Como dar boot em modo de segurança no Mac - para resolução de problemas

Quando algum problema no boot ou na configuração impede os procedimentos usuais de diagnóstico e solução de problemas, a Inicialização Segura e o Modo de Segurança podem ser parte importante da solução.

Para dar um Safe Boot você deve ligar o Mac e ficar atento ao momento em que soa o sinal sonoro do início do boot: é imediatamente depois dele que você deve pressionar a tecla Shift, e mantê-la pressionada por alguns instantes, até que apareça o símbolo da maçã e o indicador de progresso do boot.

O Safe Boot realiza alguns procedimentos para evitar problemas comuns na inicialização, e assim costuma demorar bem mais que o normal. Ao final dele o seu Mac estará no Safe Mode ou Modo de Segurança, no qual vários recursos ficam indisponíveis para aumentar a chance de você ter acesso aos diagnósticos, correções ou procedimentos que poderão resolver a sua situação.

Algumas das alterações que ocorrem durante o safe boot e o safe mode são:

  • Ocorre uma verificação do diretório do disco de boot
  • Só as extensões do kernel essenciais ao funcionamento básico do sistema são carregadas
  • As fontes que não são da biblioteca do próprio sistema não são carregadas
  • Todos os itens de inicialização e de login do usuário (os apps que rodam automaticamente na sua conta) não são carregados
  • A aceleração e vários recursos gráficos são desativados
  • E mais.

Devido aos recursos do sistema que não são carregados durante o Safe Boot, várias atividades não são possíveis durante o Safe Mode, incluindo captura de imagens da câmera, assistir DVDs, usar a rede sem fio (dependendo do hardware), dispositivos de áudio, modem USB, compartilhamento de arquivos e mais.

Estando no Modo de Segurança, você pode executar os diagnósticos de hardware e configuração que desejar, desinstalar algum aplicativo que esteja criando problemas, revisar as preferências do sistema, e mais.

Para sair do Modo de Segurança, basta desligar normalmente (ou dar um reboot), e no próximo boot não pressionar nenhuma tecla especial.

Um alerta importante: se o seu Mac estiver em alguma situação cuja solução você não domine, só aja se contar com a supervisão de alguém com conhecimento do sistema que evite que a intervenção acabe agravando alguma condição existente!

Adendo: mais teclas para o boot

Algumas das outras teclas interessantes que podem ser pressionadas durante o boot para diagnóstico ou solução de problemas, mas que você só deve usar se souber o que está fazendo (e nem todas estão disponíveis em todos os modelos de Mac):

  • D – Teste de Hardware (sem chegar a carregar o OS X)
  • Option + D - tenta carregar o Teste de Hardware via Internet, quando ele não está presente ou acessível no Mac
  • ⌘+R – ativa a partição de recuperação (dos Macs mais recentes, ~2010 em diante), para ter opção de verificar/restaurar o disco, reinstalar o OS X a partir da Internet ou mesmo restaurar um backup via Time Machine.
  • Option – escolher para bootar a partir de outro dispositivo (como um pen drive de boot do Mac, por exemplo)
  • F12 - ejetar um CD ou DVD
  • N – boot a partir de um servidor de rede local, se houver
  • T – modo Target Disk, em que outro Mac conectado à porta FireWire ou Thunderbolt do seu pode ler os dados dele como se fosse um HD externo.
  • ⌘+V – mostra na tela informações sobre cada passo realizado durante o boot.
  • ⌘+S – modo monousuário, diretamente em um terminal para acesso ao shell em modo texto

A lista de apps indispensáveis para o Mac, edição 2012

Uma lista preparada pelo autor do MacStories.net com vários apps que eu uso e também recomendo, mas também com vários que ainda não usei, mas me interessei e certamente vou procurar conhecer!

Como leitor, sou fã dos artigos do Federico Viticci no MacStories.net: ele se estende sobre os temas, trazendo detalhes e análises elaboradas e minuciosas, como no caso deste comparativo de editores de texto para iPad que já havíamos comentado antes por aqui.

A mesma postura pode ser encontrada em seu novo artigo, em que atualiza a sua lista de apps indispensáveis para o Mac: ele não apenas as indica, mas também faz a lista de quais foram removidas desde a lista anterior, quais foram substituídas por outras, compara quantas vêm e quantas não vêm da Mac App Store, quantas são grátis ou não, e mais.

Mas isso deixaremos para quem quiser ir ler o artigo dele (e recomendo!). Por aqui, quero comentar a lista em si, que é interessante e tem alguns pontos que fogem ao lugar-comum.

Entre os apps que já estavam na lista dele em anos anteriores e permanecem, alguns destaques (marquei em verde as que também estão entre as primeiras instalações que faço ao passar a usar um novo Mac):

  • Clipmenu: gerenciador de clipboard (e o autor comenta sobre alternativas)
  • iStat Menus: Informações sobre o sistema exibidas na barra de menu (veja o meu artigo)
  • Evernote: gerenciador de informações, anotações, recortes e mais.
  • The Unarchiver: meu descompactador preferido, suporta todos os formatos de compactação que eu já precisei usar.
  • Alfred: um lançador de aplicações com várias funções adicionais que participa de quase tudo que eu faço no meu Mac (veja meu artigo)
  • 1Password: Gerenciador de senhas
  • Dropbox: para armazenar arquivos online e compartilhá-los entre máquinas ou com outros usuários.
  • Hazel: automatiza várias tarefas de administração do ambiente do seu Mac.
  • Rdio: para ouvir música a partir da Internet.

A lista dele também inclui nomes como Keyboard Maestro, Reeder, Transmit, CloudApp, Airfoil e mais.

Para usuários de longa data, a próxima lista deve interessar mais: é a dos aplicativos recém-adicionados ao rol dos que o autor considera essenciais. Ela inclui:

  • Bartender: cria um submenu agrupando diversos apps que você rode no menu do OS X, para que eles possam permanecer acessíveis mas não ocupem espaço na tela nem desviem a sua atenção.
  • Palua: facilita alternar o comportamento das teclas de função, entre o modo default (funções de controle do ambiente, como alterar o volume ou o brilho da tela) e o tradicional (teclas F1-F12 disponíveis para aplicativos).
  • Sublime Text 2: editor de textos
  • Marked: pré-visualização (com suporte a temas) de textos editados usando o padrão MarkDown

Tem outros itens, mas selecionei os que considerei mais representativos, e pretendo considerar alguns deles para adoção nos meus próprios fluxos de trabalho.

Outra das sub-listas a me atrair a atenção foi a dos aplicativos que antes eram considerados indispensáveis e não são mais (em alguns casos, porque as demandas mudaram, e em outros por mudanças nos aplicativos), que inclui itens como: Sparrow, Little Snitch, iPhone Screentaker e o Tweetie.

Quanto aos demais itens, juntamente com a análise dos relacionamentos entre eles, suas origens e o tempo em que estão incluídos na lista, recomendo a leitura do artigo do Federico: My Must-Have Mac Apps, 2012 Edition.

Mac Mini: vale a pena?

Mac mini 2012 já está à venda no Brasil trazendo nova geração de processadores Intel Ivy Bridge, suporte a USB 3.0, nova placa de vídeo e o mesmo formato compacto do Mac com preço mais baixo à venda no Brasil. Vale a pena? Veremos em detalhes a seguir.

O Mac mini 2012 foi anunciado no final de outubro e já está à venda no Brasil em 2 modelos básicos:

  • Mac mini com Core i5 de 2,5GHz: CPU Intel Core i5 dual core de 2,5GHz (Turbo Boost até 3,1GHz, e com 3MB de cache L3), Disco rígido de 500GB.
  • Mac mini com Core i7 de 2,3GHz: CPU Intel Core i7 quad core de 2,3GHz (Turbo Boost até 3,3GHz, e com 6MB de cache L3), Disco rígido de 1TB.

Ambos os modelos possuem GPU (hardware gráfico) Intel HD Graphics 4000 integrada à CPU e vêm pré-instalados com o OS X Mountain Lion. Em ambos você encontra 4GB de memória RAM, mas é possível adquirir na Apple Store online configurações opcionais já com 8GB (é a que eu uso) ou 16GB de RAM.

No caso do segundo modelo, é possível adquiri-lo na Apple Store online brasileira em configuração personalizada substituindo o disco rígido por uma unidade SSD de 256GB, ou um Fusion Drive (híbrido de HD e SSD) de 1TB. Também existe uma opção pré-instalada com o OS X Server, que vem com 2 unidades de disco rígido de 1TB.

Por fora eles os 2 minis são idênticos, e quase iguais também ao modelo imediatamente lançado em 2011: uma caixa de alumínio com o logotipo da Apple em cima, um led na frente e todas as portas na parte traseira.

E não são poucas portas, pois temos:

  • uma porta Thunderbolt (que permite tráfego de dados até 10Gbps, inclui compatibilidade nativa com Mini DisplayPort, e permite usar adaptadores para vídeo DVI e VGA),
  • uma porta HDMI nativa (áudio multicanal e vídeo),
  • 2 portas de áudio (entrada e saída/fone de ouvido, ambas compatíveis com pinos analógicos tradicionais e também com conectores digitais mini-TOSlink - e a saída de fone de ouvido também é compatível com os fones de iPhone, com microfone e comandos inline)
  • 1 porta FireWire 800
  • 4 portas USB 3.0
  • 1 slot para cartão SD (SDXC)
  • 1 porta de rede cabeada Gigabit Ethernet (10/100/1000BASE-T, com conector RJ-45)

Além das portas para conexões físicas, temos ainda receptor de infravermelho (frontal), rede Wi-Fi (sem fio 802.11n, compatível com IEEE 802.11a/b/g) e suporte a Bluetooth 4.0.

Como nos modelos anteriores, a fonte de alimentação é interna, silenciosa e econômica (é o desktop com menor consumo de energia do mercado), e a parte de baixo é uma tampa giratória que, se removida, oferece acesso fácil aos slots SO-DIMM de memória.

Teclado e mouse USB geralmente são compatíveis, embora teclados com cedilha (modelo ABNT-2, diferentes dos modelos oferecidos pela Apple) possam exigir configuração. No meu mini eu uso e aprecio o teclado Apple sem fio e o Magic Trackpad.

A caixa traz os itens da imagem acima: o próprio Mac mini, um adaptador de HDMI para DVI, e o cabo de alimentação (100 a 240V, 50 a 60Hz).

O OS X Mountain Lion já vem instalado, incluindo os apps acima, mais o iTunes e o pacote iLife (iPhoto, iMovie e GarageBand).

A compra na rede autorizada dá direito a 90 dias de suporte telefônico gratuito e garantia limitada de um ano, expansíveis por meio de um plano de serviços (opcional) de 3 anos de duração.

Leia também:

Cenários de uso

A pergunta "Mac mini vale a pena?" surge em vários contextos comuns: pode ser o “primeiro Mac” de alguém que quer experimentar o OS X aos poucos, por exemplo. Mas também pode ser uma central multimídia para a sua sala de TV, ou um servidor compacto rodando o OS X Server, ou um desktop que já vem com o OS X mas custa bem menos que um iMac (especialmente se você aproveitar o monitor que já tem!), por exemplo.

Apesar de suas dimensões reduzidas, o Mini pode formar bons desktops, e se encaixa também em vários outros papeis nos quais a criatividade dos usuários o coloca.

O meu desktop do home office é um iMac, mas durante um longo período o lugar que hoje é dele foi ocupado por um Mac Mini (modelo 2009), que chegou aqui meio por acaso: movido pela intensa frustração com um PC que se recusou a funcionar num fim de semana em que eu precisava muito dele, peguei o Mac Mini que estava na sala e servia como central de entretenimento da casa e coloquei-o como desktop provisório.

Era para ser uma solução rápida até poder consertar o outro PC na segunda-feira, mas em vista do resultado acabou ficando permanente: o Mac Mini (modelo 2009, a geração final antes dos atuais Mac Minis com o gabinete unibody inaugurado no ano passado) ficou como desktop por pouco mais de um ano, rodando valente em 2 monitores tudo que eu precisei (até mesmo ferramentas de desenvolvimento, máquinas virtuais, edição de filmes e mais).

Hoje este Mac Mini 2009 não é mais meu, mas continua na família, servindo como desktop em um escritório aqui perto. Ele foi sucedido na minha escrivaninha em 2010 por um iMac (cujo desempenho já é equiparado ao Mac mini 2012 com processador Core i7...), mas durante seu tempo de serviço como meu principal desktop, ele funcionou com o teclado, mouse e monitor que eu já tinha na mesa, e que antes estavam conectados ao PC anterior, sem problemas nem sustos, desde o primeiro boot.

Não sou o único usuário de Mac na casa, então ainda temos um Mac Mini (modelo 2010, unibody) em funcionamento diário ali na sala como central de entretenimento, e com o lançamento do novo modelo 2012, é provável que em breve ocorra um upgrade em cascata na família ツ

Mas o desktop nosso de cada dia não é a única alternativa: no artigo "Mac Mini: modo de usar" você encontra relatos de outros usuários satisfeitos do Mac mini, em tarefas adicionais como:

  • Central de entretenimento (com um detalhe importante: a ausência do drive faz dele uma má escolha para quem quer trabalhar com DVDs no computador),
  • Estação de desenvolvimento de software
  • Servidor doméstico, departamental ou de nuvem privada
  • Sistemas embarcados
  • Estação para auditórios e apresentações
  • Desktop de escritório
  • Acesso remoto

e mais.

Para mais um caso de uso, o artigo "Mac Mini como media center: relato de um usuário satisfeito" descreve a experiência recente de um leitor do BR-Mac.

Desempenho do Mac mini 2012

Boa parte do diferencial de desempenho do Mac mini 2012 pode ser atribuído aos processadores Ivy Bridge, que fazem sua primeira participação nesta linha de computadores.

A tecnologia Hyper Threading aumenta a eficiência do uso dos recursos da CPU. No modelo mais básico, com processador Core i5 de 2,5GHz, o sistema permite gerenciar 4 núcleos virtuais de processamento, enquanto no modelo que vem com processador i7 são 8 núcleos virtuais.

Além disso, o recurso Turbo Boost permite ao sistema acelerar a execução bem além da velocidade nominal da CPU quando necessário: o modelo com CPU Core i5 de 2,5GHz pode ir até 3,3GHz, e o modelo com Core i7 de 2,3GHz pode ir até 3,3GHz.

Já vimos no comparativo de desempenho de todos os Macs que a diferença entre os 2 modelos é considerável no score do teste SpeedMark 8, que mede desempenho em tarefas comuns do dia-a-dia, e a tabela a seguir mostra como ambos os modelos se posicionam em relação aos demais modelos de sua categoria:

Algumas observações:

  • o modelo com processador i5 teve score de 131, pouco acima do MacBook Pro de 13 polegadas mais básico de 2012, e
  • o modelo com processador i7 ficou com 164 pontos, quase empatando com o MacBook Air de 13 polegadas de 2012, e à frente dos modelos básicos 2012 do MacBook Pro 15 polegadas, MacBook Air de 11 polegadas e dos 2 modelos básicos 2012 de MacBook Pro de 13 polegadas.

Para tarefas em que a velocidade da CPU (e não o disco) é o determinante do desempenho, a vantagem a favor do modelo com i7 é ainda mais evidente. Segundo os testes feitos nos laboratórios da MacWorld que embasaram a tabela acima:

  • No teste MathematicaMark, a vantagem do modelo com i7 foi de 72%
  • No teste de CPU do Cinebench, o modelo com i7 demorou 51% de tempo a menos para completar.

Já no que diz respeito ao desempenho gráfico, o resultado é intermediário: a nova Intel HD Graphics 4000 (integrada à CPU) é bem mais rápida (27%, ao jogar Portal 2) que a HD Graphics 3000 do modelo anterior, mas não chega a alcançar o desempenho da placa Radeon que vinha em um dos modelos de 2011.

Diferenças em relação ao Mac mini 2011

As diferenças do Mac mini 2012 (anunciado no final de outubro) em relação à geração anterior do Mac mini (a primeira com portas Thunderbolt e sem drive de DVD, lançada em julho de 2011) são menos evidentes do que a evolução ocorrida no ano passado, mas importantes:

  • as CPUs Intel Core i5 e Core i7 passaram da geração Sandy Bridge para a Ivy Bridge, mais recente e avançada,
  • a placa de vídeo Intel HD 3000 do modelo básico foi substituída pelo modelo Intel HD 4000, mais rápido, que agora também está presente no modelo avançado (que anteriormente vinha com uma AMD Radeon, mais rápida que a HD 4000 e agora indisponível), e
  • as portas USB receberam o upgrade de desempenho propiciado pelo padrão USB 3.0.

Concluindo: o Mac mini vale a pena para você?

Para um novo usuário de Macs, talvez o aspecto mais interessante que ainda falta destacar no Mini é que ele vem com o sistema operacional e os aplicativos iniciais pré-instalados – de modo geral, você pode ter a expectativa de tirá-lo da caixa, ligar na tomada, conectar a um monitor DVI ou HDMI, teclado e mouse USB e a uma rede (com cabo ou sem fio) e começar a explorar e se adaptar (mas se a redução de configurações iniciais forem o seu critério, é possível que optar por usar um teclado da Apple seja o mais adequado).

Por ser ’mini’ muitos usuários imaginam que o desempenho dele está abaixo de todos os demais Macs do mesmo ano, mas já vimos acima que isto não é bem a realidade: o modelo com processador i5 ganha do MacBook Pro de 13 polegadas básico no teste de desempenho de uso geral SpeedMark, e o modelo com processador i7 ganha de 3 modelos de MacBook Pro e de 1 modelo de MacBook Air, todos de 2012.

E ele tem outras vantagens menos evidentes em uma mera olhada nas fotos e tabelas: consome relativamente pouca energia (a fonte usa meros 85W, ou 11W quando ocioso), é silencioso até mesmo quando liga a ventoinha, ocupa pouquíssimo espaço na mesa, e é o Mac atual que você pode comprar ao menor preço – R$ 1200 abaixo do MacBook mais barato, pelo preço de tabela da Apple Store no Brasil.

Por outro lado, há também algumas desvantagens: a possibilidade de upgrade de hardware pelo próprio usuário é bastante limitada se comparada a um PC, a conexão aos ainda comuns monitores VGA exige um adaptador não incluído, a ausência do drive de CD e DVD possivelmente desestimula o upgrade para quem já tem um Mac Mini de modelos pré-2010 servindo como media center, e o fim da possibilidade de optar por uma placa de vídeo AMD Radeon limita a compatibilidade com alguns jogos atuais para Mac.

Em resumo: para mim vale a pena. Eu tenho, já usei diariamente, ainda uso com frequência, e provavelmente providenciarei o upgrade para o modelo deste ano, para aproveitar o salto no desempenho da CPU. Recomendo que você avalie o produto de acordo com as suas próprias necessidades e interesses, e espero ter dado uma descrição objetiva dos recursos dos Minis para que você possa compreender o potencial do equipamento e compará-lo com as outras alternativas que estiver considerando!

Comparativo de desempenho de todos os Macs, edição 2012: MacBooks, Mac mini, iMac e mais

Para comparar o desempenho de todos os modelos atuais de MacBook, Mac mini, iMac e Mac Pro, saiu a versão atualizada do tabelão do BR-Mac com os resultados dos testes de laboratório, em condições reais e com aplicativos "da vida real" (incluindo jogos).

As linhas de computadores da Apple possuem modelos com grande diferenciação entre si: como comparar a portabilidade do MacBook Air com a visibilidade da tela de um iMac? Como contrastar o custo relativamente acessível de um Mac mini i5 com a velocidade de processamento de um MacBook Pro, por exemplo?

Por outro lado, quando se trata do desempenho, é possível rodar um conjunto de tarefas padronizadas em todas as máquinas, registrar o tempo gasto em cada uma delas, e aí comparar objetivamente todas elas a partir do score obtido.

É o que fazemos na tabela a seguir, obtida a partir dos dados publicados pelos laboratórios da MacWorld sobre as configurações default dos Macs hoje à venda, com o uso do teste SpeedMark 8 (apresentado em detalhes a seguir), que considera como referência o desempenho do Mac mini (i5 2,3GHz) do ano passado, atribuindo assim a ele o score de 100 pontos, e assim calcula o score de todos os outros modelos em relação a este referencial – o que equivale a dizer que um MacBook com score de 150 tem desempenho 50% superior ao do Mac mini usado como referência, por exemplo.

Compare o desempenho de todos os Macs

Para comparar quanto ao desempenho os modelos atualmente à venda de MacBook Pro, MacBook Air, Mac mini, iMac e Mac Pro em suas configurações default, a tabela a seguir apresenta os resultados do teste SpeedMark 8, conforme testado na MacWorld:

Para facilitar a análise, agrupei as máquinas em 3 camadas:

  1. com estrelas douradas, as que tiveram score 200 ou superior (os desktops Mac Pro e os MacBook Pro Retina de 15 polegadas),
  2. com estrelas verdes, as que ficaram acima de 180 (a maioria dos iMacs, os MacBooks Pro Retina de 13 polegadas e um modelo de MacBook Pro de 15 polegadas),
  3. com estrelas azuis, os modelos abaixo de 180 (todos os Mac mini, todos os MacBook Air, a maioria dos MacBook Pro não-Retina, e 1 modelo de iMac).

Para permitir comparação mais ampla, inseri alguns modelos anteriores de MacBook, mini e iMac, permitindo identificar como as máquinas de hoje se comparam a algumas de anos recentes quanto ao desempenho.

Para as demais comparações, registro que mantenho 2 guias de compras sobre os modelos de custo mais acessível da Apple: um que explica qual MacBook comprar, e outro (prestes a ser atualizado para o modelo lançado em outubro) que apresenta minha visão sobre se vale a pena comprar um Mac mini.

Vale destacar: comparações de especificações podem não ser a melhor forma de escolher um equipamento. Em geral, vale a pena levantar seus requisitos e os dados técnicos sobre o desempenho da máquina que hoje usa para realizar suas atividades, e aí comparem nas 2 dimensões: os requisitos com os recursos da máquina desejada (incluindo a disponibilidade de apps), e o desempenho da máquina atual com a pretendida, para ter uma ideia mais precisa sobre a conveniência e oportunidade da aquisição, considerando seu orçamento.

Observação: em breve devem chegar às lojas os modelos já anunciados de iMac, e a tabela acima será atualizada conforme forem sendo realizados os seus testes de laboratório.

Comparando desempenho de Mac pelo Speedmark

Às vezes o que o usuário quer são mesmo "os números", por mais que possa fazer pouco sentido comparar assim um equipamento portátil com um de mesa, por exemplo, se a intenção do usuário for levar o computador consigo.

Comparar diretamente os números medidos em gigahertz e megabytes geralmente é insuficiente: processadores diferentes têm desempenhos diferenciados na mesma frequência de clock, e um disco de menor capacidade de armazenamento pode dar um show de velocidade de acesso aos dados, por exemplo.

Para permitir comparações diretas, portanto, existem determinados testes padronizados, denominados benchmarks. Um dos benchmarks que costumam ser usados como referência entre os Macs é o Speedmark, da conceituada revista MacWorld, cuja versão 8 (usada na tabela acima) se baseia na cronometragem do completamento de uma série de operações comuns, incluindo:

  • Duplicar uma pasta de 2GB
  • Compactar (zip) uma pasta de 6GB
  • Descompactar a pasta acima (um MacBook Pro Retina leva segundos, um MacBook Pro de 2008 levava 7 minutos)
  • Importar 500 fotos no iPhoto
  • Importar um clip de 2 minutos no iMovie 2011
  • Compartilhar este clip no formato para dispositivos móveis
  • Codificar (H.264) 4 capítulos de um DVD "ripado", com o HandBrake
  • Teste Cinebench R11.5 (OpenGL e CPU)
  • Teste MathematicaMark 8
  • Teste PCMark 7 rodando em Windows 7 sobre o VMware Fusion 4
  • Teste ActionScript no Photoshop CS6
  • Jogar Portal 2 (1280x800)
  • e mais.

O resultado do Speedmark corresponde a uma relação entre o desempenho da máquina testada e aquele registrado na máquina de referência, que atualmente é um Mac mini 2011 (i5, 2,3GHz) - ou seja: o Mac mini de referência sempre terá um score de 100 pontos; se outro computador tiver um score de 200 pontos, isso indica que ele teve o dobro de desempenho nos testes.

Para compor a tabela acima, coletei os dados da MacWorld e preparei uma tabela ordenada pelo score da versão 8 (a mais recente) do Speedmark de todos os modelos default dos Macs que estão atualmente nas lojas da Apple dos EUA (e chegando para o público dos demais países, quando ainda não chegaram).

Coisas que o benchmark não faz

O benchmark oferece um critério objetivo para complementar a sua análise comparativa entre os modelos.

Ele não poderá responder para você, de forma definitiva, se é melhor comprar um micro de mesa ou um portátil, por exemplo. Ou se o notebook poderia ser substituído por um tablet e um netbook. Ou qual modelo é melhor para rodar o aplicativo XYZ que é o de seu especial interesse. Ou ainda se vale a pena investir em se adaptar ao OS X, ou se é melhor continuar no sistema operacional com o qual você está acostumado.

Para resolver estas dúvidas, o caminho geralmente passa por conhecer bem as suas demandas, e aí fazer uma lista de prós e contras das diversas possibilidades disponíveis, culminando em uma análise de custos e benefícios - e é nisso que podem ser úteis os dados de desempenho expressos no benchmark acima!

O que mudou desde a edição anterior

A primeira edição deste artigo foi publicada em setembro, pouco depois do lançamento do OS X Lion e da atualização da linha MacBook Air. A segunda edição saiu em novembro do mesmo ano atualizando os dados para refletir o discreto lançamento dos novos MacBooks Pro de outubro de 2011. Em junho de 2012 publiquei uma atualização específica sobre os MacBooks Pro e Air lançados na ocasião.

Desde então ocorreram renovações interessantes: os modelos de desktops Mac Pro agora dividem o topo da lista com os novos (e caríssimos, no Brasil) MacBooks Pro Retina de 15 polegadas, e os iMacs, que estavam acima do Mac Pro, agora voltaram a estar abaixo, junto aos novos MacBooks Pro Retina de 13 polegadas.

A relação entre os modelos de MacBook Air, MacBook Pro de 13 polegadas e Mac mini não se alterou muito, valendo mais uma vez enfatizar que a pontuação mais baixa de todas não é de um Air ou mini como muitos usuários esperariam, e sim do versátil MacBook Pro de 13 polegadas.

Claro que continuam existindo motivos para preferir o Pro de 13" ao Air de 11" ou de 13" (drive de DVD, mais armazenamento interno, porta Ethernet, ...), mas o desempenho geral não está entre eles - veja os detalhes no nosso comparativo de MacBooks.

App para anotar PDF no iPad: nova versão do Notability traz suporte a DOC, XLS, PPT

Anotar PDFs no iPad é a especialidade do Notability, app que une os recursos de escrita à mão livre (ou com uma caneta para iPad) e de anotações em documentos.

Já falei do Notability anteriormente, comentando este comparativo entre Noteshelf, Remarks e Notability, no qual ele ganhou destaques por permitir importar um PDF e escrever "por cima" dele, e por associar gravações de áudio às suas anotações, seja para captar o que está sendo dito no ambiente, ou mesmo para você registrar algo que não dá tempo de anotar mas não pode se perder.

A imagem acima mostra uma utilidade essencial do recurso de editar documentos: poder preencher à mão livre os campos, ou mesmo fazer anotações, sinais, setas, rabiscos e mais, em um PDF no seu iPad.

E não precisa ser à mão livre: o app também permite o uso de texto digitado, bem como fazer a já mencionada associação entre anotações e captura de áudio, para facilitar a vida de quem toma notas de uma aula, palestra ou mesmo para depois fazer ata de reunião.

A versão 4.4 do Notability saiu ontem, trazendo entre suas novidades maior desempenho, suporte ao Google Drive e a importar arquivos doc (do Word), ppt (do Powerpoint) e XLS (planilhas do Excel) para editar no iPad como se fossem PDFs, por meio do Google Drive.

Veja os detalhes na App Store, e aproveite a promoção de 80% de desconto, comprando este app por US$ 0,99.

Números do iOS no Brasil: desenvolvedor revela versões e dispositivos mais populares

O app iDivulga, gratuito e com uma utilidade que era de interesse amplo, foi instalado por dezenas de milhares de brasileiros, e seu desenvolvedor compartilha as estatísticas que coletou.

O artigo a seguir é de autoria do desenvolvedor Paulo Sérgio S. Silva, criador do iDivulga, ao qual agradecemos por disponibilizar informações específicas sobre uma amostra interessante dos usuários nacionais de iPads, iPhones e iPods Touch, acompanhadas de alguma análise própria e permitindo que cada interessado interprete e chegue às suas conclusões.

Um Raio-X do Mercado de Dispositivos iOS no Brasil

por Paulo Sérgio S. Silva (idivulga2012@gmail.com)

Quando estávamos desenvolvendo o aplicativo iDivulga Eleições 2012, sabíamos do potencial interesse que o aplicativo teria juntamente aos usuários de dispositivos iOS, considerando que a proposta do app seria bem interessante e também o fato dele ser gratuito.

Como muitos usuários instalariam o aplicativo para acompanhar a apuração das eleições, pensamos em aproveitar a oportunidade para coletar estatísticas dos modelos de dispositivos sendo utilizados bem como a versão do iOS instalada nesses dispositivos.

Com isso, poderíamos ter nosso raio-x do mercado brasileiro de iPhones, iPads e iPods Touch, bem próximo do real, com dados que raramente são tornados públicos.

E decidimos fazer isso de forma gratuita. Assim, desenvolvedores, usuários e analistas de mercado poderão se beneficiar dessas informações.

Durante o período que antecedeu o primeiro turno das eleições até mais ou menos uma semana após, o aplicativo foi instalado em cerca de 90 mil dispositivos iOS. A grandíssima maioria dos usuários baixou o aplicativo na App Store brasileira, de forma que os eventuais usuários que instalaram o iDivulga em outros países compreendem um percentual muito pequeno do total, o que não vem a comprometer a análise dos dados, a seguir apresentada.

Tipos e Modelos de Dispositivos iOS

No gráfico abaixo temos os percentuais de instalações totais por tipo de dispositivo, isto é, por iPhones, iPads e iPods Touch, desconsiderando o modelo do dispositivo e a versão do iOS.

Observa-se claramente que mais de dois terços dos dispositivos iOS no Brasil pesquisados são iPhones, seguidos pelos iPads, com um pouco mais de um quarto do total, e os iPods, com apenas 3%. Como esperado, em termos de dispositivos móveis, os smartphones são a imensa maioria do mercado se comparados com os tablets, o que também acontece na plataforma da Apple.

Colocando de outra forma, podemos de dizer, de forma aproximada e baseada nos dados coletados, que para cada iPad existente no Brasil há 2,5 iPhones. Será interessante observar como essa proporção evoluirá com a introdução do iPhone 5 e do iPad mini no mercado brasileiro, a partir do final deste ano.

Vamos agora apresentar a distribuição dos dispositivos por modelos para cada tipo, isto é, para iPhone, iPad e iPod Touch. Abaixo temos o gráfico representativo dos modelos de iPhone.

Verificamos que o modelo de iPhone predominante ainda é o iPhone 4, seguido de perto do iPhone 4S. Isso se deve ao maior tempo disponível no mercado e ao barateamento do iPhone 4, a partir do lançamento do 4S. Vale notar que o modelo 3GS ainda tem uma presença significativa, representando também quase 10% do total de dispositivos iOS.

Por enquanto, o iPhone 5 ainda representa uma fatia muito reduzida no mercado brasileiro, o que seria de se esperar já que ele ainda não está disponível oficialmente no Brasil. Ao todo foram apenas 225 unidades do iPhone 5 que instalaram o iDivulga.

A próxima figura apresenta a distribuição de modelos entre os iPads:

O iPad 2 tem quase o dobro de unidades do que o iPad 3. É certo que o iPad 2, ainda à venda, tem mais tempo de disponibilidade no mercado do que o 3, mas acreditamos que o fator preço também pode ser fator preponderante para essa proporção, aliado ao fato de que muitos usuários podem estar aguardando por novas versões do iPad para avaliar o upgrade do dispositivo. Vamos observar como esse cenário será influenciado pelo recém lançamento do iPad 4 e iPad mini.

O iPad 1 permanece com boa representatividade, devendo ainda ser considerado pelos desenvolvedores em seus aplicativos.

Para concluir a análise por modelos, apresentamos acima a distribuição dos iPods Touch na figura 4, o que não carece de maiores esclarecimentos, já que a grande maioria consiste em iPods de 4ª geração, considerando que a 5ª geração ainda não foi lançada no mercado brasileiro.

Versões do iOS

Mudando o foco agora para as versões de iOS instaladas, apresentamos abaixo a distribuição correspondente, desconsiderando o tipo e modelo de dispositivo.

Como era de se esperar, a absoluta maioria dos dispositivos da plataforma Apple, no Brasil, já migraram para o iOS 6, acompanhando a tendência também registrada em outros países.

De qualquer forma, ainda temos um bom número de dispositivos rodando alguma versão do iOS 5. Os fatores para ainda existir um percentual de 32% pode também estar relacionado com limitações do hardware de alguns dispositivos ou, até mesmo, o uso do jailbreak.

A versão 4.3 do iOS já se mostra em declínio de uso, podendo ser até desconsiderada para novos projetos de aplicativos pelos desenvolvedores. Isso chega a ser positivo para os usuários, pois os desenvolvedores podem focar em recursos mais modernos disponíveis apenas nas versões mais novas do iOS.

Na figura seguinte, temos a distribuição das versões do iOS por tipos de dispositivo, considerando iPhones, iPads e iPods.

Observa-se que a maior adoção do iOS 6 se dá em iPhones, seguido pelos iPads e iPods. Acreditamos que isso acontece por conta de uma maior efetividade de utilização dos recursos disponíveis no iOS em iPhones. As versões 5.x do iOS seguem uma tendência inversa do iOS 6, enquanto que a versão 4.3, em todos os dispositivos, tem apenas uma participação residual.

Vamos agora analisar a distribuição do iOS por entre os modelos de cada dispositivo, a começar pelos iPhones:

Chama a atenção o fato de que quase 60% dos iPhones 3GS terem migrado para o iOS 6, apesar de ser um dispositivo lançado em 2009 e possuir algumas limitações de hardware. É de dar inveja a desenvolvedores de outras plataformas!

O iPhone 4 possui uma distribuição de versões do iOS bem parecida com a do 3GS, o que não deixa de ser outro fato relevante, se considerarmos as diferenças de hardware entre os modelos. Os demais modelos têm um comportamento esperado, já que o 4S foi lançado com iOS 5 e o iPhone 5 com o a versão 6.0.

Creditamos o fato de ainda haver um considerável número de iPhones 4 e 4S ainda rodando alguma versão do iOS 5 à utilização de jailbreak nesses aparelhos, o que deve estar evitando a migração para o iOS 6.

Agora é a vez de observamos como está o iOS nos iPads brasileiros.

É digna de nota a existência de cerca de 25% iPads 3 ainda com o iOS 5. Será o jailbreak de novo o culpado? O mesmo poderia ser dito do iPad 2?

Por fim, deixamos a análise dos dados dos iPods Touch para o próprio leitor:

Esperamos ter contribuído com a comunidade de desenvolvedores e usuários de iOS no Brasil. Fiquem à vontade para deixar comentários acerca dos dados apresentados ou, se preferirem, entrem em contato com a equipe do iDivulga através do e-mail idivulga2012@gmail.com.

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