E-mail no Mac: Unibox é candidato à coroa do Sparrow

O Sparrow ia bem, era popular como cliente de e-mail no Mac, lançou versão para iPhone que rapidamente virou febre entre os usuários, anunciou que ia lançar versão para iPad e aí... o Google foi lá e comprou, encerrando o desenvolvimento de novos recursos.

Muitos dos seus usuários que gostam de ler e-mail da forma tradicional (leitura propriamente dita, e não triagem ou conversão em tarefas) continuam usando as versões com os recursos de 2012, porque eles são tão bons que continuam interessantes: o Sparrow era objetivo, sua interface não era poluída, não tinha milhares de ferramentas competindo pela sua atenção que deveria estar firmemente focalizada nas mensagens, tinha atalhos de teclado matadores e integração inteligente com o Facebook (para complementar informações de contatos) e Dropbox, entre outros fatores.

De vez em quando surge alguma alternativa trazendo a expectativa de que seja o sucessor ou herdeiro espiritual do Sparrow, na forma de um app em sintonia com seu tempo, com recursos diretos e fáceis de entender, e parece que o candidato deste mês é o Unibox, recém-chegado à sua versão 1.0 e chegando já com o audacioso preço de $10.

Ele não é um clone do Sparrow – longe disso. Para começar, ele organiza as mensagens de forma diferente, por contatos. Ele permite trabalhar com caixas de entrada IMAP do Gmail, iCloud, Yahoo, Exchange, Hotmail, outlook,com e qualquer outro servidor IMAP, tanto de forma separada como agrupando-as em uma única caixa de entrada virtual.

Ele tem recursos para localizar e visualizar rapidamente anexos recebidos, aceita e reconhece aliases para as suas contas (inclusive mais do que um alias para a mesma conta), e trabalha em modo de janela única, sem abrir um diálogo extra para compor ou responder uma mensagem.

As avaliações dos usuários na App Store brasileira são altamente positivas, com média ★★★★★.

A MacWorld também avaliou, dando 4/5 e sintetizando: o Unibox já se destaca na multidão dos clientes de e-mail parecidos entre si, e desperta o interesse sobre o que trará como adicional nas próximas versões, se a 1.0 já veio tão bem avaliada.

Top apps 2013 para usuários avançados de Mac e desenvolvedores

Justin Williams, que é desenvolvedor de uma série de apps, incluindo o editor de texto Elements para iPad (já mencionado por aqui), publica anualmente uma lista do que considera as ferramentas essenciais para os usuários avançados e desenvolvedores no ambiente Mac OS X.

O BR-Mac está ficando adulto, afinal já é a terceira vez que publico por aqui uma chamada para a lista anual do Williams, sempre acompanhada do comentário de que eu reconheço nela vários itens que eu incluiria na minha própria lista, se fizesse uma.

Embora eu não seja desenvolvedor como ocupação principal, nossas configurações básicas são parecidas: um iMac de 27 polegadas com alguns anos de idade (o dele é um pouco mais velho que o meu) e um MacBook, embora o dele seja maior: 15 polegadas.

Assim como eu, ele recorre ao Dropbox como principal meio de manter sincronizados os seus Macs, mas ele vai além do que eu faço: chegou a transformar as pastas de documentos, downloads e outras da organização básica do diretório de usuário do OS X em links para o Dropbox, para mantê-las sincronizadas.

Os 5 softwares essenciais para ele são o Dash (consulta a documentações de desenvolvimento), Dropbox, OmniFocus, SublimeText 3 e xScope. Eu também uso o Dash e o Dropbox, mas no lugar do OmniFocus coloco o Things para gerenciar minhas pendências e tarefas, e ao invés do SublimeText sou um usuário satisfeitíssimo do editor de textos BBEdit.

Ele publicou uma lista de 21 apps "de usuário final" que fazem parte do seu dia-a-dia, incluindo alguns tesouros. Destaco:

  • Backblaze: para backups offsite (pela internet), complementando o backup local do Time Machine. Eu também uso.
  • Launchbar: para "chamar" aplicativos e automatizar workflows. Eu uso o Alfred para a mesma finalidade, mas vejo no Launchbar potencial de um dia substitui-lo.
  • Marked 2: cada vez mais próximo de ser indispensável para quem escreve usando MarkDown.
  • RCDefaultApp: uma interface unificada, consistente e fácil de usar para definir qual app abre cada extensão de arquivo, tipo de arquivo, formato da web e mais. Eu também uso.
  • e mais: GIFBrewery, The Unarchiver, CloudApp, Cloak e vários outros nomes interessantes.

Como ele é um desenvolvedor de apps, há também uma lista (ainda maior) de softwares que ele usa para essa atividade. Destaco:

  • Base: a opção preferida dele para manipular interativamente bases de dados do SQLite.
  • Deploymate: para facilitar a vida de quem quer manter compatibilidade de seu app com o iOS 5 ou o iOS 6.
  • Go2Shell: um botão no Finder para abrir no Terminal a pasta corrente.
  • Slender e ImageOptim: duas abordagens diferentes para reduzir o tamanho de pacotes de software antes de publicá-los.
  • E mais: IconSlate, Dev Color Picker, Appfigures, Committed e vários outros nomes interessantes.

O artigo ainda fecha com uma lista de 6 apps para produção de áudio e gravação de podcasts.

Leitura recomendadíssima: My Ultimate Developer and Power Users Tool List for OS X (2013 Edition) — carpeaqua by Justin Williams.

Como usar o QuickLook a partir do Terminal

Um comando no Terminal permite ver o conteúdo de imagens, documentos e outros conteúdos por meio do QuickLook, sem abrir o aplicativo correspondente a cada formato de arquivo.

O QuickLook é um recurso interessante do OS X que faz o que o nome indica: mostra (apenas para visualização, nada de edição) rapidamente o conteúdo de arquivos dos mais variados formatos, sem precisar abrir o aplicativo correspondente a ele – por exemplo, mostra o conteúdo de um documento do Word sem precisar abrir o Word.

A forma mais usual de acessá-lo é a partir do Finder, selecionando um arquivo ou conjunto de arquivos e pressionando a barra de espaços. Mas existem outras.

Para acessar o QuickLook a partir do Terminal (ou de algum script) você pode usar o comando qlmanage com o parâmetro -p, seguido do nome do arquivo a exibir, como no exemplo: qlmanage -p ~/Desktop/onibus.jpg que, aqui no meu computador, exibe a imagem acima.

Você pode criar um alias ou um script shell para chamá-lo de forma abreviada. Aqui no meu Mac, eu fiz isso definindo um script cujo nome é see.

As mensagens que o qlmanage exibe no Terminal são decorrentes de ele ser uma ferramenta de depuração para desenvolvedores de plugins, e a isso também devemos o fato de ele ser mais lento do que simplesmente chamar o QuickLook a partir do Finder.

Mas, mesmo com os recursos de debug, ele permanece mais rápido do que abrir o Word para ver o conteúdo de um documento, por exemplo. Eu uso com frequência.

Skype chat no Mac com o Adium

O Skype oficial para Mac é até bastante funcional, mas quanto à interface com o usuário, é um completo peixe fora d'água no OS X. Mas dá para consertar isso, ao menos em parte.

A solução de hoje é especialmente útil se você usa o Adium para se comunicar com os amigos que usam Gtalk, Yahoo Messenger, Facebook Chat, etc., e perdeu o contato por ele para continuar no chat com os amigos que usavam MSN e migraram para o Skype quando a Microsoft apertou a dança das cadeiras há alguns meses.

O Adium em si não tem suporte ao chat do Skype, mas o plugin Skype Adium acrescenta essa funcionalidade. E é bem fácil de instalar: no site do plugin, basta clicar no link Install, e o próprio Adium se encarrega de baixar, instalar e ativar o plugin.

Depois de reiniciar o Adium, é só adicionar sua conta do Skype no Adium, via Arquivo ➡ Adicionar Conta ➡ Skype API, e ela vai ser exibida no Adium como qualquer outra conta, concentrando todos os seus contatos em uma só lista, e usando uma interface "estilo Mac" para conversar com eles.

Problema número 1: o plugin Skype Adium usa a API oficial do Skype que, entre outras limitações, exige que o Skype original esteja instalado e rodando enquanto estiver em uso. Ou seja, o Adium é apenas uma camada adicional de interface e conveniência, mas você não se livra do Skype original (que pode ficar minimizado ou oculto). Além disso, o relacionamento do Skype com os aplicativos que usam sua API não é dos mais estáveis, infelizmente.

Problema número 2: a API oficial do Skype tem data para ser considerada sem suporte: 1º de janeiro de 2014. A partir daí, no momento que você fizer upgrade do seu Skype oficial (ou mesmo antes disso, se a Microsoft fizer um esforço especial para apressar as coisas), o plugin Skype Adium vai parar de funcionar.

Com um pouco de sorte, alguém vai descobrir uma maneira esperta de continuar oferecendo o mesmo tipo de interface por meio das URLs do Skype, que a Microsoft oferece como alternativa. Mas não tenho grande expectativa de que isso aconteça.

Nada surpreendente, considerando o histórico recente do Skype, que a cada nova versão parece reduzir funcionalidades. Mas eu vou me unir à Resistência e adiar o upgrade tanto quanto for possível, só pra não precisar olhar pra interface medonha dele sempre que quero falar com algum usuário do Skype via chat.

Trava para MacBook Air: minha ThinkSafe chegou, e compartilho minhas impressões

Uma trava para MacBook Air que permite fixá-lo com segurança a algum objeto que impeça que os amigos do alheio levem embora o seu patrimônio e os seus dados: isso é o que eu espero da ThinkSafe.

A trava para MacBook Air que eu comprei na última semana de agosto chegou há 2 semanas: é uma PNY Thinksafe, que também serve para os MacBooks Pro com tela Retina, que compartilha com o Air a ausência de um slot Kensington, criado há mais de 20 anos para permitir travas padronizadas que pudessem fixá-los à mesa ou outra peça de mobília, tornando bem mais difícil roubá-lo sem danificá-lo1 ou sem atrair a atenção.

Eu já publiquei uma descrição completa dela no artigo “Trava para MacBook Air e Retina Display: ThinkSafe”, então não vou me repetir - recomendo a leitura do artigo anterior para conhecer as características desta trava para MacBook Air.

Na ocasião, combinei que quando o produto chegasse, eu publicaria as minhas impressões, e chegou a hora 😃

Um resumo, entretanto, se faz necessário: a trava PNY Thinksafe vem acompanhada de uma peça de aço que você precisa passar através do exíguo espaço entre a tampa e a base do seu MacBook Air, o que é quase um ato de fé, porque – por mais que os vídeos e o manual afirmem que ela está lá – é difícil de vê-la e de senti-la.

Depois de tentar algumas vezes (sem forçar), acabei percebendo que o tal espaço da dobradiça está mesmo lá, e que a inserção não é difícil. Depois de inserir a peça, dá de abrir e fechar normalmente a tampa do MacBook, embora a peça se desloque alguns milímetros ao abrir (sem prejudicar o uso nem o aparelho, aparentemente).

Como você pode ver na imagem acima, depois de inserida, a peça é bem discreta, ao menos na parte que fica visível a quem está usando o Mac. Não arranhou, não quebrou e nem deu sustos, mas eu não usaria em uma situação em que o MacBook precisasse ser movimentado, porque aí o potencial de atrito ou impacto aumenta muito.

Felizmente é fácil remover e recolocar a trava e a peça que a prende ao Mac, aí dá de tirar na hora do transporte, e ativar novamente a proteção só no momento em que ele for ficar fixo novamente.

A parte de trás não é nada discreta, como você pode ver acima. A trava parece ser resistente, e certamente é bem fácil de operar. Mas ela tem um ponto bem negativo, entretanto: a combinação vem definida de fábrica, e não pode ser alterada. Ela vem escrita em uma placa de metal que você pode prender em um chaveiro, mas eu recomendo – além de memorizar – registrar em mais lugares sob o seu controle e com fácil acesso a você (e não a quem possa querer levar seu MacBook embora).

De qualquer forma, os problemas e riscos da ferramenta certamente não são maiores do que os que o meu MacBook Air corre ao ser deixado sem fixação em alguns dos lugares em que eu gostaria de usá-lo, e agora passarei a poder.

Para mim valeu a pena, o custo e a espera. Travas Thinksafe, da PNY.

 
  1.  A ideia das travas é prejudicar bastante o valor de revenda, reduzindo o interesse no roubo do equipamento. Se o seu interesse for proteger os dados, travas não bastam, e a segurança física é apenas a primeira de várias outras medidas a tomar...

Mac mini “2013”: iMore e AppStorm se unem ao BR-Mac na expectativa

Não sabemos se o Mac mini com CPU Haswell será lançado ainda em 2013, no começo de 2014 ou nunca, mas a expectativa por ele é grande.

No evento de outubro que anunciou os novos MacBooks Pro com CPU Intel Haswell, que aumenta o desempenho e a capacidade gráfica ao mesmo tempo em que reduz o consumo de energia, o que eu queria mesmo era ver um novo Mac mini com a mesma arquitetura, mas terminei frustrado.

Agora que já não aconteceu, ainda me agarro a alguma esperança: não seria inédito uma atualização de produto como o mini, que não é exatamente um superastro entre as linhas da Apple, ser anunciado fora de algum evento, com uma simples nota enviada à imprensa e ao público.

Por outro lado, eu comentei no Twitter ainda no mês passado:

O mini foi o meu primeiro Mac, e aquele valente modelo inicial (de 2007) continua em uso, na cozinha de outra pessoa da família. O Mac mini é tão durável que mantém seu valor de revenda por anos, porque pode ser usado de muitas formas, inclusive como servidor – além de ser frequentemente o primeiro Mac de quem está migrande d outro sistema operacional e quer pagar menos e reaproveitar o teclado, mouse e monitor – ou mesmo conectado à TV.

Eu já tive 3 minis, e penso em comprar um próximo modelo, com processador Haswell e armazenamento Flash, para conectá-lo à tela do meu iMac usando o cabo Thunderbolt, multiplicando assim o desempenho do meu desktop.

Eu até já instalei uma prateleirinha BackPack no meu iMac, que está só esperando para eu prender a ela esse futuro mini que há de chegar 😃

O grande problema é que a Apple está demorando para lançar esse próximo modelo. Além de apresentar um histórico da linha e expor qual seria o interesse de um mini com arquitetura Haswell, o bem informado Peter Cohen, editor do iMore, também está esperando por um Mac mini 2013 – e acha que vai valer a espera, ainda que não chegue até o final deste ano.

o Mac Appstorm vai mais longe e prevê um novo modelo com características bem diferentes das atuais. Extrapolando a partir de uma declaração de Phil Schiller no evento da Apple em outubro, o artigo conclui que a ênfase no armazenamento flash permite não haver mais suporte a disco rígido interno nos minis, o que permitiria torná-lo ainda menor – possivelmente adotando as dimensões similares ao do AirPort Extreme atual, mas com um conjunto de conectores maior.

Quem sabe? Eu, certamente, não. A cada dia se reduz minha expectativa de um lançamento ainda em 2013, mas já faz mais de um ano que saiu o modelo anteriore, e espero que o próximo não demore 😃

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