Aprenda AppleScript neste final de semana

AppleScript é a minha solução preferida para automatizar tarefas que exigem clicar uma série de menus nos apps, ou fluxos de trabalho repetitivos que passem por vários apps, ou ainda recursos que existem nos apps mas os desenvolvedores não ofereceram via menus.

Não passo um dia sem escrever algum trecho de Applescript para automatizar alguma tarefa chata ou repetitiva:

  • Ontem fiz um para criar diariamente e mandar para um gestor um relatório de atividades concluídas, a partir das tarefas recentemente encerradas em um grupo do app Things.
  • Anteontem fiz um para o Word parar de pensar que os trechos de texto que eu copio do navegador e colo nele são em inglês.
  • Há 2 dias fiz um para gerar uma cópia da linha ou parágrafo que eu estiver editando, marcada como comentário, para eu lembrar da sua versão original após modificá-la.

E assim por diante. A edição e publicação deste artigo que você está lendo contou com o uso de vários AppleScripts, inclusive.

Quem não tem experiência com programação estará melhor se procurar usar o Automator, mas quem já sabe programar em alguma linguagem pode acabar descobrindo que o AppleScript é fácil de colocar em operação, apesar de suas várias estranhezas de sintaxe.

O Mac vem com um editor/compilador de AppleScript (está em Aplicativos / Utilitários), e basta rodá-lo e usar a opção Arquivo > Abrir dicionário para verificar quantos recursos do OS X e dos apps que você tem instalado podem ser acessados por meio da linguagem.

Claro que não posso me propor a lhe ensinar a programar, muito menos em AppleScript, ainda menos em um único artigo publicado numa sexta-feira.

Mas se você já programa em alguma linguagem (e especialmente se não tem dificuldade de abstração ao entender a orientação a objetos), acredito que com meia hora de leitura atenta você já terá feito o seu primeiro AppleScript, e com 2 horas de prática os scripts começarão a ter utilidades reais que você pode até mesmo me enviar para publicar aqui e compartilhar com os colegas 😃

Já me acostumei, mas a sintaxe do AppleScript continua parecendo estranha para mim, embora me lembre de outras linguagens de script integradas a plataformas a que já fui exposto no passado (como o Rexx, dos mainframes e do OS/2). O AppleScript está presente nos Macs desde o System 7.1.1 (1993), e descende diretamente do clássico Hypercard, de 1987. Não se preocupe: depois de algum tempo fica mais fácil compreender os contextos, referências e operações da linguagem, que é fácil de ler mas nem tão fácil de escrever.

Vale lembrar que um app como o gratuito Fastscripts (ou o Alfred Powerpack, ou o Keyboard Maestro, entre outros) pode ser bem prático para definir facilmente atalhos globais de teclado para rodar os seus scripts.

As leituras que eu usei para aprender Applescript, e recomendo a quem queira fazer o mesmo, são:

Além disso, vários apps têm, escondidos em algum canto de seus sites, documentos com exemplos do uso de Applescript para interagir com eles, e eles podem servir para orientar seu aprendizado da prática dos scripts.

Aqui no BR-Mac também temos vários artigos sobre Applescript, incluindo exemplos de código que você pode (ou não) aproveitar.

De uma forma ou de outra, não deixe as peculiaridades da linguagem afastarem você de uma experiência que, depois de um pouco de prática, pode conduzir a bem mais produtividade e conforto no uso do Mac!

Instalou um SSD no Mac? Veja como ativar o Trim, para aumentar desempenho e vida útil

Se você instalou um SSD em um Mac, ativar o suporte ao comando Trim é do seu interesse, e existem 2 formas de fazer isso: a que lembra os anos 80 e a que exige apenas apertar um botão – mas na primeira você não precisa instalar nada.

Devido às diferenças entre HDs mecânicos tradicionais e os modernos SSDs, que operam diretamente em memórias, a tarefa de apagar um arquivo no disco é bem menos simples nos SSDs que, quando adotam o mesmo modelo tradicional de apagamento usado há décadas nos HDs, acabam tendo queda no desempenho de escrita e se expõem a abreviar seu tempo de vida útil.

Sabendo disso, a partir de 2007 os comitês técnicos que organizam os padrões de operação de hardware passaram a definir uma extensão à operação de apagar arquivos/liberar para reuso blocos da unidade de armazenamento, na forma de um comando que recebeu o nome de Trim.

No caso dos Macs, o suporte ao Trim está presente desde a versão Snow Leopard do OS X, mas até hoje ele só é ativado automaticamente para os SSDs incluídos pela própria Apple nos equipamentos.

Se você instalou um SSD moderno no seu Mac, verificou junto ao fabricante se ele tem suporte ao Trim, e quer que o OS X faça uso desse suporte, existe um procedimento relativamente simples para forçar a ativação do Trim no OS X Mavericks, para qualquer SSD que tenha suporte ao recurso.

Quem passou pela informática doméstica dos anos 1980/1990 vai reconhecer no procedimento acima a mesma técnica básica que vinha nas dicas de revistas ensinando a dar POKEs que desativavam trechos de código dos jogos e assim garantiam invencibilidade ou vidas infinitas – a diferença é que o poke em questão altera trechos de um componente do OS X que delimita quais os SSDs para os quais deve ser ativado o Trim.

Mas onde existe um procedimento baseado em dar comandos no Terminal, logo surge alguém que cria uma interface gráfica para buscar facilitar o acesso de usuários ao resultado desejado.

Para o Trim existem várias, incluindo o Chameleon:

Existem vários outros e eu não vou fazer uma lista (podem indicar nos comentários, se conhecerem algum outro bom), mas o Chameleon me chamou a atenção por um motivo em especial: a parte central da sua interface é baseada em uma simples chave On/Off, com a qual você pode ativar e reverter o "poke" do Trim à vontade, mas um botão adicional dá acesso à tela mostrada acima à direita, na qual mais alguns elementos interessantes da configuração do suporte ao armazenamento podem ser consultados e modificados.

Mac: Um truque simples para ir direto ao painel de Preferências que você quer usar

Mudando o estilo do clique você pode “pular” a tela geral das Preferências do Sistema e ir diretamente ao painel desejado.

Recentemente fiz uma nova instalação do OS X em um MacBook que uso continuamente, e isso levou a precisar entrar diversas vezes nas Preferências do Sistema a cada vez que percebia que algo não estava como eu prefiro.

Embora tenha a vantagem de consolidar em uma única interface todas as opções globais expostas, na minha opinião as Preferências pecam por colocar várias janelas/abas entre o seu acesso inicial e boa parte das operações comuns de ajuste.

Assim, logo lembrei de um dos meus truques favoritos com as preferências do Mac: "pular" a janela que mostra os ícones de todos os grupos, e ir direto ao grupo desejado, por meio de um menu como o da imagem:

É simples: ao invés de clicar normalmente com o mouse ou trackpad no ícone das Preferências na Dock, clique com a tecla Control pressionada, ou faça algum dos vários gestos que substituem este mesmo comando. Aí é só selecionar a opção desejada.

O número de cliques da operação não muda, mas é uma janela a menos (e um menu a mais), além de trocar a organização baseada em funcionalidades pela ordem alfabética global.

Leia também: Como criar um ícone na Dock para os paineis de Preferências que você mais usa.

Instalar SSD no MacBook Pro: o desempenho aumentou mais de 300%, e deu pouco trabalho

Instalar SSD no Mac é uma forma de aumentar bastante o desempenho de modelos cuja configuração original traz HDs tradicionais, e pode ser feito até em modelos bem antigos. Eu fiz, e estou satisfeitíssimo.

Meu MacBook Pro de 2011 ainda vai continuar me atendendo bem por alguns anos, e acaba de ganhar uma dose extra de desempenho por conta de uma operação de hardware relativamente simples: instalar um SSD, o armazenamento extra-rápido (sem partes mecânicas) que há anos caracteriza seu primo mais leve, o MacBook Air.

O ganho de desempenho geral é perceptível na maioria das operações (abertura de aplicativos, boot, gravação e leitura de arquivos, etc.), mas o ganho de desempenho da unidade de armazenamento em si – comparando o HD que veio com o MacBook Pro e o SSD que foi instalado na semana passada, medido de forma objetiva por meio do app gratuito Disk Speed Test1, da BlackMagic, foi de mais de 300%:

Os 2 velocímetros de cima mostram o desempenho de gravação e leitura do HD original do MacBook, imediatamente antes da instalação, e os 2 de baixo mostram como ficou após a instalação, usando o SSD: ganho de quase 400% na velocidade de escrita, e de mais de 300% na velocidade de leitura.

O “caddy” ou Data Doubler ocupa o lugar que era do drive de DVD, e é nele que surge o espaço para a inclusão de um drive adicional.

Meu “transplante” utilizou um componente no estilo caddy, instalado no lugar em que originalmente veio instalado o drive de DVD (que é retirado durante a operação). No meu caso, o SSD foi instalado no caddy, e o HD original permaneceu instalado sem alterações, disponível para ser usado como unidade secundária, para dados adicionais ou mesmo para backup local.

Comprei tudo no Brasil (na BSD Tecnologia, de Florianópolis – e-mail contato@bsdtecnologia.com.br), com os seguintes preços para pronta entrega no local:

Se você mesmo comprar as peças no exterior, é possível que o custo final fique mais baixo.

O procedimento de instalação é delicado mas não necessariamente é dos mais complicados para quem já deu manutenção em notebooks. Pessoalmente preferi deixar a instalação nas mãos de quem tem experiência e já fez muitas similares, e não me arrependo: a própria BSD Tecnologia (alô Cleyton!) fez a instalação rapidamente para mim, e entregou com garantia. A foto acima mostra o meu MacBook Pro na bancada, já com o Data Doubler no lugar do drive de DVD, e o SSD instalado nele, logo antes do fechamento do gabinete.

A instalação pode ser feita pelo usuário, mas exige sentir-se confortável com o manuseio de peças internas de notebooks.

Se você preferir a linha faça-você-mesmo e compreender os riscos, este vídeo da OWC mostra a instalação no meu modelo de MacBook Pro, mas fique atento a variações entre modelos: devido a diferenças entre as interfaces de disco, em alguns deles faz sentido colocar o SSD no local originalmente ocupado pelo HD, e deslocar o HD para o caddy, por exemplo.

Após a instalação do hardware, simplesmente instalei o OS X no SSD (usando um pen drive de boot comum) e, após, configurei o Mac normalmente, como se tivesse acabado de sair da loja (mas não esqueci de ativar o TRIM).

O mesmo procedimento de instalação de SSD com caddy também é possível em iMacs e Mac minis, cada um deles contando com seu próprio modelo de data doubler (que pode variar de acordo com o ano do Mac em questão).

Após o término da instalação física, existe a possibilidade de configurar o SSD para operar acoplado ao HD, na configuração mista similar ao Fusion Drive que a Apple oferece em alguns de seus modelos, mas a ideia não me seduz.

TL;DR: A instalação de um SSD no meu MacBook Pro o deixou perceptivelmente mais rápido. Não removi o HD original: ao invés disso, removi o drive de DVD, e instalei o SSD em seu lugar, por meio de um acessório Data Doubler. Comprei as peças no Brasil, e estou satisfeitíssimo com o resultado.

 
  1.  O Disk Speed Test verifica o desempenho da unidade de armazenamento realizando repetidamente tarefas que envolvem arquivos de tamanhos e formatos típicos de operações de produção multimídia.

Pioneer confirma: vai ter suporte a CarPlay, inclusive como upgrade para alguns modelos de som automotivo já à venda

Em março ela negou, mas agora a Pioneer confirma: vai ter suporte a CarPlay em seus aparelhos de som automotivo, inclusive como upgrade que o usuário pode aplicar a modelos atuais.

Agora é oficial: a Pioneer confirmou publicamente que vai suportar o padrão CarPlay em aparelhos de som que você pode instalar no carro que já possui. Melhor ainda: o recurso também vai estar disponível, na forma de um upgrade de software aplicável pelo próprio usuário, para alguns modelos já à venda.

Segundo o comunicado da empresa, o recurso vai estar disponível ainda no primeiro semestre, e vai integrar a esses aparelhos com display grande serviços do iOS como chamadas telefônicas, Siri, música, GPS e tudo o mais que o CarPlay oferece.

Nada de preços de modelos futuros ainda, mas os modelos atuais (da série NEX) que serão compatíveis com o sistema custam entre US$ 700 e US$ 1400, lá fora.

O Carplay é aquele recém-anunciado “jeito Apple” de integrar o iPhone ao carro – por exemplo, exibindo os mapas na tela do aparelho de som – com a intenção de manter acessíveis e fáceis de interagir os serviços do iPhone como as chamadas telefônicas (incluindo acessar os contatos, fazer novas chamadas, retornar chamadas perdidas), música, podcasts, mensagens e mapas, minimizando a distração por permitir a interação sem olhar para o painel nem tocá-lo, e oferecendo em cada carro uma interface com o usuário consistente e atendendo a requisitos em comum.

Pareço um espelho comum de parede, mas sou uma máquina de selfies operada por um Mac mini

É tecnologia a serviço da vaidade, mas esta combinação discreta de hardware e software também é uma aplicação simples e interessante para a qual eu acredito que haja mercado interessado :)

Por trás da superfície brilhante deste espelho de parede se esconde toda uma estrutura informatizada de captação de imagem e detecção de expressão facial, para que as pessoas não tenham que fazer nada além de sorrir para ter sua foto registrada e compartilhada nos sites usuais: Instagram, Twitter ou Facebook.

O software roda em um Mac mini (conectado a uma câmera, claro), e ele também manda o comando que ativa os leds (controlados por um Arduino) que servem ao mesmo tempo como contagem regressiva e como um sutil flash.

O nome do sistema é S.E.L.F.I.E (Self Enhancing Live Feed Image Engine), e a empresa por trás da ideia ainda não divulgou datas ou preços de disponibilização, embora eu imagine que já estejam sendo procurados pelo mercado de eventos, de varejo de roupas e maquiagens, e até por alguns indivíduos mais vaidosos. (cultofmac)

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