Aquele parafuso assimétrico não era real mas explica por que o BR-Mac não cobre rumores

Talvez você tenha visto (em outros sites) um grande bafafá na semana passada, a respeito de um parafuso com a cabeça assimétrica, que alegadamente dificultaria os reparos de futuros iPhones por seus usuários, e teria sido selecionado pela Apple justamente para esta finalidade.

Só que não era nada disso. O parafuso é apenas uma imagem 3D, criada por uma empresa chamada Day4 (cujo negócio são as imagens, e não os parafusos), e que foi postada na Internet com a intenção específica de ver se iria se espalhar viralmente, levada pelos sopradores de rumores.

A intenção do grupo era pegar carona na expectativa pública sobre o lançamento do próximo iPhone, acreditando que mesmo a partir de uma única imagem em 3D (nem mesmo era uma foto...), os autores da web morderiam a isca e construiriam teorias defendendo a autenticidade do danado, mesmo sem saber nenhum detalhe além da imagem em si e da legenda que falava sobre um amigo que tirou a foto na empresa de fruta.

A Internet, infelizmente, cooperou. Vi matérias apresentando e debatendo o parafuso no Cult of Mac, Wired, MacWorld UK, BGR e mais, muitos dos quais com opiniões de especialistas. Isso para não falar dos vizinhos brasileiros. Espero que todos postem a novidade acompanhada de um "erramos", naturalmente.

Aqui no BR-Mac não foi o caso, porque a opção é por não cobrir rumores, exceto quando se tratar de entretenimento (incluindo nossos iBingos de eventos da Apple, cuja cartela é composta de uma coleção dos rumores a respeito da data). Na minha opinião, eles não ajudam, e frequentemente atrapalham.

Melhor ficar sem pauta do que colocar combustível nessas fogueiras, e muito raramente abro exceções a esta regra geral – quando o faço, me esforço para deixar claro que estou cobrindo a partir de fontes com baixa credibilidade, como quando sumarizamos o que se dizia sobre os MacBooks 2012, em março.

E esse tipo de situação, com gente tirando proveito da credulidade intencional de parte da cobertura, é um motivo a mais pra isso. Tenho certeza de que o parafuso não é o único exemplo, mas como foi feito como experiência, trata-se de um caso em que pudemos obter a confirmação: na ausência de confirmação, de fontes conhecidas e de outros fatores de credibilidade, basta uma única foto anônima em um fórum da web para dar origem a toda uma cobertura.

Melhores apps para estudantes: aproveite o iPhone e iPod Touch na sala de aula

Os apps grátis para estudantes selecionados pelo BR-Mac transformam o iPhone ou iPod Touch em um verdadeiro cinto de utilidades para a sala de aula, especialmente se você conseguir usar o aparelho sem distrair a si mesmo e aos outros.

Leia também: Apps iPad para estudantes

Lembre-se: a regra básica (seja no ensino médio, universidade ou pós) é manter em modo silencioso e usar da forma mais discreta que puder. Se possível, sendo ostensivo quanto a não estar jogando Angry Birds ou acessando o Facebook ツ

Para cada uma das categorias a seguir incluí ao menos um app que pode ser obtido e usado sem custo adicional, mas em vários casos ofereci também uma alternativa paga que oferece algum recurso adicional útil.

Iphone na sala de aula: 12 apps grátis selecionados

Calculadora: o app Calculadora nativo do seu iPhone já está lá e bate um bolão, mas lembre-se que para ter acesso às funções de calculadora científica nele, basta segurar o iPhone de lado. Pra contas longas eu prefiro a Digits, pelo recurso de memória de cálculo. Quando cursei novamente disciplinas de matemática financeira, em uma pós recente, usei o brasileiro emulador da calculadora financeira HP-12C ePX12c. Para fazer gráficos de funções, dê uma olhada na Free Graphing Calculator.
 

Anotações: para mim não há dúvida: anotar aulas no papel é melhor. Mas os cenários que exijam anotar algo usando o tecladinho do iPhone certamente dispensam, na minha opinião, qualquer recurso de formatação ou estruturação (como os disponíveis no Pages), portanto permite o uso até mesmo do aplicativo nativo Notas. Duas boas razões para optar por uma alternativa um pouco mais avançada, como o iA Writer, entretanto, são a fileira extra de símbolos que ele insere no teclado virtual e o recurso de sincronização automática com o Dropbox, caso você disponha de conectividade no local em que faz anotações.
 

Referências: Para montar seu livro de recortes virtual contendo material colado da web ou de textos variados (do seu computador, do próprio iPhone ou mesmo capturados com a câmera), recomendo o Evernote. Para uma aplicação mais limitada (mas não menos útil), o Instapaper permite marcar e colecionar conteúdos da web e tê-los arquivados permanentemente na memória do iPhone, mesmo quando offline. Ambos se tornam muito mais úteis quando instalados simultaneamente no iPhone e no seu computador, compartilhando conteúdos e anotações.
 

Guardar e compartilhar arquivos: Recomentdo o onipresente Dropbox. Lembre de copiar para a pasta do Dropbox os arquivos no seu computador, e eles estarão disponíveis no app do iPhone, inclusive pra mandar por e-mail ou por uma URL ao colega de equipe uma cópia do arquivo que sumiu do pendrive no momento crucial.
 

Tarefas e pendências: período de aulas é período de acúmulo de afazeres. Para os que têm hora marcada, a agenda ("Calendário") nativa do iPhone pode ser suficiente. Para as tarefas e pendências, o app nativo Lembretes é suficientemente bom, mas minha preferência é o Wunderlist.

Gravar áudio: para registrar uma ideia que você não tem como escrever na hora, uma entrevista ou a parte complicada da lição, caso o app Gravador nativo não seja suficiente (para mim é), experimente o Audio Memos, que permite até definir marcadores de pontos relevantes durante a gravação.

Registro instantâneo: para pegar o slide da apresentação, o quadro inteiro de uma vez e o aviso do mural, o app Câmera (nativo do iPhone) resolve. Lembre-se de aprender a acioná-lo diretamente a partir da tela de travamento do iPhone (deslizando o ícone da câmera que aparece nela), para não perder nenhum momento. E seja discreto, para não distrair os colegas nem o professor: coloque no silencioso e desative o flash, especialmente se for em sala de aula! Se for o caso, aproveite os recursos do Dropbox e do Evernote, que vimos acima, para depois tornar ainda mais prático o uso das fotos que você tirar.

Uma dica extra sobre fotos e gravações: Gravar ou filmar escondido é sempre rude, e pode haver várias excelentes razões para não gravar a fala de alguém, mas se a gravação for essencial ao seu aprendizado e seu cursinho vier com o papo comum de que fotografar ou gravar a lição (ainda que ostensivamente) viola direitos autorais, sugiro consultar seu advogado e pedir a ele que o oriente sobre os limites do que a lei diz sobre o "apanhado de lições em estabelecimentos de ensino por aqueles a quem elas se dirigem" (explicitamente permitido pela Lei 9.610, Art. 46, IV, embora com proibição de publicação ou distribuição do material). Se ele assim orientar, solicite que a escola esclareça ao seu advogado qual a proibição aplicável (ele pode lhe dar mais detalhes, mas de modo geral se o regulamento da escola estiver em desacordo com a legislação, a cláusula em questão "perde" do que diz a lei). Mas fique ligado: a mesma regra não vale para palestras e outras apresentações, nem para lições ministradas fora de estabelecimentos de ensino, nem para o registro por quem não é aluno.

E-mail: O Mail nativo do iPhone não é ruim, e o app oficial do Gmail também não deixa a desejar. Mas embora sua compra pelo Google tenha levado a um anúncio oficial de que o desenvolvimento não iria prosseguir com o mesmo impulso de antes, o Sparrow continua bem vivo (foi atualizado recentemente), e continua sendo a minha sugestão. Como os e-mails não ficam armazenados nele, e sim na sua conta on-line do Gmail ou similar, nada impede de continuar usando-o até surgir uma alternativa à altura.

Transformar o iPhone em scanner: meu app de scanner com a câmera do iPhone preferido é o Scanner Pro, que reconhece automaticamente as bordas das folhas de papel que você captura com sua câmera do iPhone, e depois monta um PDF agregando todas as páginas, que pode ser enviado por e-mail, gravado (no Dropbox, Evernote ou Google Docs) e sincronizado com o computador. Uma boa alternativa grátis é o Genius Scan

Ouvir outras músicas: além da sua própria coleção, onde houver conexão disponível recomendo uma rádio on-line (como as caprichadas seleções dos apps AccuRadio e as alternativas da SomaFM), que eu uso para fazer música de fundo enquanto estudo, abafando assim os ruídos externos e criando um ambiente agradável. Usar uma rádio on-line, e não a sua própria coleção, tem a vantagem de reduzir o impulso constante de ir escolher outra música - é mais natural esperar que elas toquem na ordem em que vierem.
 

Mensagens instantâneas: Recomendo não usar durante a aula, afinal se o interesse é tão baixo que permite este tipo de atividade, seu tempo provavelmente seria melhor aproveitado em outro local. Mas nos intervalos e deslocamentos, sugiro o imo instant messager (MSN, Google Talk, Facebook, Skype e mais), bem como o WhatsApp para uma alternativa ao SMS.

Leia também: Apps iPad para estudantes.

Melhores jogos para iPad e iPhone da EA estão com descontos especiais

Para quem ganhou iPad (ou iPhone) novo no dia dos pais, e também para quem já tinha o seu e está com tempo livre nesta tarde de domingo, a dica: vários jogos da EA Games para iPad, iPhone e iPod Touch estão com descontões.

Entre os quase 150 jogos da EA Games (e de sua subsidiária Firemint) disponíveis na loja brasileira do iTunes, alguns dos que estão com desconto são:

 
Para iPad:

 
Para iPhone:

Todos os preços acima estão arredondados em 1 centavo de dólar.

Eu listei apenas uma parte das promoções, para garimpar mais, veja a lista completa dos jogos da EA para iPad e para iPhone.

Melhor teclado para iPad: comparando 12 modelos

Ter ou não ter um teclado para iPad? Os detratores dizem que aí é melhor ter um notebook (e se o notebook pesar tão pouco, tiver 3G incorporado e uma bateria que sustrente mais do que 9h de uso, eles provavelmente terão razão), alguns defensores dizem que só assim conseguem digitar no iPad (não estou entre eles, pois com o teclado virtual e alguns truques simples eu me viro bem, se necessário), a Apple vem se esforçando para não tocar muito no assunto (como comentei nesse vídeo sobre a utilidade do iPad), mas as estatísticas me demonstram todos os dias que muita gente tem curiosidade sobre o assunto, e em especial quanto à pergunta: qual o melhor teclado para iPad.

A minha resposta eu já compartilhei com vocês: após testar vários modelos, tive melhor resultado com um acessório feito para os Macs: o teclado sem fio da própria Apple, em conjunto com a capa Origami Workstation – coincidentemente (ou não) o mesmo da imagem de abertura do artigo que hoje comentarei, reproduzida abaixo.

O artigo, que nos chega via The Verge, vai bem além do que eu mesmo já fui em termos de comparações: apresenta e avalia 12 modelos diferentes, indo de A (Adonit) a Z (Zagg) entre os teclados mais conceituados.

Os critérios em avaliação são amplos, incluindo preço, velocidade de digitação (palavras por minuto) alcançada pelo testador, peso, opções de orientação, ângulo da tela, ângulo do teclado, tamanho do teclado, teclas de função dedicadas.

Não vou reproduzir a análise aqui, e nem faria sentido: você pode vê-la na íntegra em The best iPad keyboard.

Mas vou compartilhar a conclusão, com os campeões em cada categoria:

  • Melhor digitação: teclado sem fio da Apple
  • Melhores recursos: Solar Keyboard Folio, da Logitech
  • Maior durabilidade: Zaggfolio

Curiosamente, entretanto, nenhum dos 3 foi o campeão geral: uma combinação bem ajustada entre as diversas vantagens deu a coroa de vencedor ao Ultrathin Keyboard Cover, da Logitech.

Alguns deles (incluindo o da Apple) são fáceis de comprar no varejo brasileiro, e vários dos outros podem ser encontrados nos sites dos fabricantes, ou mesmo no eBay, para encomendar do exterior.

Leia também:

Things 2: GTD, ZTD e produtividade no Mac, iPad e iPhone, agora com Things Cloud

No início de 2011 eu resenhei para vocês o Things, app de gerenciamento de tarefas e pendências com versões para Mac, iPad e iPhone cheia de bons recursos para implantação de métodos de produtividade pessoal como o GTD (ou o ZTD).

Quando bem empregado, esse tipo de ferramenta permite tirar da sua cabeça a necessidade de lembrar e priorizar todas as suas tarefas, obrigações, projetos, referências e contextos, substituindo essa necessidade constante de lembrar e priorizar por uma base de armazenamento mais confiável (pastas, envelopes, listas ou um software) e um processo que garanta a consulta a essa base sempre que chega a hora de escolher as próximas tarefas, garantindo também que os prazos sejam atendidos.

O meu artigo do ano passado apresenta em detalhes como é o uso do Things e suas vantagens, mas também aponta o seu principal ponto fraco, na época: a deficiência na sincronização para quem tem o app em mais de um dispositivo (Mac, iPad, iPhone), que ocorria por meio de um procedimento mais trabalhoso que o usual, via Wi-Fi entre um Mac e o aparelho iOS em questão, por comando do usuário.

Na época estava prometida uma melhoria no método, e agora ela chegou: a Cultured Code anunciou o Things 2, um upgrade grátis para quem já tinha a versão anterior, e que traz como maior novidade o Things Cloud, que sincroniza via Internet e automaticamente os dados do app em todas as suas instalações. Naturalmente ele também pode ser comprado por quem ainda não o possuía, em versões para Mac (com opção de teste grátis), para iPad e para iPhone.

Outras novidades incluem um modo voltado à revisão diária (como praticada no ZTD), um novo seletor de datas, um novo gesto para cancelar uma tarefa pendente, e mais.

Bem-vindo de volta, Things!

sudo bang bang: um atalho rápido para redigitar menos no Terminal

Usuários noviços me perdoem, mas a dica que segue é apenas para os que já dominam a prática do uso do sistema via Terminal e estão em busca de atalhos para a mesma, portanto vou me permitir não oferecer as explicações introdutórias.

O comando sudo, você sabe, permite executar no Terminal outros comandos com privilégios de superusuário, acessando e modificando configurações que não estão acessíveis aos usuários normais, usualmente mediante o fornecimento de uma senha que identifique você como um usuário com poderes de usar o sudo, mis ou menos como na clássica tira do xkcd.

Configurar o sudo é algo que não veremos hoje: ele já vem ativo por default no OS X (e em vários outros sistemas operacionais, como o Ubuntu) e geralmente o primeiro usuário criado no sistema recebe por default o direito de acesso ao sudo.

O que veremos hoje é um atalho do shell que permite resolver rapidamente uma situação bem comum: aquela em que você digita um longo comando esquecendo que ele necessita de privilégios de administrador (e assim sem incluir o prefixo sudo) e, após receber a advertência do sistema dizendo que os privilégios são insuficientes, vê-se obrigado a reinserir ou editar o comando para incluir a palavrinha que faltou no começo (algo que pode ser menos ou mais simples, dependendo de qual terminal você está usando).

A alternativa rápida e que não exige editar a linha digitada é usar o sudo bang bang, que se escreve assim:

sudo !!

Ou seja: sudo, seguido de 2 pontos de exclamação (que na tipografia norte-americana são chamados de bang). Digitar este comando faz com que o seu Terminal (ou mais precisamente o shell Bash rodando no seu Terminal) substitua o !! pela íntegra do último comando digitado.

É só isso, mas vamos a um exemplo prático. Digamos que você queria editar rapidamente o arquivo /etc/resolv.conf para usar um servidor DNS alternativo por alguns minutos sem reconfigurar permanentemente o sistema, digitou nano /etc/resolv.conf e na hora de salvar a alteração recebeu o alerta de que não é possível porque você não tem permissão de gravar neste arquivo do sistema.

O que você fará? Basta lembrar da dica, sair do editor e digitar sudo !! que terá exatamente o mesmo efeito que se você digitasse ou editasse sudo nano /etc/resolv.conf (só que geralmente digitando menos teclas e exigindo menos tráfego caso se trate de uma shell remota).

Uma dica extra: aprender os atalhos de repetição e movimentação do cursor no shell também pode ajudar a ganhar bastante tempo nestas situações ツ

Bang bang!

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