Boletim BR-Mac: Office para iPad, CarPlay da Toyota, iBeacon no Mac, Apple TV touch e mais

Reuters diz que Office para iPad está pronto mas a MS tem medo de lançar, designer publica conceito de Apple TV com controle touch, a trapalhada da Toyota com seus planos de CarPlay, como suportar iBeacon no Mac, Pioneer volta atrás, e um acessório para “fotógrafos de iPhone”.

  1. Segundo a tradicional agência Reuters, a versão oficial do MS Office para iPad está pronta, mas não foi lançada ainda para não prejudicar os tablets da própria Microsoft – e a empresa sabe que enquanto isso os usuários do iPad vão encontrando outras formas de fazer o que antes achavam que precisava do Office. Situação difícil: entre o mar e o rochedo. [bgr]
  2. Oops! A Toyota publicou sem querer no seu site oficial o plano de lançar carros com o CarPlay já no início de 2015. Depois tirou do ar. Depois colocou no mesmo endereço uma nota oficial negando tudo. [electronista]
  3. O iBeacon é um serviço de localização indoor cheio de aplicações interessantes, e tem suporte nativo no iOS mas não no OS X. Mas se o seu Mac suporta Bluetooth 4, o BeaconOSX se encarregará. [github]

  4. Na imagem acima você vê o conceito de um designer sobre como um próximo Apple TV poderia ser, se viesse acompanhado de um controle remoto touchscreen que parece um iPod Touch estreito ;-) [curved]
  5. No Boletim BR-Mac de ontem, mencionei que a Pioneer estava pensando em lançar aparelhos de som automotivo com CarPlay, mas agora a empresa negou, e disse que os comentários a respeito, feitos por um representante dela, foram tomados fora do contexto. A Kenwood também negou planos a curto prazo. Parece que você vai mesmo ter de comprar uma Ferrari ou uma BMW... [appleinsider]

  6. A Wired deu mais atenção ao Snappgrid do que ele merecia. É um acessório de US$ 70 que se prende ao iPhone para dotá-lo de controles físicos de câmera fotográfica. Uma boa ideia, mas ainda não está disponível para venda, e no momento só funciona com o app de fotos do próprio Snappgrid. Mas é bem bonito nas fotos publicadas. [wired]

O Boletim BR-Mac é uma lista rápida (e comentada) de notícias e informações que chamaram a minha atenção e podem lhe interessar. Passe o link desta edição para os amigos usuários de Mac e iOS!

Boletim BR-Mac: Mac mini 2014, dica do iOS 7.1, atalhos de teclado no iOS, CarPlay da Pioneer e mais

O boletim do BR-Mac é uma lista rápida (e comentada) de notícias e informações que chamaram a minha atenção e podem lhe interessar. Com vento a favor, vai ser periódico. Passe o link deste edição para os amigos usuários de Mac e iOS!

  1. Eu já conhecia o Macminicolo, mas no provedor Macminivault, no qual tropecei hoje por acaso, você pode usar com exclusividade um Mac mini deles como servidor, pagando US$ 30 por mês e, ao final de um ano, o Mac mini passa a ser seu. [macminivault]

  2. O TUAW ontem se juntou à campanha mundial "cadê o novo Mac mini?" – sério, Apple, já passaram mais de 500 dias desde a última atualização. Eles também estão pensando na possibilidade de um novo modelo ser ainda mais mini (estilo hardware do Air). [tuaw]

  3. A United Airlines vai lançar um novo serviço de filmes e entretenimento a bordo, e é só pros passageiros que tenham iPad, iPhone ou iPod Touch, outras plataformas estão fora, ao menos por enquanto. Por que será? :-) [9to5mac] [loopinsight]

  4. Já saiu faz alguns dias, mas não consegui comentar: se você deixar no modo automático, o app Câmera do iOS 7.1 agora avisa se o flash for ser usado. [cultofmac]

  5. O Federico Viticci, do MacStories, é incansável, e sua página com a lista dos atalhos de teclado físico reconhecidos em vários apps do iOS está ficando bem completa (mas ainda não são muitos apps com esse suporte) [ios-shortcuts.macstories]

  6. Para celebrar os 25 anos da web, está em exposição no Museu de Ciências de Londres o computador NeXTcube no qual seu criador da web, Tim Berners-Lee, desenvolveu originalmente sua proposta de serviço/protocolo. Esse computador é mencionado na nossa série sobre os 10 anos do OS X. [theinquirer]

  7. O TechHive analisou 6 headsets Bluetooth "premium" – para você parecer um personagem do GTA V, e não do 30 Rock. [techhive]

  8. "Dizem" que a Pioneer está pensando seriamente sobre oferecer aparelhos de som automotivo com suporte a CarPlay, para você instalar no carro que você já tem. [macrumors]

TextEdit e Preview estarão no iOS 8, se você acreditar nestes 2 screenshots

Eu dou pouco crédito a rumores, mas este em particular passou por um filtro no qual eu tendo a confiar, e parece indicar que as versões preliminares do iOS 8 trazem alguns apps de produtividade tradicionais do Mac.

Rumores são rumores, e vice-versa – mas Mark Gurman é integrante do pequeno grupo de autores (junto com John Gruber, Jim Dalrymple e poucos outros) que parece ter contatos próximos à Apple capazes de filtrar rumores inventados e deixar passar só os que têm grande fundo de verdade, e é devido à publicação assinada por ele que eu estou disposto a dar um pouquinho de crédito a este.

As fontes são vaporosas como de hábito, mas as 2 screenshots abaixo, alegadamente vindas de uma versão preliminar do futuro iOS 8, "confirmam" que os apps TextEdit e Preview (ou Pré-Visualização) estarão a caminho do iPhone e iPad quando a versão for lançada – usualmente alguns meses após a realização do evento de desenvolvedores WWDC, que é no meio do ano.

Sim, são os mesmos ícones do iOS 7, e para os novos apps são os ícones do Mac reaproveitados – mas isso é o que seria de se esperar em uma versão preliminar do iOS (e outras fontes já vinham falando na existência de versões preliminares desses 2 apps). Sim, qualquer desenvolvedor para iOS poderia criar facilmente apps falsos com esses ícones. Lembre-se, é apenas um rumor, embora tenha recebido a bênção de um autor usualmente bem informado.

Outro app "confirmado" pelos screenshots é o Healthbook, sobre o qual há algum tempo vem se falando, e que teria funções relacionadas a monitoramento e acompanhamento da saúde (e de fatores que influenciam ou indicam a saúde) dos usuários.


Será que o Preview no iOS vai permitir anotar PDFs e inserir/remover ou reordenar suas páginas, como o do Mac?

Será que a presença do TextEdit (se confirmada) como default no iOS, com sua capacidade de editar texto formatado, será uma resposta da Apple a quem em 2014 ainda diz que o iPad só serve para consumir conteúdo?

Aguardemos os próximos capítulos!

Via Screenshots of iOS 8: Healthbook, Preview, TextEdit icons leaked (no 9to5Mac).

Automação no Mac: Alfred 2.2 traz opção de debug para seus workflows

Utilitário que permite automatizar ações e fluxos de trabalho no Mac agora inclui recurso para auxiliar o desenvolvimento e os testes.

O Alfred (com seu pacote de expansão Powerpack) continua a ser a plataforma a partir da qual eu executo os scripts de automação do meu Mac, embora eu já tenha tentado (e ainda não tenha desistido de) fazer um esforço a sério para migrá-los para o Keyboard Maestro.

Eu tenho scripts para várias das minhas tarefas comuns, incluindo remover e aplicar formatações no MS Word, publicar no blog o texto que estiver aberto no meu editor de textos, ou reduzir a 680 pixels (que é a largura aqui do BR-Mac) a imagem que estiver selecionada no meu desktop.

Esses scripts poderiam ser acionados por vários utilitários mas, se a adoção do Alfred também for o seu caso, e se você faz uso do recurso de workflows dele para rodar os seus scripts, não deixe de fazer o upgrade para a versão 2.2 do Alfred, lançada ontem.

Foi a primeira atualização do Alfred lançada em 2014, e trouxe um recurso utilíssimo: a possibilidade de fazer debug, por meio de um ícone de um besouro (um "bug") nas janelas dos workflows.

A janela acima mostra um exemplo bem simples: a chamada a um script por meio de uma hotkey definida no Alfred. Note que a mensagem de debug mostra o que acionou a ação (no caso, uma hotkey), qual foi a ação (rodar um Applescript), e qual o parâmetro passado a ela. Outras ações podem ter detalhes diferentes de debug, claro.

A ferramenta de debug já nasce com algumas opções, incluindo escolher ver todas as mensagens ou só as de erros/alertas, ou selecionar apenas um objeto para acompanhar no debug.

Além do debug, o Alfred 2.2 trouxe ainda a possibilidade de duplicar workflows, copiar e colar objetos de workflows, e agrupar os workflows em categorias.

Bons scripts! E se você quiser aproveitar os scripts que eu publico costumeiramente aqui no BR-Mac mas não quer pagar pelo Powerpack do Alfred, veja este artigo sobre o FastScripts. (via blog.alfredapp.com - “Alfred v2.2 Released: Workflow Organisation and Debugging | Alfred Blog”)

OS X ultrapassa a barreira dos 8% dos desktops, e MS corre para anunciar OneNote gratuito e novo MS Office para Mac

Microsoft anuncia que vai lançar nova versão do Office para Mac na mesma semana em que o OS X ultrapassa um marco simbólico no seu crescimento.

Eu acompanho as estatísticas do NetMarketShare sobre o uso de sistemas operacionais desde o mês em que criei o BR-Mac (3 anos atrás), e nelas algumas tendências são constantes, destacando o declínio do uso do Windows e o crescimento no uso do Mac.

O crescimento da parcela de uso do Mac é especialmente significativo porque ocorre em um momento em que o crescimento do próprio uso de desktops está em retração, sendo comido aos poucos pela redução das demandas graças às aplicações "da nuvem", e mais rapidamente pelo aumento do uso das plataformas móveis.

O gráfico acima mostra uma visão específica, que é a da fatia de mercado considerando apenas os sistemas operacionais desktop – e ele mostra um marco: é a primeira vez em que o Mac está acima da linha dos 8%, da qual vinha se aproximando continuamente, em uma tendência fácil de identificar.

Ao mesmo tempo (e você pode ver nos números desta consulta), o Windows continua a ter uma fatia de mercado correspondente a 10 vezes a do Mac.

Só que a fatia do Windows já foi quase absoluta, e está diminuindo continuamente1, razão pela qual a Microsoft já começou a se agitar há algum tempo, em especial em direção ao mercado mobile.


Mas as iniciativas da Microsoft em direção ao mercado do Mac também têm picos, e eu vejo um símbolo forte no fato de a mesma quinzena em que foi publicada a ultrapassagem do marco dos 8% pelo Mac ter sido também o momento em que a Microsoft fez 2 anúncios importantes (para a estratégia dela, ao menos):

  • Confirmou que vai lançar nova versão do MS Office para Mac ainda neste ano
  • Avisou que vai lançar uma versão gratuita do MS OneNote para o Mac ainda neste mês

O OneNote, que já existe em versão para iOS, é como se fosse uma versão MS do popular Evernote, onde você pode concentrar informações de diversas origens (web, texto, imagens, vídeos, documentos scaneados e, claro, documentos do MS Office) – e usarmos o diminuto Evernote como exemplo para explicar o que faz um programa da gigantesca Microsoft também é um bom símbolo do momento que a empresa vive.

Já o MS Office “2014” para Mac é algo bem mais interessante: a Microsoft não lança nova versão para o Mac desde o Office 2011, e está há um bom tempo num jogo de mostra-esconde a respeito de um eventual lançamento de uma versão "completa" para o iOS.

A data foi anunciada por um diretor da Microsoft a uma revista alemã – que recebeu dele permissão expressa para publicar a informação –, e em seguida uma revista dos EUA obteve da matriz da MS apenas uma confirmação de que os trabalhos para o lançamento estão em andamento e que quem for assinante do serviço online Office 365 receberá sem custos adicionais o upgrade para a nova versão, quando ela for lançada – mas não houve confirmação oficial da data.

Alguém estava sofrendo pela falta de um MS Office atualizado no Mac?

Sobre o anúncio da nova versão, o mais interessante é perguntar quem se importa. Eu uso o Office no Mac com alguma frequência, mas cada vez mais recorro a alternativas mais simples, mais baratas e mais móveis, não porque o MS Office seja ruim, mas porque essas outras alternativas – mais simples e baratas, repito – estão cada vez melhor adaptadas aos meus casos de uso que envolvem desktop, tablet e nuvem, e não existe mais, nos meus cenários, aquela preocupação de as outras pessoas não conseguirem ler meus documentos se eles forem feitos em uma ferramenta que a MS não tenha abençoado.

Imagino que bugs persistentes do MS Office para Mac sejam corrigidos, mas acabarão sendo substituídos por outros, ainda desconhecidos. É possível também que desta vez a interface do programa esteja disponível também em português. Quem sabe? Precisaremos aguardar.

É este o ponto em que chegamos: a presença do Microsoft Office, que já foi vista como o símbolo da "viabilidade" de uma plataforma, conforme percebida por gestores pelo mundo afora, agora provoca reações brandas e muito mais voltadas a analisar o que isso significa na estratégia das empresas envolvidas do que tentativas de antecipar quais serão os novos recursos ou vantagens do aplicativo.

 
  1.  A redução da fatia do Windows é bem mais perceptível quando consideramos junto o uso dos sistemas operacionais móveis.

Uma coleção de atalhos avançados para datas no TextExpander

Disponibilizo os atalhos de teclado que eu uso para inserir a data de depois de amanhã, da próxima segunda-feira, da primeira sexta-feira do mês passado e uma série de outras que fazem sentido no meu trabalho, e que você pode adotar ou adaptar ao seu.

Eu trabalho com planejamento e acompanhamento estratégicos e, devido à organização dos projetos que acompanho, preciso digitar datas várias vezes por dia.

Além das datas comuns (a de hoje, de ontem ou de amanhã), minhas mensagens e registros frequentemente incluem referências à data completa da segunda ou da sexta-feira da semana corrente, da próxima semana ou da anterior.

Para dificultar ainda mais a memorização e me obrigar a olhar o calendário o dia todo, também preciso digitar frequentemente a data correspondente à primeira sexta-feira deste mês, do próximo ou do anterior.

Até recentemente eu de fato olhava no calendário1 várias vezes por dia, mas chegou o ponto em que resolvi que podia fazer melhor, e criei uma série de snippets do TextExpander com atalhos fáceis de decorar, correspondendo a todas as datas que eu uso. São eles:

  • ,,0: data de hoje
  • ,,1: data de amanhã
  • ,,-1: data de ontem
  • ,,2: data de depois de amanhã
  • ,,-2: data de anteontem
  • ,,seg: data da segunda-feira desta semana
  • ,,+seg: data da segunda-feira da próxima semana
  • ,,-seg: data da segunda-feira da semana passada
  • ,,sex: data da sexta-feira desta semana
  • ,,+sex: data da sexta-feira da próxima semana
  • ,,-sex: data da sexta-feira da semana passada
  • ,,1sex: data da 1ª sexta-feira deste mês
  • ,,+1sex: data da 1ª sexta-feira do próximo mês
  • ,,-1sex: data da 1ª sexta-feira do mês anterior

A lógica adotada na escolha dos atalhos (sinais de mais e menos, números e nomes de dias da semana) me parece evidente a ponto de dispensar explicação.

Para incluir no seu TextExpander a coleção de atalhos acima, convenientemente organizado em um grupo chamado “Datas”, basta fazer o download do meu datas.textexpander e clicar 2 vezes nele (tendo o TextExpander instalado no seu Mac, claro).


Uma nota sobre a implementação: o conteúdo de cada um dos atalhos (que você não precisa compreender, a menos que queira alterá-los) é sempre um script shell de uma linha, usando o comando date do OS X (BSD, padrão POSIX, sem as adições do GNU) para fazer as contas e formatar o resultado.

Apenas para exemplificar, este é o script correspondente ao atalho ,,+1sex (data da 1ª sexta-feira do próximo mês):

#!/bin/bash
printf "%s" `date -v+1m -v1d -v+fri +%d.%m.%Y`

O printf é usado para evitar a inserção de uma nova linha após a data, e toda a aritmética de datas é feita pela série de parâmetros -v logo após o comando date – respectivamente, somar 1 mês à data atual, considerar o mês a partir de seu primeiro dia, e identificar a sexta-feira a seguir.

A documentação do comando date tem detalhes e uma série de exemplos práticos se você quiser usar outros formatos ou realizar cálculos diferentes dos que eu usei.

Para vários dos snippets que eu criei, as macros de datas do TextExpander teriam sido suficientes, mas não para todos, assim preferi padronizar pelo uso do date, facilitando a posterior manutenção por mim.

 
  1.  O do sistema ou o de papel que fica na minha mesa por força do hábito...

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