Teclado externo no iPad: como usá-lo para abrir e alternar entre apps

O uso normal do teclado externo no iPad é bastante limitado, mas existe uma configuração especial que permite usá-lo para substituir os toques na tela para várias funções adicionais.

As funções adicionais do teclado externo no iPad incluem alternar entre apps, selecionar itens, navegar entre itens e entre telas, e até pressionar o botão Home.

Para ativá-las, estando com o teclado conectado ao iPad, você precisa ativar uma opção de acessibilidade: [após ler o alerta ao final deste artigo, ] vá no app Ajustes, clique em Geral | Acessibilidade e ative o VoiceOver (importante: leia as observações ao final deste texto para saber detalhes sobre o VoiceOver, evitando assim ficar preso a ele por não saber sair).

O funcionamento básico deste recurso (que vocaliza os textos da tela) vai incomodá-lo, mas você já pode usar o próprio teclado para silenciá-lo, pressionando Control+Option+S.

A partir daí, você pode passar a usar Command+Tab e Shift+Command+Tab para alternar entre os apps abertos.

Também tem os comandos de navegação pelo ambiente do iPad, incluindo:

  • ➡ – próximo item
  • ⬅ – item anterior
  • ⬆+⬇ – tocar no item selecionado
  • Option+ ⬇ ou ⬆ – rolar verticalmente
  • Option + ⬅ ou ➡ – rolar lateralmente
  • Esc – Botão retornar
  • Control+Option+H – botão Home
  • Control+Option+H+H – Mostra a barra multitarefa
  • Control+Option+i – seletor de items
  • Control+Option+S – ativa e desativa a fala do modo VoiceOver

Uma observação: embora eventualmente eu use um teclado para iPad, acredito que o uso do tablet é muito mais prático quando se domina os truques do teclado virtual na tela e aí se usa o sistema sem precisar de penduricalhos, e é assim que eu prefiro usá-lo!

Entendendo o VoiceOver

Atenção: enquanto ativo, além de permitir a comodidade dos comandos via teclado, o modo VoiceOver altera profundamente a interação com o touchscreen, para torná-la mais acessível a pessoas com baixa visão.

Para interagir SEM o teclado, tudo fica mais lento, é necessário dar um toque em cada elemento da tela (botão, menu, etc.) para torná-lo ativo antes de usá-lo, usar 3 dedos para rolar a tela (e a parte da tela que rola é a que estiver com um componente selecionado), e dar um toque duplo (após selecionar) para acionar o componente selecionado – por exemplo, quando estiver ativando/desativando um seletor, pressionando um botão ou escolhendo algo em um menu. Isso vale até para o diálogo que pede que você confirme que deseja mesmo ficar no modo VoiceOver!

Cuidado para não ficar preso neste modo, portanto! Antes de aventurar-se nele, leia a documentação e, preferencialmente, ANTES DE ATIVAR PELA PRIMEIRA VEZ, use a opção Clique Triplo (em Ajustes/Geral/Acessibilidade) para definir que 3 cliques no botão Home servirão para ativar e desativar o VoiceOver.

Leia também: Teclado para iPad com produtividade: Origami Workstation.

Screencasts: gravando a tela do Mac - sem instalar nenhum app

Existem muitos softwares elaborados para gravar a tela do seu Mac, mas o QuickTime que já vem instalado nele se sai muito bem para as tarefas mais comuns, e pode ser a solução para muitas demandas de suporte e documentação.

Screencasts, ou gravações do que acontece na tela, são uma forma eficiente de demonstrar interações para usuários que não se dão bem com descrições textuais, ou mesmo para complementar a documentação dos procedimentos.

Um exemplo bem simples de screencast é o vídeo acima, de meros 13 segundos, que serviu para demonstrar a um colega a 300km de distância (que havia eliminado da Dock o ícone das Preferências do Sistema) como ele ainda podia ter acesso facilmente a elas sem reconfigurar nada. Por mais que eu me esforçasse para narrar a ele o procedimento, ele não conseguia entender que era pra clicar na maçã no canto esquerdo da barra de menu...

Gravar um screencast com o Quicktime é bem simples, e dispensa um screencast explicando como fazer ツ Basta abrir o app QuickTime, clicar em Arquivo | Nova gravação de tela, e a partir daí é só interagir com o controle abaixo:

Para facilitar, reproduzi a tela já com o menu de (poucas) opções aberto: com ele você pode optar por usar o microfone para captar narração enquanto grava o vídeo (não usei no vídeo acima), selecionar a qualidade da gravação e definir se quer destacar no vídeo os cliques do mouse.

Quando tiver selecionado as opções, basta pressionar o botão de gravar (o círculo vermelho), e você poderá arrastar o mouse para definir um retângulo da tela que será gravado, ou simplesmente clicar na tela para gravar o desktop inteiro.

E pronto: a partir daí, a gravação começa e prossegue até o ponto em que você pressionar o botão Parar (que aparece no mesmo local em que está o botão Gravar, na tela acima).

Depois é só enviar o vídeo à pessoa interessada, ou publicar no YouTube, Vimeo, etc., ou ainda incorporá-lo a outro material. Se desejar acrescentar vinhetas, legendas, etc., você pode fazer uso do iMovie.

Agradecemos ao leitor Jorge Vaz, que sugeriu a publicação desta dica simples, mas prática.

Windows no Mac - qual o melhor desempenho: Boot Camp, Parallels, VMware ou VirtualBox?

Instalar Windows no MacBook, iMac ou Mac mini é um interesse comum, pelas mais variadas razões, e há vários softwares que permitem alcançar este fim, cada um com suas vantagens e limitações.

Mesmo que para você possa parecer análogo a misturar guaraná num whisky black label ou colocar um reboque numa Ferrari, o fato é que a demanda por rodar Windows (ou Linux, ou outro sistema operacional) no Mac é real para muitos usuários.

Já vimos anteriormente como rodar Windows no Mac, e vou recapitular apenas prevemente as maneiras: basicamente você pode optar por instalar o Windows nativamente compartilhando o hardware com o OS X e escolher qual dos 2 quer rodar no momento do boot (por meio do Boot Camp, que vem com o Mac), ou rodar o Windows como um sistema virtual simultaneamente com o OS X, com softwares como o Parallels, VMware Fusion e o gratuito (e open source) VirtualBox.

Cada um deles tem vantagens e recursos específicos, bem como seus requisitos e restrições, e os sites de cada uma das ferramentas acima (e o artigo anterior) podem ajudar a diferenciá-las.

Mas uma questão frequente é: como se compara o desempenho delas? Essa questão pode ser essencial para quem quer rodar jogos do Windows no Mac, ou tirar proveito de softwares científicos, de engenharia, de produção multimídia, etc. do outro sistema operacional.

E é isso que um recente artigo do Mac Observer responde: qual a opção com maior desempenho para rodar Windows no Mac.

Eles usaram um iMac 2011 com 16GB de RAM e aplicaram (tanto quanto possível) as mesmas configurações para comparar o desempenho do Windows 7 no Mac usando Boot Camp, VMware Fusion 4.1.3, VMware Fusion 5.0.1, Parallels 7, Parallels 8 e VirtualBox 4.2.

BootCamp bem à frente, VirtualBox no fim da fila

Foram realizados 12 testes, alguns mais amplos, outros mais específicos: PCMark, 3DMark, GeekBench, CineBench e mais. Cada um foi apresentado graficamente no artigo e tem pequenas variações, mas o gráfico abaixo (do teste PCMark 7) é um bom resumo:

Note a legenda ao final, e veja que na maior parte dos gráficos se repete o seguinte padrão: VirtualBox bem atrás, Parallels pouco à frente do VMware Fusion, e BootCamp à frente de todos. Em alguns testes é interessante notar que determinados softwares não conseguiram cumprir todas as tarefas.

O padrão ordenado se repete na maioria dos testes, e conduz à conclusão natural considerando as tecnologias envolvidas: quem precisa de máximo desempenho deve optar pelo BootCamp e, se preferir a conveniência de virtualizar, tem ligeira vantagem de desempenho se optar pelo Parallels 8, mas o VMware Fusion fica próximo o suficiente para merecer uma comparação pelos recursos, não apenas pelo desempenho.

E o VirtualBox? Bem, o VirtualBox também tem vantagens: é gratuito e open source.

Veja os detalhes em Benchmarking Parallels, Fusion, and VirtualBox Against Boot Camp

Aproveite melhor o espaço da tela do seu MacBook com 3 dicas simples

Com 2 atalhos de teclado e um recurso especial do desktop, é possível aproveitar muito melhor o espaço da tela do seu MacBook.

A tela dos MacBooks tem tamanho suficiente para as nossas atividades, mas sua área limitada leva a uma série de estratégias para maior aproveitamento: apps que organizam e reposicionam janelas, o novo modo full screen introduzido no OS X Lion, e até a possibilidade de usar o iPad como um segundo monitor.

Mas na hora da verdade muitas vezes não podemos contar com esses confortos adicionais, e aí é bom conhecer 3 truques bem simples que ajudam até a tela de 11 polegadas do MacBook Air a ficar espaçosa:

Esconda todas as outras janelas: uma tela pequena pode ser um desafio à produtividade, mas tudo fica mais difícil se ela estiver cheia de fragmentos de janelas sobrepostas. Memorize a dica: basta pressionar Option+⌘+H e todas as outras janelas (exceto a aplicação que você estiver usando no momento) serão escondidas imediatamente. Volte a elas via ⌘+TAB ou pela Dock.

Esconda a Dock quando quiser: mesmo tendo alternativas, eu simpatizo com a barra de ícones na base da tela, e prefiro que ela esteja sempre visível. Mas há momentos em que o espaço vertical ocupado por ela se torna mais importante para outra finalidade, e aí é hora de pressionar Option+Command+D e vê-la sumir. Ao levar o ponteiro do mouse até a base da tela, ela reaparece automaticamente. Quando quiser que ela volte a ficar fixa, basta pressionar Option+Command+D novamente.

Use os desktops virtuais: Provavelmente você pode pressionar Control + ➡ agora mesmo e ver que já tem outro desktop virtual configurado, podendo deixar as janelas de um aplicativo concentradas lá, pressionando Control+⬅ para retornar ao desktop original, e aí não trabalhar mais com sobreposição, nem com alternância de janelas minimizadas: todas as janelas ficam abertas, cada uma no seu desktop virtual. Para criar mais desktops virtuais, mover janelas entre eles e outras opções, use o Mission Control do seu Mac.

10 apps essenciais para o Mac

Uma lista de apps úteis pode multiplicar a utilidade de um novo Mac, e vários deles são verdadeiros downloads essenciais – gratuitos, em alguns casos.

Se você é recém-chegado e está se adaptando ao Mac, ou se já usa há algum tempo mas ainda sente falta de ferramentas para realizar operações com as quais tem familiaridade em outros sistemas, uma lista dos downloads essenciais pode ser importante para atingir a velocidade de cruzeiro e aprender o “jeito Mac” de fazer as coisas.

O conteúdo das listas sempre tem alguns pontos em comum, bem como alguma variação ao longo do tempo e das versões do OS X. Já publiquei algumas listas do gênero, mas a seleção da apps a seguir veio do site MacTrast:

  1. Alfred: A especialidade do Alfred é localizar rapidamente o aplicativo ou documento que você quer abrir (aprendendo a priorizar os mais usados ou mais relevantes), conforme você digita os primeiros caracteres do seu nome. Assim que o aplicativo ou documento certo estiver em primeiro na lista de localizados, é só apertar Enter e ele será aberto. É só pressionar Option + Espaço e sair digitando o que se deseja, dentre uma ampla gama de serviços (cálculos, acesso à web e muito mais).
  2. Dropbox: ma solução fácil de usar para armazenar cópias de seus arquivos na Internet, compartilhá-los com outros computadores (mesmo com Linux e Windows) que você use, disponibilizar parte deles para acesso a outros usuários à sua escolha, e mesmo para trocar dados entre seu Mac, o iPhone e o iPad.
  3. iWork: os aplicativos de escritório da Apple: Pages, Numbers e Keynote. veja também: Office Mac para saber como ter o Word, o Excel, ou mesmo o OpenOffice.
  4. Adium: MSN no Mac. E Gtalk. E ICQ. E mais.
  5. Found: um utilitário grátis para localizar arquivos no Mac e em serviços online que você usa.
  6. BetterSnapTool: Um utilitário que facilita reposicionar as janelas no desktop para aproveitar melhor o espaço.

Os outros 4 apps mencionados no "top 10" do artigo são Fantastical, CoBook, Clocks e 1Password. Como eu não os detalhei, me sinto no direito de inserir outros 4 na lista ツ São eles:

  • The Unarchiver: Descompacta vários formatos comuns de arquivos que você encontra na Internet ou recebe de usuários de outros sistemas operacionais – e alguns incomuns também (incluindo RAR, Lha, 7-zip,zip, gzip, bzip2 e mais). Gratuito na Mac App Store.
  • VLC: É o canivete suiço dos formatos multimídia. Serve para assistir vídeos no Mac, exibindo (e convertendo) formatos multimídia que o Mac nem sonha em suportar nativamente.
  • TextWrangler: um editor de texto puro (para desenvolvedores, administradores de sistemas, etc.) com características avançadas.
  • TextExpander: uma maneira inteligente de gerar atalhos de teclado, substituindo trechos comuns (fixos, baseados na clipboard, ou mesmo gerados por scripts) no lugar de abreviaturas definidas por você, conforme você as digita. Eu o uso várias vezes por minuto: para inserir meu endereço postal, URLs frequentemente mencionadas, símbolos (como ⌘ e ♫), tags HTML e até respostas completas a perguntas que me fazem frequentemente por e-mail.

E você, que apps incluiria na lista de essenciais?

Leia também:

TV da Apple: os computadores já ficaram pra trás, o que virá a seguir?

Uma pesquisa recente trouxe uma novidade: bem mais pessoas assistindo a vídeos online na tela da TV do que na do computador.

Sobre os vários rumores de que a Apple estaria para lançar (algum dia) sua própria TV, já escrevi algumas vezes que até acredito, mas boa parte do que seria uma presença da Apple no mercado de televisão já está entre nós.

Essa presença se manifesta no hábito cada vez maior dos telespectadores assistirem TV com um iPad no colo, na distribuição de filmes e seriados pela iTunes Store, nos apps (como o app da Net e o app do Telecine) que permitem consultar e até assistir a programação, na geração de conteúdo próprio (como o iTunes Festival) e, naturalmente, na caixinha Apple TV.

Não é só a Apple, claro: o que está acontecendo é uma reorganização da forma de produzir, distribuir, anunciar e assistir.

Ela ocorre sem que as pessoas troquem seus aparelhos de TV, e este é o pulo do gato para entender o que está acontecendo: um novo aparelho de TV (iTV?) até pode oferecer várias vantagens a quem o oferecer, e talvez esteja mesmo a caminho, mas não é requisito para provocar a mudança, ou mesmo para aproveitá-la.

A novidade é que uma pesquisa sobre os hábitos dos espectadores dos EUA mostrou pela primeira vez uma inversão: agora a TV é a tela em que a maioria dos espectadores declara assistir vídeos on-line (streaming). Os computadores viraram um segundo ligar distante: 45% responderam TV, 31% responderam computador pessoal (sendo 17% notebooks e 14% desktops).

É importante não confundir tela e dispositivo: só 10% dos lares possuem uma TV com conexão à Internet, e nem todas elas estão de fato conectadas.

O que a pesquisa retrata, portanto, é que cada vez mais gente usa a TV como parte do seu hábito de assistir a vídeos on-line (só 22% declararam não assistir), e o faz conectando a ela outros dispositivos já relativamente comuns: videogame, aparelho de Blu-Ray, Apple TV.

São os novos tempos em que o consumidor quer escolher o que assistir e quando assistir, e para muitos eles já chegaram (aliás, a mesma pesquisa indica que a fonte mais popular de conteúdo mencionada pelos espectadores continua sendo o NetFlix).

A corrida agora, na minha opinião, é para ver quem vai controlar a distribuição e os canais de publicidade. Ter um aparelho dominante (seja iTV, Apple TV ou um concorrente) é um elemento possível nessa estratégia (especialmente porque 20% dos proprietários de Smart TVs as usam para ver vídeos on-line sem conectar outro aparelho a ela), mas há outros e... eles já estão ao nosso redor.

Enquanto algo mais não chega, eu já assisto a mais vídeos da web na TV (via Apple TV) do que no computador, e geralmente com o iPad no colo.

E você, como assiste?

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