalhos correspondentes.

Estão presentes até mesmo os comandos de teclado que confundem os usuários acostumados a teclados full size, que sentem falta de teclas como Home, End e Page Down ao trabalhar com MacBooks ou com o teclado sem fio da Apple.

Também estão presentes comandos que muitos usuários avançados possivelmente não conhecem, do Mission Control, Spotlight, gerenciamento de energia, Dock, gerenciamento de janelas e de apps, e mais, inckuindo uma interessante seção de Miscelânea.

Para completar, no alto há abas que levam a textos adicionais sobre gestos multitoque, dicas, e apps recomendados.

Excelente trabalho do Dan Rodney. Quem sabe algum usuário empreendedor não tenta entrar em contato com ele para obter autorização de publicar uma versão em português?

Coloque nos Favoritos: Mac Keyboard Shortcuts.

Como escolher o melhor canal WiFi para reduzir interferências e aumentar o desempenho da conexão

Um utilitário que vem instalado no seu sistema analisa o tráfego e faz uma lista dos melhores canais para você configurar no roteador sem fio e usar o WiFi com menos interferências e mais desempenho.

O truque é feito pelo utilitário Diagnóstico da Rede sem Fio, que faz parte do OS X Mavericks e que você pode acessar de várias maneiras. Minha preferida é clicar na lupa no canto superior direito da tela, e aí digitar as primeiras letras do nome do utilitário.

Você pode preferir o caminho alternativo, que é manter pressionada a tecla Option e clicar no ícone da rede sem fio na barra de menu do Mac, próximo ao relógio – a tecla Option pressionada no momento do click faz aparecer a opção “Abrir Diagnóstico da Rede Sem Fio...” no final do menu, como mostro na imagem acima.

Independente do caminho escolhido, logo vai se abrir a janela do Diagnóstico da Rede sem Fio, a qual você deve ignorar. Isso mesmo: tire-a do caminho ou minimize-a, se desejar, porque nós não a usaremos.

Ao invés de dar atenção à janela, clique na opção “Janela” do menu do utilitário, e nela selecione a opção “Utilitários”, como vemos na imagem acima. Na janela Utilitários que surgirá, clique na opção “Buscar Wi-Fi”, no alto, e no botão “Buscar Agora”.

Após alguns segundos, vai aparecer na mesma janela uma lista das redes sem fio encontradas pelo Mac, incluindo a sua. E o mais interessante é que no canto de baixo, à direita, estará uma lista dos melhores canais nas faixas de 2,4GHz e de 5GHz.

Anote os canais, e use-os para reconfigurar o roteador sem fio da sua casa no canal mais livre e sem ruído disponível. Por razões óbvias, recomendo fazer o teste em um horário em que o uso seja intenso, com fontes de interferência (incluindo os vizinhos usando as redes sem fio deles) bem ativas.

Configurar os canais (ou o canal, no caso dos aparelhos que só possuem a faixa de 2,4GHz) no roteador é algo que você faz seguindo as instruções disponibilizadas pelo fabricante, procure o manual ou explore, com cautela e apoio de alguém experiente, a ferramenta de configuração que foi usada para definir o nome e a senha da sua rede sem fio.

Apenas para exemplificar, no caso dos roteadores sem fio AirPort, da Apple, a seleção de canal é feita no Utilitário AirPort, na tela de edição das configurações do roteador, aba “Sem Fio”, clicando no botão “Opções de Conexão Sem Fio”, que exibe o diálogo acima. Não esqueça de depois pressionar os botões “Salvar” e “Atualizar”.

Não é necessário reconfigurar nada nos computadores, tablets e outros aparelhos que se conectam à sua rede: na próxima reconexão eles descobrem sozinhos que o canal mudou, e passam a usá-lo automaticamente, aproveitando o melhor desempenho.

red.sh: Um script para usar em sessões SSH, para abrir no editor do Mac os arquivos do servidor

Com o red.sh você pode, sem sair do seu SSH para um servidor, fazer com que arquivos localizados nele sejam abertos no editor de textos do desktop do seu Mac.

O red.sh (“Remote EDitor”) é um script shell que você pode instalar em servidores que você acessa via SSH e usar para, quando executado, abrir algum arquivo para edição diretamente no editor de textos do Mac do qual você iniciou a sessão SSH – ou seja, sem se restringir a editores do próprio servidor, como o vim ou o... nano.

Por exemplo, se eu quisesse editar o arquivo .bash_profile de um servidor que acessei via SSH a partir do meu MacBook, eu digitaria red.sh -u augusto .bash_profile e ele seria aberto no BBEdit do Mac (o parâmetro -u augusto diz qual meu nome de usuário no Mac). Quando eu salvá-lo no BBEdit, automaticamente ele será atualizado no servidor.

O red.sh não funciona somente no BBEdit1: usando parâmetros ao chamar o script, você pode instrui-lo a usar qualquer editor que tenha suporte a edição remota via sftp (além do BBEdit, meu preferido, o seu irmão gratuito TextWrangler também tem, e tenho certeza de que há outros).

Peço licença para usar conceitos voltados a usuários intermediários e avançados nas explicações a seguir.

O que o esperto script faz é detectar o endereço do Mac a partir do qual você acessou o servidor, e aí chamar remotamente no editor dele a função de abrir um arquivo remoto via SFTP, passando como parâmetro o caminho do arquivo que você incluiu no comando.

Para que o red.sh possa funcionar, o seu Mac precisa aceitar que conexões SSH sejam feitas a ele (Preferências do Sistema / Compartilhamento / Acesso Remoto) e, se estiver em uma rede doméstica ou interna, o roteador precisa estar configurado (redirecionamento de portas ou similar) para permitir que as conexões SSH cheguem ao Mac.

A página do red.sh no Github explica como instalá-lo globalmente no seu servidor. Eu prefiro instalar em um diretório local do usuário (no meu caso, /home/augusto/bin) incluído no PATH, e para mim os comandos de instalação seriam assim:

cd ~/bin
curl -k -L http://atj.me/u/red.sh > red.sh
chmod +x red.sh

Adeque-os às suas demandas, com atenção à segurança.

Depois de instalar, rode o red.sh sem parâmetro nenhum, para ver suas instruções, que oferecem várias opções adicionais de uso e de conexão.

Dica: Se a versão do shell Bash do seu servidor for antiga, é possível que você encontre uma mensagem de erro na linha 123. Caso aconteça, você pode resolver substituindo a função normalize_path (da qual essa linha faz parte) pela segunda versão dessa mesma função que consta neste artigo. Ou peça para o administrador do servidor disponibilizar um Bash mais recente...

Dê também uma boa olhada nas instruções do site sobre como criar um alias para o red.sh que evite ter de informar todas as vezes o nome do usuário a usar no Mac, e sobre as alternativas que podem permitir não ter de digitar senhas de conexão (nas duas direções) para abrir os arquivos do servidor no Mac.

Confira: red.sh.

 
  1.  Mas procura o BBEdit como default.

Mac lento? Veja como acelerar seu Mac

Mesmo um Mac com bastante memória e CPU atualizada pode se tornar lento se não receber os cuidados adequados, que são simples e estão ao seu alcance.

Comigo acontece mais ou menos a cada 3 meses: eu instalo muitos apps para testar e poder escrever a respeito para vocês, experimento as mais variadas opções de configuração, e de repente acabo percebendo que o meu Mac está lento como não deveria, já que tem CPU e memória mais do que suficientes para as minhas atividades.

Para mim, isso se manifesta principalmente ao abrir programas ou documentos: até operações bem simples e normalmente quase instantâneas, como abrir uma imagem no QuickLook, começam a demorar segundos.

Quando percebo esse efeito, começo a hora da faxina: 20 minutos dedicados a identificar programas que estão rodando e não deveriam, itens de início (nas Preferências de Usuário, imagem acima) desnecessários, apps em excesso rodando na barra de menu, efeitos visuais desnecessários, e/ou disco cheio demais.

Nada muito complexo: uma inspeção visual no desktop e nas Preferências, uma visita ao Monitor de Atividade (imagem acima, acessível em Aplicativos / Utilitários), um reinício de sessão, e está tudo resolvido, sem precisar recorrer a apps ou utilitários externos.

Para facilitar, a MacWorld recentemente publicou o artigo “Mac too slow? Tips to speed up an Apple Mac computer”, que trata com detalhes o tema, incluindo uma dica que eu não conhecia: remover paineis de Preferências que você tenha instalado e não use mais.

Recomendo!

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